Vazio
O que é isso?
O que é isso que
estou sentindo?
Não tem nome nem cor
Não tem braço nem abraço
Não tem paixão nem amor...
É um vazio na pele
É um comprido no olhar
É um vagar um perdido
É não ter onde ficar
O que é isso que desce
Pelo garganta sufocando?
Um gosto amargo na boca
E eu acabo chorando
E vou deixando pra trás
Os versos pobre de mim
Vou sufocando meu grito
Por este mundo sem fim...
É uma saudade infinita
É um vagar um vazio
É uma dor que me grita
Parece um ronco bugiu
É uma parte distante
É um rosnar uma bandida
É uma fuga de mim
Como se eu fugisse da vida...
O que é isso?
Eu costumava pensar que o inferno era um lugar repleto de fogo e ódio, hoje eu sei que não é nada disso. É vazio, apenas vazio e nada mais. Não existe nada, a solidão se mistura com os seus cacos, num silêncio irretratável e ensurdecedor. E você é o único que sabe a saída desse reino infernal, você é o único que conhece seus medos a ponto de afugentá-los para longe.
Saí da lama do jundia, venci a fome, a dor a violência, o analfabetismo, a solidão, briguei com marginais, políticos (pleonasmo), discuti com colegas, professores, conheci artistas, atores, jornalistas, apresentadores etc. Cheguei perto do que significa na modernidade "vencer na vida" e cheguei a conclusão de que: A VIDA BURGUESA É O TÉDIO, A SOLIDÃO, O ANALFABETISMO, A DOR, A VIOLÊNCIA, MAQUIADA POR MAGINAIS, POLÍTICOS (PLEONASMO) ETC. E FOME TAMBÉM, PORQUE SE PAGA CARO POR POUCA COMIDA SEM GOSTO, MAS PRA QUEM AGUENTA PESSOAS SEM SAL A VIDA INTEIRA....
Meu coração era cheio de vitalidade, saúde, sentimentos, pois você me ensinou tudo isso. Agora você parte e deixa ele vazio.
E você não vai mais encontrar,
nem o sorriso, nem os lábios
e nem o olhar.
Já não há mais nada para te segurar,
para se segurar,
para me segurar.
Que a mascara mantenha
o que maquiagem nenhuma pode disfarçar,
e vamos festejar.
Afinal, o que mais fazer com todo esse vazio,
senão dançar?
Nem a natureza, nem o corpo,
um ser vivo,
um ser morto, ou,
um ser torto?
Que permaneça enquanto ser
que se manifesta,
que surge do vazio,
festa!
E que não se segure à nada.
São desses picos que
surge a floresta, e,
já não importa mais o que me resta,
que eu os enfrente a todos,
mesmo que perca tudo,
mesmo que seja esta,
a grande batalha,
a última festa.
E olhava fixamente o mundo, com aqueles olhos de primeira vez.
Como quem sangra a bagagem do peito, só pra se sentir preencher.
Re-preencher.
Eu aceito ser forte,
Dai-me força.
Eu aceito ter paz,
Dai-me paz.
Eu aceito as coisas boas,
Livra-me de sentir vazio.
"Homem invisível"
Falta de empatia
Sinto apatia
Falta de amor
Sinto desamor
Falta de saudade
Sinto que o desapego me pegou de jeito
Antônimos que me deixam longe de tudo
Sinônimo que estou seguindo em frente
Ir para uma direção sem ponto marcado
Andar pra frente, pra trás e pros lados
Sem me preocupar com o certo ou errado
Se fico longe de todos
Me aproximo do mais importante
Eu mesmo
Já estive mal
Agora estou bem
Já estive muito além
Já procurei ausência
Agora tenho minha atenção e presença
Fui fraco por vontade própria
Sou forte agora e isso é o que me importa
Odeio dormir no claro
Algumas vezes tenho pavor do escuro
Não gosto de subir escadas
Não quero descer no elevador do prédio
Ando cheio de pensamentos vazios de entendimentos
É possível ser mais complicado ?
É impossível
Me sinto o homem invisível,
Dizem da solidão
Quando está só
Saberiam eles
Que solidão maior
É estar na multidão
E sentir o universo vazio?
Sinto-me arder a alma
A alma que não cala
A fala que responde
O sentimento que se esconde.
Sinto-me perdido
Quando estou sozinho
Cheio de um vazio
Que ao meu peito me inclino.
Sentir poder ser um luxo
Um amargo gosto profundo
Que me faz perceber o barulho
Deste meu coração ainda a bater.
"Emoções não são tão difíceis de fingir,Quando “amor” é uma palavra que você nunca aprendeu..e ainda mais se está em uma sala repleta de garrafas vazias"
Quandos estamos sós, nos agarramos ao menor sinal de esperança. Mesmo que não haja o menor dos sentindos nisso.
A pior solidão e aquela que se sente desamparado de silêncio, nada pior que a companhia do barulho de gente vazia.
Particular
De uma pequena fresta surge um universo de sentidos. Como numa fenda algo pode se instalar ou invadir, e até mesmo se espaçar? É um número que só o amor pode conjeturar. De grão em grão em meio à cumplicidade são construídos alicerces sentimentais que ao final de tudo, fica o espaço criado pelo amor ou o vazio deixado por ele. Um mutuado de expectativas e esperanças desliza em nuvens de sonhos enquanto milhares de pesadelos limpam o céu de quimeras. A realidade é a carta de anuência para o efêmero cotidiano. Seria um nó do acaso improvisado por um laço em falso a busca por patentear os sentimentos a outrem. São tantas paredes testemunhas das insônias, tantos sorrisos estampados de plenitude, tantos equilibristas da razão e emoção, tanto amor surgido, “morrido”, “matado” e renascido, tanto amor, tanta dor. Que de aprofundar-se, cicatriza; que de esvaziar-se, transborda; que de dilacerar-se, sossega. E os pontos de cada nó rompido se tornam laços, e cada laço dado é um nó que se deu. Um ato que desata quanta dor que vira dó. Caberia no mesmo lugar o esmagamento e a liberdade gerada por amar, ou romperiam fitas de tanto entrelaçar a convivência e sua pluralidade? É, o amor é mesmo singular!
Implicante, dominadora, mandona, chorona, chantagista, repetitiva e dona da razão. Definitivamente, ela é difícil. Mas se fico distante dela por mais de 5 dias, sinto falta da implicância, das ordens, do chororô, das chantagens e das certezas. Definitivamente, eu te amo e não vivo sem você, Mãe!
...em uma era de conversas cada vez mais virtuais,
menos ligações e menos contato pessoal,
em uma era em que sentimentos são demonstrados
e sabidos apenas por envio e rebebimento de emoticons,
é difícil encontrar alguém,
que olhe dentro dos seus olhos
e saiba sentir o que,
realmente, se passa ali,
dentro de você...
Você só precisa da luz quando está escurecendo, só sente falta do sol, quando começa a nevar, só sabe que a ama quando a deixou ir, só sabe que estava bem quando está se sentindo pra baixo, só odeia a estrada quando está com saudade de casa, só sabe que a ama quando a deixou ir.
Olhando para o fundo do seu copo
esperando que um dia faça um sonho durar, mas sonhos chegam devagar e passam muito rápido, você a vê quando fecha os olhos, talvez um dia você entenda porquê, tudo o que você toca, certamente, morre.
Olhando para o teto no escuro, o mesmo velho sentimento de vazio em seu coração, o amor chega devagar e passa muito rápido
Bem, você a vê quando dorme, mas para nunca tocar e nunca manter, porque você a amava muito.
