Velhos Bonitos
Quantos homens você diz que ama?
E vou continuar aqui
com minhas botinas surradas
pulmões velhos demais
para fumar, menos
e com a cara cheia, de menos, sempre.
Essas moças chegarão de repente
irão embora, juntas
com a mesma força que chegaram
eu continuarei sozinho
e com a incompetência dos dramas.
Não quero seu "eu te amo"
não preciso dele
nem de algum
para viver.
Um outro qualquer lhe terá
e que fique claro
tu
és outra qualquer, também.
"Eu te amo", ela disse
"Eu sei", respondi.
Na estação do acaso, esperando o último trem passar pela última vez, nesses trilhos velhos e enferrujados.
Reflexões para velhos de amanhã...
Quem serei velho?
Quem estarei velho?
Quando serei velho?
Quando estarei velho?
Como serei velho?
Como estarei velho?
Onde serei velho?
Onde estarei velho?
Quem serei nesse lugar?
Quem estarei nesse lugar?
Quando serei nesse lugar?
Quando estarei nesse lugar?
Onde serei nesse lugar?
Onde estarei nesse lugar?
Terei lugar nesse lugar?
Terei nome nesse lugar?
Nenhum tipo de onde, como, quando, quem e ter deveria preocupar ninguém,
Nem o recém-nascido,
Nem a criança,
Nem o adolescente,
Nem o jovem adulto,
Nem para o adulto velho?
Será sofrido para os velhos enquanto os escondermos e deles nos esquecermos...
O segredo da vida está no todo. Basta quebrarmos velhos rótulos ou dogmas ultrapassados para ver as coisas por um ângulo diferente e sentir que não somos seres únicos, e sim, seres unificados.
VELHOS SAPATOS
Meus sapatos velhos
de couro secado
aperta meus pés
por todos os lados.
Já não tenho careta
nem rugas na testa
até tento andar certo
mas o couro infesta.
Meus sapatos velhos
contem certo cheiro
me dá uns apertos
me doendo inteiro.
Causa dores no cravo
e frieiras nos dedos
arranca-me sorriso
pra manter o segredo.
Antonio montes
Os mais velhos são especialistas da vida, talvez aprendam muito com eles.. Quem se torna um especialista desse setor, ensina qualquer teórico viver um outro tipo de teoria, a prática.
GRITO MUDO
Por todos os caminhos
onde trilhei
Vi animais ,crianças e velhos
sentados no chão
sem janelas
sem abrigo
Com flores na mão
Passando frio
fome e
mendigando por um pedaço de pão .
Pedindo um colo ao mundo
clamando socorro aos céus
por um pouco de mais atenção.
Com os pés molhados no desalento
Os olhos bebendo o sal do sofrimento.
E nessa toada do meu grito mudo
Não existe um dia
Que não me lembre
dos tão sofridos
tão inocentes
sem vozes
sem afagos
sem telhados
sem amparos
sem esperança neste cruel mundo.
TOADA TRISTE
Por todos os caminhos
onde trilhei
Vi animais ,crianças e velhos
sentados no chão
sem janelas
sem abrigo
Com flores na mão
Passando frio
fome e
mendigando por um pedaço de pão .
Pedindo um colo ao mundo
clamando socorro aos céus
por um pouco de mais atenção.
Com os pés molhados no desalento
Os olhos bebendo o sal do sofrimento.
E nessa toada do meu grito mudo
Não existe um dia
Que não me lembre
dos tão sofridos
tão inocentes
sem vozes
sem afagos
sem telhados
sem amparos
sem esperança neste cruel mundo.
- Paula Monteiro
01/03/2017 - à noite
Será que não me esqueceste entre os velhos brinquedos deixados no pátio?
Não fui apenas um jogo que, depois de muito jogado, tornou-se enfadonho?
Que parte minha quebrou-se para que agora julgues impossível o conserto?
Foi das entranhas o dano, na peça mais chave, ou na casca das aparências?
Achas justo, depois de inventares tantas regras, ser apenas brincadeira?
Agora, guardo os pedaços nas devidas caixas - e o coração quebra-cabeça.
Não existe evangelho para crianças, para jovens, para adultos, para velhos, para impios, para descolados ou para intelectuais.
O que existe é evangelho!
Nunca modifique o evangelho para algum tipo de pessoa.
Se o evangelho não for capaz de transforma-las, nada mais pode!
Cada nascer do dia é um nascer diferente...
Outro tempo, novas formas, novos
sonhos, velhos sonhos...
Todo dia é um nascer do sol!
Defenda os fracos, proteja os novos e os velhos, nunca abandone os seus amigos. Seja justo com todos, seja corajoso na batalha e esteja sempre pronto para defender o que está certo.
Estamos velhos quando chegamos na balada e a primeira coisa que fazemos é procurar um lugar para sentar, e a segunda é querer saber aonde é o banheiro.
Mira na espreita soldado
Ergue a cabeça olha ao seu lado
Adejando ou em seus velhos rasantes
De momento em momento, a cada instante
Faúlha em baixo e no topo
Deixando um espaço dimensional infindo
Campos astrais se atraindo e confluindo
Numa dança macabra, de eletricidade
Gerando corisco luminares com intensidade
Para segunda parte do préstito
Hora de brilhar, trilhas de luzes do ar
Alvejando com meteoritos vijo
Alagando tudo, imergindo o que existe
Acalmar as correntes elevar o coexiste
Porfiar na ideia da torrente baixar
Para em cima a luz fosco fulva, estar lampejar.
