Trabalho Noturno
"Fui abraçada pelo véu noturno
As chamas estrelares a me aquecer
Na busca incansável por seus mistérios
Nenhum inimigo irá me abater."
Fecho os olhos noturnos
Como quem procura a morte
E a minha solidão encontra-te por sorte
Não estou certo destas palavras
Mas estou firme no instante
Da palavra tua distante
Me roubando coisas amargas.
Seu sofrimento é ilusão, um entorpecente delirante para seu ego. Olhe para o céu noturno e se veja nas estrelas, tudo é e sempre foi perfeito.
LUNAR
O dia esconde-se
Noturno
E tudo o que se vê
é céu
Feixes de luz automáticos
Ditos-estrelas.
Há um recanto arredondado a aparelhar a reza do poeta.
Há a espera
Voluntariosa mas de duração presumida.
Há a vida
Previsível eloqüência do inesperado
Há o acaso
O curto
Circuito infinito
Há o oposto
Ao dito
Há o amor a prazo
O nosso
É ao vivo.
Devaneios Noturnos 2
Deitada sob o céu estrelado
Penso...
O que sentem quando escrevo?
Esclareço ou escureço?
Sou como as estrelas
Brilhantes e distantes
O mistério da natureza.
Sou como as nuvens
Próximas e complexas
A omissão da verdade.
O que posso dizer?
Não sei!
Apenas acredite.
O poeta escreve o que sente
Na esperança de ser compreendido.
Sou uma poetisa diferente
Escrevo sentir o que não sinto
Complico o que é simples
E não espero sua compreensão
Quero sua conclusão
Como se sente
Ao tentar sentir
O que estou sentindo?
Consegue responder?
O que realmente sente?
É isso que eu quero.
Esqueça o que eu senti
Não procure saber.
Observe seus sentimentos.
O que minhas palavras causam?
Mergulhe no poço dos sentimentos
E carregue apenas o que
Verdadeiramente sente.
Devaneios Noturnos I
Deitada.
Olhando a escuridão do meu teto branco.
O vento frio que entra pela janela.
E afogo – me no mar de cobertor.
Fecho os olhos.
Não durmo.
Apenas penso.
A nuvem que esconde a lua que tenta brilhar.
É a mesma que esconde a minha dor.
A estrela que acaba de apagar.
É a mesma que se apaga em meu olhar.
O sorriso que já não existe.
É aquele que você levou.
Não peço que me devolva.
Apenas guarde o que restou.
O rancor de seu coração.
É maior que o amor que sentiu.
Embora seja justo.
Perdoe-me! Mas nem tudo é o que ouviu.
Fiquei no esquecimento.
Ou na parte ruim de sua vida.
Resta – me seguir.
Ou terá outra saída?!
Caso ainda lembre.
Amei-te eternamente.
Cumpri minha promessa.
Guardei o que ainda me resta.
BRAÇO FORTE
Este Sol é o mais temível e puro
Reflexo de Narciso sobre o Lago;
Um clarão noturno em dia escuro,
O futuro do passado em que indago.
Diz-me ele que o dia é o seu trabalho;
Traz a Justiça, sobre o Amor, mitigada
Não vai remissa a Sabedoria, apartada,
Do entendimento, a Voz do ordálio.
A essência da Poesia é a metáfora;
É ontológica a santa obviedade,
Tão curta, quanto longa a Eternidade.
Quando respiro, te embalo, te mitigo.
Corpo frágil é fértil e forte na Infinidade,
Pois em ti resvalo, te afago, expiro contigo.
(Fonte: http://wp.me/pwUpj-140)
Passeio Noturno.
Parei para realinhar meus pensamentos!
A noite novamente baixara mais cedo.
A Lua uniu as sombras do arvoredo,
Em um Breu que tornava vivos meus tormentos!
Levei minha febre louca à boca seca,
Na tentativa de espantar o meu temor.
Sonhei minha morte em passos que se estreitam,
objetivando revelar o meu horror.
Os passos largos que eu já tinha caminhado,
Tão lamentados por terem sido em vão.
O andar já tinha tomado a direção,
de rumos loucos pra terem sido trilhados!
Levo-me a uma nova reflexão.
Paro para realinhar meus pensamentos.
A luz dissipa sombras e escuridão.
A noite sempre me deixará mais atento!
Estrela da Manhã!
Sob suas asas durmo.
Mesmo sendo só mais um ser noturno,
A ti eu posso ver,
Ó tão resplandecente e celestial ser.
Tão nobre, quanto o mais nobre de todos os cavaleiros do mundo,
Tão elegante quanto todos os mais finos tratos,
Tão belo, quanto a mais bela das damas,
Tão puro quanto o mais jovem rebento deste mundo.
Senhor de todo o belo e de todo o imundo,
Senhor dos mortos e dos ossos.
Imperial senhor do submundo.
Líder dos exércitos mais obscuros,
Soberano da grande matilha infernal,
Senhor de um exercito descomunal,
Primeiro mestre das moscas deste mundo,
Líder de todo o imundo.
Grande senhor desta trama obscura e eterna,
Mestre de todas as eras.
Dono deste imundo mundo.
Abraçando as estrelas me despeço do céu noturno,
Da noite em que fiz da lua nosso refugio...
Agora me entrego aos primeiros raios de sol,
Contemplando o calor e a esperança que o seu olhar me traz...
Solitárias e Solidões
Na pequena cidade, no silêncio noturno e pacato,
quase fantasmagórico e solitário de suas ruas,
não há quem caminhe por entre elas,
cada qual se refugia entre os seus muros de concreto.
Solitária condição fortuita ou não,
as pessoas vão-se embora, migram pelo mundo a procura de si.
Vilas de campos verdes e pastos,
de fortalezas-morros e estradas curvilíneas,
habitados pela simpatia de seus concidadãos,
uma hospitalidade com aroma de café,
solidões acompanhadas de broas e pães de queijo.
Solitárias são as margens de rios que secam aos poucos,
que surpreende um filho que outrora não alcançava as suas ‘funduras’.
Solidões somos muitas entre as matas, o canto do canário, a chuva fininha a cair.
História e sabores das Minas em mim veladas pelas areias do tempo em nós.
SERESTAS AOS AMORES
Os acordes do sopro dos ventos noturnos
Parecem dar os tons do plangente violão,
Desperta a Julieta que entreabre a janela,
Vendo pela fresta, debruça-se em atenção
Olhando seu amado cantarolando para ela.
O romantismo toca no âmago do seu ser
Qual flecha de cupido acertando direção,
Ela, entre a emoção e o medo de seus pais
Corresponde ao amor naquela sensação;
Ele é fogo que queima mesmo, é demais.
Dedica-se à ela a sua mais nobre canção
A qual mexe, remexe em seu ser tão jovial.
Imaginemos um tal de Romeu do passado,
A moça da janela agrade a todos do coral.
A donzela sonhou acordada, o sonho alado.
As serestas, serenatas ou cantigas pra vida,
São lenitivos para os amantes na inocência,
Penetraram em corações de pedras duras,
Formando uma, que ao reflexo sol é polida.
Luminosa, nas caminhadas em noites escuras.
NOTURNO.
Márcio Souza
Sob as notas de Noturno,
Essa canção que me encanta,
Muitas vezes eu choro e durmo,
Mas que me consola me levanta.
Levo no sono a lembrança,
Seu olhar tão meigo e puro,
No meu repouso noturno,
O seu doce jeito criança!
E sob os acordes de "Noturno", me adormeço lentamente,
Sacio a minha fome, a fome de um amor carente,
No abstrato desse sonho, saudade do amor ausente.
Devaneios pensamentos,
Me transporta essa canção,
Sob acordes e movimentos,
Me despeço. Boa noite, coração!
Márcio Souza.
O teu sorriso se destaca no meio das árvores daquele parque noturno que envolve as estrelas brilhando ao redor da lua.
AMOR NOTURNO
Tão formosa e bela é lua a brilhar em seu tapete estrelado...
Mas basta tu chegar para ela se afastar...
Seu cheiro se confunde a essência das damas da noite,
sendo são suave quanto seu beijo levemente adocicado.
O brilho de teu olhar se mistura com os brilhantes piscares dos vagalumes,
capaz de envergonhar o mais serio dos homens.
Difícil descrever tal beleza, pois só quem conhece a ti,
tem o prazer de contemplar tal momento.
"Noites de Combate"
Perdido vou
Naufragando
No silêncio noturno,
Quando ninguém vê,
Eu vejo o invisível,
Toco o intocável.
Pálpebras cansadas,
Pestanas edulcorantes,
Antecipam uma amanhã
Sem motivos para viver,
Ondas noturnas me fustigam,
Noites pensativos.
Horas vão, horas vem.
Rebolando na cama de silha,
Com cadernos e livros espalhados;
Procurando o melhor da vida,
Que a tinta da educação oferece,
Aos que com o fruto da genialidade, comem.
Perdendo sono a todo custo, sem recompensa;
Enganado pela matemática,
Fico contando as estrelas cintilantes;
Daquele elevado céu, onde a lua vira amiga;
Cujo escuro se exalta como inimigo.
Abraço noites de estudo
Abraço noites de meditação
Abraço noites de preces e lagrimas
Abraço noites traiçoeiras
Abraço noites de ritmo bichano
Abraço noites escassas
Abraço noites tempestuosas
Abraço noites de combate
Onde a minha vitória
Muitos na terra contemplarão
E se regozijarão
Ao alvorecer do dia
Voo noturno
Sonhos precisam de asas
Acontecem durante o sono
E também estando desperto
Noturnos descansam a mente
Diurnos alimentam a esperança
Acalentados para se tornarem certos.
Sonho para menos saudade
Acordo para te ver de perto
Voo noturno, encontro etéreo
Pouso diurno, teu amor na realidade.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp