Velho
Anfitriã
Convite assim tão doce e recatado
Merece vinho velho e lindas flores
Matarás meu desejo há muito esperado
E eu te cobrirei com milhões de amores.
Nossas águas!
As águas correm no vento
o Velho Chico chega manso
ao nordestino um acalento
pro Nordeste é um avanço
que até mesmo o jumento
depois de tanto sofrimento
vai poder ter um descanso.
Quase 02:30 da manhã e eu ainda acordado, nenhum sinal do sono
O silêncio toma conta desse velho quarto, até posso ouvir as batidas ecoadas no meu peito
Essa liberdade
é tão vazia
Há um velho ditado que diz que a lã não pesa para a ovelha. Portanto Deus não dá para cada um de nós um fardo maior do que podemos suportar. No entanto, todo fardo além do que já temos e decidimos carregar, não devemos reclamar. Pois é por nossa própria conta. Não por culpa de Deus.
OS INFORTÚNIOS DE AFONSO
Por Nemilson Vieira (*)
Eu o meu irmão mais velho e alguns amigos da primeira infância visitávamos o bananal do seu Afonso nas caçadas de passarinhos. Havia bananas maduras nos cachos, com furos por cima; já visitadas pelas aves. Pipira (sanhaço), currupião (sofreu), sabiá… Homem bom, de poucas posses, mas trabalhador e honrado… Numa certa altura da vida, Afonso desandou-se; deu um atrapalho na família: a mulher foi-se embora com outro e levou consigo os filhos. Com o tempo a sua casa do nada, pegou fogo com a plantação de bananas. Tudo que possuía tornou-se em cinzas; quase morreu de desgosto… Um amigo o convidou a uma caçada conhecida no nordeste por fachear; consiste em se fazer uma picada por baixo da mata e ficar a andar na mesma, num sentido e noutro, com uma lanterna e uma espingarda, o tempo que se fizer necessário; no intuito de abater a caça que tentar atravessar o caminho. Naquele dia deu errado… Terminaram o trabalho ainda cedo da tarde; o amigo de Afonso disse-o que o aguardasse um pouco, que iria dar algumas voltas por perto. A caçar algum bicho miúdo: um preá, um inhambu… Ao retornar, alguns metros de distância, algo fez um barulho por baixo de umas ramagens a sua frente; com a espingarda engatilhada na direção do bicho olhou mais um pouco e apertou o gatilho, Bam! Ai! — Gritou o Afonso em dores profundas. O amigo correu desesperado para ver e, confirmou ser o seu companheiro de caçada. Com bastantes perfurações de chumbo fino por todo o seu corpo; respiração ofegante, dificultada. No momento que fora alvejado Afonso firmava o cabo da sua faca que havia afrouxado. O amigo visualizou apenas o seu cotovelo em movimento e confundiu-se: achou ser uma cotia. Próximo à escuridão da noite começou o martírio do amigo do Afonso com ele nas costas a procurar uma ajuda. Um galo cantou ao longe de onde estavam… Era o sinal que precisava; marcou o rumo e foi-se. — Orientado pelo canto da ave chegou a um morador. Afonso perdera um pouco de sangue pelo caminho, com a agitação do corpo, aos balanços nos ombros do amigo. — Ainda vivia. O amigo contou com riqueza de detalhes tudo o que acontecera com os dois, ao morador. O homem depois de ouvi-lo… Indicou um remédio caseiro à vítima: um frango pisado no pilão com pena, tripas e tudo mais; do jeito que fosse pego no poleiro. Não carecia de sal; um pouco de água sim. Somente para chegar aos recursos médicos na cidade, lá entrariam com os cuidados e uma medicação coadjuvante ao tratamento. Com uma observação: não devia vomitá-lo caso contrário morreria. Afonso ainda consciente, por certo ouvia tudo em profundos gemidos. Consultado se topava beber o tal remédio naquelas circunstâncias, o aceitou. Depois do frango pisado o homem despejou aquela mistura numa caneca grande, mexeu e deu ao baleado a tomar. Afonso bebeu o frango pisado no maior sacrifício do mundo; com uma cara daquelas… A cada gole que dava fazia menção de jogar tudo para fora. Lembrava da orientação do homem e não o fazia. Missão cumprida, providenciaram uma rede para o traslado do paciente. Alguém para ajudar na condução do mesmo. Afonso não provocou vômitos e resistiu bem a viagem. O seu tratamento foi trabalhoso gastou-se um bom tempo para remover todos àqueles chumbos do seu corpo e a saúde voltar. Depois do caso passado até serviu de graça, se é que o Afonso contava que o pior de tudo não foi o tiro da cartucheira: foi o frango que bebeu. Com as recomendações de segura-lo no estômago para não morrer.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário.
(27:02:18).
Fli e Lang
AS PERIPÉCIAS DO FIRMINO
Por Nemilson Vieira (*)
O meu saudoso conterrâneo, o velho Firmino deixou o seu estado de origem, o Maranhão e saiu pelo mundo… Se pôs como pedra a rolar, rolar… Pelos caminhos da vida. Como a pedra que muito rola não cria lodo… Não quis o destino que fosse além de Campos Belos às suas peripécias. A sua trajetória de caminhante solitário encerrou-se por lá, num descanso eterno. Com a cidade viveu num estado de graça e amor permanente; à morte os separaram.
Bom camarada; extrovertido, sociável daqueles que sentimos bem estar ao seu lado. Um dos melhores contadores de causos que conheci. O seu jeito alegre de ser, a história que contava prendia à atenção das pessoas para ouvirem as suas narrativas orais.
Como bom maranhense amava de paixão as pescarias e os ensopados de peixes; numa ocasião nos contou sobre uma que participou com os amigos do lugar. Sobre brancas areias de um rio armariam as suas barracas, nas suas águas jogariam os seus anzóis, lançariam as suas redes. Cada integrante do grupo se ocuparia do que fosse necessário fazer naquele espaço.
Bebidas umas cachaças para animar o Firmino criou coragem para mergulhar no poço frio e profundo, à sua frente.
Gastou um tempo para voltar à superfície das águas. Os companheiros sabiam que ele demorava muito nos seus mergulhos.
Cultivava o hábito da captura dos peixes com as mãos introduzidas nas locas e fendas das rochas. Depois da demora ressurgiu, e voltou à praia sem nenhum peixe daquela vez. Prometeu à turma retornar às águas para buscar o prato do dia. Uma sucuri para quem animasse a comer. Pulou novamente no poço, desceu às suas profundezas.
Dessa vez demorou um pouco mais em retornar à superfície; talvez uns minutos. — Um só, submerso, já é uma eternidade.
Firmino estava grudado com as duas mãos no rabo da cobra à puxar-la para fora; a mesma inflava o corpo e se firmava nas laterais da toca, num descuido avançava para o seu interior. Naquela luta ferrenha dos dois pela sobrevivência… Firmino a venceu.
Na terra firme, ao batê-la sobre o solo por algumas vezes, a pobre da cobra desfaleceu. Foi uma farra daquelas dos colegas.Salivações de sobra só de pensarem em degustar uma iguaria daquela.
Ao iniciarem os preparos para o guisado, constataram que não se tratava de cobra-sucuri coisa alguma e sim, de uma cobra-jaracuçu que não crescia mais.
Dormiram com fome.
*Nemilson Vieira
Acadêmico Literário
F.L.
Eu sou um homem genérico
Sou homem.. sou mulher. sou criança. sou um elo entre a criança e o velho.
Sou caracterizado pelo princípio ativo e não pela marca.
Quem me define é Deus.
Não desperdice sua juventude enquanto jovem e nao desperdice sua sabedoria quando for velho.
04/08/2020
Pare de apenas pensar, e aja; porque um dia você não poderá mais fazer, por estar velho e sem forças, e pensará como seria se tivesse feito!
É normal que um computador velho com anos de uso venha a falhar até que não mais tenha solução. Muitos vão ainda tentar solucionar com reposição de peças novas ou usadas em bom estado, mas tem sua validade que deve ser respeitada. É incomum o contrário, algo novo surtar e mesmo repondo seus pequenos circuitos há ainda de quebrar e insistir em não querer mais funcionar. Nesses momentos bate uma raiva grande, imagina-se azar por acontecer justamente com o seu equipamento novo. E não adiantará nenhuma das inúmeras tentativas de salvar seu circuito, colocando novas peças que o mantém funcionando por intantes. Isso será pior, pois haverá apenas frustrações e desgaste do equipamento por utilizá-lo forçadamente. Certamente por dentro ele corrompeu em algum ponto que ainda não há tecnologia suficiente para ajeitar. Nesse ponto, devemos então deixámos de ser materialista, saber reconhecer que nem tudo será igual, e em alguns casos haverá problemas em novas tecnologias sim. Com isso, deixamos então que aquele tão novo e conservado aparelho venha a ficar como estatística de algo que quase nunca acontecerá.
Talvez um velho senhor de idade, que juntou bilhões de dólares ao longo de sua vida, daria cada centavo para ter 18 anos novamente.
O que mais vale, o que tem mais importância na vida, é o amor, o tempo, o lazer, a família, é Deus; aproveite ao extremo, pois tudo passa, seja feliz!
Um velho sábio uma vez disse o seguinte, oqui não aceito do outro continua com o outro, simples assim. Se eu vou ser presenteado por alguém e não aceito o presente, esse presente não pertence a mim, mais continua pertencendo a quem tentou mim dar aquele presente, o mêsmo acontece com o egoísmo, o rancor, o ódio, a irritação, e tudo de ruim que alguém quer nos dar, por criticas e opiniões alheias, mais quando não aceitamos essas coisas negativas, ficamos em silêncio mêsmo sendo humilhado, nos mantemos serenos e calmos, e nos afastamos. essa é a sabedoria, oqui as pessoas queria te dar de ruim você não aceita agindo com a sabedoria de continuar mantendo sua páz interior. E aquilo de ruim tudo mêsmo, continua pertencendo a quem tentou te dar, e você é beneficiado pela força divina do mestre. (Do Grande Espírito) páz de Cristo Luz e harmonia para todos os seres assim seja.
O velho romantismo bem que podia voltar, estes Funks barulhentos da atualidade estão me matando aos poucos....
Tem dois peixes jovens nadando juntos. Eles, então, encontram um peixe mais velho nadando no outro sentido, que acena para eles e diz: “Bom dia, meninos. Como vai a água?”
E os dois peixes continuam nadando um pouco. Então uma hora um deles olha para o outro e diz: “Água? O que é água?”
A água são os hábitos, as escolhas impensadas e decisões invisíveis que nos cercam todos os dias.
Nada perdura. (...) É um velho sonho. A arte se incendeia, se dissolve. E ser amado com a ironia da história – isso não é muita coisa.
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