Vermelho
O mar pra mim era tão belo, tão azul...
porém, não passava de um vermelho, vibrante e encantador
o qual jorrava meu próprio sangue
e eu, tolo
crendo que era apenas o mar, lindo e azul.
Vou pintar um quadro
em cores de branco e preto
colorindo somente a sua boca
de vermelho
pra destacar
essa boca linda
bem pintada
bem desenhada
da cor da paixão
e gosto de sedução
vou pintar
e retratar você
em Black e White
Destacando sempre
sua boca
vermelha
DEVORADORA
E o Lobo, que não é bobo
Deixou-se levar
E das mãos da Chapeuzinho
Aceitou a taça de vinho
E ela, dele foi se fartar...
E logo, ambos em desalinho
Exaustos deste jogo
Puseram-se a sonhar.
Dizem que nessa história
O lobo não teve escapatória:
Ele é quem foi o "manjar".
Quero um pé de flores amarelas no meu quintal, são lindas e belas como o sol, se eu fosse uma flor seria igual a elas, lindas e amarelas. Mas, poderia uma flor mudar de cor? Já que vivo de amor...um vermelho por favor.
Verdade Animal
"Quando ela perdeu o medo viu que na verdade o lobo mau era apenas um cachorrinho."
Kate Salomão
Falar dela, já tentei, mas a verdade é: quem poderia?
Que mulher versátil aquela... cada dia é dia de ser sempre tão ela.
Batom vermelho nem sempre quer dizer bom humor, às vezes é só fantasia pra um dia sem muita cor. Às vezes não se sabe se é menina ou se é mulher, cabe as duas sem esforço dentro dela.
E cabe mais, muito mais, dentro dela cabe sempre um algo mais...ou, alguém. Cabe também amor, aliás amor cabe e extravasa. Ela é a verdadeira definição de “amor da cabeça aos pés”. Intensa como ninguém.
Ama com loucura o quanto pode e enquanto seu coração é correspondido, mas, não se engane, ela também se cansa e sabe bem quando se amar em primeiro lugar é preciso.
Quando há necessidade, arrasta seus cacos, mas, com dignidade. Se educou a seguir em frente mesmo quando quer voltar atrás.
Que menina aquela! Gostar ou não gostar em um minuto se dissolve dentro dela.
Seu ciúme ela esconde debaixo de uma peneira. E a risada? Essa nem tentando ela consegue esconder.
Ela ri. E como ri. E chora. Ah, como chora. Se de alegria, ou de tristeza nem sei. Mas, pra ela isso é tudo a mesma coisa. Ela não faz distinção, nem escolhe ocasião.
Das certeza que tenho sobre ela? Nunca foi brisa mansa. Ela é sempre furacão. É mais fácil esconder um vulcão que a presença dela. Presença que se sente, ausência que se nota.
Bagunça é o que ela faz por fora, mas se você a carrega por dentro, o coração tá sempre em ordem
Forte como um leão a defender a cria, mas ávida por colo e cafuné ao fim de cada dia.
Que menina aquela.
Imagina um mundo, cheinho de pessoas iguais a ela?
Quero escrever o borrão vermelho de sangue com as gotas e coágulos pingando de dentro para dentro. Quero escrever amarelo-ouro com raios de translucidez. Que não me entendam pouco-se-me-dá. Nada tenho a perder. Jogo tudo na violência que sempre me povoou, o grito áspero e agudo e prolongado, o grito que eu, por falso respeito humano, não dei. Mas aqui vai o meu berro me rasgando as profundas entranhas de onde brota o estertor ambicionado. Quero abarcar o mundo com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.
Quero escrever noções sem o uso abusivo da palavra. Só me resta ficar nua: nada tenho mais a perder.
Que belos significados possuem as cores.
Um coração é vermelho, quando ama a dois.
O meu é verde,
Por que ainda ama sozinho...
Se as abobrinhas falassem diria ao chuchu que a beringela ta roxa de inveja do vermelho do tomate...
Nem os anéis de saturno,
nem os braços da Vênus,
nem o vermelho de marte...
somente
desenhos, pinturas, manuscritos e canções
que após a minha partida,
se a conservarem, terão a melhor parte...
...minha arte.
Exatamente 5 horas de uma fria tarde de outono. Desceu de seu Landau vermelho 1977 cheirado a roupa limpa, o cabelos esvoaçando e se perdendo no vento. Com toda sua sutileza e com a cara mais oposta para a situação impossível caminhava com um ar de quem esperava algo a mais da vida, ou simplesmente daquele momento. Ela estava sentada com as mãos nos joelhos suando frio e quase tendo um colapso nervoso, ou um derrame emocional. Com toda sua tranqüilidade sentou ao lado dela e a beijou na testa. Tenho mera certeza que aquele beijo a levou a 30 lugares diferentes sem se mover. Perfeito era o momento e não a noticia que ele vira trazer. Estava partindo, aquela pequena cidade do lado norte do país era pequena demais para ele, para os sonhos dele, para o sentido que ele queria dar ao seu próprio viver. Ela não sabia se era só a cidade, ou se ela era pequena de mais também para faze-lo ficar ao seu lado até os fins dos seus dias. Lágrimas envolveram seu rosto, e quando iria se pronunciar o dedo indicador dela tocou seus lábios em um gesto que pedia silêncio, e então ela se pronunciou:
- Como, como me manter longe de ti se minha boca procura a tua, meu corpo pede casa ao enrosco desordenado dos teus braços, minha mão sem pensar sempre avança a tua nuca! Como?
Exatamente o que ela descreverá em sua unica fala estava acontecendo, lá estavam eles mais uma vez se perdendo de si e se encontrando um no outro. Mas como as folhas do outono estavam tocando o chão, o amor avesso também estava indo ao chão. O passar do trem e o barulho que as ferragens antigas fazia nos trilhos despertou eles do topor aonde se encontravam. Ele se levantou em um pulo desajeitado e se lembrou que aquilo era só mais uma das várias coisas que ele haveria de esquecer se quisesse ser mesmo livre. Ela ficou no chão, sem entender. Com a fome de um lobo faminto, enterrou sua cabeça entre as folhas e quis por um momento que a terra a engolisse.
Vermelho
Vermelho-cereja
Vermelho-magia
Vermelho-lampeja
Vermelho-iguaria.
Boca de mil faces.
Um só sorriso –
...me conquista só de entreabri-la.
Me beija?
O Sóbrio Ébrio
Estranha figura
de cara pintada
nariz vermelho
roupas em trapos
e enormes sapatos.
Quem é este ébrio?
Que faz-nos rir
com tamanha leveza
e gestos exagerados?
Vai imitando a vida,
a nossa vida.
e achando graça
sem saber
rimos de nossos própios atos.
Porém ali representados
pela figura de um estranho.
Estranho que
brinca com os sonhos
brinca com a vida.
Brinca com a criança,
principalmente com aquela
que esta bem escondida,
dentro de nossa alma.
Criança que na alegria de um sorriso
encontra seu abrigo,
e contagia nosso ser
suspirando aquilo que outrora
se encontrava sufocado.
Sufocado pela idéia
de que para sermos felizes
é preciso ser gente grande.
Parte-se em mim qualquer coisa. O vermelho anoiteceu. Senti demais para poder continuar a sentir. Esgotou-se-me a alma, ficou só um eco dentro de mim.
A navegação da casa
Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas; remexo as brasas com o ferro, baixo a tampa de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais intensos clarões lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece regojizar-se ao receber a luz desse honesto fogo. Há chamas douradas, pinceladas de azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos na noite escura; não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações
Verde da cor do sangue.
Vermelho da cor das folhas das árvores.
Não sei se devo seguir ou se aquela luz significa que devo parar.
Já não posso mais estudar a luz de velas, nem ao menos sei se me chamo Dalton.
Moça,
Se ele está sempre pisando na bola, chegou a hora de dar um cartão vermelho e tirá-lo de campo. Não vale à pena investir tanto em alguém que parecer estar jogando contra você. O mundo é grande demais, menina! E talvez encontre algo melhor no banco reserva. ☪❤
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