Textos de Chuva
Mãe Natureza
A neblina afaga os cumes das montanhas com o seu gélido hálito, a chuva precipita-se dos céus sobre a terra sedenta, a floresta recebe esta dádiva, absorvendo cada gota que cai no seu âmago enquanto o vento agita as suas copas, é um bailado, em que o ciclo da vida se envolve numa dança intima entre os elementos. Não haverá Primavera sem um Inverno, não haverá flor sem que a planta mate a sede que o Verão quente lhe infringiu, Esta cadeia de acontecimentos é controlada pelo equilibro da Mãe Natureza, que em toda a sua imensidão nos oferece em cada estação a beleza destes momentos.
Gosto de ficar sentado, sempre que sinto o astro molhado, a ver a chuva cair, é como alento, como ter a certeza que uma Primavera está porvir.
A grama da colina
Amanheceu toda molhada
Devido à chuva fina
Que caiu de madrugada
e de repente me lembrei
de outras tantas manhãs
Que jamais haverão de retornar
Num tempo em que eu não sabia
O que sentia ou quê sentir
Agora o dia amanheceu
Sem borboletas nem café
Sem sorriso de mãe
nem nada a tocar no rádio
Amanheceu um dia assim
Que me fez lembrar do começo
de algo que eu nem sabia o que era
Sabia que sempre amanhecia
Mas não achava que
Com o passar das primaveras
Aquilo que eu nem sabia o que era
haveria de tanto mudar
E mesmo assim o amanhecer
Ainda traz grama molhada
mas agora eu sei
Os janeiros, os verões, e os amanheceres
Me ensinaram quem eram
E o quê eu devia sentir
A cada vez que visse
Findar mais uma madrugada
E de tanto aprender
Hoje
Não sinto absolutamente
Nada.
CHUVA DE GRANITO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Fiquei confuso e assustado ao obter de um amigo informação de que houvera uma forte chuva de granito em sua cidade. Se uma chuva de granizo já é capaz de causar estragos, e a depender da intensidade ou do tamanho das pedras até mesmo tragédias, imagine o que não faria uma chuva de granito, ardósia ou mármore.
Confesso, entretanto, que a informação de meu amigo também me levou a fantasiar. Sou mesmo assim, em razão de meu espírito gravemente poeta... e sem cura. Imaginem vocês, que de muito fantasiar durante o dia, tive um sonho inusitado, à noite. Tudo por culpa da informação fantástica de meu amigo.
No sonho, meu quintal bastante arborizado, até bucólico, foi presenteado por uma chuva fina, inofensiva e bela, não de granizo, granito, ardósia nem mármore, mas de rubi. Rubi em grãos delicados que pousavam suavemente sobre as folhas das árvores e deslisavam ao chão, onde pude colhê-los, feliz da vida.
Os caranguejos e o Guarujá
Apesar dos pesares, da chuva e do vento forte que sacudiram hoje o Guarujá o prato do dia é caranguejo.
A Câmara continua marchando para trás, a Prefeita no caldeirão fervente e nós, na lama, bebendo os últimos goles no volume morto da reserva de esperanças de termos um dia uma administração honesta.
A chuva que lava não veio.
E não virá a administração honesta, porque o que existe são candidatos ao espólio de uma sucessão de ladrões que criaram a teia que exaure os cofres públicos com licitações duvidosas, contratações ilegítimas e péssima administração dos bens públicos.
Precisamos mais que uma chuva, mais que uma tormenta, quiça um furacão de bons ventos.
Quem sobreviver verá!
O sol por vezes metaforicamente representa a luta e a vitória, o trabalho e o ganho e a chuva e a tempestade representam momentos difíceis em uma situação generalizada.Continue perceverando e se possível arrisque-se a tentar o melhor.
Lembre-se que até o sol e a chuva juntos se unem e tornam-se um arco-íris de um dia levemente ensolarado, lindo e colorido, então viva com fé e esperança buscando Deus que tem todo o controle e que está além de toda altitude dessas dificuldades e terá dias que valerão mais que ouro !
Sol e Chuva
Sol e Chuva dias tão cheio de magia.
Que ninguém entender,
Ás vezes sol, e logo chuva
Assim vem o tempo,
E hoje está sol e chuva...
O tempo tão confuso!
Não sabe se brilha ou se molha
E chuva cai sem pressa,
Não tem hora marcada
Só o tempo e capaz de entender,
O mistério da vida...
Quando a mente e capaz de desprender,
O mistério de toda beleza,
E assim também caminha minha mente
E assim vou caminhando com casacos
e botas e sobrinha,
No sonho de pura poesia!
Com sensações da magia do sol e chuva,
Que molhar e seca,
Todos meus caminhos confusos.
Pisei no fogo
Queimei a pele
Dancei na chuva
Pulei no rio
Andei descalça
Me desnudei,
Corri para o mar
Me banhei,
Com águas frias
Me sequei,
Fui...
Lá onde mora a felicidade
Bati na porta
Entrei,
Sentei sem pedi licença
Roubei momentos,
Furtei sorrisos,
Colhi beijos
E joguei pra tu.
"ARITMÉTICA NOITE"
É sempre assim, nas noites de chuva
Noites de frio no inverno que dói
Desta solidão imensa
Em que o choro se torna eterno
Lembranças doces, que escorrem
Em forma de lágrimas da minha alma
A tua partida vai doer como dói agora
Como a fina chuva de inverno
Noites frias que congela as minhas lágrimas
Esta vida tem uma estranha aritmética
Desta dor que nos abate e tortura
Que julgamos que muitas vezes não ter cura
Que destino nos impôs e impõe
Esta alegria que nos dá desejos de abraçar o mundo
De chorar, de rir e que nos põe tristes sem querer
Depois, esta estranha sensação da vida
Que parece ciência, parece arte
Afinal quem pode compreender esta dor
Que eu não a entendo, dor que mata na escuridão da solidão.
UM DIA CHUVOSO
Cai a chuva no telhado, chuva fria
Que cai sem culpa, gotas que passam
Sem deixar marcas, molham a terra
Molham as flores, deste jardim encantado
Incerteza de um belo dia, abençoado pelo amor.
Essa chuva miudinha, faz um sorriso de alegria
Quando a noite chegar, não conseguirei ver as estrelas
Bate a chuva na janela, queria dormir com ela aberta
Chuva fria deste outono, talvez volte amanhã
Molhe o meu coração, com muita alegria.
Meu amor brindemos juntos com uma taça
De vinho do porto, que eu tanto gosto e tu aprecias
Depois em forma de poesia escrita num livro
Ama-me sem medo meu amor com este teu sorriso
Este teu olhar com essa tua energia que transpareces
Aquece este meu corpo gelado por dentro
Queima-me o coração sem reservas
Vem amor até mim com o teu calor, sem pudor
Deixa-me sentir-te, amor, deixa-me sem forças
Estou a tua espera meu amor, ama-me sem medo
Que eu farei de ti o homem mais feliz e serei a mulher
Que se entregou de corpo e alma, sem medo, sem reservas
Brindemos meu amor neste dia chuvoso.
"ESPERO POR TI"
O quarto está vazio e triste
A nossa cama está vazia
A chuva cai com muita força
O vento abana os ramos das arvores
E eu sozinha, nesta noite, neste quarto.
Quero pegar-te e fazer-te enlouquecer
Agarrar-te a noite inteira meu amor
Sentir a tua barba a picar no meu rosto
Com o teu doce cheiro a canela
O quarto está à tua espera e eu também.
Entre chuva e lágrimas, muita coisa
Desce rio abaixo. Muita coisa
Vai junto a essa correnteza
De incertezas.
Efêmero, passageiro e breve
É o amor, é a dor, é o tempo.
É o pular entre vírgulas,
É represa que rompe.
É a reticência sem ponto final,
É a vida, a continuidade.
São involuntárias mutações
E transformações.
quando acordei chorando a chuva caiu,
minhas dores era apenas um caos,
que nunca compreendi.
fecho meus olhos na escuridão...
sinto o gosto que nunca esqueci,
correndo no meio da chuva,
minha revolta aumenta cada
momento de desespero...
não escolhi viver... todas minha dores,
nunca a esquecerei, nessa tempestade
meu nome se perdeu, nas asas de um anjo.
cai no chão e sorri, minhas tristezas nunca me tocaram,
não sei meu nome, nessa realidade apenas uma tempestade...
meus sonhos são pesadelos deixados pelo te amor.
Meu amor acabou..Se esgotou e anda por aí.
Nessa chuva já sinto meu coração esfriar, e a dor se expandir até ao ponto de explodir e a maré levar tudo que havia de bom em mim..
Agora é tarde pra tentar me animar é tão cedo pra errar em querer me conquistar. .
Aquilo que talvez você deixou passar é o que tanto você que pegar..É agora no canto vejo suas lagrimas se derramarem por me deixar corresponder sozinha um sentimentos que se trata de dois.. e agora se lamenta por ter cometido o pecado de não ficar...
Diluvio E Rotina
A lua cobria o telhado
Molhado ainda da chuva,
E chovia ainda na rua
Porque barulho ainda se ouvia
Dos pingos pingando lá fora
Como se fossem na pia
A lama jorrava na porta
Sujando meus pés e a cama
O vento trazia de longe
Um cheiro de café e de cana
Era o dia já amanhecendo
E pra lida muita gente descendo
Era Joana coando o café
E José cortando a cana
Depois Joana ia varrer o chão
E José ia comprar pão.
"GRITOS DE UM LOUCO APAIXONADO"
Sempre que é dia de chuva me pego pensando em você,
Dizem por ai que velhos hábitos nunca mudam...
Sempre que o clima esfria me vem uma saudade de te ter,
Se falo da minha forma de amar todos só com o olhar já me julgam...
O prazer é quem guia as vontades,
E as vontades que guiam meu ser,
Um abraço até cura as saudades,
Mas a saudade só me leva a você.
E se são teus beijos que me garantem a alegria,
E se minha vida só com você tiver sentido,
Hoje me vejo preso na mais triste agonia,
Pois olho para o lado e tu já não estas aqui comigo.
A solidão agora é minha única companhia,
Um pouco dura e fria sim quase sempre,
Talvez essa seja esse o destino pra minha vida,
O que não me impede de seguir firme e sorridente,
Claro que nem sempre feliz,
Reconheço esse meu fardo,
Um amante da alma ama assim,
E diz muito mesmo estando calado.
Aclamado vigor
Por mais calada se esquivas,
chuva ao atentado meu corpo sofre,
tua presença benigna,
me levas o douro abraço,
cravado nas rosas me alargo,
neste caminho ternuras rasgo,
desse teu espinho menina rogo,
teu despertar em meus braços,
pétalas despedaçam ao anoitecer,
lhe acomodo,
dentre a minha jovialidade,
são os tempos por remotos,
no clamor das chuvas vos imploro.
Na vidraça
Do meu peito
Bate chuva,
Lágrimas,
São pingos,
Enxurradas,
Lembranças
Saudades
De tardes
De músicas,
Olhares,
Fantasias...
Bate no peito
O desejo,
Viver,
Reviver
O que fomos
O que podemos ser
Rios de sonhos,
Mensagens,
Telefones...
Que saudade
Que vontade,
Que desejo,
De nós.
Agora só quero na vida dançar
Não me importa mais se a chuva caia e
ou se venha me molhar !
Já nascí com alma limpa
e nada de ruim que vier de fora
vai me fazer desistir e desandar!
Ah...
Hoje só quero me encantar!
Quero poesia
Quero música
Quero festa
Quero alegria
Quero amar
Absorver boas energias
Andar com gente do bem
E trazer pra dentro de mim tudo
de bom que mereço.
Que me faça sorrir!
Chega de tristeza e dor
Hoje só quero
Alegria
Paz e
Amor!
PINGOS D’ÁGUA DA CHUVA
(Gleidson Melo)
Um, dois, três... Milhares de pingos d’água. Assim é a chuva. Suave, acalma e traz a tranquilidade necessária ao bem-estar.
Conforto para os corações apaixonados pela vida. Num cantinho especial e reservado, somente para contemplação da natureza: sozinho, sentado e sentindo o cheiro de terra molhada.
Cai em forma de chuvisco, fazendo barulho no telhado. Lava as calçadas e molha os campos verdejantes. Enche os rios, os riachos e escorre nos vales. A vida acontece. Na beira do lago, dá um sentido todo especial ao momento e traz a felicidade.
Os pensamentos repousam na calmaria, enquanto dezenas, centenas, milhares... Incontáveis pingos proporcionam a paz e “faz chover”.
Não vivemos muita coisa. Nem vamos viver.
Não rodopiamos na chuva
Não caminhamos por aí, sem rumo
Não fizemos planos
Não trouxemos para casa um gato abandonado
Não assistimos juntos um filme antigo
Não dividimos o sorvete no mesmo pote
Não cultivamos plantas, medos, sonhos, almas
E agora?
Agora, é adeus e boa sorte.
Rumo ao frio, ao vazio, ao desconhecido!
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