Veio e Passou como um Cometa
Admiração
Hoje passei o dia pensando em um tema novo. Aí me veio a palavra admiração, mas, afinal, o que significa essa ideia? Quando admiro sinto o quê? Percebo o quê? Quais modificações são produzidas no meu corpo?
Será que muda alguma coisa em minha alma?
Para os antigos, a filosofia brota da admiração, do espanto, da nova descoberta e do perceber o que antes a mente ou intelecto não havia reconhecido.
O que dizer, então, da comunidade que acolhe o afogado na bela história de Gabriel García Márquez, que Rubem Alves cita com maestria no livro: Lições de Feitiçaria: meditações sobre a poesia.
Uma obra fascinante que li há alguns anos, mas que me provocou um espanto imediato quando encontrei no curso de Teologia uma obra que ensina feitiçaria.
Que loucura a minha!
Eram apenas meditações sobre a poesia!
Depois de fazer a aquisição de tal obra, me senti como aquela menina que absurdamente queria o livro para ler, como se estivesse dentro de uma redoma contemplando uma “felicidade clandestina”.
Deixei entre aspas porque já ouvimos esse termo antes...
Mas continuando a nossa história... Quem era esse afogado?
Talvez, um homem sem identidade e sem passado.
Seu corpo não revelava quem ele realmente era.
Foi preciso preparar para o rito de despedida, precisaram limpar o seu corpo, purificá-lo...
Cavar a sua sepultura.
Mas antes de tudo acontecer, foi preciso pensar.
Como esse homem vivia?
Quem o matou?
Por que as suas mãos estão macias?
Será que ele deixou filhos? Esposa?
As mulheres da aldeia faziam o rito de purificação do corpo, mas naquele momento acontecia outro ritual...
A mudança de mentalidade das mulheres... Que deixaram a mesmice de lado, a estagnação de seu viver para pensar a sua própria existência.
O afogado gerou uma onda de reflexão pela aldeia.
Foi semeada a dúvida.
A inquietação.
A sensibilidade de homens e mulheres se aflorou como uma rosa que desabrocha mostrando sua beleza e seu aroma matinal.
E foi feito o enterro...
Foi cumprido o silêncio por aquele corpo que ninguém conhecia, mas que estava ali boiando em alto mar.
Depois de ter cumprido todo processo de ritualização, a vida na aldeia nunca mais foi a mesma...
E com o passar do tempo a vila foi se modificando, as pessoas foram reformando as suas casas, construindo novos barcos, plantando jardins...
Aí foi acontecendo o que Adélia Prado, encantadoramente, recorda em sua poesia impressionista:
Uma ocasião,
Meu pai pintou a casa toda
De alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos em uma casa,
Como ele mesmo dizia,
Constantemente amanhecendo.
Enfim, o morto trouxe a salvação daquela aldeia.
O morto promoveu o advento da boa nova para aquele povo.
Uma vida que contempla os amanheceres da existência saberá, de fato, o valor ou o ato de admirar-se diante da vida que surge ou do morto que se esvai.
14/12/2015
Eu estava aqui em casa deitado quando me veio um pensamento na mente "Porque temos medo?" então resolvi refletir sobre isso e descobri uma resposta e decidi compartilhar.
O maior medo de todos é a morte e desse medo vem seus derivados (todos os outros medos) se você for pensar todos os medos que você sente se originam do medo da morte.
Você veio ao meu mundo, conquistou apenas um trejeito.
No dia-a-dia, você arriscava seu nervosismo, acercando à mim. Sua inquietude de querer conhecer o meu princípio vital.
Veio à tona, sua ânsia de me colocar dentro dos seus abraços, sentindo o meu perfume envolvente. A nossa espreitadela brilhava cada vez mais. A nossa sitônia estava a prestes a se arriscar novamente.
Aquele momento seu impulso, que te encorajou a me oscular vagarosamente. Segurou minha mão, e me olhou indultando o erro.
Logo, seguimos o nosso caminho. Começamos a pensar e refletir nosso envolvimento, fascínio e aspiração. Em, uns minutos de silêncio nós deixou tão volúpia. Nossos trocar de olhares de longe, nós deixou cada vez mais aflito.
Um desejo proibido, que não nos permite desígnios. Preferimos viver em arbítrio, sem expectativas e esperanças.
Somente o tempo nós dirá, se haverá essa afeto.
Sem se dá conta
o amor veio e me pegou
Sem se dá conta
você com um beijo me calou
Sem você se dá conta
Eu te dei uma linda flor
Sem se dá conta você
Por mim se apaixonou
Sem se dá conta perto
Meu corpo senti calor
Sem se dá conta quero
Ser pra sempre seu amor
Sem se dá conta você
Me causou muita dor
Foi quando eu me dei conta
Que não preciso do seu amor.
E veio.
Balbuciou poucas palavras.
Me fiz audível, compreensível.
Ele não deve ter entendido um pouco, pois longamente repetia várias e várias vezes as poucas palavras que se tornaram longas, de praxe, tão ele.
Quer fechar o negócio dele, que era nosso, voltou a ser só dele.
Sempre muito educado, foi sútil e áspero.
Deve ter sofrido, ou sofre.
Sábado nos veremos de novo, decidiremos o que faremos.
Quem ficará com o que.
Fim de um laço.
Escondi a tristeza por detrás de um sorriso e um olhar, mas o amor veio e quebrou todas as correntes e incertezas.
LUZIR
Um dia um velho sábio chamado:
Senhor do Tempo
veio até a mim e me disse bem assim :
- Passarás por muitas tempestades
Mergulharás fundo num corredor escuro
Navegarás por entre ventanias e vendavais
Sentirás
frio
saudade
dor no peito
agonias e borboletas
no estômago
Salivarás o gosto amargo
das lágrimas com
desgosto
Pousarás em becos
sombrios
Estradas desertas
Prantos decertos
contra gosto
Mas uma certa hora ...
Calarás as notas da tristeza
e com olhos de girassóis
Voltarás a si
Então recolherás todos os cacos quebrados
machucados
feridos
desarmados e sabiamente
delicadamente
com a suavidade silente
da tua calma
Plantarás em teu quintal
chamado Alma ...
Uma linda história chamada de
Luzir !
Forasteiro
Chegou na cidade
Um estranho forasteiro
Ninguém sabe de onde ele veio
E qual seria a sua idade
Ele tinha um sotaque rasteiro
E no seu olhar uma certa maldade
Parecia esconder de todos
Uma grande verdade
E veio cantar de galo
Logo no meu terreiro
Chegou na cidade
Meio assim de repente
Parecia que cometeu
Alguma atrocidade
E veio pra cá
Esconder a sua mente
Forasteiro de cara amarrada
E coração valente
Diga logo quem é você, camarada
Ou vá procurar outro batente
Eu não te conheço
Nem você é meu parente
Você ver tudo ali
Mas nada que ver é meu
Eu ainda sou o mesmo começo
De uma estrada que se perdeu
E se na sua vida aventureira
Cada passo é um tropeço
Vá buscar em outro lugar
O que a sorte te escondeu
Pra que faça dela um bom lugar
E um outro recomeço.
Difícil esquecer momentos bons que passei... Você veio pra mim um pouco tímido. .. necessitado de carinho ... e amor, eu te dei... naquele instante você se revelou e mostrou pra mim um carinho enorme uma total afeição, e fui te conquistando dia a dia mais.. e você a mim também. .. e nossa amizade assim aparecia linda como ela era... cumplicidade total.... Hoje não tenho mais você... mas ficou um pedacinho de sua existência em mim... mesmo que doa lembrar.... Não quero chorar... isso dói. .. Você foi importante, e mesmo que nada vá te trazer de volta.. aqui deixo o meu sincero sentimento de carinho e gratidão e onde esteja ... Você se foi, deixou muito de si e levou um pouquinho de mim... animal? Ser tambem sentimental.....amigo sincero e fiel..... meu gatinho meu amiguinho, aonde esteja....Eternizado sua memória ficou... meu humilde agradecimento aqui deixo... Mesmo que eu evite lembrar... em mim você sempre vai estar.
APENAS UM SUSTO
Hoje chutei a beleza que na penumbra da noite veio voando para me ver; mas claro, não foi de propósito tal intento.
Eu explico: ao fazer-me a visita-surpresa, eu não havia percebido que ela estava no piso amarelado da sala de estar.
Sempre fui fascinado por esses belos seres alados.
Já meio escuro, achei que era um resíduo qualquer e a toquei com o pé; mas, olhando com mais atenção vi algo a se mexer, era uma linda borboleta. Meio tonta, só podia movimentar-se com as pernas e, estava tombada para um dos lados devido ao choque.
Mas por sorte, não o havia machucado com tanta gravidade assim; como achava a princípio.
Ufa!... Ainda vivia!
Apenas um incidente sem maiores danos!
Pedi desculpas a ela, pelo ocorrido. E a peguei com muito jeito e carinho para que, não se desintegrasse em minha mão.
Compadecido a levei para o quintal de casa e a coloquei num galho verde de uma palmeira nova, para recobrar os sentidos.
Foi um sucesso esse meu gesto! Depois verifiquei que ela já abria e fechava suas asas normalmente!
E só pensava em seguir sua trajetória de embelezar a vida!
Então, conjecturei: talvez, não a verei jamais... Mas, com certeza alçará voos de liberdade novamente, e encantará outras almas sensíveis mundo afora.
05.10.15-
AGLUTINAÇÃO
Em um beijo todo torto
veio a mim com lábios dóceis
com meus anseios, beijei você.
Com sua sede de abraço...
lhe tomei em meu querer
hoje meus olhos, são pra te vê.
Me desse beijos para ficar
e eu... Abraços pra te amar.
um homem veio a minha porta
fazendo samba com palavra torta.
Cantei, chorei, brinquei
invetei versos
quem se importa?!
O poeta, que se conforta!
Um amigo vem e segura a sua mão e te abraça… Não perca essa oportunidade!
Porque Deus veio na forma da mão, do abraço… Na forma do amigo!BOA TARDE
Depois de tantos desafios
veio a insegurança .
E perdida por um instante
quase desisti .
Os meus sonhos , doces sonhos.
Hoje a vida sorri.
Das algemas me libertando
Um novo encontro
Uma busca por algo que
muitas vezes nem eu sei
Apenas sei que a procura
não chegou ao fim.
Na inconstância da vida...
Vou deixando o barco seguir
de acordo com o vento .
Há momentos que a tempestade
é tão forte que penso naufragar.
Mas aí vem a calmaria
e novamente o céu brilha
esplendorosamente.
E no mundo de incertezas
fica sempre a esperança
Novas terras
outros mares
novas conquistas a alcançar.
A saudade e a solidão...
Por um tempo te judiou...
Tu veio pedir perdão...
E nos meus braços chorou.
Ex. Escravos
Veio de muito longe um povo obstinado
Sofreram perseguições, estavam exilados
Vieram de caravelas, vendidos e capturados
Sofreram nesta terra, eram apenas escravos...
O tempo passou e tudo na vida mudou
Hoje eles ganharam os seus espaços
Com qualidade, educação e bom humor
Pois venceram todos os obstáculos.
A discriminação que já foi muito forte
Hoje está quase totalmente superada
Não devemos discriminar a outra parte
Nem tentar agir de forma totalmente errada...
Bomba Atômica
Morrer, então é um pesar?
A bomba veio caindo das estrelas,
E tudo que pude pensar
foi nelas mesmas.
Não foi no tempo,
Nem no que deixei de fazer.
Só senti em meu rosto a brisa de um vento
E só de senti-la...! senti o amor de viver.
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