Textos sobre Dor
O pior não foi te perder
Mas, o sentimento que carrego no coração
Essa dor, que me consome todos os dias
Vou definhando dia após dia, noite após noite
Esperando acordar algum dia, e não sentir nada, não me lembrar de nada
Deixar todas as lembranças, as promessas, as mentira, e a dor para trás
Hoje, eu apenas sobrevivo, levantar é uma luta constante, se pudesse morreria em um piscar de olhos
Meu lado racional briga com a minha irracionalidade e minha esperança de que TUDO isso seja apenas um pesadelo, e um dia irei acordar e você estará comigo
Mas, isso não é verdade é?
Está TUDO acabado?
Como isso aconteceu, por favor, eu preciso saber, como pude deixar acontecer?
Tem algo que eu poderia ter feito, que faria com que você ficasse?
- 08 de Setembro de 2019
Faz tempo
Fazia um tempo que não sentia nada
Sinceramente, não sentia falta disso
Dessa dor, da angústia, da saudade, da dor de estômago, da ânsia de vômito
Maldito seja você, que ainda mexe comigo
Tenho certeza de que ainda não te superei
Mas essa desintoxicação mexe com o meu emocional, mais do que deveria
Vejo pessoas que conhecia morrendo, e sinto que vou desmoronar quando a morte começar a pegar as pessoas próximas a mim
O que eu farei, como irei lidar com isso?
Espero que a nova medicação seja melhor, que me ajude a deixá-lo para trás
Sabe, as vezes eu sinto falta de você, apesar de TUDO
Do que sentia com você, sei que jamais voltarei a me sentir da mesma forma
Pois, além da minha obsessão por você, eu te amei verdadeiramente e profundamente
E isso, infelizmente só acontece uma vez na vida
Como você se sente Hess?
Você se sente ao menos um pouco como eu?
Creio que jamais saberei as respostas para as minhas perguntas
Pelo menos, no que diz respeito a você, a "nós"
Isso me tira a paz, perturba o meu sono, não sempre, mas as vezes....
É, eu acho que ainda te amo, e isso ainda machuca, ainda dói pra caralho
Isso me faz tão mal, é como se eu tomasse veneno e continuasse agonizando, sendo impossibilitada de morrer
- 31 de Outubro de 2019
Hess
Meu coração se parte um pouco mais, cada vez que me lembro de você
Minha dor continua aqui, não importa o tempo que passe
Está aqui, eu posso senti-la
Sempre aqui, me incomodando machucando
Me lembrando, o quanto você me quebrou
O quanto é difícil me reconstruir, colar todos os pedaços do meu coração
Começar de novo, desde as coisas simples, até as mais difíceis
Às vezes eu penso, chega a ser ridículo, apesar de continuar sofrendo pelo que me fez
Sinto pena, por você, porquê foi você que perdeu uma pessoa incrível, alguém que faria Tudo por você, Tudo mesmo, eu mataria por você, da mesma maneira que morreria por amor
Soa tão deprimente, mas infelizmente, me sinto assim
Sinto muito por você e principalmente por mim
Que pareço Viver em uma realidade alternativa
Eu tento acordar desse pesadelo em que me encontro, desde que você se foi
Mas eu nunca acordo, continuo aqui e isso nunca acaba
- 27 de Fevereiro de 2020
Sinto uma sensação
Estranha em meu peito
Mesmo a conhecendo
Me pergunto o que seria,
Dor?
Tristeza? não sei dizer,
Isso dói muito
Não quero isso para
Ninguém, que perceba
Essa sombra, em minha
Aura me seguindo,
Me vigiando de perto,
Como se vivesse comigo.
Não!, me deixe em paz
Por favor não aguento
Mais essa dor.
REALIDADE (soneto)
A dor foi longe demais, para voltar
Nos canteiros onde havia só flores
Hoje a erva daninha tomou o lugar
O que era voz prazerosa, há dores
Em nós, vazio ficou o falante olhar
Aos antigos sensos, outros amores
E na saudade do amor, um silenciar
Com os esboços com outras cores
Valores? Há um, a doce lembrança
Que ficou no outrora, ali a de estar
Uma vez já bailada, outra a seresta
Quebramos tudo, toda a esperança
O que era para ser, se perdeu no ar
E a poesia dedicada, não mais nesta!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020, 12’07” – Cerrado goiano
Hoje, a saudade de ti. Veio. Donde viera?
Dum vazio? Ou do silêncio que profetisa
Rima de dor. Ou do amor, quem me dera
Tua lembrança me veio como acre brisa
Vi-te primeiro o sorriso tal a primavera
Em flor. Depois me veio o que divisa
Tua alma da tua tão especial quimera
E de novo me encantei a graça concisa
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020 – Cerrado goiano
POEMA – PRECORDIALGIA NUMA QUARENTENA
Hoje, eu só queria falar da dor, da dor que enlaça o meu peito nesse momento de confinamento. Sei que está sendo difícil, já senti vontade de chorar, até. Talvez esse seja um momento de encontro comigo mesmo. Quanto tempo que não tive mais esse contato, esse encontro, talvez a dor surge em meio a essa dificuldade de me encontrar e de conectar-me a mim mesmo no dia-a-dia. Nesse momento, talvez um acalento singelo pudesse apaziguar essa dor tão devastadora que urge em meu peito. A precordialgia me invade! Nesse nome, percebo o quanto o preço da dor dói em mim, o quanto eu permito ela doer em mim. Qual o preço da dor? Qual o preço da cor? Não sei! Mas, sei que estou pagando o preço por guardar tudo em mim, esses sentimentos guardados se transformaram em dor no meu peito, essa dor que me sufoca, que me tira o fôlego, parece que estou morrendo, que tem algo me corroendo por dentro. Fico pensando e imagino que o preço da cor está naquilo que eu não faço ou gostaria de fazer. Até colorir isso tudo, essa dor que está aqui dentro, levarei uma quarentena. Talvez esse momento seja para isso: para transformar a dor em cor, para refletir se vale a pena cultivar essa dor, para transformar a escuridão em luz, para colorir em aquarela a algia que surgiu quando eu entrei em contato comigo mesmo. A dor tem preço, e desse preço eu quero levar o valor da cor. Ao fim da tão dolorosa quarentena, virei um pintor de mim mesmo: a dor virou cor!
MUNDO 🌹
Um mundo sem homens
Sem deuses sem tempo
sem destino sem hipocrisia
Sem dor e sem fome
O vento corre como um cavalo
Por todos os lados o mar rodeia-me
Deixando recados escritos na praia
Filha da espuma do beijo do mar
Intolerante, inquieto, inconstante
Chove lá fora e o meu coração
Chora de amor e saudade que vem
De dentro, caiem lágrimas de alegria
Afinal esperar por ti não foi em vão
O vento corre e galopa como um cavalo
Rodeado de mar, onde as ondas escrevem
Na areia poesias de amor
Cavalos selvagens, tempestade de neve
Onde correm como o vento
Do seu desalento, pranto sentido choroso
Lágrimas que derretem o gelo da alma
Como fogo ardente selvagem de uma paixão
Corpo nu belo charmoso quente
Quando o nosso sonho perder a luz
Sorria sempre que voltará a luz ao seu sonho encantador
Esse seu amor
No frio é o me calor
Essa sensação não tem valor
Com você não sinto dor.
O seu ciúmes
Tira-me de meus costumes
Não me entristesse
Porém, me aquece
De mim você quer cuidar
E agora eu vou deixar
Me amar por completo
Mas lembre-se de não brigar.
Quando o sol se levantar
Com beijos desejo te acordar
Para de bom humor o dia começar.
Passo o dia com você jogando
Nós dois brincando
Mas melhor que tudo é com você ficar conversando.
Por você estou apaixonada
E até pelos seus defeitos encantada.
EM CONFISSÃO (soneto)
Meu amor, minha paixão (dor e o contento)
Meu fado azarão, dedo turvo na predileção
O meu devaneio vestido, e desnudo o alento
Quanto o vulgo, sentimento, pura desilusão
Santo confessor! Ao meu flagelo fique atento
Sabeis tudo, tudo.... - dos segredos do coração
Meus lamentos, em vão, desastrado juramento
Nas juras, ao luar, evolou só insensata emoção
Um cativo na noite infinita, ó noite tão infinda
Sabeis que sem afeto o mundo é uma mentira
E que rude é a lágrima que escorre tão sofrida
Eis o meu amor, quebrável, em súplicas ainda
Santo confessor! Deste desventurado caipira
Quem pode detê-lo sem pô-lo de partida? ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/03/2020, 23’13” – Cerrado goiano
TRIUNFO🌺
A dor que me rasga o corpo
Que me atormenta a alma
Que me tortura a mente
Que me inferniza o coração
É a dor que me ilumina e me castiga
Que Deus me alivie do vale da sombra
Hei-de passar pela dor infinita para triunfar
Soluços da alma gritos de dor
Lágrimas de agonia corpo da vaidade
Mente louca sádica masoquista
Devoradora gasta desprotegida abandonada
Deserta da solidão rua deserta
Beco quieto linha vazia
Calçada a portuguesa chuva de lágrimas
Jardim inacabado candeeiro sem luz
Altar sem cruz igreja sem sino
Pessoas sem destino futuro sem esperança
Janelas partidas viver sem lembrança
Olhar perdido adeus mudo
Vento forte tempo esquecido despedida cruel ..!
Amor é dor
Calafrios nas mãos
Insônia com razão
Peito apertado
sensação de aflição
Vem, muda meus dias
Minha rotinha
Minha vida
E depois me deixa na esquina
Nua e sem qualquer quantia
Sou mendiga
Pleiteiando minha saída
Tento enxergar beleza nos dias
Aqueles que não vejo sua retina
Vivo o luto de sua despedida
Temendo aceitar sua partida
Ansiosa pelo fim desses dias
Na esperança que o sol ilumine meus dias
Amo e por isso sinto dor
Vc me conjuga com o verbo rancor
Penso em vc e perco o sono
La se vai uma noite sem dizer: te amo
Andando por aqui sozinho
Eu consigo enxergar a dor
A empatia que nos falta
Retrocede o que restou
Talvez seja questão de ser humano inteiro
Voltar e me olhar no espelho
Lavar a alma e tentar seguir em frente
Mostrar que tudo pode ser
Tentando escapar do que há de pior
Pois o mundo já não é o mesmo
Fácil de cair, sem sintonia não há paz
Vou recomeçar sem medo
As vezes sinto que a dor me consome e não é aquela que de repente some,e sim aquela que carrego no peito desde que não somos mais como éramos antes e não temos aquela antiga conexão constante.
Por isso eu só sinto,porque não quero acreditar que á pessoa que eu conheci,não me transmite mais aquela alegria pelas mensagens bem ditas,com aquele Bom dia crucial que acabava melhorando até oque eu diria as pessoas que rodam comigo com empatia,apenas lembro que dizem que você faz coisas,mas com a experiência digo que são só avarias.
Quero apenas te ouvir e te compreender e saber que esse desejo é mútuo com puro afeto entre almas com conexão...
Eu e eu
Eu converso comigo.
Logo me intrigo.
Um sonhador.
Que conhece a dor.
Houve se do amor.
Mas é na poesia que me torno trovador.
Cara imbecil.
Achar que a rédea da felicidade não tenha luta.
Labuta.
Mas a mente astuta.
Maluca.
Cuca.
Eu converso comigo muita bobagem.
Mas também carrego uma bagagem.
Um certo entendimento.
Não entenda como vanglória.
Aí que mora minha ignorância.
Minha covardia.
Em ver toda dia a fonte da razão.
Mas a teimosia.
Orgulho.
Ganância.
Soberba.
São elementos da cabeça humana.
Eu, eu continuo comigo.
Olhando para o umbigo.
Sem amar o próximo.
Vivo remorso.
É um diálogo perverso.
A mim eu confesso sem parar.
Como é difícil amar.
Giovane Silva Santos
SONETO INDOMÁVEL
Ó pranto! À dor, quando, entranho
Fico sem rumo certo pelo cerrado
O anoitecer, quando, chega calado
Tudo é solidão, e em nada é ganho
Tristura, fria, que pesa no passado
O vento é poeira de ardor estranho
E a hora lenta e tão sem tamanho
Que o olhar vazio, alheia, fissurado
No meu alvo silêncio, rude insônia
Clamo por todo o arrimo, em vão
Nada escuta, indigente cerimonia
Invento um verso, tento, e tento
E rasgo-o, continuas sem demão
Tudo é indomável no sentimento
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 de março de 2020 – Cerrado goiano
ALMA RASGADA 🌺
A minha alma gritava
E rasgava de dor
O meu corpo descosia
As linhas cerzidas
Onde eu remendava
A minha desalinhada mente
O sangue dói como as palavras
Que escorrem nos rios
Correndo para o mar
Gestos de lua, colhendo rosas
Estrelas cadentes, agonizada noite
Dedos feridos, crispadas mãos
Rimar poético, digno de louvor
Flutuado pensamento, nostalgia suspensa
Ausências no espaço, presença perfeita
A minha alma aclamava os espinhos
Que eu cosia e remendava as rosas
Para florir de amor de esperança
DOR DAS ROSAS
A minha alma aclamava os espinhos
Que eu cosia e remendava as rosas
Para florir de amor de esperança
O sangue dói como as palavras
Que escorrem nos rios
Correndo para o mar
Gestos de lua, colhendo rosas
Estrelas cadentes, agonizada noite
Dedos feridos, crispadas mãos
Rimar poético, digno de louvor
Flutuado pensamento, nostalgia suspensa
Ausências no espaço, presença perfeita
CORRE O RIO 🍁
Corre o rio de tristezas devagar cor de sangue
Sangue, sangue de dor arma enferrujada
Veias de veneno lapidado sugado no escuro
Corpo estendido esquecido e sentido
Sangue derramado de um soldado
Com o coração partido perdido, magoado
Guerra estúpida, sem tempo, sem hora
Humanidade despida sem destino nas areias
Escaldantes do deserto desentendidos, ignorantes
Corre o rio de dor, de sangue de odor, podre, fede
Carne apodrecida deixada à sua sorte
Veias lapidadas de cores de uma guerra estúpida
Sem honra, sem respeito, sem compaixão
Feridas feitas no peito de sangue que deixam cicatrizes.
Aquela dor
Estamos no mesmo lugar,
Diante dos mesmos barcos
E das mesmas pessoas.
Certamente,pensas que não
Lembro
De suas palavras
E gestos.
Eu não esqueci,
Mas deixei de me importar
Pois não é algo relevante.
Como eu já disse,
Da mesma maneira que eu
Posso gostar de ti
Eu também posso Desgostar.
Nunca volto atrás
Daquilo que um dia me feriu,
Então,
Adeus.
-Gabriela Bonfanti
