Textos de Chico Chavier sobre o Amor
Muitos dos meus textos eu falo sobre a chuva.
Sempre tem a chuva.
É sempre ela que me faz pensar, sonhar, chorar, inspirar sensações boas e escrever.
Talvez eu tenha recebido de Deus, o dom da escrita.
Não sei, mas de qualquer forma, agradeço, todos os dias.
E neste texto, quero pensar na chuva como regadora das sementes que plantamos.
E quando não chove, somos nós que temos o dever de ir lá, e regar nossas sementes.
A semente que plantei é o Amor.
Não só o amor, homem x mulher, mas o amor com todos.
Mesmo que já tenham me feito mal, desejo amor à essa pessoa.
Mas, o que quero afirmar aqui é, que nem sempre devemos contar com a chuva, (deixar nas mãos dela um dever nosso) para regar nossas sementes.
E sim, irmos lá, ao menos uma vez ao dia, e deixar um pouco de água, um pouco de alimento na semente do amor.
Afinal, por mais simples que seja, é esse gesto que a manterá viva.
Toda a nossa satisfação está na frequência do amor - a mais alta e mais poderosa de todas as frequências. Você não pode segurar o amor nas mãos. Você só pode senti-lo no teu coração. É um estado de ser. Você pode ver provas do amor expressas pelas pessoas, mas o amor é um sentimento, e você é o único que pode irradiar e emitir esse sentimento. Sua capacidade de gerar sentimentos de amor é ilimitada, e quando você ama, está em completa e plena harmonia com o Universo. Ame tudo o que puder. Ame todos que puder. Concentre-se exclusivamente nas coisas que ama, sinta amor e irá experimentar esse amor e essa satisfação voltando para você, multiplicados! A lei da atração irá devolver para você mais coisas para amar. Quando irradia amor, é como se todo o Universo estivesse fazendo tudo por você, movendo todas as coisas prazerosas na sua direção, e movendo todas as pessoas voas na sua direção. Na verdade é isso mesmo que acontece.
"Enderecemos ao Senhor a nossas oferendas e sacrifícios em cotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos compete realizar."
Emmanuel
(Reformador / pelo espírito Emmanuel; [Psicografado por] Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB, 12/949)
"Esquecer o mal é aniquilá-lo, e perdoar a quem o pratica é ensinar o amor, conquistando afeições sinceras e preciosas.
Daí a necessidade do perdão, no mundo, para que o incêndio do mal possa ser exterminado, devolvendo-se a paz legitima aos corações."
Emmanuel
(Pão Nosso / pelo espírito Emmanuel; [Psicografado por] Francisco Cândido Xavier. Brasília: FEB.)
ENTRE TANTOS PASSARINHOS
Há dias que sou amor
Espalhando alegria...
Em outros sou beija-flor
Sendo a própria Poesia
Do Reino da Natureza
Onde infinita beleza
Ao vento é melodia!
Beija-flor em um jardim
Traz vida, ornamentação
E serve de trampolim
Para toda floração
Como fosse querubim
Ou rosto de arlequim
Espalhando ilusão!
Vejo como complemento
Das flores, o beija-flor
Que vive sempre sedento,
Não renega seu amor
Entre as flores tão singelas.
Quase sempre abro as janelas
Para alcança-lo onde for!
As vezes as consequências
O obriga fazer seus ninhos
Em urtigas venenosas,
Bem no meio dos espinhos
Em qualquer recanto achado.
Beija-flor é abençoado
Entre tantos passarinhos!
Moça tu és mais linda que as poesias de Chico Buarque
Tu és mais graciosa do que a lua
Toda a natureza tu supera quando sorri
Teu sorriso mais radiante do que as estrelas
Teu falar é a calmaria da minha tempestade
Se bem, que a tempestade que vem chegando é da cor dos teus olhos
Por que de fato. Você ta chegando
E ta conquistando todo o espaço de meu coração de uma só vez
É incontrolável o desejo de te beijar
Mas com teu abraço posso por ora me contentar
Moça tu é poesia perfeita
Tu é nascer do sol
Todas as coisas que sempre acreditei serem perfeitas
Perdem seu brilho quando você me olha
Teu sorriso traria a cura para toda tristeza
Me faria feliz para sempre
Pelo resto da vida que posso viver
Eu só aceito! Mas só aceito
Se nela eu puder ter você
CHICO XAVIER
Em tenra idade com outros aprender a ter
Eles lhe ensinavam o que iriá vir
Diante de olhos torcidos ao que ai ser
Caminho único nesta vida: servir
Sua mão tracejava mensagens do Lado
Aos lamentados, filhos apartados do coração
Em memórias revividas, hoje é encontrado
Paziguando a tristeza e a dor da multidão
Lágrimas colhidas, no balde da vida
Aos que fadados perderam para morte
Amados levados pelo destino que finda
Esperança encontrada em Xavier nova sorte
Caridade e instrução chamavam todos da Luz
Ajudando povo doente de profunda saudade
Exemplo vívido, sempre SERVINDO o guia da cruz
Amor enjaulado, SER de humilde verdade
Sina traçada, abraçava os de cá
Aonde há dor arrancava esperança
Vida marcada, ensinava os de lá
Que era no outro a grande bonança
O que fez é celebrado, com admiração
Os livros escritos, a palavra semeada
Aos pobres: o ombro, aos ricos: compaixão
O santo da gente, fez sua própria jornada
Um mandamento somente cumpriu
Amou-os como a si mesmo:_ vivia
E feito o trabalho da terra partiu
Em dia de festa, de muita alegria
Um dia ela resolveu se entregar...
Amou como na música de Chico Buarque...
Ela olhava para os olhos dele de uma forma que nunca olhou antes para alguém..
Ele conseguia fazer com que ele estivesse nos pensamentos dela..
Ela era pura e sincera com ele..
O dia mal despertava e era ele que vinha em sua mente...
Ao anoitecer era impossível entrar no mundo dos sonhos sem antes declarar um pensamento de carinho almejando que ele estivesse ali nos sonhos dela...
Sonha comigo amor...
As músicas, suas melodias e suas letras faziam mais sentido pra ela..
Poesia e poemas agora eram fáceis de ser interpretados...
Amou feito criança com a integridade de uma verdadeira mulher...
Mas o mundo é mesmo muito rude não ?
Aquele amor e sentimento que faziam tão bem começaram a desmoronar
Por quantas vezes ela ligou, ou esperou com anseio uma lembrança
Por diversas vezes ela esperou ao menos uma palavra de carinho naquela data..
Mas ela ouvia desculpas e mais desculpas
E optou por ouvir o seu coração e acreditar
O tempo foi um vilão para o sentimento dela...
Levou tempo para que ela percebesse que as desculpas eram pretexto
Pretexto para esconder verdades dolorosas...
Ela sofreu muito, como todas tentou entender o porque...
O que ela tinha feito de errado?
Amado de forma demasiada ?
Por ter sido presente naquele dia em que ele ficou doente e ela em uma noite de inverno saiu de sua casa apenas para estar ao lado dele?
Por ter dado os presentes que ele nem ao menos esperava, mas que ela sabia que queria?
Sem contar aquela festa surpresa em que ela chamou todos os amigos dele...
Poxa mulher, você realmente amou muito ele?
Eu sei, eu sei que você não queria nada em troca..
Me lembro que um dia te perguntei o que você esperava..
E você com um sorriso discreto respondeu: "Apenas a presença e carinho dele.."
Até que um dia você resolveu parar de esperar reações...
Me lembro de vê-la chorando inúmeras vezes..
Você tinha desistido..
E então optou por seguir sua vida..
Linda do jeito que sempre foi..
Renovou o guarda roupa
Potencializou sua beleza..
E começou a viver um relacionamento consigo mesmo...
Me lembro inúmeras vezes daqueles que se aproximavam de você..
Em uma conversa de bar, em um pub...no trabalho...
Mas para você os assuntos eram sempre os mesmos..
E as intenções muito previsíveis...
E nada daquilo já te atingia, era só palavras não é mesmo?
Tudo muito previsível..
Os anos se passaram e ela perdeu a crença no amor
Deixou de acreditar em romantismo..
As palavras por algum motivo não faziam sentido..
Os gestos eram apenas mais um...
Poderiam vir acompanhados de uma promessa de felicidade
Mas também traziam a possibilidade de dor...
Que forma categórica de tratar uma desilusão não é mesmo?
Mas só sente quem passa..
Por isso aquela mulher tão linda se acorrentou.
Criou seu mundinho, sua vida, sua auto suficiência...
Seus segredos...
A Companhia dela bastava....pelo menos ela achava...
Até que um dia revirando suas coisas viu uma cartinha...
Era de março de 2006
Uma bela carta de amor que um dia recebeu..
Do seu primeiro amor...
Aquele que a distância separou..
E que infelizmente ela não tinha maturidade para lidar...
A carta tinha lindas declarações, ele dizia o quanto amava ela
E que tinha muito medo de se machucar....de perde-la
Que era pra ela nunca deixar de acreditar no amor que ele sentia por ela..
Mas ela nem sequer pensava nisso
Afinal....
O amor era evidente...declarado! Estava ali ao dispor dela
E assim como tudo que ela passou com o amor recente
Eu também soube o que ela fez com o amor antigo..
E não foi legal...
Pois é! É um clichê, mas por algum motivo quando se trata de amor
Existe uma verdade absoluta
Jamais brinque com alguém..., não machuque um sentimento que alguém sente por você, aquilo é o melhor que a pessoa pode fazer por você..
Não menospreze,.....não descarte do dia pra noite
Ela refletiu sobre isso..
E então procurou por aquele antigo amor..
E viu fotos dele casado e feliz..
Na legenda da foto estava escrito: "Meu anjo, muito obrigado por fazer eu acreditar novamente no amor"
E então ela se questionou do porque de não ter se entregue àquele amor..
Apenas quem é digno sente o que é o amor
E depois de muito tempo sem chorar, ela deixou que uma lágrima caísse..
Naquele momento ela entendeu que horas somos o vilão, e que horas somos as vitima...
Mas que na verdade somos instrumentos de Deus para aprender sobre o verdadeiro significado de amor...
Vilões ou vitimas, cabe a nós lidarmos com as consequências de nossos atos...
Depois disso ficou mais fácil de entender...
Percebi que ela entendeu isso e libertou seu corpo daquelas correntes..
Liberou o seu corpo, sua alma que estavam aprisionados
A divida tinha sido paga..
A lição assimilada..........
E finalmente amar não era mais uma possibilidade dolorosa
Mas sim um sentimento ofertado para aqueles que merecessem
E soubessem de fato identificar e zelar por um verdadeiro amor.....
Tem dias!!!
Como já disse chico Buarque “ Tem dias que a gente se sente como quem já partiu ou morreu. Mas como na própria letra da música chico também diz, “Mas eis que chega a roda viva e carrega o destino para lá” Guinadas, mudanças rotas alteradas interpretaria, Ney Matogrosso. E nos surpreende outrora com o que desejamos, outras com o que achamos não que merecemos, como a vontade de Cazuza “Eu quero a sorte de um amor tranquilo” e os pensamentos diretos de Gil “ A paz invadiu o meu coração” e a vida segue nos versos de Caetano “ Linda, E sabe viver, você me faz feliz, esta canção é só para dizer, E diz Você é linda, mais que demais Você é linda sim “
Que meus olhos nunca deixem de ver o lado bom das pessoas. Que minhas mãos estejam sempre prontas pra levantar, não empurrar...
Que meus pés levem o amor...
Que minha boca não seja usada pra dizer palavras amargas e de derrota...
Que meus ouvidos sejam pacientes para ouvir a dor do outro...
Que meu coração nunca fique duro, escuro...
E que eu nunca, nunca mesmo, desista de recomeçar.
As tempestades vêm, sempre. Mas que além delas, sempre venha uma fé bonita e a esperança de que as coisas se ajeitam.”.
12/07/2008 09:36
Quem muito se explica, acaba falando sozinho.
Pare de se Explicar!
Não precisa se explicar,
Não há nada que eu tenha desculpar...
Você e eu somos pessoas totalmente diferentes,
Mas eu também tenho os meus extremados repentes!
Um erro não justifica o outro, é o que afirmam.
E quem define o que é certo e o que é errado?
Onde um e o outro começam e terminam?
O que é errado para muitos, talvez não seja para mim...
O inverso também deve ser levado em consideração.
Quem melhor do que nós mesmos para avaliarmos a situação?
Não gosto de ser julgada e também não gosto de julgar,
Só quem se sente dono da verdade é quem tem essa postura...
Como se ,assim como nós, não fosse também uma mortal criatura.
Não se preocupe em justificar constantemente suas atitudes,
Porque, na verdade, ninguém está realmente interessado...
Todos estão olhando para o seu próprio mundinho,
E quem muito se explica, acaba falando sozinho...
Não tenha medo de errar porque quem gosta mesmo de você,
Vai aceitar que cada um sabe que tem seu próprio caminho...
Há muito tempo você abandonou seu ninho para poder voar,
Então, por favor, pare de se explicar!
O escravo não se importa com o que produz, não
receberá nada mesmo pelo seu trabalho... O serviçal vive de
promessas, por elas derrama seu sangue. No ocaso da vida
percebe que tanto se empenhou à toa, por uma vontade que
não era realmente sua. Individualmente isso é só mais uma
tragédia, porém apenas nas obras coletivas é que se vê para
onde estão levando suas vidas. No fundo não há diferença.
Porque o drama individual não passa de mera curiosidade e
os infortúnios coletivos, paradoxalmente, são mesmo
imperceptíveis, confundem-se com a natureza da existência.
Na realidade é a mesma monotonia que se faz
aparentemente coerente e justifica tantas almas opacas e
semimortas. Certamente há pessoas felizes que
desconhecem a felicidade concreta, aquela que nasce a partir
da descoberta da generosidade. Tais pessoas também
desconhecem a própria dor, quando se dão conta, já
derreteram no vazio do seu rastro. E o que havia de
promissor nas suas possibilidades não passou de desperdício e desamor.
Obra registrada na Biblioteca Nacional sob o protocolo
410951-767-111
Pense em mim e volta...
Quanto tempo de vida tenho sem você
Porque ainda não consigo pensar?
Se você se foi e não voltam mais
E que não me deu chance de falar
O quanto te quero ao meu lado
Mas você partiu e me deixou pra trás.
Não deu tempo de dizer que
Você ainda vive em mim
Que o fogo do amor não se apagou
E que ainda quero você aqui
Fazer valer cada segundo que por mim passou
E os que ainda passarão por ti.
A vida agora não faz sentido
Cada vez mais não sei quem sou
Um dia ainda estarei contigo
Lembrar da vez que você me amor
E que somente assim eu consigo
Ter a paz que de mim você roubou
Volta a trás, ver se trás.
Não brinca com meu coração
Me ame mais, brigar jamais.
Não quero mais solidão
Diz e faz, te quero mais.
Tira-me dessa ilusão.
Escura nostalgia
Dou voltas e voltas na cama
não sei para onde me virar
a minha vida está em drama
não sei quando vai acabar…
quando acabará esta dor,
este sofrimento,
deste tormento,
da minha vida sem cor?
De cores alegres e brilhantes
estão os meus sonhos
pintados a meus olhos
reluzindo como mil diamantes…
mas minha vida esta tao importuna
vejo-m é sem força pra continuar
contra este infortúnio lutar
estou fraca sem cura…
estou em desespero total
não consigo dormir
com este mal
mas tenho que competir…
preciso de descansar
pra força mental ter
e me erguer
para contra ele lutar…
O Fantasma da Ópera existiu. Não foi, como muito tempo se acreditava, uma inspiração de artistas, uma superstição de diretores, a criação aloucada de cérebros excitados de donzelas do corpo de baile, das mães delas, das “lanterninhas”, dos funcionários do vestiário e da portaria”.
Frase retirada do Prólogo do livro.
Mulher E Lua
Há um mito muito antigo
Onde narra à criação
Da essência e alma feminina.
O Criado fez as mulheres e
Da lua extraiu os fragmentos
Para criar as suas almas.
Pra cada alma criada
De suas entranhas
Uma estrela surgiria,
Assim todas as mulheres
são gêmeas com a lua.
É a fonte dos seus enigmas,
Mistérios, beleza e mudanças
de fases.
Quer Compreendê-las?
Desbrave a lua sinta sua
Magia Contemple seu luar.
O amanhecer
Ventos turvos uivam por entre rochas,
De um penhasco visto fosco entre a névoa,
E é onde vejo a aurora do amanhecer,
Sol que avermelha o horizonte e se faz crescer.
É lindo ver o brilhar refletido no mar,
E as pétalas como um bando a migrar,
A brisa que me toca a face e refresca,
Luz do Sol que me seduz e cega.
É o diamante mais raro que existe,
O amanhecer do meu coração,
Que arde ao olhar nos olhos teus.
Teu olhar verdejante é pedra rara,
Que eu busco ter pra mim,
É jornada árdua mas irei até o fim.
Lisbela: Eu sabia que era você.
Leléu: A melhor parte foi sumir com todo mundo.
Lisbela: Como é que faz a transformação?
Leléu: Eu vou lhe mostrar. A gente monta essa caixa preta em forma de L com esse vidro aqui no meio. Agora a senhora fique bem paradinha aí do seu lado que eu vou pro meu aqui vestido de macaco. Se eu apago a luz da senhora, e deixo só a minha aqui acesa, o povo só vê o macaco refletido ali no vidro, mas quando é ao contrário, só se vê a senhora. Conforme eu vou apagando a luz do seu lado, e aumentando aqui o meu, a minha imagem vai refletindo por cima da sua, que agora já vai sumindo assim bem devagarzinho. É como se a senhora se transformasse em gorila.
Lisbela: Como uma máquina do tempo. Fazendo a gente virar o que foi a milhares de anos atrás.
Leléu: Mas pode funcionar também como uma máquina do amor.
Lisbela: E existe lá máquina pra isso?
Leléu: Quando a gente ama uma pessoa, o que a gente mais quer nesse mundo?
Lisbela: Ah, é ficar bem juntinho.
Leléu: Pronto. Tão juntinho, tão juntinho, que como diz o poeta: 'Transforma-se o amador na coisa amada, por virtude do muito imaginar, não tem o algo mais que desejar, pois já tenho em mim a parte desejada. '
Lisbela: Achei mais bonita ainda essa máquina do amor.
Leléu: Pois então fique bem quietinha, e feche os olhos, que vou lhe mostrar como funciona a máquina do desejo. Eita cadê?
Lisbela: É que eu liguei a máquina da ilusão.
O universo do seu amor - Prosa
Por que me sinto assim?
Por que toda vez sinto esse nó na garganta?
Essa dor no peito, e esse vazio na alma?
Sinto que meu espírito estica e encolhe toda vez que passo por esses momentos.
Há dias em que parece que tudo está a mil maravilhas, mas também, há dias em que sinto vontade de entrar dentro de um buraco e ficar escondido, de tanta tristeza e vergonha.
Há porém, dias que começam lindos e maravilhosos, quando do nada, aquela euforia se torna uma nuvem nebulosa de decepções. E às vezes, depois de alguns soluços de tristeza e solidão, o sol parece voltar a brilhar novamente, trazendo luz e paz para meu inquieto coração sofredor.
Não sei se esse vai e vem de emoções algum dia, pode trazer problemas para minha saúde, mas sei que não existe nada melhor do que ser correspondido, mesmo que de uma forma tímida e temerosa.
Sigo tentando cultivar este sentimento na esperança de que um dia possamos ficar juntos.
Às vezes sinto que esse relacionamento se parece muito com a história de Romeu e Julieta.
Um amor que não podia ser concretizado, realizado, e muito menos aceito pela sociedade em geral.
Duas famílias totalmente diferentes e, indiferentes a esse amor.
Pobres Romeu e Julieta.
Só queriam ficar juntos e serem felizes, mas as circunstâncias não lhes permitiam. Tem horas que dá um aperto no peito e um vazio tão grande no coração, o ar começa a ficar cada vez mais escasso, o sangue começa a querer subir para a cabeça por entre as vias respiratórias e, do nada, os olhos começam a lacrimejar.
Tento segurar, engolir o choro para ninguém perceber.
O apetite foge na hora, e tudo fica sem sal e sem sabor, mas logo tento me recompor na esperança de que terei o seu sinal de que também está comigo nessa.
Que também pensa em mim, assim como penso em você.
Tudo bem você não conseguir se declarar da mesma forma que eu consigo, mas, no seu olhar consigo perceber que também está passando pela mesma dificuldade que eu por esperar por você.
Vou continuar esperando você na esperança de que um dia terei o seu carinho.
Dos seus lábios, saborear o mais doce mel, e através dos seus olhos, viajar por toda a imensidão do universo do seu amor.
Quero me perder nessa imensidão.
Mergulhar neste oceano de águas doces que nascem do seu coração.
No universo do seu amor quero me perder, e encontrá-la no meu universo, para que juntos formemos várias galáxias de onde nosso amor jamais possa ser apagado, ou contido.
Quero viver no universo do seu amor.
E foi então que apareceu a raposa:
– Bom dia, disse a raposa.
– Bom dia, respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
– Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa, disse a raposa.
– Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
– Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
– Que quer dizer "cativar"?
– Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
– Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
– Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
– Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
– É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços".
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
– Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... Eu creio que ela me cativou...
– É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
– Oh! Não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
– Não.
– Que bom. E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia:
– Minha vida é monótona. Eu caço galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
– Por favor... cativa-me! disse ela.
– Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei para o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
