Textos Reflexivos a Arte de Ensinar
Na pintura ao ar livre no impressionismo, o artista briga com as horas e o tempo, que muda toda a atmosfera, as cores e a luminosidade, antes iniciada e captada pelo pintor em momentos anteriores. Enfim a pintura tem que ser ágil, quase que como um forte e marcante esboço gestual do que viu pois o trabalho que era, vai se findar, propriamente dito, tempos depois nos retoques no atelier.
Sou fruto e flor de um universo criativo e generoso. Um lugar quase hipotético mas que existe, nos que tem fé e são mansos de coração. Vivo na preocupação diuturna com as crianças, com os filhotes e todas as sementes, por que sei que delas dependerei no meu futuro. A vida segue e só o amor vence.
A vida contemporânea sucinta mais duvidas do que certezas. Por mais que ninguém se mostra frágil, inseguro e confuso nas redes sociais da internet, pelo contrario, apresentam se fortes, confiantes e decisivos, encobrindo suas verdadeiras naturais personalidades. A artificialidade é imperativa e a essência vacilante humana escondida diante o que aparenta ser mas não existe, enquanto vida.
Albert Einstein, certa ocasião disse " Não tentes ser bem-sucedido, tenta antes ser um homem de valor ". Não alcancei o sucesso, ate por que costumo pensar que o apogeu cobra a queda mas reconheço, bem o sentido da expressão usada, pois por mérito, conhecimento e generosidade fui agraciado com o diploma de Homem de Valor, em Nova York concedido a mim, pela maçonaria americana.
O militarismo que não reconhece e exalta o civismo e o patriotismo de sua cultura, perde a vocação nacionalista em qualquer estado e governo livre. O militarismo sem o civismo cultural necessário, não passa de uma força armada mercenária organizada, imoral regida pelos interesses dos falsos poderosos e do dinheiro.
As artes plásticas brasileiras, permanece hoje vivendo resgates de artistas e obras, que passaram pouco percebido durante um passado recente numa época borbulhante de grande produção de obras de qualidade e inventividade bem originais. A falta de novos valores com obra de qualidade no mercado primário é cada vez mais eminente.
As jóias de crioula, adornos confeccionados em ouro e prata, presentes na comunidade afro descendente escrava e liberta brasileira dos séculos XVIII e XIX, se subdividem em três ramos. O primeiro das jóias, confeccionadas pelos senhores escravocratas que adornavam as escravas que serviam como empregadas domesticas a residência colonial, como símbolo de opulência e poder. O segundo, das jóias de axé, confeccionadas por razoes devocionais as matriarcas das casas de santo, da cultura das religiosidades afro brasileiras. O terceiro, as jóias confeccionadas pelos escravos de ganho, auxiliares dos oficiais de ourives, para adorno das ex - escravas alforriadas como símbolo de afirmação de liberdade na sociedade, por prestigio e poder. Usadas abundantemente durante as festas dentro da comunidade da época.
Entre os círculos de confecção das famosas jóias de crioulas, muito romantizados existem alguns hiatos pouco abordados pelos historiadores. O primeiro é quanto ao material, pois a prata por não ter extração no Brasil Colonial era mais nobre que o ouro. Outro seria sobre a confecção delas pelos escravos de ganho pois não eram feitas pelos oficiais ourives portugueses, pois os mesmo produziam os utensílios religiosos católicos e estavam impedidos a confeccionar adornos para animais. Por mais dramático que pareça, era está a posição oficial religiosa católica da época, seres sem alma, inventariados e comercializados como tal. A humanização aparece por alguns autores com o estudo posterior deste período nefasto escravocrata brasileiro.
As jóias de crioula produzidas no período escravocrata brasileiro dos séculos XVIII e XIX, tem por confecção e acabamento quase formas de artesanato e de forjaria de ferreiros, já que eram produzidas pelos escravos de ganho. Isto explica a simplicidade das formas e a repetição dos elementos, que não resultavam das técnicas da joalheria européia da época, aprimoradas dos prateiros e oficiais ourives portugueses. Em sua grande parte são de pratas, algumas com vermeil combinadas a elementos naturais de adorno, como o coral baiano, a casca do coco, o jacarandá, o marfim de diversos tipos de animais e o casco de tartaruga. O ouro quando aparece costuma ser de baixo teor e sobretudo em pequena quantidade, como detalhe.
A sociedade contemporânea trás consigo inseguranças, diversas psicopatias, distúrbios de humor, de afetividade e de objetivo a longo prazo. São na verdade um grupo que se arrasta em uma sobre vida de sombras entre sessões de apoio psicológico semanalmente e remorsos de não ser o que gostariam de ser. Um conflito interminável que só se basta com a alienação.
A sustentabilidade cultural é importante para que o modo de fazer evolua e torne se registro para as próximas gerações. A inovação ocorre com base no passado, passado presente e futuro é uma coisa só, perante a cultura. O tempo, ele é insólito, as referencias sempre dialogam com os movimentos.
A busca por boas conexões na vida, isoladamente, nos deixa cada vez mais frágeis. A busca por um conteúdo semelhante, é uma autodefesa da possibilidade de gostar do novo que ainda não conhecemos. Sou uma pessoa de sorriso fácil, na beleza ingênua mas trago comigo o choro e o vazio, também.
A vida é muito curta para ter medo, viver é diferente de existir, podemos ter nossa felicidade completada em qualquer lugar. A sanidade e a loucura, são faces ocultas da mesma moeda com um único valor. Pois se a loucura for exatamente o que você tanto precisa ? Poderá dizer para si mesmo, que bom, a felicidade, chegou.
Ainda sobre o capitulo das " jóias de crioula" é importante ressaltar e esclarecer que a Igreja Católica no Brasil dos séculos XVIII e XIX, não era uma religião somente, ela se chamava de Clero e fazia parte do estado. A exemplo disto temos o artigo primeiro do Código Comercial Brasileiro, que proíbe a mercancia, o ato de praticar comercio entre outros os clérigos que fazem parte do estado e as mulheres casadas sem a permissão do marido. Isto bem recente, nos primeiros anos da republica no inicio do século XX. Sendo assim, mesmo que veladamente coube ao clero, imputar a idéia que o povo negro escravizado, não tinha alma e fortalecendo o poder produtivo das Fazendas Coloniais, a um custo baixo para que os Barões do Café, da Borracha e da Cana de Açúcar, pudessem ter muito lucro, afinal eram eles que bancavam literalmente o Império. Mesmo que o Estado Brasileiro, tenha assumido pelo fim da escravidão e o nefasto comercio de pessoas, após a independência em 1822, perante varias nações européias, foi a partir deste período até 1850, que foram feitos os maiores e perversos contrabandos de escravos no Brasil, a sua maior parte no Estado do Rio de Janeiro, inclusive realizados por negros libertos, também, que traiam e vendiam os melhores e mais fortes trabalhadores de seu próprio povo. A exemplo disto, temos a figura folclórica de Dom Obá, um negro que possuía diversos escravos e estava ligado ao comercio imoral de escravos junto aos coronéis.
Não acredito em novas politicas indigenistas, de um novo governo que em um passado não muito distante, quando eram governo, não fizeram nada. Afinal as comunidades indígenas, estão abandonadas desde o começo da impropria colonização e catequização, e a realidade é que muitas etnias hoje, se encontram dizimadas sem qualquer registro.
No Brasil temos as três maiores etnias Romany dito "ciganas" são as dos Rom, dos Sinti e dos Calon. Por mais que os Calon tenham sido os primeiros a chegarem, no início do século XVI, oriundos das terras lusitanas mas foram os Rom, que desenvolveram e conquistaram uma maior luta social e cultural com representatividade na sociedade brasileira. Não existe uma única liderança Romany no mundo inteiro ou em qualquer lugar, cada grupo é independente isoladamente. Existe sim uma etnia e uma cultura ancestral mas que não possui uma unidade ou estado.
Desde pequeno gosto de ser muito bom com todos aqueles que foram esquecidos, abandonados e se tornaram infelizes pelos caminhos. Sempre soube que os que muito precisam, são tão carentes que não conseguem ter agradecimento e reconhecimento, fácil. São os ossos da dor onde qualquer pequeno gesto de amor, carece. Mas a vida segue, e um dia eles percebem.
A falta de sérias politicas publicas de governo para as comunidades indígenas no Brasil, chega a ser incomoda e imoral. Entra governo e sai governo, e nada é feito efetivamente de verdadeiro. A distorção entre as culturas negra e indígena, é alarmante. Uma foi importada e a outra é ancestral nativa dos antigos proprietários de todo território brasileiro. Nenhum museu do índio, existe ao contrario da cultura negra. A cultura negra sobrevivente tem uma grande divida com a resistência indígena via movimentos quilombolas. Os números da população indígena, são alarmantes, vidas e culturas indígenas nativas, importam. Erga se Brasil.
A insatisfação e a incompreensão das trajetórias passadas dos modelos inalcançáveis, dentro da alta competividade e das poucas oportunidades no contemporâneo, criam se oblíquos de personalidade, de ética e de gênero. Faz surgir assim uma geração desgovernada, sujeita a experimentações a deriva de seus ralos e rasos princípios.
O Brasil atravessa nos últimos anos uma crise ética, moral, social e familiar, sem precedentes, todos os valores institucionais sobre o bem e o mal, do certo e do errado ficaram a mercê do hoje, do dinheiro e da falsa e fugaz felicidade. Como agravante para piorar, a liberdade refém do farto consumo.
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