Um Estranho Impar Poesia
O Internauta
Eu tenho o péssimo hábito
De ouvir palavras
De cada palavra um novo gesto
Sugestões a todos os momentos
Informações que busco e tento encontrar
Eu tenho o péssimo hábito
De sonhar acordado.
Já passei noites em claro
Ouvindo letras e guardando palavras
Para depois transformá-las em poesias
Versos para um jovem sem amor.
Alguns vivem, dormem, trabalham e se ensoberbecem.
Outros apenas acontecem.
Pessoas procuram seus restos em outros
e dizem que isso é amar.
Alguns levantam, andam, secam, derramam.
E outros apenas se encolhem.
Pessoas procuram seus restos em outros
e dizem que isso é amar.
Alguns acordam cedo, levantam e vão ao banheiro.
Outros não tem onde ficar.
Pessoas procuram seus restos em outros
e dizem que isso é amar.
Alguns vasculham por todo lugar
procurando alguém que valha a pena ficar.
E outros sabem, que não amar.
Pessoas procuram seus restos em outros
e dizem que isso é amar.
Começou a amar.
Olhou pra direita, um jardim. Olhou pra esquerda, um pomar. Não soube o que fazer para se livrar do que o rodeava, decerto que estava enrascado.
Mas, à frente, havia um precipício. Caminhou, pensou e não teve mais dúvidas.
Se jogou do precipício e morreu.
fim
Quem sou?
Sei que não sou poeta,
Nem poeta quero ser.
Só quero ser um ser que ama,
E por isso, amo você.
Nunca fui poeta,
Mas, escrevi esta poesia.
Sem saber que ser sou eu,
Mas sabendo que você é minha alegria.
O mundo é a casa do poeta.
A solidão, sua companhia.
Desejo que aceites o meu amor,
Para minha total alegria.
Sou poeta do mundo,
Do mundo da solidão.
Dedico a você este poema,
Minha vida, minha paixão.
(...) Com olhos de vida pulsante e um sorriso de infinidades...
Ela tem risada de vida e risada de mais mundo...
Sou, como todo homem,
prisioneiro, prisioneiro
de uma esperança
de uma ilusão persistente
de um querer permanente
de um sonhar consciente
de que no amanhã
logo amanhã
virá a liberdade
Prisioneiros da esperança
Sou, como todo homem,
prisioneiro, prisioneiro
de uma esperança
de uma ilusão persistente
de um querer permanente
de um sonhar consciente
de que no amanhã
logo ali, depois que noite se for
.... virá a liberdade
Quem acredita em liberdade?
quem se abraça com esperança?
são sempre os mesmos
os desesperados
os prisioneiros
os injustiçados
os cegos
os mudos
os surdos
os aleijados
...as mulheres,
as crianças
e os poetas.
No sombreado da vida eu me destaco.
Entre as mais antigas lembranças...
Uma medalhinha, um cartão, um sorriso, um aceno mão que vai se nublando pela ação do tempo...
Restos de coisas que ficaram na memória...
Fragmentos de vidas, fragmentos de encontros...
Ficamos impregnados pelo sabor daquela vivência.
Existem pessoas que deixam entrar luz em nossas vidas.
Coração que ama procura encanto nas pessoas que ele esbarra.
Sempre a procurar o brilho do sol no amanhecer.
É a fantasia que insiste em brincar com a gente.
É um novo sentido e razão de viver que chega sem avisar...
Preenche os cantos da alma.
Se torna o ponto de concentração.
Da esperança, alegria e felicidade.
Sentimentos são lançados ao vento.
Olhares são lançados aos horizontes.
É o olhar que se volta para as estrelas.
E depois se perde a procurar em todas as pessoas uma só.
É um pouco de mim que parte.
Um pouco de outrem que fica.
E ao entrar na vivência de alguns indivíduos.
Aprendi o quanto o amor é um sentimento a ser cada vez mais aprendido e compreendido.
Ao ser preenchido pela essência de algumas pessoas.
Aprendi que o amor não pode ser despertado por uma varinha de condão como se fosse um fenômeno encantado.
Que só quem tem o dom de amar possui um dicionário de palavras nobres e inestimáveis impressas no coração.
Que somente o coração que ama sabe entender e escrever de sentimentos extraordinários.
E que de todas as maravilhas que procurei.
Era simplesmente de amor que minha alma precisava...
MEUS VÉUS
Quatro fases
Quatro estações
Tantos desencontros
De um só desejo
Um só mistério
Tão conhecido
Mas que se esconde
Por trás dos véus
Sob o olhar
O teu...
TEUS SINAIS
Sinto na pele teu som
Embalo na cor do tom dos dedos
Na delicadeza das palavras, um segredo
Que escorre das mãos o que é bom
Da tua presença tão forte
Aromas, sabores, tuas cores
Que sutilmente revela amores
E no sorriso da menina, teu Norte
Um caminho que conhece tão bem
Onde escorrem cachoeiras mais além
Nesse enroscar de leito de rio
Até desaguar, céu e mar em desvario
Pois desvendados já estão os sinais
Eu e você...Nada mais!
GENTE
Gosto dessa gente
Que faz de uma pequena paisagem
A certeza de um grande momento
Num abrigo a poesia
Todas as cores retidas em um só olhar
Ventos geridos de uma tarde primaveril
Sorrisos e sons colorem o azul
Nas águas espelhos refletem
Um tempo bom
..
O cheiro do café
A pulseira amarela em seu calcanhar
A chuva que veio sem avisar
A canção de cordel
..
A chave o pingente
As asas do vento
E as nuvens doces de algodão.
..
O afago
Inesperado e gentil
O cafuné despretensioso
E o jeito de dizer um tchau
..
quando a luz de meus olhos se esvai com o passar do tempo
um sorriso de menina esta retido em minha mente
o meu reflexo em um olhar azul
como um anjo
suas palavras e sorrisos tatuados em minha alma
as folhas que juntamos em outonos passados
estão guardadas no livro velho com cheiro de madeira
nossas tardes desenhando nas nuvens , o algodão doce
com a cor dos seus olhos
mesmo passadas tantas estações
tudo continua aqui
posso sentir o sabor dos seus doces lábios avermelhados
eu queria ter um espelho e nele poder mergulhar
sem hora pra voltar , e dançar com você mais uma vez
com os pés descalços na chuva
poder mais uma vez ouvi-la cantar ao som do meu velho violão
as cartas e bilhetes , os lírios e o milho verde
nossas individualidades
o chocolate e a pipoca
nunca mais provei
o violão com cordas enferrujadas
no canto da sala
mesmo em silencio
ouço o canto da saudade
hoje meu nome se confunde
com o vazio que a
sei o que o girassol
sente em dias de chuva
meus olhos cinzas
não deferem o azul do amarelo
a vida se tornou
um rabisco abstrato incompleto e sem forma alguma
as letras aos poucos me abandonam..
a musica , o desenho no vidro , o chinelo velho
marcas em uma memoria cinza
de outonos passados
melodias tristes, sons e cores
tatuadas em um céu descolorido
tudo mudou com o passar dos tempos
e as dores ainda permanecem latentes
aos poucos a vivacidade abandona o castanho olhar
a fumaça substitui o respirar
a luz dos olhos dão lugar tenras a ilusões..
anestesia a dor que é retida na alma
o som do piano já não é mais tão belo..
nem o amarelo vivido de um girassol
o cheiro do milho cozido
o algodão doce azul
o sorriso espontâneo
tudo se foi..
no fim você já não sabe diferenciar os sons
as cores.. O mais grave do agudo
os sentimentos
apenas trago em mim as lembranças de um amor
juvenil
A aranha e a borboleta, uma visão infantil
Uma aranha subiu um Jequitibá
A borboleta voou até lá
A aranha, "trabalhadera"
Teceu sua teia
A borboleta, sonhadora
Voou de folha em folha.
Veio a chuva forte
E a aranha derrubou
E a borboleta tomou chuva
Sob a folha que pousou
Dona aranha jura
Que quem chamou a chuva foi a borboleta
Diz para a bicharada
"Essa aí tem inveja preta!"
Rodopiando de lá pra cá
convenceu as nuvens de água lançar
Só pra minha teia desmanchar
E a borboleta,
Cheia de etiqueta
Voou do Jequitibá
Mas antes disse para aranha
"Sua teia é linda
E muito bem tecida
Mas sou uma borboleta
É com o vento que teço a vida."
Sou apenas um contador de histórias
Uma presença em momentos incriveis
Um observador das maiores maravilhas
Porem há algo de ruim em presenciar
Há algo ruim em escrever
Há algo ruim em contar histórias
Nem sempre quem conta sentiu
E quem escreve viveu
Ainda mais quando os dois são apenas um.
(O Contador de histórias)
ESTRADA DE UM PENSAMENTO
Quando eu pensei em voltar
Tudo parecia desabar
Pensei qual estrada parar
Fiquei olhando o tempo passar
Pedi a Deus para me ajudar
Se ele me escutar juro rezar
A Rua que está minha casa não tem onde estacionar..
Tentar marcar hora é se julgar.
Se eu plantar pode não vingar...
Pensar em voltar é apostar em chegar...
Chego comigo.... chego sozinho ....
Vejo o vizinho seguindo seu caminho....
Paro para olhar e vejo um lugar.....
Quando eu pensei em voltar, tudo parecia mudar....
Gira mundo gira estrada, girassol na parada, não deixando sair as palavras, de lá, giro a vagar querendo chegar....
AUTORA: ANA TEREZA DE ARAÚJO BULCÃO
Morre um poeta
De alma pura
Sua partida
É sublime
Viaja como um passarinho
Livre ao encontro de Deus
Aqui deixo meu Adeus
A Manoel de Barros.
Sinto falta de quando no primeiro choque de nossos olhos, entramos um no outro.
(...)
Sinto falta do gosto seco de quando as palavras fugiam da sua boca...
Posso?
Pois tudo que peço
te passa um sentimento
de posse.
Pois por mim,
passe dia após dia,
peça tudo que pode,
pois eu te faço
sem achar que é posse,
me peça,
se aposse.
Foi no caminho que ela aprendeu a andar
E entre um amor e uma dor
ela aprendeu a rimar
Transformou tudo em poesia e oração
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