Um dia Desses
Falar sobre simplicidade
é algo simples sem complicação,
é um desses atributos que enfeitam a alma
e enobrecem o coração.
Com licença poética
Quando nasci um anjo barroco,
desses rechonchudos, disse:
- ide e seja devaneador e louco
trovador, saia da mesmice.
Aceito está sorte, tampouco,
serei neste fado só sandice,
terei, também, a imaginação.
Não sou tão eu de maluquice
que venha sem a razão.
Acho o cerrado uma beleza
ora sim, ora não, darei adeus ao sertão.
Mas o que sinto, e que seja pureza
ponho a inundar o meu coração.
Dor tenho não. Só leveza!
Se choro ou lamento é de emoção.
Cumpro a sina!
Já a inspiração a levo aonde vou.
Se é maldição, eu, ave de rapina.
Poeta é fingidor. Eu sou.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Setembro, 29, 2018
Cerrado goiano
Paráfrase.
Prefiro ser desses que não seguem padrões, não se enquadram e nem fazem questão de tal, não andam na linha, mas traçam uma, baseado naquilo que entendem, e se entendem o fazem muito bem.
Prefiro ser desses largados, nada de ostentação nem apego á bens materiais, nada de roupas de marca ou sapatos caros. O melhor da vida é se sentir livre, e viver desapegado. Apenas nos apegamos aos momentos mais insanos e intensos que nos submetemos a viver, como se a experiência fosse o único bem de valor imensurável, e isso ninguém pode nos tirar.
Prefiro ser desses sem vaidade, sem qualidades, sem méritos e sem pudor, sem rótulos. E sendo assim é que somos quem queremos ser, sem fingimento, sem máscaras.
E essa preferência faz de nós o mesmo que um escultor faz com suas peças. Se o sistema nos molda de uma forma, cabe á nós seres pensantes nadar contra a maré. Não por simples teima como fazem os revoltados sem causa, mais do que isso, agimos assim por acreditarmos numa forma de vida diferente á esta que já estava aqui quando ainda nem pensávamos em nascer. Fomos submetidos á isso e lutaremos contra o mesmo, começando por nós mesmos. A revolução começa dentro da cabeça de cada um.
Passou da hora desses movimentos grevistas acabarem e ter uma solução!
Não tem leite nem farinha nos supermercados verdura e perecíveis então nem se fala... Alunos sem aulas e pessoas sem pagamento e quando tem não dá pra nada... Alta de gasolina de luz de medicamento em um país que só pensam e investem em carnaval futebol e robalheiras... Tudo teve alta só os direitos dos trabalhadores diminuíram e roguem a Deus não ficar viúva ou depender de INSS... Pouca vergonha para os governantes desse país desgovernado...
PRECONCEITO SUSTENTÁVEL
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Fosse um desses aristocratas equivocados e aquém do tempo, que ostentam preconceito social contra o meu amigo Bastião, eu não ficaria nada orgulhoso com o seu silêncio absoluto. Digo isto, porque lido diariamente com Bastião e conheço a sua dignidade; seu brio; sua profunda segurança de quem é. Ele não se cala por subserviência, medo nem acomodação hierárquica.
O próprio Bastião já me confidenciou que, se um dia viesse a protestar contra esse tipo de comportamento, que decididamente não o afeta, cometeria um ato hipócrita. Mais ainda, se ele considerasse a hipótese de acionar judicialmente um desses pobres coitados, como sempre classifica, por alguma demonstração velada e que não lhe causasse o menor dano.
Seguramente, qualquer um desses portadores de preconceitos vencidos teria bem mais motivos para levar o Bastião aos tribunais, do que o próprio Bastião teria para levá-lo. O preconceito que o meu amigo tem - não pela condição social, mas pela pobreza de alma e caráter dessas pessoas - é muito mais profundo que o preconceito delas contra ele.
Moço, sei que não entende metade dessas minhas inseguranças, desses meus dramas, e eu também, nunca consegui explicar direito. Só sei que tudo aqui no peito e nesse meu cérebro inocente, é confuso, até mais do que parece.
Eu costumava acreditar no grande amor, desses de novela ou de cinema, com momentos e finais felizes, mas levei uma rasteira, que deixou seqüelas, das quais me deixaram assim, exatamente dessa forma insegura.
Assim que te encontrei, reencontrei o grande amor, o qual despertou o desejo de tentar mais uma vez. De arriscar sem medo de ser feliz. Mas o único medo que ficou grudado nessa minha paranóia foi o da perda. Da sua perda, entende?
Do amor, eu havia desacreditado. Achei que jamais poderia amar alguém novamente, até que você apareceu e fez meu coração reascender para a esperança. Capaz de viver novamente. De ter um motivo para sorrir.
Quando você apareceu, fiquei apavorada, tentei ser segura e confiante. Mas toda essa camuflagem não durou muito tempo. Em questão de dias, deixei escapar toda aquela pessoa neurótica e dramática que existia aqui dentro.
Não é que eu não confie no meu “taco”. Pelo contrário, sim, eu confio e acredito na gente. Mas toda essa insegurança e desconfiança funcionam de alerta pra mim, e eu não consigo impedir que elas dêem um sinal quando corro risco.
Pode ser que você nunca consiga entender toda essa bagunça. Mas só te peço um pouco de paciência, porque por você eu venceria toda essa barreira.
Preciso que você me abrace forte e não desista de nós.
Tenho pânico de pensar em te perder e eu sei que isso te assusta, mas eu não agüentaria mais um tombo daqueles.
Prometa-me que ainda estará aqui quando eu acordar. Prometa-me que nunca vai desistir da gente. Prometa-me um abraço apertado em dias de angústia. Prometa lembrar-me o quanto sou especial. Prometa-me sempre ficar. Prometa-me amar. Que eu lhe prometo Amor.
Qualquer dia desses, num momento mais inesperado, numa esquina qualquer, ou num banco de espera de um consultório (o que é mais provável...rsrs), quero dar de cara com você e lhe reconhecer.
Não só pela sua foto de perfil, mas principalmente, pelas características de suas mensagens deixadas aqui e que tanto me tocam e de certa forma mudam o meu pensar...
mel - ((*_*))
Queria ver, tenho saudade de um dia desses
de sol e chuva e depois o arco iris
para chorar, aquecer e fazer sorrir minha alma...
.
A paciência é um dom de poucos. Que você seja um desses poucos, e que o amor se torne o resultado de sua paciência, e que sua paciência possa fazer com que esses poucos, sejam muitos.
“Um dia desses, diga a alguém que é apaixonado, que quer se casar,
Caso ela diga não, viaje. Em qualquer das situações você será parte do mundo.”
"Este mundo bêbado e torto"
Ah!
Este mundo
Desses dias em que aqui passei
Me foi fundido a fogo quente
O meu pecado
Não te assustes
Nasceste ao lado do meu também o seu pecado
Doce ele era , pequeno e ainda criança, apenas
Sorria... Sorria... E sorria
Este sorriso branco, a quem lhe foi concedido
Tão branco, quanto a pureza de meu ser
Tão branco... Tão branco... Tão branco
Mas, o que a de branco, se só existe o pecado ?
Aquele pecado vestido a couro
Couro, tão sujo quanto ele
E aquela barba por fazer
Escondendo seu rosto gordo e fedorento...
Basta! Não quero mais viver
Não quero mais viver neste mundo
Não neste fedorento mundo
- ah, é?! E o que a de tão fedorento nele ?-
Simplesmente seu hálito
Que denuncia seu pecado
Como pode?
Você que era mundo
Se faz pecado
Meu pecado
Seu pecado
Nosso pecado
- e o que vai ser, hein?-
Um uísque escocês
Para afogar as mágoas
Afogar meu doce pecado
Engoli-lo sem dor
E para tira-gosto
Uma porção de amendoim torrado
Para não sentir mais o gosto, deste tal de pecado
MEU DIA...
Mais um ano de vida se passou. Vi 365 dias nascerem e ir-se a noite. Em cada um desses dias, eu vivi e passei por diferentes experiências, algumas fáceis, leves e felizes, já outras foram pesadas, complicadas e até mesmo tristes, mas sobrevivi a cada uma, tanto as boas quanto as ruins e com elas evolui. Teve dias em que me senti só, mas em boa parte deles eu tive a felicidade de ter pessoas queridas por perto. Conheci pessoas novas, arranjei um novo emprego. Desliguei da minha vida o que não me acrescentava e preservei o que me faz bem.
Nesse ano aprendi que devemos cultivar as coisas simples da vida, porque elas são o que nos faz bem. Aprendi também, que amor não se compra, se conquista a cada dia. E que a família, mesmo com todas as divergências, sempre será a minha base. Que o crescimento de um filho também é a evolução dos pais. E mãe é um anjo enviado por Deus pra cuidar da gente e nos amparar, principalmente nas horas de mais dificuldade. E os verdadeiros amigos, esses nunca se vão pra sempre, por mais que se afastem eles estarão sempre ao nosso lado para nos proteger, nos corrigir e nos amar.
Errei por diversas vezes, em algumas me desculpei, outras não, mas isso não diminuiu meu valor, e sim ampliou a minha aprendizagem. Chorei em inúmeras ocasiões, das fúteis as severas. E passei noites em claro, procurando imaginar como seriam os próximos dias.
Então, por mais que o meu último ano não tenha sido perfeito, por mais que em alguns momentos tenha me sentido frustrada e até mesmo infeliz, nestes últimos 365 dias, não teve um único momento que eu não fosse capaz de agradecer a Deus. Afinal, o que não me fez feliz, me serviu de aprendizado, não são os problemas, nem as dificuldades que me tornarão menor. Se Deus os colocou na minha vida é porque Ele sabe o meu potencial, e o tamanho do fardo que posso carregar. O Pai sabe a capacidade de cada um de seus filhos.
Mas o que me faz mais me alegra é saber que ao meu lado existem pessoas na qual eu possa confiar e que jamais me abandonarão. E que Deus jamais me desamparou e sei que nunca me desamparará.
sono sorrateiro,
levante tardio...
dentro desses coração morto,
diga que me ama ainda morrei.
em gritos pela madrugada...
desperdício o sono morreu,
bem qual meu amor meu sonho.
te amo, te amo, palavras no vazio.
Dia desses, um moço me disse que muitas pessoas se casam não por amor, mas porque querem fugir da solidão. As palavras não foram exatamente estas, mas foi algo com esse mesmo sentido. Eu queria dizer que não, mas o fato é que concordo com ele, porém, parei para refletir um pouco sobre o amor e sobre como as pessoas amam... isto é, quando amam. É claro que eu, com esse meu defeito de fábrica que me faz querer transformar tudo em conto, crônica, poesia ou qualquer coisa que possa ser lida, resolvi escrever sobre isso.
Eu não acredito nesse amor de filme, de música romântica ou de comercial de margarina, mas eu ainda acredito um pouco no amor. Acredito que alguém te ama e que você vai amar alguém. Talvez seu sentimento não seja correspondido, o que será uma pena, mas posso te garantir que julgar o outro por não te corresponder não é o melhor a fazer. Mas, sem fugir do assunto, vamos falar de amor, amor romântico, este que os poetas tentam explicar.
Tem muita gente idealizando o relacionamento perfeito, a pessoa perfeita, até mesmo tentando se encaixar numa perfeição que não existe. Eu, uma mortal como qualquer outra, já tive essa fase de ilusão excessiva. Passou, assim como (quase) tudo na vida. Hoje em dia, para mim, o amor é mais. É mais que perfeição, é mais que beleza externa, é simplesmente mais.
Quem ama, ama por inteiro. Você não vai amar a guria só porque ela é loira de olhos verdes. Não vai amar o cara por causa do rosto quadrado e do cabelo de anjo. Ou só pela inteligência. Isso é admiração, é paixão, não sei dizer o que é, mas eu não chamaria de amor. Digo e repito: o amor é mais. Bem mais.
Quem ama vê qualidades, mas enxerga também os defeitos e, acima de tudo, tenta aceitá-los. Ama pelos sins e pelos nãos. Ama quando o humor está ótimo, razoável ou insuportável. Ama a inteligência, a gentileza, a simpatia e, mesmo que tente, não consegue deixar de amar por causa de todas as coisas ruins que vêm naquele mesmo ser humano: a indecisão, a covardia, as manias, os medos.
Amor não vem do nada, sabe? A gente aprende a amar. É por isso que tem gente amando seu oposto, gente amando alguém tão parecido que até poderia ser sua cópia, gente simplesmente... amando. Acredito que dá, sim, para se apaixonar logo de cara. A paixão vem de avião, o amor vem caminhando a passos lentos. A paixão chega de surpresa, te pega de jeito e te deixa sem ar. O amor chega de mansinho e vai conquistando seu espaço entre uma conversa e outra, um conselho, um carinho demonstrado de forma mínima, mas que existiu ali, bem naquela fração de segundo... muitas vezes, o amor é a razão pela qual você respira.
O amor faz com que você sinta mais. Acredite, só quem já amou consegue conhecer todos os sentimentos. Amar é como desbloquear aquela fase do jogo que te permite mudar o personagem, conquistar novos territórios, enfrentar monstros diferentes e... eu não entendo de jogos, mas acho que deu para entender, né? Quem sente ou já sentiu amor, sem dúvida alguma, sente tudo com mais intensidade. Só sente falta quem já sentiu amor. Só sente angústia, ciúme, carência, medo de perder, vontade de estar perto e tantas outras coisas, quem já sentiu amor.
Amar, para mim, é complementar. A pessoa que você ama sempre vai te acrescentar algo, e vice-versa. E quem ama não desama depois. Eu vejo gente amando e deixando de amar no segundo seguinte, como se fosse possível. Como já dizia Lavoisier: "nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Você não deixa de sentir. Se amou, já era, o sentimento impregnou ali e não vai sair nem que você lute com todas as suas forças para se livrar dele. Pode ser que depois de um tempo, de alguma briga ou de qualquer coisa desagradável, o amor acabe se transformando em rancor, ódio, mágoa ou no que você quiser que ele se transforme. Mas o "não sentir" não existe. Não mais.
E assim, pensando no amor e em tudo que ele pode ser, eu deixo Eduardo e Monica tocando e me pergunto: afinal, existe ou não razão nas coisas feitas pelo coração?
E pior, é que eu sei, que qualquer dia desses tu vai vim , me bagunçar, e depois ir embora, como sempre.
Era só mais um amor passageiro, desses psicológicos, do imaginário e passou sem causar um arranhãozinho sequer no coração. Simples assim!
