Textos de Aniversario p Amiga

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⁠Tem gente que já desistiu
Acha que a violência e o autoritarismo é a música da dança
E mesmo não concordando, mesmo que algo diga não e pulse insistentemente lá dentro,
Elas silenciam essa voz e sucumbem ao estado das coisas;
Eu não as culpo, é uma forma de tentar sobreviver, de tentar se “adaptar”
Isso que me incomoda, sobreviver!
A gente sobrevive, mas não vive
Sem diálogo, sem conversa, sem relevar o que o outro precisa, sem ouvir e considerar também as suas necessidades, a necessidade do todo.
E por mais que pareça que somos obrigados a fazer isso, não se engane!
A gente escolhe sobreviver em um mundo totalmente cruel, sem valores.
É mais instintivo do que lutar contra
E eu lhe pergunto vale a pena escolher sobreviver?
Vale, se, unicamente, sobreviver faz parte de uma busca por querer entender para transformar, por querer viver!

Silêncio.

O silêncio insuportável da minha alma.
Causa barulho em noite calma!
O sorrir da solidão.
Traz emoção ao coração!
Mas nem toda solidão é sofrimento,
Mas um prazer reflexivo ao firmamento.
O silêncio nos faz pensar,
Faz sorrir ou faz chorar.
Porem existe um silêncio que ninguém pode tirar.
É o silêncio do coração,
Pois dependendo, pode causar outro tipo de emoção .

Meu querido,
Essa é a última carta que lhe escreverei. Eu sei que já falei isso antes, mas não era verdade. Não era verdade pois eu estava desesperadamente tentando dar um ponto final em você no meu coração, mas meu coração ainda não estava pronto para isso, porque na ocasião tocava 'Pérola negra"', do Luiz Melodia e eu sussurrava "'Baby te amo, nem sei se te amo"', com o coração e a alma confusos, pesados, machucados, e milhões de músicas me lembravam você. E agora nenhuma música me lembra você, e se toca alguma e eu ocasionalmente lembro, não é com raiva ou tristeza, nem com uma saudade insana, mas com alegria, pois foi bom enquanto durou. Porque foi, não vou ser hipócrita a ponto de dizer que não foi bom. Nosso amor foi como uma chuva de verão, algo doce e maravilhoso, mas que acabou rápido demais. E eu te odiei por terminar com tudo cedo demais, sem motivo e de forma imatura, como se brincar de amar fosse um passatempo para você. Há muito tempo sua irmã disse que o que você fez não foi por maldade, mas por confusão e imaturidade, e eu entendo. Agora eu entendo. Todos nós cometemos erros, o ser humano é falho e cheio de emoções, confusões, pensamentos, qualidades e defeitos, e acho que essa é a beleza de nossa espécie.
Desculpe pelo meu ódio, por eu ter me fechado em um casulo de frieza e indiferença perante o mundo e ter te culpado por isso. Desculpe por não ter vivido nosso amor intensamente, e sim medida por medida, economizando o amor para quando acabasse, porque eu sabia que acabaria logo, e acabou. Desculpe por ter te tratado mal quando veio atrás de mim após partir meu coração, é que eu estava envenenada pelo ódio. E eu te perdoo também...Te perdoo pela sua impulsividade sem limites, por me roubar e depois ir embora furtivamente, como um ladrão. Te perdoo pelas vezes que me enganou e me tratou mal, fez eu me sentir a mais insignificante e desprezível criatura, com seu julgamento sobre potente e suas palavras ácidas. Te perdoo por me enganar, e por todas as coisas que você fez de errado e eu nem lembro mais...
Como eu disse, as pessoas cometem erros e sempre vão cometer, por isso não devem fazer tempestade em copo de água como se fosse o fim do mundo. Mas no amor tudo é tempestade em copo de água, com sentimentos intensos e amores infinitos enquanto duram. E eu quero um amor infinito enquanto dure à lá Vinícius de Moraes, com a doçura de uma flor e a intensidade de uma chama. E eu sei que eu vou achar. Uma hora alguém vai aparecer e transformar todo o meu mundo.
E eu te desejo grandes realizações, beijos longos, viagens incríveis e amores que durem mais de uma estacão, pois me perdoem os poetas, mas bons são os amores perenes, assim como os rios. Eles não têm tanta emoção quanto os efêmeros, ou reviravoltas, loopings e agitações, mas eles duram. E talvez durar seja a solução, talvez durar seja a coisa mais linda do mundo em um amor. Eu vejo meus avós, por exemplo, com quase 50 anos de casados e ainda tão meigos e apaixonados. Então é isso, eu lhe desejo um amor que dure, e eu vou achar, vou achar alguém que seja...extraordinário. Obrigada pela aventura e adeus uma vez mais.

VIDA FUGAZ

Você estrala os dedos e a luz se apaga...
Um pequeno vacilo e seu mundo desaba...
Você pisca os olhos e as cortinas se abrem...
Abre a boca e as palavras se evadem...
Você sussurra e o corpo arrepia...
Uma nuvem cinza escurece o dia...
Você vira o rosto e perde o eclipse...
Mata uma aula e perde a excentricidade da elipse...
Você se distrai por um segundo e perde o trem...
Um mero detalhe e você deixa escapar seu bem...
Um gota d'água faz ressurgir uma flor...
Num simples olhar transborda o amor...
Num descuido a noite cai...
Você suspira e a vida se vai...

Inserida por GilbertoPBatista

ESTEJA PRONTA

Quando o trem apontar na curva, esteja pronta...
Quando tua visão ficar turva, esteja pronta...
Quando a felicidade bater na tua porta, esteja pronta...
Quando chuva cair na tua horta, esteja pronta...
Quanto o vento soprar na tua direção, esteja pronta...
Quanto o amor enfiar a chave no teu coração, esteja pronta...
Quando a tua flor desabrochar, esteja pronta...
Quando a vida resolver te estapear, esteja pronta...
Quando a paixão invadir a tua alma, esteja pronta...
Quando a vida lhe pedir calma, esteja pronta...
Quando nada sair do teu jeito, esteja pronta...
Quando precisar fazer direito, esteja pronta...
Quando a onda quebrar na praia, esteja pronta...
Quando alguém pedir que você saia, esteja pronta...
Quando o perigo te cercar, esteja pronta...
Quando a vida quiser te abraçar, esteja pronta...
Quando a labirintite te deixar tonta, esteja pronta...
Esteja pronto para viver...
Esteja pronto para morrer...
Quem sempre está pronto se dá bem...
Esteja pronto pra tudo...
E para o nada também...

Inserida por GilbertoPBatista

TE ESPERO DO LADO DE LÁ

E se acaso eu partir, ainda assim eu hei de te esperar...
Seja num mundo distante...
Ou num mundo paralelo...
Eu te espero...
E mesmo morto, viverei te esperando...
Não se preocupe, não virei perturbar teu sono...
Ficarei quieto no meu canto...
A te esperar...
Se estiver frio por lá, a lembrança de ti me aquecerá...
E se quente lá estiver, tua imagem me refrescará...
Calma, não aparecerei arrastando correntes para te assustar...
Quero que fiques bem...
E se você sentir a minha falta...
Ficarei contente se a saudade te assombrar...
Só te peço que se lembre de mim, com carinho...
Enquanto eu fico por aqui, plantando flores no teu caminho...
Não tenha pressa em me procurar...
Eu vou me comportar...
E quando você chegar, tudo estará pronto para te receber...
Teu jardim...
Nosso lar...
Meu abraço...
Meu amor infinito...
Que te esperou a vida toda e toda a morte...
Contando com a paciência e a sorte...
E que agora carrega no peito, um sentimento puro e perfeito...
Lapidado por anos a fio...
Estou aqui meu amor...
Do lado de cá...
Com um desejo secular...
De te amar, amar, e amar...


Gilberto P. Batista

Inserida por GilbertoPBatista

A ÚLTIMA CANÇÃO

Pare e repare...
A lua não está mais lá...
Mas ela voltará...
O sol chegou...
Mas logo sairá...
De manhã venta...
Á tarde esquenta...
Á noite chove...
De madrugada, o orvalho comove...
Tudo muda de lugar...
Tudo passa...
Tudo vem...
Tudo vai...
Nada fica...
O mundo é assim...
Está sempre em constante movimento...
Não para nunca...
E se ficarmos parados...
Só olhando...
Admirando, que seja...
O tempo nos premiará com rugas...
E cabelos brancos...
É assim...
O tempo não pergunta se já amamos o bastante...
Se já dançamos todas as músicas do disco...
Ele, o tempo, é implacável...
Com todos...
Não o desafie...
Ouça logo suas canções preferidas...
Antes que elas deixem de tocar...

Inserida por GilbertoPBatista

A BORBOLETA BRANCA

Ainda não era meio dia e o sol já estava quente o bastante para transformar uma simples, mas refrescante sombra, em sonho de consumo...
Com uma enxada em punho eu ia desbravando um barranco, e transformando-o em um monte de terra a granel...
A terra fresca sobre os meus pés ajudava a refrescar o calor...
Quando o suor esboçou escorrer pela minha pele, uma borboleta branca, que mais parecia duas pétalas de rosa pairando pelo ar, apareceu chamando minha atenção com sua performance espalhafatosa...
Enquanto eu acompanhava seus movimentos, larguei a enxada e fui até a torneira do jardim para saciar a minha sede...
A borboleta branca rondava todas as flores que via pelo caminho, e pousava em uma aqui e outra acolá...
Então ela voou em minha direção, passou ao meu lado, ganhou altura, e sumiu entre as árvores da floresta...
Voltei ao trabalho, agora saciado, refeito, e muito satisfeito...
A aparição da borboleta branca tornou o que já estava bom, num dia perfeito...

Inserida por GilbertoPBatista

BALEIROS

Que saudade dos meus tempos de menino...
Hora eu estava brincando ou estudando...
Hora estava vendo um baleiro girando...
Hoje as balas giram no tambor de um revólver...
Quando menino, eu vibrava quando achava uma bala perdida na rua...
Hoje são as balas perdidas que acham os meninos nas ruas...
Para onde caminha a humanidade?
Provavelmente para algum lugar que eu não gostaria de estar...

Inserida por GilbertoPBatista

DO SONHO AO PESADELO

Sonhei um sonho estranho esta noite...
Destes meio sem pé nem cabeça...
Eu vagava entre planícies, vales e montanhas...
Atravessei mares, desertos e florestas...
Tudo parecia muito confuso...
Eu me sentia calmo por um instante...
Mesmo estando em meio a tanta agitação...
Procurava por algo e sentia que algo me procurava...
Visitei o País das Maravilhas...
Conversei com a Alice...
Até o Oráculo eu conheci...
Enfrentei dragões...
Me perdi em castelos antigos...
Virei espadachim...
Cavalguei, fugi de índios...
Pulei de um trem em movimento...
Explorei uma caverna...
Atravessei um Estado inteiro em cima e uma moto...
Então eu acordei suado e ofegante...
Foi quando eu olhei para o lado...
E você não estava na cama...
E foi neste exato momento que o meu pesadelo começou...

Inserida por GilbertoPBatista

A MORTE DO SANTO

Santo morreu...
De forma súbita...
De maneira trágica...
Morreu no cenário do seu trabalho...
Justamente quando estava de folga...
Santo apresentou ao mundo o velho Chico...
Chico, por sua vez, fez o que fez...
Seguiu seu curso...
Entre o decurso da novela...
E o discurso da vida...
Abriu-se uma ferida...
De forma involuntária...
Ou até mesmo arbitrária...
O mistério do velho Chico talvez seja o grande suspeito...
Santo trocou o leito do rio por outro leito...
Da primeira vez os índios encontraram Santo...
E o resgataram...
Desta vez os índios só rezaram...
Santo morreu...
Uma vida se apagou...
Uma luz se acendeu...
E qual é a lição que fica?
Fica a dica...
Quanto vale uma vida?

(Referência á morte do ator Domingos Montagner, que morreu afogado no Rio São Francisco, justamente no período em que estava gravando uma novela de nome Velho Chico).

Inserida por GilbertoPBatista

AVENTUREIROS DE PRIMEIRA VIAGEM

Jean, Diretor Financeiro na empresa onde eu trabalho, que também é um aventureiro nato, tem como passa tempo preferido observar e fotografar insetos, mas só aqueles que possuem antenas na extremidade da cabeça.

Quando dispõe de tempo livre, ele aproveita para viajar pelo mundo, acampando em florestas ele vai ampliando sua coleção.

Até aí, tudo bem, mas durante algum tempo ele “cismou” que seria interessante que a equipe da Área Financeira da empresa participasse com ele de uma destas expedições.

Até aí, tudo bem também, acontece que eu fazia parte desta equipe, junto com o Luis e o Chico.

Não demorou muito e nós acabamos aceitando sua proposta, afinal seria uma ótima oportunidade para demonstrar que somos aptos a aceitar desafios, sem contar que seria bom para sairmos da rotina daquela vida de escritório, transito, enfim...

O local escolhido para a aventura foi a Cidade onde eu resido, chamada de Embu-Guaçu, situada no interior de São Paulo, que em Tupi Guarani, significa cobra grande, por causa do rio que corta sinuosamente a Cidade.

Trata-se de uma cidade pequena,com aproximadamente 63 mil habitantes e tem 100% do seu território inserido em Área de Proteção de Mananciais.

Voltando á nossa aventura, nos preparamos, na medida do possível, para passar uma noite na Mata Atlântica.

A proposta era caminhar aproximadamente 5 horas, até atingir o topo mais alto da floresta, montar acampamento e torcer para tudo dar certo.

O dia tão esperado finalmente chegou. O Jean, que era praticamente um profissional, apareceu devidamente trajado para uma expedição, dando-nos a impressão que ficaríamos uns dois meses na Mata, isso assustou um pouco, mas preferimos considerar que ele só estava sendo prevenido.

Sua mochila, com a estampa de camuflagem do exército contrastava com a minha, que era preta e tinha uma estampa do desenho animado do Piu-Piu. Foi o que eu consegui improvisar, e olha que deu trabalho para convencer meu filho de 6 anos de que eu traria a mochila de volta sem nenhum arranhão.

Subimos mata adentro, revezando goles de água e Whisky, que de acordo com o Jean, nos manteria aquecidos e hidratados.

Paramos diversas vezes para admirar árvores, pedras, cipós, nascentes de água potável, o que nos animava a manter a caminhada rumo ao nosso destino, digamos, incerto.

Com toda sua experiência, o Jean deixava marcas pelos caminhos por onde passávamos, amarrando fitas nas árvores,isso nos tranquilizou, nosso caminho de volta estava garantido.

Algumas vezes nos assustamos com barulhos de animais ou aves que se também se assustavam conosco, depois do susto reinava a admiração por tão belas criaturas que a natureza gentilmente estava nos oferecendo, tudo ali, ao alcance das nossas vistas, e, espantosamente, de graça.

Tirando o cansaço, que na verdade era apenas os sintomas da nossa vida sedentária, Eu, o Luis e o Chico estávamos apreciando a caminhada e as belezas da natureza.

Depois de muitos escorregões, tombos, e arranhões, chegamos finalmente ao ponto mais alto da Floresta.

O Jean, tirou de sua mochila, alguns apetrechos, que para nós pareciam mais com objetos utilizados por astronautas da NASA, e que foram de grande valia para passarmos a noite.

Cada um montou sua rede nas arvores, e fizemos uma espécie de quadrado, onde todos conseguiam ver todos,isso dava uma certa sensação de segurança, mentira, ficamos com medo do mesmo jeito.

O Jean deu para cada um de nós, um papel alumínio, do tamanho de um lençol e, pasmem, esquentou mais que um edredom.

O Jean também teve a magnífica idéia de esticar uma linha de nylon, com vários sininhos pendurados nela, assim, se algum bicho se aproximasse, ficaríamos alerta.

Achamos uma ótima idéia, até começar a ventar. Já estava escuro, e descobrimos que no meio da Mata fechada não se consegue enxergar a mão diante dos olhos, é um breu.

Com o vento tocando o tempo todo nos sinos, acendíamos nossas lanternas sem parar, parecia mais um grupo de ufologistas tentando se comunicar com OVNI’s.

Felizmente o vento deu uma trégua, e conseguimos dormir, em meio de alguns sons de pernilongos e grilos.

Até que lá pelas tantas da madrugada, o Chico começa a gritar desesperadamente e repetidamente, que estava cego. Quase que instantaneamente nós acendemos nossas lanternas em sua direção,e após alguns segundos, ele se acalmou. Dias depois ficamos sabendo que ele costumava dormir na sua casa, com a luz do abajur acessa.

O dia clareou, e pela primeira vez tivemos um misto de alívio misturado com uma sensação de que o simples fato de acordar com vida, por si só, era um motivo de comemoração.

Descemos a Mata bem animados, curtimos muito mais a floresta, como se fosse um agradecimento pela proteção que a Mãe Natureza havia nos dado durante aquela noite.

Aprendemos que, apesar de assustadora, à primeira vista, o mundo lá fora é bem mais perigoso.

Depois desta aventura, que ficou registrada em nossas memórias e em algumas fotografias, participamos de outras aventuras, só que desta vez, não mais como aventureiros de primeira viagem, mas sim, como apreciadores da natureza.

Inserida por GilbertoPBatista

BORBOLETAS AMARELAM NÃO POSSUEM CORAÇÃO

Era um lindo dia de sábado...
Caminhava eu pelo jardim, sob o forte calor de um dia de verão...
De repente ela surgiu bem na minha frente...
Era uma borboleta enorme...
Suas asas amarelas sobre a flor vermelha, e com o verde da grama de fundo, culminaram numa explosão de cores...
Era impossível não notar...
Instintivamente parei, ou melhor, congelei...melhor ainda, virei estátua...
Quase morrendo sufocado, constatei que precisava respirar...
Então soltei o ar dos pulmões, bem devagar, para não correr o risco de espantar a borboleta amarela...
Eu precisava registrar aquele momento, digamos, mágico...
As borboletas amarelas e grandes são muito ariscas, e não me permitem que nos aproximemos delas...
Eu precisava agir rápido e, ao mesmo tempo, o mais devagar possível...
Qualquer gesto brusco e seria o fim de tudo...
Vagarosamente eu levei a mão até o bolso para pegar o celular...
E sem tirar os olhos da borboleta eu implorava, por dentro, para ela não voar...
Eu estava suando mais do que uma mulher, na hora da baliza, no seu primeiro dia de aula prática de volante...
Eu tentava abrir o botão do bolso da bermuda, mas parecia mais difícil e complicado do que abrir o sutiã da namorada em dias de cio...
Eu sentia que a borboleta estava prestes a ir embora...
Eu via nos olhos dela...
Deu até para notar em seu sorriso amarelo que ela estava me testando...
Foi então que eu me dei conta que borboletas não possuem dentes, tampouco um sorriso...
Eu já estava delirando...
Estava quase tendo um infarto...
Ela ameaçou alçar voo...
Eu me desesperei, arranquei o celular do bolso de forma brusca...
E no desespero ele caiu...
A borboleta ria da minha cara, tenho certeza disso...eu podia sentir...
Peguei o celular no chão, limpei a grama que havia se misturado com o suor das minhas mãos...
Eu tremia...
Eu fui acionar a câmera do celular e apareceu uma mensagem: "Bateria fraca"
Eu xinguei até a 5ª geração do fabricante do celular...
Não, não, não...isso não pode estar acontecendo comigo...
Felizmente o restinho da bateria ainda permitia tirar uma foto...
Era a minha salvação...
Infelizmente a borboleta amarela não esperou...
Foi a minha perdição...
E foi então que eu cheguei á conclusão...
Borboletas amarelas não possuem coração...

Inserida por GilbertoPBatista

PASSADEIRA...DE SUSTO...

E lá estava eu no elevador com uma loira de olhos azuis...
Eu havia me divorciado recentemente...
Eu já estava devidamente instalado no meu novo apartamento, e as coisas estavam ficando organizadas...
Pra falar a verdade, organizadas "daquele jeito" que um solteiro organiza suas coisas...
Bem, voltemos á loira...
Ela era jovem e bonita, e pelo jeito morava no mesmo prédio, afinal estava no mesmo elevador...
Meio sem jeito, perguntei se ela conhecia alguém que passava roupas, e eu, de fato estava precisando...
Para minha surpresa, ela respondeu imediatamente: "Conheço sim, Eu!"
Não era bem a resposta que eu esperava, afinal ela não se parecia muito com uma passadeira de roupas...
Pelo menos entre as suas tatuagens, que eram várias, não havia nenhuma que me levasse a acreditar nisso...
Apesar de ter ficado meio, digamos, Mineiro que sou, desconfiado, eu realmente precisava de uma passadeira, e resolvi fazer um teste...
Combinamos o preço ali mesmo no elevador, e fechamos um pacote para ela lavar e passar algumas camisas para eu ter condições de avaliar o seu desempenho profissional...
Como eu não possuía ferro de passar roupas, pedi para levar o dela, até que eu providenciasse um. Ela concordou...
No dia seguinte, logo após eu chegar do trabalho, ela apareceu no meu apartamento portando o seu ferro de passar...
Mal sabia o que eu estava para vivenciar nas próximas intermináveis horas...
Ela foi para a lavanderia, enquanto eu assistia TV na sala...
Foi então que o barulho de roupa sendo esfregada no tanque chamou a minha atenção...
Não pude resistir e fui ver o motivo dela estar lavando a roupa no tanque, sendo que eu possuía máquina de lavar roupas...
Foi aí que meu desespero começou...
Depois de uma explicação sem pé nem cabeça, alegando que a minha máquina era diferente da dela, cheguei a conclusão que ela não sabia "operar" a máquina de lavar roupas...
Voltei para a sala com uma nuvem sombria sobre a minha cabeça...
Sentei no sofá e, despretensiosamente olhei para o lado, e para minha infelicidade, avistei sobre a mesa, o ferro de passar, da loira...
Foi aí que meu desespero aumentou...
A parte de baixo do ferro estava preta...
Não entendo praticamente nada de ferro de passar roupa, mas sabia que aquilo era um mau presságio...
Não sei porquê, mas começou a passar um filme de terror na minha cabeça...
Eu via minhas camisas estendidas no varal, uma a uma...
E todas estavam queimadas em alguma parte...
Quando vi minha camisa predileta, a listrada, com a marca do ferro bem na altura do peito...
O meu peito sentiu a pressão...
Fiquei imaginando uma forma de "abortar" aquela "operação lavar e passar"...
Pensei em desligar todos os disjuntores do apartamento...
Mas eles ficavam justamente na lavanderia, onde a Bruxa, digo, a loira, estava...
Depois que ela terminou de lavar e estender as roupas no varal, fiz questão de não ir vê-las...
Algo me dizia que, agindo assim, eu poderia dormir melhor...
Em seguida ela veio para a sala, afim de passar as demais roupas, já lavadas por mim no dia anterior, na minha incrível máquina de sete cabeças...
Os passos dela soavam como os passos do executor chegando para ligar a cadeira elétrica...
E eu, óbvio, me sentia sentado na cadeira elétrica...
Eu não queria olhar...
Mas meus olhos insistiam...
Eles queriam sofrer...
Eu estava com a nítida impressão que, quando ela ligasse o ferro na tomada, ele ia explodir, e o prédio todo iria pelos ares...
Mas, de repente, um alívio profundo tomou conta da minha alma...
Eu lembrei que não tinha nenhuma tábua de passar roupa em casa...
Era a desculpa perfeita que eu precisava...
Se existisse uma Santa chamada Tábua, a partir daquele dia, eu seria devoto dela...
Ela ainda sugeriu passar as roupas num cobertor sobre a mesa, mas eu consegui convencê-la a deixar para outro dia...
Dia aliás, que nunca chegou...
Daquele dia em diante, toda loira que eu via, disparava meu coração...
Só curei o meu trauma, depois que mudei daquele condomínio...
O lado bom é que hoje eu mesmo passo as minhas roupas...
E o lado ruim é que hoje eu mesmo passo as minhas roupas...

Inserida por GilbertoPBatista

UM DIA DEPOIS DO ADEUS

Era para ser um ano bom...
Estava tudo planejado...
Mas, meu coração parou...
Já estava tudo programado...
Rever parentes e amigos...
Do menos até o mais chegado...
Mas, meu coração parou...
Sequer avisou que pararia...
E eu queria tanto rever minha tia...
Meus primos queridos...
Meu coração poderia ter esperado...
Mas, ele ouviu a mesma coisa o ano passado...
Eu me preparei tanto...
Ia cuidar mais de mim...
Frequentaria mais vezes o meu jardim...
Mas, meu coração parou...
Já havia feito a revisão do carro...
Pretendia me divertir bastante...
Tudo que eu precisava era só de mais um instante...
Eu visitaria até o amigo mais distante...
Mas, meu coração parou...
Estava tudo certo...
Eu ia rever até o Felizberto...
Eu devia ter ido antes...
Porque esperei chegar a esse ponto?
Eu ia rever a todos...
Já estava tudo pronto...
Mas, meu coração parou...
E todos vieram ao meu encontro...
Todos me viram...
Só eu não vi ninguém...
Culpa de quem?
Talvez do tempo impiedoso...
Ou do meu coração ansioso...
Talvez eu tenha adiado demais...
Mas, nada disso importa mais...
Agora só me resta tentar descansar em paz...

Inserida por GilbertoPBatista

Após uma noite intensa e maravilhosa que mais parecia a reinvenção do Kama Sutra, tomando todos os cuidados para não me acordar, ela levantou-se às 5:00h da manhã para surpreender-me as 6:45h com uma bandeja recheada de coisas saborosas...
Enquanto ela batia um bolo, fazia pão de queijo e assava brioches, mesmo dormindo eu pude sentir o cheiro gostoso do café fresquinho sendo preparado...
E o que veio depois do café da manhã vocês não vão acreditar...
MULHER DO SÉCULO XXI
Não percam!
Estreia dia 1° de Abril
Num cinema longe de você

Inserida por GilbertoPBatista

O ÚLTIMO VÔO

O mundo está diferente...
Caiu o avião da Chapecoense...
Era pra ter jogo...
Era pra ter gol...
Torcida e vibração...
Mas, caiu o avião...
Quem voava nas alturas...
Sonhava em estar lá...
Chegar ao topo em tão pouco tempo...
Foi merecido...
Restou a sensação de dever cumprido...
Partiram em busca do título...
Partiram rumo ao desconhecido...
A luta tornou-se luto...
Resultado do inesperado...
Quem poderia prever tal final?
Um fato isolado?
Talvez sim...
Talvez não...
Complicado...
A vida precisa seguir...
Chapecó vai reagir...
A Chape vai ressurgir...
Mais forte...
E com um pouco de sorte...
Em breve vai homenagear seus heróis...
Com um novo troféu...
Que será erguido na direção do céu...
Agora é esquecer o avião (ou não)...
E focar no campeão...

(Voo 2933 da LaMia foi um voo charter, operado pela companhia com a identificação LMI2933, a serviço da Associação Chapecoense de Futebol, proveniente de Santa Cruz de la Sierra, Bolívia, com destino ao Aeroporto Internacional José María Córdova em Rionegro, Colômbia. Na noite de 28 de novembro de 2016 às 21h58, no horário local da Colômbia (29 de novembro de 2016 às 2h58 UTC),[6] a aeronave que realizava este voo caiu próximo ao local chamado Cerro El Gordo, ao se aproximar do aeroporto em Rionegro.[7]
A aeronave trazia 77 pessoas a bordo, tendo por passageiros atletas, equipe técnica e diretoria do time brasileiro da Chapecoense, jornalistas e convidados, que iriam a Medellín onde o clube disputaria a primeira partida da Final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional.[7] Entre passageiros e tripulantes, 71 pessoas morreram na queda do avião e seis foram resgatadas com vida.[4][8]
Dos mortos, vinte eram jornalistas brasileiros, nove eram dirigentes (incluindo o presidente do clube)[9] dois eram convidados, quatorze eram da comissão técnica (incluindo o treinador e o médico da equipe), dezenove eram jogadores e sete eram tripulantes; dos seis ocupantes que sobreviveram, quatro eram passageiros e dois eram tripulantes.[10][11][4] Pelo total de vítimas, esta tragédia torna-se a maior da história com uma delegação esportiva e a maior do jornalismo brasileiro.[12][4])
Fonte: Wikpedia

Inserida por GilbertoPBatista

"A beleza imaculada de um segredo espoleta rasga-se como um véu se violada a castidade.

Ela o escondia a sete chaves, sobre embaraço e nomes incomuns. Orgulhava-se em apartá-lo de si para dar a outrem, numa tentativa parva de encobrir-lhe a verdadeira face.

No entanto, não conseguia negar que era seu melhor talento, amava-o com zelo extraordinário, mas gozava-se ao dizê-lo filtrado em voz alta.

Porém, um dia, as lágrimas pesaram em seus olhos e ela percebeu que a pessoa em que mais confiava havia lhe traído.

E seu doce segredo, agora não somente seu, azedava e amargava-lhe o peito."

Inserida por FPLenaChristine

ANJO

Eu bati o olho em você...
Meu coração bateu mais forte...
Bateu uma vontade louca de roubar você pra mim...
Bati cabeça para criar coragem...
Enquanto a sede por seus beijos batia cada vez mais forte...
Eu quase bati o carro...
Parei, desci e bati a porta...
Segui em sua direção disposto a bater no meu medo...
O vento batia nos seus cabelos...
Seus cabelos batiam no seu rosto...
Minhas pernas começaram a bater uma na outra...
Bati a cara numa placa de transito...
Bati boca com um policial que tentou me deter...
Você se assustou, bateu asas e voou...
Hoje em dia eu não bato bem da cachola...
Ando pelas ruas batendo perna a sua procura...
E todas as tardes me bate uma grande saudade...
Saudade do bate-papo que nunca aconteceu...

Inserida por GilbertoPBatista

DIAS RUINS

Às vezes o Universo é injusto...
Justo o Universo que tem fama de conspirar a favor...
Às vezes a vida é injusta...
Justamente, a vida...
Às vezes você faz tudo certo...
E dá tudo errado...
Às vezes o plano que parecia pleno sai fora do traçado...
O que era pra ser reto fica meio curvado...
O dia, que deveria ser ensolarado, fica nublado...
O doce fica salgado...
O dia vira breu...
O crente, um ateu...
Às vezes o são fica insano...
A sujeira não sai com pano...
O que era pra ser fácil fica difícil demasiado...
O que era pra ser simples fica complicado...
Às vezes você gostaria de sorrir...
Mas, prefere dormir...
Às vezes você precisa de um abraço, um "olá", ou só um "bom dia" talvez...
Mas daí vem o Universo em forma de silêncio outra vez...
Às vezes o peso do vazio fica pesado demais...
Os neurônios ficam irracionais...
Tudo muda, mas fica tudo igual...
A confusão parece normal...
E quando as peças começam a se encaixar...
E você pensa que tudo vai melhorar...
Lá vem a vida outra vez e muda tudo de lugar...

Inserida por GilbertoPBatista

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