Textos de Amizade Antiga

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⁠Vou sentir falta da minha versão antiga,da menina boba e ingênua que não enxergava o mal no mundo,cheia de "amigos",confiava em todos sem medo de se magoar ou se machucar,pena que eu tô perdendo essa menina aos poucos,construindo muros que não serão derrubados tão facilmente,aprendendo que não se pode confiar em ninguém porque na primeira oportunidade eles te dão uma rasteira,aprendendo que é melhor você andar sozinho porque a gente sabe que se ficar íntima ou contar algum segredo pra ela no final a gente se ferra,se arrependendo de ter feito certas amizades.
Sim,eu estou crescendo,e estou começando a ver o mal no mundo,e me isolando mais ainda porque sabemos que esse é o melhor a ser fazer

Inserida por Aviadora1997

⁠URANDI ANTIGA

No encontro dos rios
nasceu a cidade;
ainda tinha a lagoa
que deixou saudade.

Tinha os casarões
cheios de janelas,
comércio com portas
e fachadas muito belas.

As casas eram artes
de platibanda portuguesa;
símbolo de riqueza,
pois a família era burguesa.

As casas eram geminadas
sem janelas dos lados,
com quartos interligados
pra serem ventilados.

Não tinha casa recuada,
usava grade na porta
para barrar cachorro
ou gente que não suporta.

Tinha casas muito bonitas
construídas na praça,
de incomparável beleza,
enfeitadas com vidraça.

Tinha suntuosos sobrados,
sinônimo de muita riqueza.
O mercado era um barracão
com maior feira da redondeza.

⁠O TOMBO DA IGREJA

A Igreja Matriz de Urandi
era uma obra muito antiga.
Era o marco da fundação,
mas pra isso ninguém liga.
Se falasse em tombamento,
você comprava muita briga.

A igreja era peculiar,
valia a pena manter.
A torre era no fundo,
tinha uma data pra ler.
Era a marca da fundação,
mas ninguém queria saber.

Ela sofreu muitos ataques,
desde quando era capela.
Derrubaram até o coro
e o sino ficava na janela.
Arrancaram todas as lápides
de quem foi sepultado nela.

A cidade quebrava o silêncio
no tempo que tocava o sino,
mas há muito tempo ele calou;
já era o começo do seu destino.
Nossa praça também alegrava
quando Dona Zelita tocava violino.

Nem o Cristo Redentor escapou,
teve que procurar outro lugar.
A esplanada invadiu a praça,
dificultando carro estacionar.
Fez um mercado debaixo do Cristo,
com barracas servindo de altar.

O altar era uma relíquia,
no Brasil não tinha igual.
Do tempo da colonização,
tinha o brasão de Portugal.
Era o nosso mais valioso
patrimônio material.

Tinha lustres, confessionário
e nichos de madeira entalhada.
Tudo precisava ser preservado,
mas era preciso ser tombada.
Como não quiseram fazer isso,
preferiram que fosse derrubada.

⁠A FESTA DE SANTO ANTÔNIO

A festa do padroeiro
é a mais antiga de Urandi;
começou nos primeiros anos
que a capela passou a existir.
Todo fazendeiro vinha ao festejo
e, pra alojar, começaram construir.

Era a festa mais esperada:
vinha padre fazer celebração,
contratava filarmônica de fora
e faziam um grande leilão,
tinha levantada de mastro
e encerrava com a procissão.

Armava muita barraca,
fazia muita iluminação,
trazia até nega de fogo
e banda pra animação.
Ainda faziam roupa nova,
casavam e batizava pagão.

Quando vinham casar na cidade,
causava muita mobilização.
Procurava casa para arrumar,
vinha a pé,cavalo ou caminhão.
Soltava foguete, carregava mala
e fazia latada com trempe no chão.

Na novena soltava foguete,
durante toda comemoração.
Crianças de anjo e do Santo
acompanhavam a procissão,
até que chegou o padre Paulo
e acabou com toda tradição.

Uma piada antiga conta que um menino muito otimista, cujos pais tentavam ensinar a ver o mundo de modo mais realista, ganhou deles um saco de esterco de cavalo de presente de aniversário.
– O que você ganhou? – perguntou-lhe a avó, torcendo o nariz por causa do cheiro.
– Não sei – gritou o garoto, encantado, revirando ansiosamente o esterco. – Mas acho que deve ter um pônei em algum canto aqui dentro!

Desconhecido
HEEN, Sheila; STONE, Douglas. Obrigado pelo feedback: A ciência e a arte de receber bem o retorno de chefes, colegas, familiares e amigos. São Paulo: Portfolio-Penguin, 2016.

Nota: Essa piada possui diferentes versões, e não se sabe quem é seu verdadeiro criador e qual é a versão original.

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Inserida por pensador

⁠Poema virado.


Poema atual...
Ou da antiga geração...
Com meu Sol....
Vou na verificação...
No palco...
Uma recordação...
Retratos de minha infância...
É trazer a poesia em mãos...
O ontem...
Se faz hoje...
Em cores
Ou preto e branco...
Da enxada...
Passei pela plantação...
Fui carreiro...
Fui violão....
Toquei viola..
E acordeom...
Pelas estradas...
Viajei de caminhão....
Fui diretor....
E professor de corrimão...
Subindo as escadas...
Sem olhar pro chão...
De Luar prateado...
Pulei pra outro estado...
Se sou poeta...
Acho que não..
Mas se me chamam...
Eu respondo com coração...
Não sou poeta...
Mas faço poemas...
E se escrevo...
Pinto o trovão...
E com ele...
Passo o lápis...
Num relampear....
Corrijo o borrão....
Sou assim...
Doido ou não...
Pois e assim..
Que vivo no meu mundão...
Tudo isso...
Tem uma única.explicação...
Me jogaram sozinho no mundo...
E la de cima...
Peguei minhas asas...
Da imaginação....
E coma elas...
Eu me inspiro....
E que me transformo...
Num escritor....
Fora ou dentro...
Do meu avião....


Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.

Inserida por JoseRicardo7

⁠A alma deslumbrante de Londres
Londres, antiga cidade contrastante da idade de ouro
Às vezes pelas ruas de Londres, às vezes modernas e cheias de história
Sua beleza única como os jardins de Londres
Que tantos olhares atraem
Seus vários estilos únicos como o universo
Faz de você uma atração turística como Shakespeare que caminhou ao longo do rio Tâmisa que o corta ao meio cheio de paixão louca e ardente
A troca solene de soldados
Do Palácio de Buckingham para taças cheias de vinho
Big Ben que perpetua a pontualidade britânica e nos chama a ver tamanha beleza
A London Eye que não vê nada
E de onde muito pode ser visto até seus olhos
Aos domingos e segundas-feiras, tome um brunch na Portobello Road e aproveite o centro político
O jeito londrino de ser
Com as ruas dos sentidos em cabines telefônicas vermelhas
O táxi preto, formalidades
Faça compras em Camden Town
E finalmente,
Conheça pessoas de Covent Garden ao centro político.

Inserida por richard_felix

⁠Feliz ano novo ❤️
Sabe aquela maquina antiga de escrever que vc tinha que arrastar pro lado pra começar a escrever?
Nossa vida é assim, ela é escrita e no final do ano arrastamos pro lado pra começar uma nova história, uma nova escrita no caso, um novo 365 dias pra encararmos
Ano novo, vida nova, novas conquistas, novos sorrisos, novos desafios, novos obstáculos, novas pessoas entraram em nossas vidas e pode ser que outras saem tbm mas faz parte é a vida

Inserida por Phenrique18

⁠Tem uma árvore muito antiga nos fundos da minha casa, ninguém sabe quem plantou mas ela sempre existiu .
Eu nasci , cresci e envelheci e ela permanece ali igual. firme.
Quando me lembro de desasselerar, deito e fico olhando os altos galhos pela janela,
Me faz lembrar de ti ,
Que você é antes de todas as coisas
Que como o balançar das folhas você pode ser sutil e violento mas também simples
Que és sólido e imutável
Que sustenta tudo, até uma velha árvore .
Que você está em tudo
Que tudo é teu
Que a cada vinte anos eu me reinventarei mas você permanecera arraigado em meu peito
Que é preciso desacelerar e olhar pra janela e te ver .
Que em ti vivemos,existimos e nos movemos e só em ti.

Inserida por Opinheiro

⁠Os seres humanos praticam as mesmas atrocidades de milênios atrás.

Na Roma Antiga, jogavam cristãos na cova dos leões. Na Idade Média, queimavam hereges nas fogueiras. Na Segunda Guerra Mundial, exterminavam judeus em câmaras de gás.

Leandro Karnal está certíssimo ao dizer que o diabo entrou em férias desde que percebeu que o homem executa seu trabalho melhor do que ele próprio.

Inserida por I004145959

"Nada me tira da cabeça que a logística é a profissão mais antiga do universo. Alguns podem argumentar que a de cozinheiro ocupa esse posto ,mas discordo. Para ter os ingredientes para cozinhar e o fogo para assar ,primeiramente, é necessário utilizar a logística.

Quando os primeiros humanos vieram para a América pelo Estreito de Bering, eles empregaram uma logística primitiva, mas ainda assim,

LOGÍSTICA."

Inserida por CalebeERocha

⁠Antiga paixão

Meus pedidos eram sempre os mesmos, minhas velinhas estavam cansadas de saber, os dentes-de-leão já se desgastaram de tanto serem assoprados, as pétalas nunca ouviram tanto "bem me quer", as estrelas cadentes então... já sabem seu nome de cor.

A lua me acha louca por sair desejando alguém tão desesperadamente "Como pode? Assim tão nova!" e respondo "Isso por que não contei nem a metade do que sinto..."

Dona Lua é muito cuidadosa, morre de medo de eu me machucar, como em meus antigos amores. Nem ligo, me entrego sem medo de futuras dores.

Entre nossas conversas, acabo soltando que te amo, mas que erro, revelei meu maior segredo. Jogo tudo pro ar, deixando essa antiga paixão rolar.Você fica confuso, deixarei que se resolva, para que sentimentos por mim, você talvez desenvolva.

Por enquanto, deixo meus lábios à espera de seu beijo, e pode ter certeza de que direi a lua que este foi meu maior feito.

Inserida por paollasecundo

⁠O primeiro estudo significativo sobre saúde mental remonta à antiga Grécia, reconhecida como o berço da civilização ocidental e da filosofia. Galeno de Pérgamo, um médico grego do século II, contribuiu de maneira substancial para o entendimento da saúde mental. Suas observações e escritos sobre a melancolia, então considerada uma manifestação de desequilíbrio no humor, representam um marco fundamental no estudo clássico da psicopatologia.

Livro: Mentes dilaceradas: uma jornada pela saúde mental e a reconstrução do Ser.

Inserida por NINALEEMAGALHAES

⁠Era uma noite enluarada na antiga cidade de Atlântida, onde os Deuses e Deusas do Olimpo se reuniam para celebrar o festival anual em honra a Poseidon. Entre os convidados estava Afrodite, a deusa do amor e da beleza, conhecida por sua imensa beleza e poder de sedução. Ela caminhava elegantemente pelo salão, atraindo todos os olhares com sua presença divina.

Foi então que seus olhos encontraram os de Hades, o temido deus do submundo. Ele era conhecido por sua aura sombria e imponente, mas naquele momento algo nele chamou a atenção de Afrodite. Uma chama ardente se acendeu dentro dela, uma mistura de medo e desejo que a consumia por dentro.

Hades, por sua vez, ficou hipnotizado pela beleza radiante da deusa do amor. Seus olhos negros brilhavam com uma intensidade que ele nunca sentira antes, e sua alma foi sugada por aquela presença divina. Ele se aproximou dela lentamente, como se estivesse sendo guiado por uma força superior.

Afrodite sentiu o coração acelerar quando Hades se aproximou dela. Seus corpos estavam a milímetros de distância, e ela podia sentir o calor pulsante que emanava dele. Ele estendeu a mão para tocar seu rosto, e ela fechou os olhos, entregando-se completamente àquele momento místico.

"Subjulgue minha alma, desnuda-me, prenda-me na maestria dos sentidos", sussurrou Hades, sua voz grave ecoando pelo salão. Afrodite sentiu um arrepio percorrer todo seu corpo, uma sensação de êxtase que a inundava completamente.

Seus lábios se encontraram num beijo apaixonado e arrebatador, uma fusão de luz e trevas, amor e medo. Eles dançaram juntos ao som da música celestial que preenchia o salão, perdendo-se na magia daquela noite eterna.

Meu corpo em júbilo, deixando minha consciência em estado de torpor, pensou Afrodite, enquanto se entregava aos braços fortes de Hades. Ela sentia como se estivesse sendo levada para um lugar além do tempo e do espaço, onde apenas o amor e a paixão reinavam supremos.

Enquanto isso, os outros deuses e deusas observavam a cena com curiosidade e fascinação. Nunca antes tinham visto uma conexão tão poderosa entre dois seres divinos, tão intensa e avassaladora. Era como se o próprio destino tivesse unido Afrodite e Hades naquela noite mágica.

A festa continuou pela madrugada, com os dois amantes dançando sob a luz da lua cheia, envoltos numa aura de mistério e romance. Suas almas se entrelaçaram de forma indissolúvel, criando uma ligação eterna que transcenderia os limites do Olimpo e da própria existência.

Os dias se passaram, e Afrodite e Hades continuaram a se encontrar nas sombras da noite, alimentando sua paixão proibida com encontros secretos e juras de amor eterno. Eles sabiam que estavam desafiando as leis divinas, mas não se importavam, pois o que sentiam um pelo outro era maior do que qualquer proibição.

E assim, a deusa do amor e o deus do submundo viveram seu romance lendário, atravessando os séculos e as eras com sua chama ardente e pura. Seus nomes foram entoados em canções e lendas, celebrados como o mais poderoso e belo casal do mundo mitológico.

E mesmo quando o tempo passou e os deuses antigos caíram no esquecimento, a história de Afrodite e Hades perdurou como um exemplo de amor verdadeiro e inquebrável, uma união que desafiou as barreiras do céu e do inferno.

E assim, nas estrelas do firmamento, o amor de Afrodite e Hades brilhava eternamente, iluminando o universo com sua luz divina e eterna. Para todo o sempre, seus corações permaneceriam unidos, uma promessa de amor eterno que transcenderia a própria morte.

Inserida por AlineCairaG

⁠A Grande Jornada das Almas Dignas
Há uma antiga crença que permeia várias culturas e religiões ao redor do mundo: as boas pessoas são chamadas para a próxima vida mais cedo porque já provaram ser dignas de recompensas além deste mundo material. Esta ideia, ao mesmo tempo melancólica e esperançosa, sugere que a Terra é um campo de provas para o espírito humano, e aqueles que demonstram a mais alta virtude são agraciados com uma transição antecipada para uma existência superior.
**A Provação do Espírito:**
No vasto panorama da vida, cada experiência, cada desafio, e cada ato de bondade são partes de uma prova maior. Nossa estadia no mundo material é uma jornada repleta de obstáculos que testam a resiliência, a compaixão e a integridade de nossa alma. Aqueles que emergem dessas provas com uma luz radiante de bondade e altruísmo são vistos como tendo completado seu propósito terreno de maneira exemplar.
**A Recompensa do Pós-Vida:**
Para aqueles que acreditam nessa filosofia, a morte não é um fim trágico, mas uma transição gloriosa. O mundo material é apenas uma etapa inicial, onde as almas são moldadas e refinadas. Quando alguém que possui uma alma pura parte, não é porque foram tomados de nós injustamente, mas porque alcançaram um nível de pureza e sabedoria que lhes permite avançar para um plano de existência mais elevado. Eles se tornam pioneiros espirituais, atravessando para um reino onde suas virtudes são reconhecidas e recompensadas.
**A Lógica do Consórcio das Boas Almas:**
A lógica que governa o chamado das boas almas para além deste mundo é intrinsecamente ligada ao conceito de merecimento e preparação. Essas almas provaram, através de suas ações e decisões, que estão prontas para uma forma de existência que transcende a limitação física e material. Elas se tornaram exemplos vivos de como a vida deve ser vivida, inspirando os que ficam a seguir suas pegadas de bondade e amor.
**A Pior Provação da Alma:**
No entanto, essa transição também carrega consigo a lembrança de que a maior provação é a nossa vida terrena. Aqui, somos constantemente testados pela dor, pela perda, e pelas injustiças do mundo. Superar essas adversidades com graça e bondade é o verdadeiro desafio de nossa existência. Aqueles que conseguem fazê-lo são reconhecidos como mestres dessa arte, dignos de avançar para uma nova fase de sua jornada espiritual.
Essa reflexão sobre a partida prematura das boas almas nos oferece uma nova perspectiva sobre a vida e a morte. Em vez de ver a perda como um evento trágico, podemos vê-la como um reconhecimento da virtude e da dignidade espiritual, um lembrete de que nossas ações no mundo material têm consequências eternas e que a verdadeira recompensa está além do que podemos ver e tocar.

Inserida por MarcosPsqln

⁠CARTA DE PRINCÍPIOS

A idéia da formação de um partido só dos trabalhadores é tão antiga quanto a própria classe trabalhadora. Numa sociedade como a nossa, baseada na exploração e na desigualdade entre as classes, os explorados e oprimidos têm permanente necessidade de se manterem organizados à parte, para que lhes seja possível oferecer resistência séria à desenfreada sede de opressão e de privilégios das classes dominantes. Mas sempre que as lideranças dos trabalhadores e oprimidos se lançam à tarefa de construir essa organização independente de sua classe, toda sorte de obstáculos se contrapõe aos seus esforços.
Essa situação vivida milhares de vezes em todos os países do mundo vem acontecendo agora no Brasil. Começando a sacudir o pesado jugo a que sempre estiveram submetidos, os trabalhadores de nosso país deram início, em 12 de maio do ano passado (greve da Scania), à sua luta emancipadora. Desde então, o operariado e os setores proletarizados de nossa população vêm desenvolvendo uma verdadeira avalanche pela melhoria de suas condições de vida e de trabalho. A experiência dessas lutas tem como resultado um visível amadurecimento político da população trabalhadora e o crescimento, em quantidade e qualidade, de suas lideranças. Esse rápido amadurecimento político pode ser visto claramente no aprimoramento das formas de luta de que os trabalhadores têm lançado mão. O início das lutas é marcado por um período de greves brancas nas fábricas. Já os embates mais recentes, dos quais a greve geral metalúrgica do ABCD é o melhor exemplo, mostram a retomada, em toda a linha, das formas clássicas de luta: grandiosidade das assembléias gerais, a ação decisiva dos piquetes e dos fundos de greve. Os trabalhadores entenderam ao longo desse ano de lutas que as suas reivindicações mais sentidas esbarravam em obstáculos cada vez maiores e é por isso, dialética mente, que vão sendo obrigados a construir organizações cada vez mais bem articuladas e eficazes. Diante da força da greve do ABCD, os patrões e o governo precisaram dar-se as mãos para impedir o fim da política do arrocho salarial e o fim das estruturas semi fascistas que tangem os nossos sindicatos. Os patrões usam de todos os meios ao seu alcance para quebrar a unidade dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se recusam a reconhecer os acordos obtidos no período das greves fabris. O governo desencadeia sua repressão: os sindicatos são invadidos e suas direções destituídas oficialmente, enquanto nas ruas a polícia persegue os piquetes e tenta impedir, pela violência, que os trabalhadores consigam local para se reunir. Por seu lado, o apoio que os metalúrgicos conseguem dos demais trabalhadores, embora seja suficiente para impedir que a repressão se aprofunde e faça produzir um recuo parcial, carece de maior conseqüência, devido, é claro, não à inexistência de um espírito de solidariedade, mas sim devido às limitações do movimento sindical e à inexistência de sua organização política. Tanto isso é verdade que as lideranças da greve são obrigadas a se escorar no apoio, muitas vezes duvidoso, de aliados ocasionais, saídos do campo das classes médias e da própria burguesia. Não puderam os trabalhadores expressar de modo mais conseqüente todo o seu apoio aos grevistas do ABCD, e essa impotência tenderá a continuar enquanto eles mesmos não se organizarem politicamente em seu próprio partido. É por isso que a idéia de um partido dos trabalhadores, ressurgindo no bojo das greves do ano passado e anunciado na reunião intersindical de Porto Alegre, em 19 de janeiro de 1979, tende a ganhar, hoje, uma irresistível popularidade. Porque se trata, hoje, mais do que nunca, de uma necessidade objetiva para os trabalhadores. Cientes disso também é que setores das classes dominantes se apressam a sair a campo com suas propostas de PTB. Mas essas propostas demagógicas já não mais conseguem iludir os trabalhadores, que, nem de longe, se sensibilizaram com elas. Esse fato comprova que os trabalhadores brasileiros estão cansados das velhas fórmulas políticas elaboradas para eles. Agora, chegou a vez do trabalhador formular e construir ele próprio seu país e seu futuro. Nós, dirigentes sindicais, não pretendemos ser donos do PT, mesmo porque acreditamos sinceramente existir, entre os trabalhadores, militantes de base mais capacitados e devotados, a quem caberá a tarefa de construir e liderar nosso partido.
Estamos apenas procurando usar nossa autoridade moral e política para tentar abrir um caminho próprio para o conjunto dos trabalhadores. Temos a consciência de que, nesse papel, neste momento, somos insubstituíveis, e somente em vista disso é que nós reivindicamos o papel de lançadores do PT. O povo brasileiro está pobre, doente e nunca chegou a ter acesso às decisões sobre os rumos do País. E não acreditamos que esse povo venha a conhecer justiça e democracia sem o concurso decisivo e organizado dos trabalhadores, que são as verdadeiras classes produtoras do País. É por isso que não acreditamos que partidos e governos criados e dirigidos pelos patrões e pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam
Propiciar o acesso às conquistas da civilização e à plena participação política para o nosso povo. Os males profundos que se abatem sobre a sociedade brasileira não poderão ser superados senão por uma participação decisiva dos trabalhadores na vida da nação.
O instrumento capaz de propiciar essa participação é o Partido dos Trabalhadores. Iniciemos, pois, desde já, a cumprir esta tarefa histórica, organizando por toda parte os núcleos elementares desse partido.
1. A sociedade brasileira vive, hoje, uma conjuntura política altamente contraditória e, sob muitos aspectos, decisiva quanto a seu futuro a médio e longo prazos.
Vista do ângulo dos interesses das amplas massas exploradas, desde sempre marginalizadas material e politicamente em nosso país e principais vítimas do regime autoritário que vigora desde 1964, a conjuntura revela tendências extremamente promissoras de um futuro de liberdades e de conquistas de melhores condições de vida. Dentre as tendências auspiciosas, destaca-se a emergência de um movimento de trabalhadores que busca afirmar sua autonomia organizatória e política face ao Estado e às elites políticas dominantes.
Esse é, sem dúvida alguma, o elemento inovador e mais importante da nova etapa histórica que se inaugura no Brasil, hoje. Contudo, a par dos dados auspiciosos da conjuntura política, coexistem também perigosos riscos, que podem levar as lutas populares a novas e fragorosas derrotas.
Aqui, cabe destacar que o processo chamado de abertura política está sendo promovido pelo mesmos grupos que sustentaram e defenderam o regime hoje em crise. Com a evidente exaustão de amplos setores sociais com o regime vigente no País e com a crise econômica que abalou a estabilidade dos grupos dominantes que controlam o aparelho de Estado, os detentores do poder procuram agora, e até este momento com relativo êxito, reformar o regime de cima para baixo. Vale dizer, pretendem reformar alguns aspectos do regime, mantendo o controle do Estado, a fim de evitar alterações no modelo de desenvolvimento econômico, que só a eles interessa e que se baseia, sobretudo, na superexploração das massas trabalhadoras, através do modelo econômico de onde sobressai o arrocho salarial. Já está demais evidente que o novo governo militar pretende manter a continuidade dessa mesma política econômica ditada pelo capital financeiro internacional, agravada agora pelos planos de austeridade e recessão que já se esboçam. Isso significa que o sofrimento, a miséria material e a opressão política sobre a população trabalhadora tenderão a se manter e aprofundar.
O que significa estado de direito com salvaguardas? O que pretendem com anistia restrita? O que visam com a propalada reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e da Lei de Greve, urdidas secretamente? Qual o sentido da diminuição das penas previstas na Lei de Segurança Nacional e a preservação do espírito que informa essa mesma Lei?
Esses e tantos outros fatos indicam que o regime busca reformar-se tentando atrair para seu campo de apoio setores sociais e segmentos políticos oposicionistas, com vistas a impedir que as massas exploradas explicitem suas reivindicações econômicas e sociais e, o que é mais importante, a sua concepção de democracia. Em poucas palavras, pretendem promover uma conciliação entre os de cima, incluindo a cúpula do MDB, para impedir a expressão política dos de baixo, as massas trabalhadoras do campo e da cidade.
2. Essas afirmações não ignoram o fato de que o MDB foi utilizado pelas massas para manifestar eleitoralmente seu repúdio ao arbítrio. Tampouco pretendem ignorar a existência, entre seus quadros, de políticos honestamente comprometidos com as lutas populares.
Isso, no entanto, não pode impedir e não nos impede de apontar as limitações que o MDB – partido de exclusiva atuação parlamentar – impõe às lutas populares por melhores condições de vida e por um regime democrático de verdadeira participação popular.
O MDB, pela sua origem, pela sua ineficácia histórica, pelo caráter de sua direção, por seu programa pró-capitalista, mas sobretudo pela sua composição social essencialmente contraditória, onde se congregam industriais e operários, fazendeiros e peões, comerciantes e comerciários, enfim, classes sociais cujos interesses são incompatíveis e onde, logicamente, prevalecem em toda a linha os interesses dos patrões, jamais poderá ser reformado. A proposta que levantam algumas lideranças populares de “tomar de assalto” o MDB é muito mais que insensata: é fruto de uma velha e trágica ilusão quanto ao caráter democrático de setores de nossas classes dominantes.
Aglomerado de composição altamente heterogênea e sob controle e direção de elites liberais conservadoras, o MDB tem-se revelado, num passado recente, um conduto impróprio para expressão dos reais interesses das massas exploradas brasileiras. Está na memória dos trabalhadores a conduta vacilante de parcelas significativas de seus quadros quando da votação da emenda Accioly, da lei antigreve e de outras medidas de interesse dos trabalhadores. Apegado a uma crítica formalista e juridicista do regime autoritário, o MDB tem-se revelado impermeável aos temas sociais e políticos que tocam, de fato, nos interesses das massas trabalhadoras.
Amplos setores das elites políticas e intelectuais das camadas médias da população têm afirmado que “não soou a hora” de se dividir a oposição articulada no interior do MDB, afirmando que a democracia não foi ainda conquistada. Rechaçamos com veemência tal argumento. Primeiro, porque em momento algum podemos aceitar a subordinação dos interesses políticos e sociais das massas trabalhadoras a uma direção liberal conservadora, de extração privilegiada economicamente. Segundo, porque não podemos aceitar que a frente das oposições se mantenha às custas do silêncio político da massa trabalhadora, único e verdadeiro sujeito e agente de uma democracia efetiva. Tampouco consideramos que a existência de partidos políticos populares venha a contribuir para romper uma efetiva frente da luta dos verdadeiros democratas. O PT considerem imprescindível que todos os setores sociais e correntes políticas interessados na luta pela democratização do País e na luta contra o domínio do capital monopolista uni fiquem sua ação, estabelecendo frentes inter partidárias que objetivem conquistas comuns imediatas e envolvam não somente uma ação meramente parlamentar, mas uma verdadeira atividade política que abranja todos os aspectos da vida nacional.
3. O Partido dos Trabalhadores denuncia o modelo econômico vigente, que, tendo transformado o caráter das empresas estatais, construídas pelas lutas populares, utiliza essas empresas e os recursos do Estado, em geral, como molas mestras da acumulação capitalista. O Partido dos Trabalhadores defende a volta das empresas estatais à sua função de atendimento das necessidades populares e o desligamento das empresas estatais do capital monopolista.
O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas.
O PT entende também que, se o regime autoritário for substituído por uma democracia formal e parlamentar, fruto de um acordo entre elites dominantes que exclua a participação organizada do povo (como se deu entre 1945 e 1964), tal regime nascerá débil e descomprometido com a resolução dos problemas que afligem o nosso povo e de pronto será derrubado e substituído por novas formas autoritárias de dominação – tão comuns na história brasileira. Por isso, o PT proclama que a única força capaz de ser fiadora de uma democracia efetivamente estável é a das massas exploradas do campo e das cidades. O PT entende, por outro lado, que sua existência responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado com o processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia. Nesse sentido, o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividade parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é o de estimular e aprofundar a organização das massas exploradas.
O PT não surge para dividir o movimento sindical, muito ao contrário, surge exatamente para oferecer aos trabalhadores uma expressão política unitária e independente na sociedade. E é
nessa medida que o PT tornar-se-á, inevitavelmente, um instrumento decisivo para os trabalhadores na luta efetiva pela liberdade sindical.
O PT proclama também que sua luta pela efetiva autonomia e independência sindical, reivindicação básica dos trabalhadores, é parte integrante da luta pela independência política destes mesmos trabalhadores. Afirma, outrossim, que buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas próprias massas trabalhadoras com vistas a uma primordial democracia direta. Ao anunciar que seu objetivo é organizar politicamente os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais, o PT se declara aberto à participação de todas as camadas assalariadas do País. Repudiando toda forma de manipulação política das massas exploradas, incluindo sobretudo as manipulações próprias do regime pré-64, o PT recusa-se a aceitar em seu interior representantes das classes exploradas. Vale dizer, o Partido dos Trabalhadores é um partido sem patrões! As tentativas de reviver o velho PTB de Vargas, ainda que, hoje, sejam anunciadas “sem erros do passado” ou “de baixo para cima”, não passam de propostas de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses de setores do empresariado nacional. Se o empresariado nacional quer construir seu próprio partido político, apelando para sua própria clientela, nada temos a opor, porém, denunciamos suas tentativas de iludir os trabalhadores brasileiros com seus rótulos e apelos demagógicos, e de querer transformá-los em massa de manobra para seus objetivos.
O PT não pretende criar um organismo político qualquer. 0 Partido dos Trabalhadores define-se, programaticamente, como um partido que tem como objetivo acabar com a relação de exploração do homem pelo homem. O PT define-se também como partido das massas populares, unindo-se ao lado dos operários, vanguarda de toda a população explorada, todos os outros trabalhadores – bancários, professores, funcionários públicos, comerciários, bóia- frias, profissionais liberais, estudantes, etc. – que lutam por melhores condições de vida, por efetivas liberdades democráticas e por participação política. O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há socialismo sem democracia e nem democracia sem socialismo. Um partido que almeja uma sociedade socialista e democrática tem que ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressarem seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais.
Como organização política que visa elevar o grau de mobilização, organização e consciência de massas; que busca o fortalecimento e a independência política e ideológica dos setores populares, em especial dos trabalhadores, o PT irá promover amplo debate de suas teses e
propostas de forma a que se integrem nas discussões:
• lideranças populares, mesmo que não pertençam ao Partido;
• todos os militantes, trazendo, inclusive, para o interior do debate partidário proposições de quaisquer setores organizados da sociedade, e que se considerem relevantes com base nos objetivos do PT. O PT declara-se comprometido e empenhado com a tarefa de colocar os interesses populares na cena política e de superar a atomização e dispersão das correntes classistas e dos movimentos sociais. Para esse fim, o Partido dos Trabalhadores pretende implantar seus núcleos de militantes em todos os locais de trabalho, em sindicatos, bairros, municípios e regiões.
O PT manifesta alto e bom som sua intensa solidariedade com todas as massas oprimidas do mundo.
A COMISSÃO NACIONAL PROVISÓRIA
1º de maio de 1979

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Leitura: Fernando kabral 13

Inserida por fernando_kabral

⁠É O QUE DIZEM
Valéria Leão

Dizem por aí
que eu tenho uma alma antiga
que bebe vinho, dança bolero
e acha graça na vida.

Dizem por aí
que eu abro a porta para a
poesia, que acolho seu pranto,
que compreendo os seus mais
íntimos ruídos.

Dizem por aí
que essa minha aparente
leveza de ser
nasce da conclusão
de que não se pode ter tudo
e, portanto, só nos resta viver
com o que se tem.

Dizem por aí
que esse meu inesperado
encontro com a poesia
é o resultado de uma
confusão de afetos
que, como as estrelas,
se chocam e se estabilizam.

É o que dizem por aí!

Inserida por valeriafarialeao

Olha Ti

Olha Ti, França, meu país
Tua glória é tão antiga
Mas hoje estás tão dividida
Entre ódios e vinganças

Eu sou teu príncipe herdeiro
E um dia serei teu rei
A lutarei pela tua unidade
E pelo teu bem-estar

A monarquia é a melhor forma
De governo para um povo
Ela traz estabilidade
E justiça para todos

Eu sei que há quem não concorde
Mas eu acredito no meu sonho
De ver a França unida
E próspera, de novo

Eu sei que é um desafio
Mas eu não desisto
Eu lutarei pelo meu país
Até o fim de meus dias

Inserida por usually

⁠Quem Foram os Amanuenses (𝙲opistas)?

Os Amanuenses na Roma antiga eram pessoas dotadas do dom da escrita, por isso, dedicavam-se a copiar livros. Outro trabalho desses homens era escrever cartas, as quais eram ditadas por outros que não tinham a habilidade de escrita.

Não é difícil perceber como a vida desses homens foi importante para a história, já que eles foram responsáveis por escrever várias obras na antiguidade.

O Apóstolo Paulo ditava quase todas suas cartas para que algum amanuense escrevesse. É o caso da Carta aos Romanos: "Eu, Tércio, que esta carta escrevi, vos saúdo no Senhor." (Rm 16.22).

O Apóstolo Pedro, também usou um amanuense: “Por Silvano [Silas], vosso fiel irmão, como cuido, escrevi abreviadamente, ..."(1° Pe 5.12a). Esses amanuenses abençoaram o povo a través das escritas.

Quantas informações preciosas existem hoje por conta da existência de tais homens. Dificilmente, alguém lembra a face de um amanuense do passado.

Creio eu que não existem uma larga biografia desses copistas que foram importantes para a humanidade. Uma pena!

Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.

Inserida por VerbosdoVerbo

⁠Sempre que escuto uma música sertaneja antiga me lembro de pessoas especiais que já se foram, meu avô paterno Antonio Marcolino e o Paranaense Senhor Joaquim, um grande amigo e meio "avô". Saudades.

"E por ultimo marcou saudades
De um tempo bom que já se foi
Esquecido em baixo da figueira
Nosso velho carro de boi."
Meu reino encantado - Daniel

02/07/2023

Inserida por danielantoniosp

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