Textos de Chuva

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"Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. E neste espaço o amor só sobrevive graças a algo que se chama fidelidade: a espera do regresso. De alguma forma a gota da chuva aparecerá de novo, o vento permitirá que velejemos de novo, mar afora”.

(Trecho de "Onde mora o Amor", do livro 'Tempus Fugit'. São Paulo: Edições Paulus, 1990. )

Refém do destino?

Entrou na minha vida por um acaso, pra mim viraria mais uma grande amizade. Um instante bastou pra trocarmos um olhar que virou beijo, naquele momento não sabia o que fazer, como uma chuva de verão que você não imagina que vai acontecer mas de repente o tempo fecha, você já é refém.

BOM DIA – 22/08/2017 – MUDANDO O CENÁRIO DO DIA
Bom dia! Das ventanias retiremos os sopros suaves de brisa leve, dos temporais aparemos as gotas de chuva miudinha... hoje vamos colorir pensamentos cinzentos com matizes de arco-íris imaginários... vamos vestir nossas palavras de poesia, e num passe de mágica, trocar falas, mudar os cenários.... Transformar este dia em um belo dia para se viver!

Saudade

Saudade é a ausência que não se cala,
Da presença que não fica.
Saudade são os dias que se demoram
E a hora que não se finda.
Saudade é a garrafa vazia,
Que enche de vinho o copo; tormentos.
Saudade é a madrugada que vira sol,
De um dia sem brilho, lamentos.

Saudade é a canção que entristece o olhar
E mexe na ferida aberta sem estancar.
Saudade é o braço que abraça a solidão,
É o momento que envolve emoção.
Saudade é quando madrugo lembranças
E estampo sorrisos fingidos pela dor.
Saudade é sentimento em alerta
Toque de recolher interno; revelador.

Saudade é não falar da falta que sente
E o que sente se manifesta sem consentir.
Saudade é chuva que não molha,
Verão que evapora, outono que nunca tem fim.
Saudade é turbilhão que aflora o gostar,
É terra que faz água do rio secar.
Saudade é vestir-me de ti em cores,
Abrir o mundo, arrancar dores...
É ter-te aqui, ali, fora e dentro de mim.

C H E I R O S

Cheiro de fumaça de café quente,
Cheiro de pão fresquinho,
Cheiros que estão na alma da gente.

Cheiros...
Do leite tirado na hora.
Cheiro do gado no curral.

Cheiro de infância...
Cheiro da chuva molhando a terra.
Eu-menina sorrindo na enxurrada.

- Às vezes o dia tem cheiros de ontem!

Rio de Janeiro

Rio, de Janeiro a dezembro
Insegura em seu mar de arrastão
Violencia que o mundo está vendo.

Na terra do Cristo
Comandada por um bispo
Que na forte chuva a rua... vira Rio
O prefeito, ninguém viu.

Rio de Janeiro,
lá fora vira Brasil
Se gasta tanto dinheiro
Na cidade do carnaval
Que o prefeito não viu.

Rio de Janeiro, a terra do Cristo
Comandada por um bispo
Que na segurança falhou
Sabe que nao planejou
E que o povo confiou.

Rio, de Janeiro a dezembro
A terra do Cristo,
Estaremos torcendo
Pra queda do bispo

Rio de Janeiro
A terra do Cristo
Niguém viu o bispo
Do morro ao mar
A cidade só quer amar.

P O E T A

- ah! Poeta...

que se encanta com as cores das flores
que diz que saudade tem cheiros...
que respinga estrelas nas poças d'água
que faz a lua brilhar numa escura noite.

que se enternece com o sorriso da criança,
lágrima que escorre ao ouvir suave canção,
nostalgia ao lembrar-se momentos da infância
que sente na alma a magia do lusco-fusco.

que faz amor com sua musa na lua que brilha
que sente a chuva cair bem devagarinho
que solta barquinhos de papel na enxurrada,
que traz para nós o arco-íris em festa.

- ah! Poeta!

Recompensa Divina

Da pior seca dos últimos tempos
Ao período que mais choveu...
Com Deus não há tempo ruim
Não desampara quem Dele careceu

O pasto está crescendo
O gado engordando
A barragem sangrando
E o povo agradecendo

Graças a Deus,
É a chuva que chega ao sertão
Para fazer de 2013
Um ano de muita recordação

O que seria uma dia chuvoso em nossas vidas?
Talvez uma possibilidade de recomeço?
Ou até mesmo, uma possibilidade de alegrias vindouras….

Apenas não sei.
Mas que sentir a chuva bater em meu rosto, e sentir como se ela tivesse levando tudo de ruim e mal embora, é a melhor sensação que existe.
E mesmo, que corremos o risco de ficarmos resfriados, não importa.
A Limpeza de minha alma já foi feita.

choverando
canta gota do céu corrente
chuverando o chão ressequido
em sonatas vorazmente

canta para o sono embalar
nina com sua água vertente
banhando o cerrado a sonhar

canta a canção das águas
mata a sede inteiramente
e leva contigo as mágoas

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
setembro de 2019
Araguari, Triângulo Mineiro

A natureza não aguenta mais engolir tanto lixo e está tratando o seu mal, tomando água para poder vomitar tantas impurezas, assim como fazemos quando comemos comida estragada.
Ela está cansada de disfarçar tanto lixo e segurar tantos barrancos.
A natureza precisa respirar, ela está sufocada.
Deixe a natureza agir e ensinar de alguma forma como devemos viver, usando tudo que ela nos proporciona de maneira correta.
A chuva é bênção de Deus, nunca esqueça disso.

RIBS

ILIMITÁVEL
Queria sair de si e ganhar o mundo,
conhecer lugares, pessoas, prazeres,
sentir o vento no rosto,
sentir a chuva no corpo,
sentir algo ao qual nunca havia vivido antes.

Impossível...
Então mergulhava nos livros:
aventura, ficção, romance, poesia
queria voar, correr, viajar sem sair do lugar
sem fermentados, sem ilícitos, nem destilados,
sem alucinação ou devaneios,
apenas a imaginação como passaporte
pra ir até onde sua mente o permitia chegar.

E conseguia facilmente ir a qualquer lugar
a qualquer hora
mesmo preso naquela cadeira de rodas
que o fazia ganhar o mundo
sem sair do lugar.

A vida é doce e suave feito mel.
Igual ao que sentimos quando
estamos amando.
Temos é que aproveitar cada
segundo desses doces momentos
e vive-los com a suavidade
do tempo que passa sem percebermos.
Temos que nos divertir com a chuva.
Vibrar como sol e brilhar como a lua,
cheia de esperanças sobre esse amor sentido.

Uma atração fatal surgiu
diante de um olhar
diante de um toque
Poderas vivê-la sem medo?
Apaixonada encontro-me
ouvindo sua voz
sentindo seu cheiro
Tendo sua presença
Extasiada quero entrelaçar-te
No cair da chuva ,no queimar do sol,no silêncio da noite e na claridade da escuridão
Desejo fala mais alto
Seduçao vem no sobrenome
Acordo e vejo que tudo foi ilusão

Que a sutileza do viver
Se apresente toda vez que o sol nascer.
Sempre que gotículas cristalinas insistirem em cair.
Ou se o mormaço insistir em ficar.
Todas as vezes que um flor desabrochar,
Ou quando eu for a cheirar,
Ou em minha orelha colocar.
E toda as vezes que meus pensamentos voarem...
E sempre, a cada dia...
Na amplitude, no infinito
Na esquina do meu alento,
Na rua do meu sentimento.

O riachinho chorão

Eu sei onde se esconde
Um riachinho chorão
Fica lá bem pertinho
De um pé de Cachuá

Junta-se ao som do vento
Que sopra sem parar
E ao pranto da chuva
Que cai de Marachuá
Vira um Chororô só
Irritado o riachinho
Desce como enxurrada
Barulhos se misturam

Reclama o riachinho
Ninguém liga pra mim
Diz balançando o Cachuá
Porque foges de mim?

Cai a chuva sem parar
Vendo tudo inundar
Começa a reclamar
Sempre sobra pra mim

Chuá,Chuá,Chuá,Chuá,
Chuá,Chuá,Chuá,Chuá,

⁠⁠Acordado, porém, inserido em um emocionante devaneio, estou em um cenário noturno, numa rua pouco iluminada, noite chuvosa, a lua está com um brilho discreto e no centro desta rica imagem que dedicadamente a observo, teu é o destaque, um inevitável encantamento.

Banquete muito aliciante para os meus olhos, a partir da tua bela silhueta sendo molhada pela chuva, usando um vestido simples, de tecido fino, um pouco acima dos joelhos, molhado e colado ao teu lindo corpo, estás graciosa, demonstrando um sentimento livre, intenso e audacioso.

Estou usando uma camisa alva de manga longa, desabotoada uns três botões abaixo da gola, ela está para fora da calça, descalço, também à vontade, felizmente, aqui, não tem mais ninguém, além de nós dois, dessarte, não seremos incomodados, uma favorável oportunidade.

Encantado profusamente, não posso perder tempo, vou me aproximando de onde tu estás, cada vez mais perto até estarmos um de frente para o outro e então, iniciaremos um deleitável momento, faremos valer este nosso encontro, acelerando amavelmente os nossos batimentos.

Sei que já estavas me aguarnando, considerando que não estás nada surpresa, que o teu olhar está alegre, brilhando com a minha chegada, irradiando uma notável veemência, a mesma que estou sentindo, finalmente, estamos juntos com os nossos desejos correspondidos.

Vou segurar-te pela cintura, juntando o teu corpo ao meu, beijarei a tua boca carnuda, um beijo profundo, sedento e demorado, uma vivacidade gradativa, meus braços pressionando as tuas costas, achegando-te mais ainda, embevecidos em uma sensação vívida bastante calorosa.

O calor e o impulso dos nossos instintos só fazem aumentar, instigando os nossos movimentos atrevidos, minha mão está debaixo do teu vestido, apertando e acariciando a tua nalga, enquanto, cheiro o teu pescoço e vou descendo, beijando suavemente, um sabor prazeroso.

Com as tuas mãos apoiadas nos meus ombros, levanto a tua perna, deixando-a encostada na altura da minha cintura e nesta troca de afetos, em breve, banhados pela mistura das águas celestes com o nosso suor derramado, após o nosso êxtase ser reciprocamente alcançado.

⁠⁠Um dos desafios mais árduos é ter que enfrentar a sua própria tempestade, poderosa, formada a partir do desabafo da sua alma, lágrimas emotivas, numerosas e desenfreadas, principalmente, quando tratada como algo bastante particular, sem a pretensão de incomodar ninguém com a sua carga,
Conduta que cansa muito, talvez, não seja a mais indicada, porém, não deixa de ser necessária para o seu almejado renascimento, sua força e sua resiliência, a chuva do seu sofrimento antecedendo a bonança da sua vitória que ocorrerá no momento certo, em quanto tempo, não importa
Assim, chore agora se sentir vontade, pois o céu do seu mundo precisa chover, mais ainda se for chorar de felicidade, em seguida, o alívio transformador poderá florescer, ⁠Graças ao Senhor com sua Infinita Bondade que fortalece o amor e a fé, inclusive, durante as tempestades.

⁠E se me perguntarem quem eu sou, eu diria que sou uma imensidão de infinitas coisas...

Posso ser a brisa que toca o seu rosto em uma manhã ensolarada de domingo. Como também posso ser o sol que aquece os seus dias frios e cinzentos. Como também posso ser aquela leva chuva que cai e te molha nas manhãs de primavera. Como também posso ser aquele vento suave das tardes de outono que chega sem avisar.

Sou uma multiplicidade de infinitas coisas e cada um tem de mim exatamente aquilo que cativou.

Chover ajuda a florescer,
Chorar ajuda a desabafar,
ambos influenciam
no amadurecer
no avivamento,
nogerminar de bons frutos
no adequado momento,
sendo assim, são necessários,
a chuva alimenta a flora,
o choro liberta a alma,
quando chegar a hora,
nenhum deve ser dispensado,
portanto, que chore, que chova.