Textos Amorosos
DE MÃOS VAZIAS
Amo de mãos vazias como único projeto,
Sob a condição fundamental do amor,
O meu prazer não é ser amado,
Tenho alusão de amar o desairoso,
E se o amor acaba não posso dizer,
Minha opinião é diversificada sobre,
Amor e Paixão...
O que sei é que o amor é imponderavel,
inexoravel...
Amo sob a previa do esmo,
Amo o inacabado,o inseguro,
A emoção da incerteza de estar ao teu lado.
Te amo...
Te amo tanto que sinto não mais pertencer a mim,
é um amor que não tem razão,parece ter vida propria
e comanda minhas ações.
Minha razão diz que é loucura te querer assim,
que tua indecisão culminará na minha solidão,
mas como quem anda no deserto tenho sede do teu amor,
quero aproveitar cada segundo que te possa ter ao meu lado.
Penso em você a todo instante,adoro o seu sorriso ele preenche
o meu ser,é como se fosse um milhão de anos em um único
segundo,seu cheiro me acompanha aonde quer que eu vá,
esta entranhado na minha pele,sinto o toque macio dos seus
lábios nos meus e pareço não mais pertencer a este mundo,
sou transportada para um lugar onde só existe eu e você.
Te deixo livre na esperança de queiras sempre voltar,
me juras teu amor,mas não sabes o que fazer ,não te
prometi uma vida sem problemas,prometi ficar sempre ao seu
lado não importam os problemas e gostaria que agisses assim
também.
Ainda não sei me imaginar sem teu amor,e acho que nunca irei
conseguir tal coisa,penso que continuar é permitir que
desistas de mim mais uma vez,então ensaio mil coisas pra ti
dizer e tudo que falo quando estou do seu lado é que te amo
e naquele momento parece bastar...
Conseqüências do amor
É tão fácil pro ser humano dizer “Te amo”
Sem saber as conseqüências do amor.
Tão perigoso é dizer “Te amo” sem ao menos amar.
Mesmo assim, eles insistem em ressaltar tal fala.
Para dizer “Te amo”, antes, tens que amar,
É preciso senti-lo, demonstrá-lo e então só depois pronunciá-lo.
Dizer “Te amo” sem amor é ficar enganado pelo verbo amar.
Sem saber o erro que acabara de cometer e
Continua a “mentir” pra si mesmo e então vive triste sem saber por quê.
Mas quando o “Te amo” sai com sinceridade, segurança e beleza,
Tudo fica belo e cheio de carinho que nessa hora é compartilhado,
E nessa troca de amor, ninguém sai ferido e sim amado.
Sinta a beleza do amor e se deixe levar por ele,
Que talvez mais tarde você seja o ser amante,
Então espero que seja um amor semelhante.
Tenho segurança do que vos digo,
Pois em mim o amor prevalece impulsivo.
Falar de amor é extremamente fácil,
Quando você o tem no coração e na alma.
E talvez palavras apenas não bastem
Para expressar tamanho carinho,
Mas um amor sincero, Sim!
Tem pessoas que acha que sabem o que é o amor, mas não é um simples eu te amo que quer dizer que você realmente ama,que dizer que pode estar amando ou só se iludindo, como saber como estamos amando e quem?
simples quando você ama alguém de verdade você abre mão da sua felicidade por a dela, você faz loucuras de amor, você larga tudo só pra ficar com essa pessoa, você passa a pensar, sonhar, tentar estar toda hora ao lado dessa pessoa, você não abandona nunca, você não a esquece nunca, apesar de estar com outra pessoa sabe que é ela que esta ali realmente no teu coração e que você sabe que se ela pedir você largaria tudo e todos por ela.
Eu te amo!
Sobre uma aisagem bela,
juntos eu e ela,
fazendo juras de amor,
em frente á um senhor.
E pra oficializar,
e começarmos a nos amar,
vou pintar em um muro,
o nosso amor lindo e puro.
Não vejo a hora de gritar,
até a china vai escutar,
que para sempre eu vou te amar,
e nunca vai se acabar.
Para sempre em meu coração,
sem solidão,
sem escuridão,
apenas a nossa paixão.
E depois de tudo isso,
vou parar,
te olhar,
e dizer que...
... Eu te amo!
Já não mais “digo eu te amo”. O é amor é um sentimento tímido e silencioso, que deve ser revelado aos poucos de maneira subliminar.
Sonhar é tão mais belo quanto ter certeza de um destino ou uma verdade. Eu me encho de expectativa e esperança, ao me perguntar todas as noites antes de adormecer: Será?
"Amor" se diz em francês,
"love" se diz em inglês.
Para mim dizer que te amo
digo mesmo em português.
No quintal de minha sogra
tem um pé de alecrim.
O alecrim ficou para ela
e a filha dela ficou para mim.
Se paixão matasse
muita gente morreria.
Eu seria o primeiro
que a morte levaria.
Saudade... doce poema
que ninguém entendeu.
Vontade de ter de novo
aquilo que se perdeu.
Eu queria que chovesse
uma chuva bem fininha
para molhar sua cama
e você dormir na minha.
Canção de Amor-Vida
Não te peço perdão por te amar!
Se te amo, é porque te amo e pronto.
É um privilégio ser amado.
Não esquecerei nossos momentos,
Mas que sombra? Eu vivo na luz do sol!
A palidez não me cai bem neném.
Cadê a doçura? Tem doçura e amargura.
Mas sossego, não tem não.
Sou mulher furacão.
Amiga e inimiga.
Faço bem e o mal também.
Isso é a vida!
O paraíso com certeza não é aqui.
Mas aqui é boooooom!
A canção é nossa sim!
Vou ouvir e chorar muitas vezes.
Mas vou rir depois. Rir porque vivemos.
Não foi bom? Sim sofremos.
Mas isso, confessa, deixa tudo ainda melhor.
Sem dor não se valoriza o prazer.
E não se faz poesia.
Te deixo aqui as promessas,
Cumpridas e quebradas.
As lágrimas de saudade
De dor e de paixão.
Te deixo a recordação.
Mas o coração é meu!
E levo inteiro!
Sem fatalidade!
A nossa canção é assim.
Guarujá, 19/06/2011
Inspirada na poesia do Grande Vinícius de Moraes - Ternura
Magno,meu doce amor...
Meu amor, já te disse o quanto te amo?
Já, eu sei que já disse muitas vezes, mas digo de novo agora... Te amo...
É um amor tão profundo... Tão lindo... Como flor se abrindo...
Amo a luz do seu olhar... Amo seu jeito de me chamar...
Amo seu amor a me amar... Amo você hoje, amanhã, mais que ontem, mais que sempre, mais que nunca... Te amo...
Você é tudo que eu sempre quis... Sempre sonhei... Me faz feliz... Me faz menina... Me faz mulher...
Amo sua voz, a me dizer carinhos quase indecentes... Amo sua boca quente... Seu abraço presente...
Te amo tão somente... Te amo incondicionalmente... Eu te amo eternamente...
11/06/2011
POESIA PARA DEUS
Pai,
Meu Pai,
Com que amor eu te amo!
Venho oferecer-Te,
Uma poesia em forma de oração,
Uma homenagem singela
Em forma de comunhão.
Na ânsia pela Verdade,
Procura gemida, chorada,
Roguei a Ti, Rei dos Reis,
Por uma prova divina.
No mesmo instante senti
Tua aliança eterna,
Um arco-íris de luz,
Nossa herança em Ti,
Dentro da Bíblia Sagrada.
Quanta emoção eu vivi!
Te descobri em Jesus,
Amor dos amores no mundo,
Cristo carneiro imolado.
Reconheço Senhor,
Teu santo existir alado
Pois desde menina sentia
Etérea “presença”
Ao meu lado.
Neste planeta sangrento
Rios e rios de lágrimas,
Sei que de longe habitas
Nossos lugares sagrados.
A dor do amor
Não amo como os homens,
nem como os deuses.
Amo como a morte à espreita,
certa e inabalável.
Perfeita.
Amo como a dor e a rejeição,
como a vida: ilusão!
Não amo como julgas me amar,
nem como me culpas por não te amar.
Amo com ódio e fúria,
com torpor e luxúria,
amo com rancor e injúrias,
com ternura...
Amo como um punhal
no limite final do desespero.
Amo desigual...
E jamais amei!
Amor De Outras Vidas...
Eu te amo meu amor, amo-te um tanto assim;
Um amor como o de uma historia sem fim...
Amo-te antes e depois que lhe conheci;
Por toda à eternidade guardarei este amor em meu peito só prá mim!
Eu quero mesmo é que tu sejas feliz,
Mas, não posso ser, pois tu és a minha felicidade, é o meu coração quem diz...
Ele não fala, mas, também não se cala,
Às vezes dá um nó na garganta, pois não pode sair em voz alta,
É um sentimento que quer sair aqui pelo peito;
É muito amor, É amor demais é assim... é deste jeito...
Eu irei ficar aqui até o dia que Deus quiser,
Mas, por toda a eternidade, irei esperar por ti mulher...
Não quero nada nesta vida além do teu amor, eu quero a ti,
Pois um dia me beijaste e eu jamais lhe esqueci,
Mas, porque eu lhe encontrei princesa querida?
És minha alma gêmea, eu te amarei nesta e em todas as outras vidas...
Por: Igor Barros
Amo como ama o amor
Não encontro outro motivo se não amar
Não entendo seu amor,se não na dor
Pois se não no teu silêncio me deixa esperar
Se o gorjear da aves traduzir todo o silêncio do ar
Me deixes te amar ?
Como ama o amor ?
Como a areia ama o mar
Ou como a lua beija o mar
Quero amar-te no silêncio,calar a sua boca na minha
Quero habitar na sua alma aflita
Quero a tua face na minha.
Quero amar como se ama o amor...Eu quero aprender a amar.
Meu amor tem duas vidas para amar-te. Por isso te amo quando não te amo e por isso te amo quando te amo.
O tempo é muito lento para os que esperam dele fico insento. Muito rápido para os que têm medo de se apaixonar, Muito longo para os que lamentam Muito curto para os que festejam Mas, para os que amam, o tempo é eterno.
Palavras doces e curtas mas com um sentimento tão profundo pela aquela que balançou meu mundo.
Amo quando me chama de amor
Amo quando acordo e tem um
Bom dia
Amo quando vc fala eu te amo
Você e tão especial para mim
Porque não encontrei
Você antes ??
Já sei !!
Deus estava guardado você para mim, meu destino sempre foi
Voce!!!!
E
Sempre sera, ate mesmo quando
Meu coração para de bater
Ate mesmo quando eu nunca mais acorda!!
Tarei la sempre pronta para
Fala....
Q te amo
I
Eu tenho quinze anos
E sou morena e linda!
Mas amo e não me amam
E tenho amor ainda.
E por tão triste amar,
Aqui venho chorar.
II
O riso de meus lábios
Há muito que murchou;
Aquele que eu adoro
Ah! Foi quem matou;
Ao riso, que morreu,
O pranto sucedeu.
III
O fogo de meus olhos
De todo se acabou,
Aquele que eu adoro
Foi quem o apagou:
Onde houve fogo tanto
Agora corre o pranto.
IV
A face cor de jambo
Enfim se descorou,
Aquele que eu adoro
Ah! Foi quem a desbotou:
A face tão rosada
De pranto está lavada!
V
O coração tão puro
Já sabe o que é amor,
Aquele que eu adoro
Ah! Só me dá rigor:
O coração no entanto
Desfaz o amor em pranto.
VI
Diurno aqui se mostra
Aquele que eu adoro;
E nunca ele me vê,
E sempre o vejo e choro;
Por paga a tal paixão
Só lágrimas me dão!
VII
Aquele que eu adoro
E qual rio que corre,
Sem ver a flor pendente
Que ti margem murcha e morre:
Eu sou u pobre flor
Que vou murchar de amor.
VIII
São horas de raiar
O sol dos olhos meus,
Mau sol! Queima a florzinha
Que adora os olhos seus:
Tempo é do sol raiar
E é tempo de chorar.
IX
Lá vem sua piroga
Cortando leve os mares,
Lá vem uma esperança
Que sempre dá pesares:
Lá vem o meu encanto,
Que sempre causa pranto.
X
Enfim abica a praia,
Enfim salta apressado.
Garboso como o cervo
Que salta alto valado:
Quando há de ele cá vir
Só pra me ver sorrir
?
XI
Lá corre em busca de aves
A selva que lhe é cara,
Ligeiro como a seta
Que do arco seu dispara:
Quando há de ele correr
Somente para me ver.
XII
Lá vem do feliz bosque
Cansado de caçar,
Qual beija-flor que cansa
De mil flores a beijar:
Quando há de ele, cansado,
Descansar a meu lado?
XIII
Lá entra para a gruta,
E cai na rude cama,
Qual flor de belas cores,
Que cai do pé na grama:
Quando há de nesse leito
Dormir junto a meu peito?
XIV
Lá súbito desperta,
E na piroga embarca,
Qual sol que, se ocultando,
O fim do dia marca:
Quando hei de este sol ver
Não mais desaparecer?
XV
Lá voa na piroga,
Que o rasto deixa aos mares,
Qual sonho que se esvai
E deixa após pesares:
Quando há de ele cá vir
Pra nunca mais fugir?...
XVI
Oh bárbaro! Tu partes
E nem sequer me olhaste?
Amor tão delicado
Em outra já achaste?
Oh bárbaro! responde,
Amor como este, aon
de?
XVII
Somente pra teus beijos
Te guardo a boca para;
Em que lábios tu podes
Achar maior doçura?...
Meus lábios, murchareis,
Seus beijos não tereis!
XVIII
Meu colo alevantado
Não vale teus abraços?...
Que colo há mais formoso,
Mais digno de teus braços?
ingrato! Morrerei...
E não te abraçarei.
XIX
Meus seios entonados
Não podem ter valia?
Desprezas as delícias
Que neles te ofrecia?
Pois hão de os seios puros
Murcharem prematuros?
XX
Não sabes que me chamam
A bela do deserto?...
Empurras para longe
O bem que te está perto?...
Só pagas com rigor
As lágrimas de amor?...
XXI
Ingrato! Ingrato! foge...
E aqui não tornes mais,
Que, sempre que tornares,
Terás de ouvir meus ais:
E ouvir queixas de amor,
E ver pranto de dor...
XXII
E, se amanhã vieres,
Em pé na rocha dura
'Starei cantando aos ares
A mal paga ternura...
Cantando me ouviras,
Chorando me acharás!...
AmoR Popular
não mais se dirige a min parece ate castigar ,Chegar e pensar que na tua vida , eu sou só mais uma ferida, que e melhor ser esquecida ,porque se prendes em um passado assombrado , que em um tempo vc amou , mais o amor nao te quis amar .
mais eu também ja passei as aflições do amar e não se amar , e a tanto tempo não amava , e por mais tempo vou ficar sem amar , pois vc apareceu em minha vida e me ensinou que
amor é cientifico
e ilusão é PoPulaR
GuiLherMe KOzlowski
Mês de março.
Meu mês.
Ali cabe a palavra amor. Cabe a palavra Amo.
Cabe a palavra roça, e a palavra Roma.
Cabe a palavra mar.
Cabe a palavra aço.
Mês de março...
Ele amanhece chuvoso,
Impestuoso,
Para lavar tudo e todos.
Para "aniversariar" os piscianos,
Todos os piscianos, em seus mares de emoções, comoções e Invenções.
Vem, feminino, todas as mulheres, homenagear.
"São as águas de março", já diziam
Antônio Carlos e Elis Regina!
Tantos "marços" em uma canção só.
Vem, mês querido,
Me presentear
Com o prazer dos 30 anos.
Venha, mais um ano
Venha, outros planos,
Me mostrar.
Venha com mar de amor,
Com amor de aço,
Venha roçar-me
Com um Coliseu de espetáculos,
Com amor de mar...
O amor é....
É cuidar um do outro, mesmo às vezes ele não merecendo. E falar eu te amo com atitudes e não só com palavras. É tratar você como prioridade e não como opção. E respeitar você com seus defeitos, e não só gostar de você pelos acertos. E ser cúmplice e não refém do seu amor.
O amor é não dar limites a tudo que é verdadeiro.
O amor é a simplicidade na forma de carinho o ano inteiro.
O amor é lindo, e quando a dois é eterno.
Lenilson Xavier (12/06/2016)
A PLENITUDE DO AMOR
O que é o amor? Essa pergunta vai estar no decorrer do texto. O que amo quando te amo? O que sinto quando chega a mim o que quero? Por que é preciso salvar o amor da tolice da sexualidade? Ou o que pergunta o Cassiano Ricardo: “Por que tenho saudade, no retrato, ainda que o mais recente?”
O que prolonga o encontro e aumenta a dor da despedida. Que se fortalece ainda mais no pensamento de Gabriel Chalita, no livro intitulado: “O pequeno filósofo”, uma espécie de viagem pela filosofia, sem citar filósofos. Ele pergunta: Onde está presente a dor, nos abraços da chegada ou na despedida?
É simples a resposta. O abraço da chegada é forte. É o abraço do conforto. Do encontro e superação da saudade. Porém, o coração vai ficando apertado, pois chega o grande momento. A hora de partir. A hora de voltar para casa. O momento de seguir em frente, de dar continuidade a vida.
O que existe de mais precioso no encontro?
Penso... Que é impossível uma definição, pois cada ser vai encará-lo de uma forma.
Mas quero tentar trilhar um caminho, partindo da ideia que o encontro é necessário para que os desencontros aconteçam também. E vivendo, a gente vai percebendo que o lugar do amor é o centro de nosso próprio universo, porém, vale lembrar que é um amor gratuito, integral, absoluto e humano, portanto, é o amor das imperfeições que estruturam o nosso ser.
E para que isso aconteça é preciso reavivar o que Octavio Paz diz sobre a meditação: “o objetivo da meditação oriental é o não pensar pensamentos sábios, mas sim parar de pensar”.
A felicidade está em não pensar. Parece uma contradição, porém, se você pensa demais os seus momentos, os acontecimentos triviais de sua existência começam a perder o sentido, pois o que tem que ser vivido muitas vezes não tem que ser pensado. Ora, em meio a uma coisa engraçada não irás pensar em rir ou não?
É preciso parar de pensar às vezes, para que a vida brote com mais leveza e menos acidez. “É preciso amar como se não houvesse amanhã. Porque se você parar para pensar, na verdade não há”, quem nunca ouviu essa canção linda da banda Legião Urbana? Mas temos que nos atermos a uma coisa. O fato de não ter o amanhã, não significa viver com irresponsabilidade o hoje. Não quero dizer que tenho que viver de qualquer jeito, somente, o que me resta é viver bem o que tenho para viver, no agora.
Como não resgatar a história de amor entre Aberlado e Heloisa em um tempo que o filósofo era celibatário. Ele a encontra para ensinar filosofia, em nome do tio dela que era muito rico. Eles se apaixonam perdidamente, e se encontram nesse amor. Aí, surge uma história linda de amor. Aberlado e Heloisa enfrentam todos os conflitos da época, fogem e se amam perdidamente.
O tio dela lhe cumpre uma promessa. Castra o Aberlado. E agora, o que fazer? Deixá-lo ou ficar com ele? Eles permanecerem juntos porque a separação dos corpos elevou à união dos corações. E inutilmente a ação de separação não permaneceu, diz a história que eles continuaram a se amar até o fim.
Nisso se confirma o que Milan Kundera exalta, “é preciso salvar o amor da tolice da sexualidade”.
Quando leio essa passagem no livro O Canto do pássaro encantado, do escritor mineiro Rubem Alves, lembro com bastante carinho do Fernando Pessoa que diz: “quando te vi amei-te muito antes”.
O amor não surge à primeira vista, mas está em Abelardo como uma ideia inata, concretizando a persistência do pensamento de René Descartes (racionalismo moderno) na vida do filósofo medieval.
Depois de ter sido castrado pelos marginais, Aberlado e Heloisa viveu um amor que se configura ainda nos pilares ideológicos e poéticos de Pessoa: “tornei a achar-te quando te encontrei”.
Nessa história de amor não entra a dúvida agostiniana sobre o amor que se é amado, pois “o que amo quando amo”?
Aberlado e Heloisa se amaram porque viveram toda a dinâmica de um amor que não poderia dar certo. Volto a pensar como Fernando Pessoa, “tornei a achar-te quando te encontrei”.
Ou se completa no farfalhar das palavras poetizadas por Tom Jobim e Vinicius de Moraes:
O nosso amor
Vai ser assim
Eu pra você
E você pra mim.
Mas uma vez me vem à mente Santo Agostinho com uma indagação: o que amo quando te amo? Essa célebre indagação não implica nenhuma revolta de Agostinho, pelo contrário, existe uma busca pelo verdadeiro sentido do amor.
Ao buscar uma explicação para isso, Rubem Alves utiliza o pensamento de Octavio Paz, que define essa procura com a palavra que segue: “teofania”, uma espécie de revelação do sagrado frente ao o humano, ou seja, o sagrado se torna visível.
A história de amor ente Aberlado e Heloísa direciona para outra história que me fascinou e que me encanta até hoje. Lembro que um velho feiticeiro se apaixonou por uma bela mulher e a queria totalmente para ele, porém, ela já amava profundamente um homem e ele a amava também.
O velho feiticeiro os transformou em dois amimais. A ele deu a noite como companhia: tornou-se lobo, e a ela o dia: transformando-a em falcão. Desde então, eles não se tocam como homem e mulher. Coube apenas a parceira diária para coexistir o amor.
E nisso brotou um desejo. A busca pelo encontro. Pelo toque que existiu com mais profundidade entre Aberlado e Heloisa depois da castração dele. O que eu amava quando te amava? Questionava Santo Agostinho de Hipona.
Foi sacralizado o amor nessas duas histórias. No feitiço de Áquila só restou para o casal “a vivência de uma noite sem dia e um dia sem noite”. Mas quando a magia se acabou o encontro aconteceu. Os corpos se abraçaram e o amor persistiu dentro de uma teofania sacralizada pelo amor das esperas.
Aí poderíamos fazer mais uma vez a velha pergunta: o que amo quando amo?
15/12/2015
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