Textos que Falem eu Nao Vivo sem Voce
Diferente de outros textos onde me perco procurando inspiração, falar sobre a solidão é a coisa mais fácil para mim. Uma insatisfação que me aflige na maioria das vezes a noite, quando meu corpo e minha mente estão cansados, como recompensa recebe um turbilhão de desânimo. Ah, como noites assim são difíceis, mas o pior é saber que o amanhecer não vem acompanhado da alegria, mas a chegada do Sol somente marca para mim mais um dia de tristeza. É tão decepcionante sentir que o tempo se esvanece cada minuto que passa e que a situação não melhora, olhar em volta e ver o amor, o carinho, a saudade pairando ao redor, porém bem distante de pousar em mim.
Versei os lábios teus. Parafraseei teu corpo junto ao meu. Criei, recriei textos que decodificassem o teu olhar… E descobri, que nenhum poema simplificaria o nosso amar, senão àquelas escritas que fizestes por tuas mãos ao me tocar. E sem perceber havíamos nos entrelaçado nas entrelinhas subsistentes da vida. Eramos um poema, sem rima. Uma frase, sem sentido. Um livro, sem moral no final. Inconsequentes, escrita perigosa. Uma história que ninguém entendia. Não havia um começo exato, tão pouco um fim decerto. Mas uma coisa sabíamos; Por linhas tortas, com amor a gente escrevia.
Como se fosse ontem, lembro que li alguns textos que me mandastes. Dentre aquelas linhas, vi o quanto me amava. Vi também o quanto sofreu por mim. E em um dos textos, não me esqueço disso, disse que me amaria para sempre. Por que mentiste para mim? Não me amou para sempre. Amou-me até aparecer outro homem em sua vida. Não comparo sua vida como a vida de Marcela, a Marcela de Brás Cubas. Marcela o amou durante "quinze meses e onze contos de réis", contigo não foi assim. Você me amou até sua vida achar que desprender da minha seria a melhor opção. Essa sua vida cega, que não enxergastes o monstro que se camufla no seu novo amor. Esse monstro que provou o seu beijo, provou também o beijo de uma das suas amigas. Digo que pra você, guardei o amor que sempre quis mostrar, o amor que vive em mim, como já dizia Nando Reis. Te deixei esperando por muito tempo, eu sei, mas não, não irei te deixar mais. Não se esqueça de mim. Não me deixe nunca mais. Quero você por perto, quero sentir seu calor, quero te tocar, senti-la, despi-la, amar-te. Deixe-me provar o gosto dos seus lábios, deixe-me mexer em seus cabelos, deixe-me te ter. E assim, me tenha também. Eu sei o quão difícil é esquecer alguém, então, agora que me esqueceu, me lembre e deixe-me nunca esquecer de ti.
Ouvi de uma amiga que meus textos eram uma "Leitura fácil". Sempre tentei descrevê-los e não sabia o que falar, mas é bem isso. Não sou poeta, não pretendo fazer sucesso. Não são textos pra causar grande impacto ou dar lições de moral. São apenas pensamentos perdidos que tento organizar em palavras que vez ou outra agradam alguém.
Escrevi textos que jamais tive coragem de mostrar para ninguém, porque o medo sempre é maior que qualquer coisa que poderia existir. Do meu lado, não está ninguém, e talvez, assim que deve ser. Talvez, eu não mereça o amor de ninguém. No máximo, posso merecer compaixão, mas amor não. Não mereço.
Músicas, livros, textos, filósofos, poetas, físicos todos eles tentando decifrar qual o verdadeiro significado do amor. No que eles acreditam? Em uma mutação genética? Uma necessidade biológica? Uma atração física? Todos eles procuram decifrar esse sentimento que não dominamos. Mas para mim o amor não tem explicação, não tem como defini-lo, apenas senti-lo.
E ao término dos muitos breves textos, imagino que possa estar a aparecer um ridículo e clichê sentimental, posso estar parecendo transmitir isso de maneira piega, mas que seja, de que adianta expor se não com os sentimentos? Escrever é fácil, qualquer um pode desenvolver esta arte, embora, escrever com a alma, transmitindo sentimentos, isto é único, isto é raridade, assim como raros os que sabem reconhecer e apreciar.
De tanto me importar, calei. Fiquei quietinha, só com os mesmos problemas e novos textos. Nem sei mais por onde ele anda, e nem quem é a sua namorada. Mesmo que ela seja linda, sempre vou achá-la feia. Não sei mais sobre faculdade e nem sobre suas bandas preferidas. Os três anos se acabam por aqui. E eu o expulsei de uma vez por todas de dentro de mim. Não quero mais saber. Não quero mais nem ao menos ser invadida pelos mesmos pensamentos de sempre, e nem vou querer fuçar em suas redes sociais só para ver se está bem. Você não se importou comigo, e nada mais justo te ignorar para sempre.
Posso escrever coisas bonitas, piadas, grandes textos ou apenas uma frase. Posso brincar com as palavras e fazer trocadilhos, posso dar um grande significado ou fazer duplo sentido, só não posso fazer com que minhas palavras alcancem o mundo, e nem quero, só quero que elas ajudem e melhorem o dia daqueles que tiveram a chance de vê-las.
Te amo, porque de todos os textos que já remeti a alguém em minha vida, esse foi o mais difícil, o mais demorado. Não por faltarem razões, mas por saber que, independente do quanto eu me esforçasse para explicar, essa carta jamais conseguiria capturar nem a metade do que eu realmente sinto. E eu preciso que você saiba que é muito grande, que são todos esses motivos e muito mais, que é o que eu ainda nem sei, mas que é, principalmente, a minha insaciável vontade de continuar descobrindo.
"A arte em letras, textos e contextos é simples, algumas pessoas se esforçam em tentar escrever, sem muito exito para si mesmas, discordo, acho que todas as letras são mais do que válidas. Mas ai vai uma dica então, não tem dicas, basta escreva sem se preocupar, só assim é possível deixar sair de si o bonito de se ver."
Alguns relacionamentos são como textos, a conclusão decepciona. No início o texto flui perfeitamente, liso, solto, suave, cada palavra se encaixa como feita para estar ali e de repente acaba, como um corte mal feito para os comerciais no meio do filme. E você fica ali, sentado em frente a tela se perguntando o que aconteceu, o que virá pela frente.
Ouço músicas que gostaria de ter composto, leio textos que gostaria de ter escrito, vejo produtos que gostaria de ter fabricado e conheço ideias que gostaria de ter tido. Então, percebo que tudo aquilo foi criado por pessoas como eu, que se superaram, talvez não o tempo todo, talvez por apenas uma fração de segundos.
A Igreja inventou a Teologia para esclarecer os diversos textos obscuros que permeiam a Bíblia e torná-los claros para os leitores e ouvintes durante a liturgia. Na política corrupta do Brasil, torna-se imperioso a formulação de uma Teologia para esclarecer os discursos políticos carregados de segundas intenções e que são digeridos pelo grande público como coisa salutar, quando na verdade estão se envenenando politicamente.
Olho os casais, olho os planos, textos, fotos. Já quis aquilo, já quis ter alguém com quem partilhar todos os momentos, ainda quero, mas ninguém com quem eu precise dividir minha vida inteira. Quero a família que já existe, não criar uma nova. Imagino-me velhinha, sozinha, num asilo jogando com os amigos. Não consigo me imaginar com filhos, marido, envelhecer juntos. Para mim, tudo isso é história para boi dormir, utopia. Nada disso existe com felicidade na vida real.
Aprendi a voar no que faço. Nos meus textos, na rádio, nos livros, nos vídeos. É um jeito de estar no céu, mas com palavras, De sair do chão, do lugar comum, das superficialidades do dia a dia e subir além das nuvens. Ir ao céu possível e abrir as janelinhas. Sobre as camadas de nuvens não há tempestades, o céu é limpo, há liberdade.
Nas minhas teses malucas, nos meus devaneios e textos rabiscados de sentimentos e contradições próprias do meu desconforto monumental com o ser humano, nunca acreditei que somos 2,3,4 pessoas numa só. Aquilo que outros afirmam: “OUTRA PESSOA”. Serve como poesia e música, mas não serve como realidade física. É uma crítica e autocrítica. Se eu aceitasse que somos muitos, poderia sim compreender porque tantos fogem da culpa, pois teria a grande desfaçatez de jogar a culpa no meu outro “eu”. Como não aceito, o julgamento, cabe a mim decidir de que forma poderia ter tomado essa ou aquela decisão.
Hoje, uma pessoa veio me contar que leu mais dez textos no meu blog retratando os mendigos do Catete, e me perguntou de onde vem essa "obsessão por gente miserável". Não respondi ainda, e acho que farei por aqui, pois já é motivo pra um novo texto. Bom, começou com meu avô, na Vital Brasil, em Niterói. A casa do meu avô fica no pé do escadão do Cavalão, na subida da José Vergueiro da Cruz. Ali, sempre quando eu estava brincando na varanda, me causava pavor e medo uma negra descabelada, bem miserável, que, de 30 em 30 minutos, sofria ataques de caretas e dava tapas na própria cabeça. E ela sempre ficava sentada ali, no meu foco de visão. Para completar o quadro desagradável (eu só tinha 10 anos) ela soltava pelos lábios ventosidades com estrépitos que muitos julgavam escapados pelo cú. Magra, alta, não me lembro muitos detalhes. Só o que me recordo é que era vista falando com as pessoas conhecidas que entravam ou desciam do escadão, sempre no intervalo entre dois ataques que aconteciam de meia em meia hora. Não era raro vê-la passar e se comunicar com meu avô pelo portão, enquanto ele limpava o chão da garagem com uma mangueira. Por duas vezes, presenciei dois ataques, dois surtos, enquanto falava com meu avô. Não me lembro de ter visto qualquer morador da rua rir daquela senhora. Pelo contrário, quando ela dava os ataques, todos sabiam como auxiliar. Eu, morria de medo. Todos a tratavam com respeito pela educação e atitudes que ela tinha, quando no seu estado normal. As outras crianças, que nem eu, bem mais inocentes do que as de hoje, morriam de medo. Certa vez, meu avô, a fim de que eu perdesse o medo, obrigou-me a falar com a tal senhora, quando de passagem num sábado a tarde pelo nosso portão. Não é preciso dizer que flutuei no medo, na expectativa de um dos seus ataques. Perguntou-me o nome, deu-me umas palmadas no rosto, alisou-me os cabelos e, depois, ela mesma, mandou que eu fosse brincar, obviamente para que eu não presenciasse o ataque habitual. Não esperei segunda ordem. Afastei-me e fiquei à distância aguardando o ataque que não tardou. Mas, o encontro, de fato, fez-me perder o medo. Já não corria mais do portão ao vê-la. Aprendi a gostar dela. Lembro, até hoje, quando passou por mim no portão pela primeira vez que eu não corri. Acenou, acenei de volta, e ela seguiu seu caminho; me senti o cara mais sinistro e corajoso da Vital Brasil. Pensei: quem manda nessa merda sou eu. Desde então, sempre quando via sua sombra subindo a ladeira pela janela, já corria pro portão para redobrar minha coragem e fazer, cada vez mais, um contato mais próximo com aquela senhora, o que me deixava cada vez mais "sinistro" dentro do meu fantástico mundo de alessandro como o segurança da rua. Até que um dia ela parou para, de fato, conversarmos. Após 35 segundos (mais ou menos), ela teve um ataque epilético e caiu no chão, na minha frente. Imediatamente, um homem prestou todo auxílio e, quando a situação havia acalmado, percebi que estávamos de mãos dadas ali na calçada, sem mesmo perceber, durante toda a crise, que durou uns dois minutos. Depois que meu nervosismo passou, percebi que o homem que havia prestado o auxílio era o meu avô. Naquele momento, com ela ainda no chão, nos olhamos e, sem precisar falar nada, entendi exatamente tudo o que meu avô queria me ensinar sobre a vida, naquela oportunidade. Enfim, as histórias e experiências que tive com meu avô neste sentido foram muito longas, mas essa lembrança é o início dessa minha "obsessão por gente miserável" rs. Ainda sobre ela, não sei como terminou, pois nunca mais voltei naquela casa depois que meu avô morreu. Mas, se não me deixou a saudade, pelo menos deixou uma grata lembrança, engastada nas imagens daqueles tempos em que as crianças, tanto as do morro, quanto as do asfalto, ao invés de matar e assaltar, tinham medo de velhinhas doentes e miseráveis...
Há quem diga que pensadores são aqueles que escrevem ou proclamam textos e frases que nos fazem refletir, ou nos traga uma verdade a tona através de suas sábias palavras, mas os mesmos que julgam ainda não se deram conta, que todos nós somos pensadores, todos somos seres pensantes que constantemente estamos raciocinando e ativamente pensando, a única diferença, é que os denominados pensadores encontraram uma forma de passar para o resto do mundo aquilo que pensam, enquanto os outros, preferem guardar para si mesmos, ás vezes por vontade própria, ou na maioria das vezes simplesmente pela ausência de maneiras eficientes o suficiente para expô-las.
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