Verão
Em cada sol que brilha há uma nuvem que surge quando, àquele que viria eternizar o verão, resolve partir inesperadamente. E a chuva? Vem após a partida e lava os nossos medos até que o sol volte a brilhar.
Um sábado pacato......de um dezembro deserto, típico de Curitiba.
Um ar gelado, em pleno verão acanhado, regado com o sol que reluz nos ventos encanados por entre prédios e rostos fechados, sob as calçadas varridas.
É como se de repente os anos voltassem, e as fotos tomassem conta da cidade, sem as vaidades dos ilustres desconhecidos nas calçadas, onde as árvores e flores se misturam aos monumentos.
Mesmo em dias de verão, o frio prevalece sob o som triste que repousa discretamente no silêncio da morosidade da pressa, enquanto o nervosismo dos passos suados surpreende-se com os calafrios das sombras estacadas nos cantos vazios.
Os desesperos solitários dos transeuntes que perambulam nas praças, com suas feições amarradas entre fachadas de caras geladas, esbarram em sorrisos disfarçados, quase forçados e mal concentrados, em um sábado pacato, de um dezembro deserto, típico de Curitiba.
No verão não te verei mais.
Restarão as fotografias que sei de cor e a brisa nas árvores...
E se chover dentro de mim, me tempestuarei nas páginas de um bom livro com uma história de vidas retalhadas.
Você sempre foi meu verso favorito, apesar de inverso e feito á mão.
Eu deixarei te esquecer, enquanto as luzes cintilantes invadem meu quarto.
Todos nós aprendemos, cedo ou tarde.
Pois hoje faz frio, mas amanhã terá sol.
EU QUERIA SER O OUTONO.
Isso mesmo, queria ser o outono. Eu seria um intervalo entre o verão e inverno. Seria mediano, poucas expectativas haveriam sobre mim. Isso é o que mais quero, menos expectativas, pois elas são diretamente proporcionais à decepção... Não queria decepcionar ninguém..
Você é como uma brisa fresca, num dia de verão
Você é como um rio correndo pela planície do deserto
Você é meu abrigo da tempestade
Você foi meu conforto até mesmo antes da dor
Posso ouvir o som de cinco tambores no vento
As folhas assobiando na brisa, soando como guitarras
Uma lata pode rolar sobre as pedras como um tamborim
Não sou nada além de uma veia, então eu canto, porque você está
Na minha cabeça, você está sempre na minha cabeça
Nos meus sonhos, você está sempre na minha cabeça
Na minha dor, você está sempre na minha cabeça
Na minha paz, você está sempre na minha cabeça
Um arco-iris de ritmos espande sobre o céu
Um avião na distância, toca um lindo violão celo
Não é coincidência, isto está em harmonia com a musica nos meus ouvidos
Se você fosse um ombro eu seria todo o resto, mas eu sou sua veia, então eu
Te escuto
Na minha cabeça, você está sempre na minha cabeça
Nos meus medos, você sempre está na minha cabeça
Na minha alegria, você sempre está na minha cabeça
Nas minhas lágrimas, você sempre está na minha cabeça
Já não verão meus olhos ?
Já não verão meus olhos os que a ti pertencem
Nem meu fel teu riso
Mas perseguirei o teu olho com o meu
Pertencemo-nos outrora
E tempestades se anunciaram
Pertecemo-nos outrora
Agora me vou...
Mas perseguirei o teu olho com o meu
Levo a melancolia molhada,parceira
Eu vinda de ti e agora sem rumo
Diga teu olho:terá luz o meu?
Luz ,chave,drama,escuridão...
os anos se passam de verão á verão...
vivendo num planeta terra de ambição,onde tudo é vaidade e nada é paixão...
aonde a unica verdade é existencia da iluzão...
Dia a dia em meu pensamento me pergunto;"se as flores se sentem bem no verão e que semelhança teria o "bicho homem" e o animal cão?
Acredito que para o homem imbecil não tem importância.
Tudo quase nada
dá-me algo que arda
um verão, o fogo ou a boca
para por momentos esquecer
até a tua boca e chamas
tudo tudo quase nada irremediavelmente perdido
Verão na Ilha
Sobre a ilha um ardido verão,
lassidão dos corpos largados nas marés,
sol que toca na alma da terra,
longos sóis, longos dias na ilha da magia.
É verão, suor sem matéria, cheiro da maresia,
o sol pintando de vermelho os corpos na areia.
É preciso entrar no mar, mergulhar nos pensamentos,
neste mar descompassado, imprevisível, amoroso
que cerca a ilha num verão que devora.
O mar azul em pedaços e brancas espumas
acelera as velas que deslizam, desenhadas no céu.
Dourados corpos passeiam no intenso calor
pintando o quadro da ilha verão,
tela cheia de cor, calor, paixão
Cor do verão que a tarde mormacenta devassa,
e este poema distraído mal traça.
Dia de Verão
O sol não brilha mas,pelo menos nao igual
a quando voce está comigo !
as estrelas ultimamente estão farceiras e não querem mas me acolher
e iluminar-me com sua luz ...
a manhã sem vooce acaba comigo de maneira que fico sem destino..quando me perco,estou pensando em voce e quando me acho estou tão só que só a lua para me dizer onde esta voce !
Quando meu mundo estava vazio e me sentia A INVISIVEL voce resolveu aparecer e os meus dias nao eram mais como um dia frio e monótomo de inverno ... o meu dia mais parecia um dia de verão em férias !
Teu nome completo
Se forma com flores
Num fim de tarde
De um verão profundo,
Um beijo adoçado
Com cores tão vivas
Fizeram o sentido
De toda minha vida.
Ah se o mundo soubesse
O quanto te amo…
QUERO CHUVA
Chuva de garoa.
Chuva de trovão.
Chuva de granizo
Chuva de verão.
Chuva de curar ferida
Chuva de encharcar a vida
Chuva em ritmo de canção.
Chuva de lavar a alma.
Chuva de trazer calma.
Chuva de fazer feliz.
Quero me molhar na chuva,
na chuva afogar meus prantos,
para de meus prantos fazer chover
Minha alegria.
Minha fantasia.
Minha pirologia*
Minha poesia.
E neste misto movimento febrento
De alento.
De sentimento
De esfacelamento.
De rompimento.
acalentar o sono perfeito do esquecimento.
OS NÓS, EM NÓS
Os nós se fazem
em nós,
nos sentimentos emprestados
de uma noite de verão.
Falo dos nós,
em nós,
amarrados na cintura da distância
sufocando a saudade que se faz.
Falo dos nós,
em nós,
que nos sustentam dependurados,
na esperança da nossa fantasia.
Falo dos nós,
em nós,
fragmentando a liberdade dos pretextos
para estarmos a sós,
sem nós
Aqueles que valorizam a alma, sempre verão além do que se espera, já aqueles que valorizam o que está amostra esses nunca terão uma surpresa.
