Texto Sobre Silêncio
MEU SILÊNCIO
Eu consigo ouvir o som ensurdecedor do meu silêncio.
Um silêncio que não é completo e nem poderia ser.
O pulsar de cada artéria do meu corpo grita mais alto que um agonizante soldado ferido.
Mas, as falas dentro de mim, tornam-me mais audível, viva, serena.
Quisera ser somente eu e o meu silêncio.
Necessário é que seja assim.
Calo-me diante do meu silêncio e busco compreendê-lo. Saio do mundo para entrar dentro de mim mesma.
Por vezes falo mais alto que a voz dentro de mim. Perco-me em pensamentos incompreendidos justamente pelo fato de não deixá- los falar.
Aquilo que não é necessário falar não deveria ser dito. Aquilo que não pode ser compreendido deveria ser falado. Por vezes as repostas estão nas horas silenciosas que insistimos em falar.
As vezes no silêncio de mim mesma ouço outras vozes agonizantes, todas fora de mim.
Muitos que não ouvem seu próprio silêncio buscam ser ouvidos por quem não poderia compreendê-lo.
Minha atitude diante disso é o silêncio, silêncio que fala, que sente, que ouve.
Há um certo egoísmo no meu silêncio, e um certo altruísmo comigo mesma.
Calem-se todos, e fale eu! Eu ouvirei meu próprio silêncio. Mas, serei solicita as vozes que me falam.
Ouvirei muito, ouvirei tanto, até compreender a razão do silêncio dessas vozes. Compreenderei o vosso silêncio, e entenderei o meu.
Enquanto ouvem-se as vozes, eu ouvirei o silêncio, e falarei a mim mesma o que é pedido que eu cale. E, neste meu silêncio e no vosso silêncio, compreendo muito mais do mundo do que pelas vozes que me falam.
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MUDEZ
De silenciar dores falo com propriedade!
Silenciei-as, silencio-as.
É vício, é praxe
calar a história vivida,
o amor perdido,
a dor mais sofrida.
Calo para não romper os elos
com o passado remoto;
como se falar sobre ele, o maculasse.
E assim, meu mundo interno só cresce,
quase não cabe em si
e a dor se agiganta,
sufoca, anestesia os sonhos!
Como libélula aprisionada,
não mais se debate,
apenas, em silêncio, "se ajeita".
Cika Parolin
Silêncio, entre perguntas, questionamentos que não querem por si serem resolvidas...
Chuva, sorridente como uma criança ao ganhar seu primeiro presente de natal, aqui dentro a ouço sobria, devastando as aguas dos mares do meu peito...
Neblima, fecha e abre estrada como quem dança ao som da música lirica, cá dentro o som alto pertuba meus timbres concetrados ao som do motor lá fora....
E agora sol, o céu repleto de luz, mas as campinas escurecidas pelo tom que natureza os deram, flores esmaecidas, talvez apenas as veja assim...
E pessoas, que vão, sentindo essa energia que o universo traz, vazios, fio por fio que se prende no alto dos morros...
Mas prepare-se, há muito mais que a energia interior, prepare-se pois o dia está só a começar...
Horizonte, veja, a um imenso horizonte, prepare-se...
Srta.Spínola
Esperança nos tempos tristes
É bom que se espere e espere em silêncio pela salvação do Senhor. - Lamentações 3:26
Tristeza e tristeza são os grandes equalizadores da vida. Eles afetam a todos nós, em vários graus.
Às vezes, países inteiros sofrem. Em 1994, ficamos horrorizados com a enorme dor em Ruanda e na Bósnia. E todos somos tocados por tragédias de menor escala: acidentes, doenças, rupturas familiares, problemas financeiros. Independentemente de nossas próprias tendências otimistas, a tristeza nos visita a todos.
Mas há outro lado disso. Não importa quão trágicas nossas vidas possam ser, não importa se somos entregues à depressão e ao desespero em vez de felicidade e alegria, nunca ficamos sem esperança.
Isso porque a vida não é uma seqüência de circunstâncias acidentais. A vida tem uma dimensão espiritual que sempre pode ser impulsionada pelo amor, misericórdia e graça de Deus.
Veja, por exemplo, em Lamentações 3. Encharcado como esta passagem está na miséria do povo de Jerusalém, há esperança. Em meio aos detalhes do massacre e da devastação por atacado quando a cidade foi invadida, o autor inseriu a melhor esperança da humanidade por uma razão para continuar: o grande amor de Deus. Para combater a aflição e a tristeza, o escritor falou da compaixão de Deus, da sua fidelidade, da sua bondade e da sua salvação (v.22-26).
É notável! Não importa o que possamos estar sofrendo, podemos ter certeza de que Deus nunca nos deixará sem esperança.
Quando o problema procura roubar-lhe a respiração,
Quando a tragédia atinge com força e rouba seus dias,
Lembre-se de que Cristo suportou o aguilhão da morte;
Ele nos dá esperança e merece todo o nosso louvor. - Gustafson
Ninguém está sem esperança, cuja esperança está em Deus. Dave Branon
É preciso saber acolher este silêncio surdo, que marca a passagem entre duas experiências intensas: a Sexta-feira de dor e o Domingo de Ressurreição. No sepulcro, Jesus se faz solidário com toda a morte humana. E é preciso esperar com Ele. É preciso esperar em nossos projetos e sonhos, na libertação dos povos, em uma nova humanidade. Em nossas vidas teremos muitas sextas-feiras santas de dor e dias de páscoa, mas, teremos muito mais sábados de espera.
“Não vos deixeis roubar a esperança! Talvez a esperança seja como as brasas debaixo das cinzas; ajudemo-nos uns aos outros com a solidariedade, soprando nas cinzas, a fim de que o fogo volte a atear-se mais uma vez. Pois é a esperança que nos faz ir em frente. E isto não é otimismo, mas algo diferente. Todavia, a esperança não é de uma só pessoa, a esperança fazêmo-la todos juntos. Temos que alimentar a esperança entre todos, entre todos nós e todos nós que estamos distantes. A esperança é algo vosso e também nosso. É algo que pertence a todos” (Discurso aos trabalhadores de Cagliari – 22/set/2013).
A Cruz permanece em seu lugar, mas o sepulcro fica vazio para sempre!
É Ressurreição: vida plena antecipada.
Andrelina
Formação cristã
No silêncio da noite, e impossível controlar. A solidão invade minha alma.Pensar e imaginar está sendo a única coisa que faço! Os momento se perde no tempo, o desejo trama o ultimo suspiro. Deixei você entrar nos meus pensamentos, e me invadir á alma.O rangir dos vento rasgam o silêncio lá fora. Em noites assim viajamos até aquele canto secreto escondido dentro de nós, bem lá no fundo do coração onde só nós sabemos como entrar.
Um lugar onde a chave são nossas memórias, momentos inesquecíveis que ficaram ali adormecidos, às vezes o desejo de ir até lá nos chama. Boa noite
Me puseste em teu balaio de silêncio,
Me prendera onde não se escuta nem o vento lá fora ou a chuva que cai
Nesse silêncio no porão não sei quando está trovoando, quando virá a tempestade ou quando está sol
Nesse silêncio os meus gritos estão afogados, abafados, escolhi calar pra não gastar o resto de oxigênio do balaio e pra não morrer logo
Estive ansiosa quando ouvi passos na escada, mas logo depois veio um temor daquele ser o meu fim, mas não era nada, talvez meus ouvidos me traíram e ouviram mais do que era real
Não sei ao certo como vim parar aqui,
Não sei ao certo quanto tempo ficarei
Não sei ao certo se um dia sairei daqui com vida
A única coisa que esse silêncio me traz é um encontro, o encontro comigo mesma e a pergunta de Clarice Lispector "Se eu fosse eu" o que faria.
Nem sempre gosto das minhas próprias respostas
Talvez se eu fosse eu, nem teria vindo parar aqui, nem de longe
O meu eu me diz que é tempo de silêncio, mas que em breve, muito breve eu verei o nascer do sol, o orvalho da noite e no céu enluarado com aquela lua bem cheia e o céu completamente azulado, os ventos cortando meu corpo e sentirei aquela paz de criança na alma.
Por hora espero, aguardo, sobrevivo no balaio, balaio de sentimentos, emoções, balaio de nada.
Tô no silêncio da casa, algumas coisas pra arrumar e nenhuma vontade
Com um pouco de sono, talvez seja a bobagem de estar só
Talvez eu quisesse um abraço bem apertado, quase daqueles estranguladores que tiram suspiros, ou apenas um bom sexo, daqueles que você passa dias lembrando, ou eu não queira nada disso, apenas quisesse algo intenso, daquelas coisas que nos fazem sorrir atoa por sentir a vida
A tv no mudo, nada alí me interessa, o vinho que ganhei ao lado, as pedras adquiridas da cachoeira amontoadas em um tipo de equilíbrio pra que eu lembre que devo manter minha mente equilibrada, parece loucura mas faz tempo que não fico assim, sozinha, a casa, e é gostoso, é divertido, gosto de minha companhia, curto meus pensamentos, que na grande maioria são otimistas
Fumo um cigarro ( eu sei, não devo), escrevo meus rápidos pensamentos, tento não achar todo mundo um saco
Não fixo meu pensamento em algo exclusivo, quero criar
Chata, insana, indecente, com mil devaneios de coisa nenhuma, talvez amanhã eu tenha mais que hoje pra escrever.
AO QUE FOI EMBORA
A minha dor é um grito rouco
E no silêncio lamenta essa triste vida,
Tudo se troca por tão pouco
A lida, os dias belos e os dias loucos.
E por aí, na imensidão da noite
eu te procuro, por caminhos escuros...
no frio da madrugada, onde a lua se esconde
oh, triste fim! Oh, triste açoite!
E enfim, outro dia amanhece
Em que da esperança me descanso
Outra noite há de chegar, mas o tempo,
nenhuma alegria tece no manto um alento,
como lençol estendido a enxugar meu pranto .
E aos testemidos que buscam na distância
a alma daquele que foi embora:
Não, não voltará nunca mais em nenhuma aurora.
JOANA DE OVIEDO – DIREITOS RESERVADOS
A Cavalgada
A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.
São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...
E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...
E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta,
A lua a estrada solitária banha…
Tenho tanto para falar que chega a ser sufocante o silêncio nos meus dedos.
Expressão essas que não decifrei em letras, a mente pensa os sonhos navegam em pensamento.
Estes mesmo que ainda não decifro nas linhas estendidas sobre o papel este mesmo que já traz sã lembrança.
Da floresta a onde os arbustos ao longe vêm uma florada que ainda não sei distinguir.
Que flores e essa entre cores amarelas e laranjada com um pouco de lilas as folhas verdes dando um destaque a mais!
Olhando para o céu que me faz reflexo do mar no horizonte profundo me recordando da minha infância que tão perto, vem me trazendo uma breve lembrança.
Dos meus desejos que não realizei, me pergunto porque, mais como devo agir nestes universos de anseio e desejo que me faz refletir.
Vem o silêncio entre o barulho trazendo o conforto de que um dia, só mais um dia para agir!
Como uma bela canção entoada,
Minimalista,
Feita pelas mãos do Mestre,
Entre sons e silêncio,
Aguardo,
Faço-me e refaço-me,
Em letras disfarçadas,
Embaralhadas,
Acordes dissonantes,
Entre cordas e metais,
Tempos e contratempos,
Distraio-me,
Perdendo-me no compasso,
Partitura rasgada,
Vista embaçada,
Regida pelas mãos do Maestro,
Retorno,
Desprovida de semitons,
Permaneço,
Agradeço,
Olhos fixos no Maestro,
Até o fim do concerto,
Mantendo-me em acerto,
Plateia singela,
Quieta, feito vaca amarela,
Sem grandes aplausos ao findar,
Para que toda Glória ao Grande Maestro,
Eu possa dar.
Mãe
Teu silêncio agora machuca.
É uma terrível sensação.
Mãe não consigo lembrar do seu rosto, às vezes a memoria falha.
Eu queria te ouvir, eu trocaria o céu por isso( que Deus me perdoe).
Eu queria que estivesse viva, não só dentro de mim, mas que fosse real. Saudades de você.
Meu coração transborda e logo vem as lágrimas, é como se dentro de mim houvesse um rio.
É só lembrar de você que os meus olhos choram.
Coroaram-me
Esta coroa que suporto
Sem nada por baixo deste manto
Neste silêncio mudo e escuro me concentro,sendo um alcoólico anónimo bebendo cada página desta vida,desfolhando as palavras impressas a preto que tento snifar com o meu olhar triste em lágrimas abundantes demonstrando algumas facadas profundas que me fazem um sentir de uma dor inconsciente que só o vento o sente me seca este meu molhado salgado tal e qual como o molhado de uma sedução destravada,sem regras,sem tábus,sem ordem,sentindo que me violam olhando-me,abusando-me,querendo-me,apenas quero retirar a minha coroa,renunciar a este reinado,não querendo ser a mandar,mas sim quero ser escravo,apenas quero-me sentir eu.....ser real,ser pessoa,não ser o tal Rei,mas ser humano,sem leis,ser livre,ser amado,não ser como um ídolo,mas ser um louco saudável....para ser mortal.....
Assim respiro.....(Adonis silva)07-2019)®
Que som tem o silêncio?
Que cor tem o vento?
Que tamanho tem o universo?
Que erro tem o incerto?
Que experiência tem uma geração?
Que valor tem o coração?
Que vida tem o mundo?
Que mérito tem um segundo?
Que miragem tem um abismo?
Que crença tem um mito?
Que verdade tem um segredo?
Que cheiro tem o medo?
Que pena tem a dor?
Que laço tem o amor?
Uma noite escura Silêncio externo gritos internos, uma confusão de sentimentos que abre a porta da alma, sem sentido e sem rumo, Se meus gritos pudessem assustar meus medos e tristezas, o mundo ouviria minha voz essa noite ! Sei que ando apaixonado, não pela vida, pois está foi sempre traiçoeira. Eu ando apaixonado
pelo som do silêncio,
silêncio no qual vivo agora, que ignora a voz do vento. Quando a noite cai,e me vejo perdido em meus pensamentos
a imaginação faz planos,
vi uma estrela cadente e pedi para ela levar de mim tudo o que me faz mal na minha mente só restou você . Boa noite.
EXTREMOS
O barulho, o som
Sussurros de loucos
O silêncio absoluto
Para ouvidos moucos
A opressão do clarão
Pela lente externa
Supressão da visão
A escuridão eterna
Para o manjar insosso
O paladar exigente
Para o gosto sem rosto
Sabor sempre ausente
Nos pequenos frascos
O aroma importado
O cheiro amordaçado
Jamais inalado
Um aperto de mão
O abraço negado
O afagar consciente
Nunca experimentado
Sentidos no extremo
Opção e carência
De um lado exigência
Do outro a ausência
Suas Asas
O cheiro do mar me abraça
E o silêncio canta melodias
O vento colore os pássaros
Que no ar escrevem poesias
As árvores se unem as estrelas
E juntas começam dançar
Parece que o mundo inteiro se uniu em meus olhos querendo brilhar
As flores voaram pro alto
E as folhas um caminho formou
A chuva que cai me arrasta
Meu frio já até sente calor
Eu sinto minha alma em meu peito
Vejo o amor cristalizar
Formando uma joia de sonhos
Que vivos querem despertar
Me empreste suas asas meu anjo
A lua preciso alcançar
Vou pedir que conte uma história
Ouvindo o universo cantar
Me empreste suas asas meu anjo
Foi a lua que me chamou
Preciso chorar em seu colo
Ouvindo ela falar de amor.
O meu silêncio não é somente ignorar o barulho alheio
Mas uma retrospectiva das dificuldades ao que escutei;
Pois a memória recorda as mágoas do coração
Traz toda história de luta e lembra da minha superação;
O meu silêncio não fora plantado nem mesmo semeado
Fora pouco a pouco cuidado, evoluindo para ser revelado;
Quero me silenciar para nem uma palavra falar
Encarar o meu silêncio não é fácil boa sorte para quem quiser experimentar;
Entenda que dentro da tempestade há o meu silêncio, , buscando raciocinar um barulho mais que perfeito, se encontra sem sentido em um breve recomeço;
- Relacionados
- Frases sobre silêncio para momentos em que as palavras não bastam
- Silêncio: frases curtas que dizem muito em poucas palavras
- Frases de silêncio que provam que ele é a melhor resposta
- Quietude
- Silêncio
- Frases de combate à violência que rompem o silêncio e promovem mudança
- Silêncio dos Bons
