Texto sobre Infância

Cerca de 949 texto sobre Infância

Pauliane, nome que ecoa no tempo,
Sussurro doce, meu maior lamento.
Na infância, quando o mundo era vasto,
Teu sorriso era o brilho do espaço.

Teu olhar guardava segredos do céu,
Um mundo de estrelas sob um fino véu.
Mas eu, tímido, prisioneiro do medo,
Deixei calado o amor em segredo.

Cada passo teu, uma dança discreta,
Cada riso, a melodia mais completa.
Cada chute que ela dava na bola era um sonho embalado,
Ela usando aquela mecha dourada no cabelo me deixava todo encantado,
Mas minhas palavras, presas na garganta,
Fizeram-se silêncio que a alma canta.

Os anos passaram, levaram-te ao longe,
Mas teu nome em mim é fonte que não se esconde.
Pauliane, guardo-te no peito como canção,
A lembrança de um possível amor, minha eterna estação.

Se pudesse voltar, ao tempo voaria,
E no murmúrio do vento, teu nome diria.
Pauliane, és a história que ficou sem final,
O poema que vive em meu coração imortal.

Inserida por JhonLopes

Ser infeliz na infância
pode não ser um mal legado...
não se sofre tanto de saudade
nem se fica amargurado.

Se a lembrança não for boa
logo fica no passado,
ninguém gosta de lembrar
de ter sido mal tratado.

Mas se sua infância foi feliz
se tudo foi meio encantado
você foi o escolhido,
e pra sempre está condenado.

Quando as pessoas se vão...
e a verdade se apresenta
começa o seu martírio
e a saudade se alimenta.

Os dias parecem um calvário
nada importa sua vontade,
só as dores se ampliam
é a "sentença" da saudade.

Inserida por sildacio_matos_filho

⁠Cael Arcanus e o Sonho de um Voo Roubado

Na infância, aos cinco ou seis, recordo bem,
Travessura marcada em minha história.
Meu irmão, na beira, inocente, além,
Brincava de herói, tão cheio de glória.

Fralda no pescoço, um manto a brilhar,
Sentado na borda, tão cheio de fé.
Na mente de criança, ele iria voar,
Mas o gesto cruel desceu por meu pé.

Empurrei-o, e ao chão ele tombou,
Entulho e porcelana o receberam.
Na coxa, o corte fundo se cravou,

Trinta pontos, e lágrimas se verteram.
Por meses vi sua ferida sangrar,
E o peso da culpa jamais foi calar.

Inserida por silas_fernandes

Meus tempos de Infância

PARTE 01

Toda hora estou pensando
E agora vim me expressar
Através da rima eu escrevo
O que o coração quer falar
Memórias da minha infância
Que a mente tenta acessar.

Um tempo bom por demais
Pomares, rios e currais
Brincadeiras, festa e alegria
Naquele lugar reunia
Famílias com alegria...

Brincadeiras e diversão
Simplicidade e muita união
Podia ter só o feijão
Que ainda sim chamava atenção...

Todo mundo queria ficar
Naquele lindo lugar
Visitante se admirava
Pra um e outro falava
E assim a fama espalhava
Por toda região, daquele barracão
De paredes de pau a pique
Das prateleiras mais chiques
Era os alumínios da minha vó
Que de longe encadeava
Do brilho que ela dava
Com areia, bucha e sabão.
Com amor e dedicação
Em tudo que ela fazia.

Trabalho disfarçado de lazer
Para as crianças aprender
Como tudo se fazia
Não era como hoje em dia
Que não pode fazer nada
As Brincadeiras boas estão paradas
Pois os pais não deixam brincar
Agora só tem celular acabando com a diversão
E cada um mais molão
Diferente de outro hora
Que Meninada Jogando bola,
Lá no meio do terreiro
Podia fazer lameiro
Que os pais não se importava
Tinha mais fé que era Deus que cuidava
E tudo ficava bem!

São muitas memórias que surgem
Quando eu paro para pensar
Naquele incrível lugar
Que passei a minha infância
Tempo bom de criança que pude aproveitar.

Eu lembro dos meus avós
Na flor da juventude
Força, fé e atitude
Trabalhando com paixão
Naquele fecundo baixão
Minha vó na mão de pilão
Debulhava aquele arroz
E já preparava depois
Tudo fresco ali da hora
Essas são as memórias
Que me pego a pensar.

Meus tios com par de espora
Aprendiam a caminhar
Trabalho, sustento pra o lar
Era o que os pais ensinavam
Respeito e consideração
Passava para a geração
Como enfrentar a vida
Com sabedoria e proeza
Não tinham muita riqueza
Mais tinha muita alegria
Era seu jeito de amar
Ensinando uma profissão
Cada filho um leão
Era assim que preparava
Uma forte geração.
Com garra, fé e união.
Autor: Fernando G Saldanha
13/01/2025

Inserida por fernandosaldanha88

⁠O PASSADO PERDIDO.

Eu poderia ter desfrutado mais da minha infância, poderia ter passado mais tempo com a minha primeira namorada, acho que eu poderia ter dado mais importância aos conselhos que meus pais me deram, ter ficado mais tempo ao lado das pessoas que pediram para eu ficar.

Eu poderia ter demorado mais no bar da esquina para ouvir as palavras que o bêbado ao lado queria me dizer, ter tido mais conversas aleatórias com as pessoas que sentam nas calçadas, mesmo não estando acostumado a ficar onde não fui convidado.

Eu poderia ter ficado mais nos braços das pessoas que me pediram um abraço, eu poderia ter pedido para a mamãe repetir aquele carinho na cabeça mais vezes, mas o tempo não espera, pensei que tudo nunca fosse acabar, o velho amigo tempo dizendo que tinha pressa de passar, por isso tentei fazer tudo sem demorar.

Eu poderia ter ajudado o cego a atravessar a rua, ter pedido para aquele carro parar, mas ele vinha em alta velocidade e passou como o vento, quando olhei, o cego já não estava lá.

Eu poderia ter feito mais coisas, mas nunca saberemos se um dia as coisas vão mudar, era para eu ter feito aquele café quando você me visitou, mas você passou tanto tempo sem me visitar que, em vez de passar o café, vimos o tempo passar.

O café já não é o mesmo, pois hoje eu só tenho lembranças do que eu poderia ter sido, do que eu poderia ter feito.

Inserida por Eraldosilva123

⁠O QUE ELA ME ROUBOU

Ela me roubou a juventude
Na infância não lembro da a ter conhecido
Roube-me a paz (no) espírito
Com isso, perdi o caminho
Roubou-me o futuro pois não caminhei rumo a ele
Antes, fui embrulhado nele e largado ao vento
Por causa dela perdi a crença em mim ainda muito cedo
Nos anos que me empurrei para o abismo, também lá estava ela
Perdi filhos, pais, vizinhos, amigos…
Perdi praticamente tudo pois tinha a alma ferida, também, por ela.
Perdi créditos, ela mos roubou eos meus protetores não mos repuseram
Ninguém os recompôs, ela é ladra perita em malabarismos. Viveu em mim despercebida dos olhares mais afoitos.
Hoje, que sei da presença dela, às vezes até brinco
Outras nem por isso!
É mesmo a análise sobre o que ela me tirou que agora pesa.
Saber que o ontem poderia ter sido um amanhã luminoso, entristece!
Não fosse a presença dela na minha vida, sem que ninguém a percebesse
Se tivesse sido descoberta, toda minha vida estaria mais protegida.
Não teria sido rotulado, nem torturador de mim mesmo.
Teria sido mais meu amigo e nunca meu algoz.
Sem que eu pudesse ter sido, de alguma forma ajudado
Antes que o presente se transformasse em primitivo
E trouxesse no futuro, o amargo do passado.
Por causa dela, na escola e não só, afastei-me dos "outros" e, optei pelos mais "iguais" ou pelos meus silêncios.
Rebelei-me contra o mundo, mas sem saber por qual mundo lutava!
Com ela em mim, andei constantemente à deriva.
Hoje, depois de muitos anos, quando finalmente te descubro
Alguma revolta é muito natural. Somos humanos!
Todavia, ainda não te aceitei em mim, assim como não aceitei outras…
Aparvalhado vejo um caracol a me ultrapassar e não percebo
Como pode ser possível um caracol chegar ao pódio à disputar com uma formiga?
Maldita dislexia, ou bem que te aceito, ou mal que me venças!
Seja como for, a luta é por demais penosa.
NOTA: Texto não revisado.
Caros leitores, por ter noção de que a minha escrita no que concerne, pontuação, concordância verbal, etc. não é perfeita. Se algum leitor/a, com conhecimento, perceber a minha falha, pode, se entender, por favor me mostrar onde devo aplicar a correção.
Pode ser por mensagem privada, ou mesmo nos comentários. Da minha parte, agradeço e sempre tive em linha de conta que aprender não ocupa espaço e mal daquele que não consegue abraçar uma crítica construtiva.

Inserida por RodrigoGael

⁠A POLONESA

No limiar da minha juventude,
Inda trazendo restos da infância,
Do piano da jovem em plenitude
Escutei uma trilha d! outra instancia!

Revivido em sonâncias de virtude,
Chopin resplandecia em substância!
Então, pela primeira vez, eu pude
Aspirar da “Polonaise”, a fragrância!

Curvei o tempo e sentindo somente
A eterna inspiração daquele artista,
Quase vi sua musa polonesa!

A cena marcou tanto a minha mente,
Que até cri fosse aquela pianista,
Minha musa d! outrora, com certeza!

Inserida por NelsonMedeiros

⁠A infância…
Foi o tempo, que o tempo passou.
Quanto tempo mais se espera?
A paciência é o limite da alma.
Outrora, pequena menina
Corria pelo campinho com vestido verde, buscava seu pipa.
Que voava pelo céu
Suavemente sorria, tamanha alegria.
Em um instante
Um menino no campinho corta seu pipa.
Ela chorou, chorou
Ele viu e nada fez.
Até hoje essa menina
Espera pelo peixinho voltar no vento.
Quem sabe um dia seu pequeno, pipa amarelo limão.
Volte pelo vento!
Shirlei Miriam de Souza

Inserida por Shirleimiriam

⁠Na minha infância, eu sempre escutava a minha avó falando umas frases, quando ela estava chateada:
"Azeite quente...tou nem aí se atrás vem gente...o importante é estar sempre na frente...(Eu não entendia nada.)
Mas hoje eu sei que na sua maneira simples de falar, ela queria dizer que devemos cuidar primeiro de nós mesmos.
Que devemos nos amar o suficiente para dar conta de seguirmos em frente quando formos deixados para trás.
E que colocar-se em primeiro lugar não é egoísmo, nem orgulho. É amor-próprio.
Obs:( O "azeite quente", eu acho que era só pra rimar mesmo, rsrs...)
(Vasty Frazão)

Inserida por VastyFrazao

⁠. O saudosista

Tenho tanta saudade da minha infância lá nos anos oitenta onde tudo era difícil e o espaço era limitado,criado na cidade mas amante do interior, até o cheiro das vacarias tenho saudade,banho de rio,pescaria com varinha de bambu,saudades dos amores que tive,das fronteiras que passei,lugares por onde andei,pessoas boas que conheci,anjos que cruzaram meu caminho,saudade da rainha da Borborema, só de lembrar os olhos enchem de lágrimas,saudades das aventuras,das goiabas roubadas do quintal da vizinha,saudades da escola e dos colegas de sala,saudades dos professores,dona Ieda,dona Fátima,dona Carmem,saudades de velhos amigos de trabalho,das profissões que passei,saudades da inocência de um amor que tive,saudades do cheiro de bebê dos meus filhos quando novos,saudades dos sermões do meu pai,saudades da mão que tanto pesava quanto acariciava da minha mãe que Deus chamou,saudades de meus avós,dona Maria e seu José,Nancy e Absalão, dona Selma,de como meu bairro era,eita saudade.

Inserida por ricardo_a_lima

⁠Sinto falta da minha infância na casa da minha vovozinha querida, dos bolos e doces, das histórias que ela me contava, quando ela lia poemas para eu dormir, era fantástico, minha mente desaparecia e se perdia na minha imaginação fértil onde meus pensamentos criavam cenários.
Ah, como sinto falta da minha vozinha, da cozinha, do filtro de barro, da caneca pendurada no prego ao lado. Sinto falta do chão vermelho que ela encerava, eu escorregava como num parque de diversões. Os melhores momentos da minha vida agora são minhas lembranças mais preciosas que transformo em poemas que trazem a quem os lê um pouco da minha alegria da infância, da melhor fase da minha vida. Que saudade da minha querida vovozinha...

Saudades de você.
Em memória da minha querida avó.

Inserida por marcio_henrique_melo

⁠"Sobre o Tempo"

Por: Gilvann Olliveira

Naquela infância,

Acreditava-se que tudo era felicidade.

A tristeza se resumia a eventos breves.

Mas nada dura para sempre, nem mesmo a infância.

De forma sorrateira, o que é criança se torna algo que não é adulto.

E se perde no tempo e no espaço.

Buscando de forma fragmentada, uma identidade que se confunde com as transformações físicas e mentais, com a obrigatoriedade da definição de papéis sociais.

O tempo deixou de ser presente, e o que nos resta é futuro.

Tão incerto quanto a travessia do Saara a pé.

Tão provável quanto a escalada do Evereste, usando apenas camiseta e jeans.

Agora, um ser adulto trava uma luta incessante com sede de sobrevivência.

E o tempo deixou de ser passado.

Tornando-se apenas um presente bem próximo.

Nessa hora, não se sabe onde ficou o passado.

Nada é mais como era hoje.

Só nos restam as expectativas do ontem.

Que se esqueceram nas lembranças do amanhã.

E o tempo já não é mais tempo.

Pois ele se perdeu no meio do caminho.

No horizonte sozinho,

Pensativo,

Contemplativo,

Buscando respostas,

Seguindo as horas que nunca passam.

E o tempo parou.

Nos dias seguintes,

Com o gostinho de não quero mais.

E já não há mais tempo.

FIM DA ESTRADA!!!

O tempo não determina nada

É apenas uma pedra no meio da caminhada.

Tudo termina, tudo começa.

Num ciclo vicioso de eterno viver.

É começo,

É fim,

É recomeço,

É o eterno advir.

Já foi-se o tempo em que o hoje se tornou.

Mas ele, o tempo, ele volta.

Há tempo pra nada ou quase nada

Há tempo pra tudo.

Em todo dia,

A toda hora

Em cada minuto.

Só nos resta concluir que a ETERNIDADE é a morada do tempo...

Inserida por gilvan_1

⁠"TESOURO"

Amei o que era infância, ingenuidade,
e, nela, a quem primeira namorada…
Também amei, na adolescência dada,
já com gostinho de promiscuidade!

Me veio amores mais! Pessoa amada
também eu tive em minha mocidade
e, quando veio-me a maturidade,
amei de forma adulta, apaixonada!

Deixou-me, a estrada, pronto pra que agora,
quando a minh'alma velha se enamora,
eu tenha amor sereno, duradouro…

Se eu, hoje, estendo a mão a um compromisso
não quero ser, do sentimento, omisso
e faço, deste amor, o meu tesouro!

⁠Minha infância
foi conturbada
sustos e medos
e a criança assustada

De um lado eu não tinha
nem amor e nem proteção
é o lado da minha mãe
qual eu não tinha nem atenção

Do outro carinho
proteção e amor
essa foi minha vó
que me deu tanto amor

Até os 10 anos
com minha vó eu cresci
tive amor e cuidados
como eu nunca mais vi

Depois disso eu perdi
a vó que eu sempre amei
Foi um susto sua partida
ia se um amor que eu nunca mais terei

Virei filho da minha mãe
porque eu era o filho da vó
isso foi complicado
tudo doía que só

Com minha mãe foi diferente
Amor e proteção eu não tinha
senti sua falta vó
De dia e a noite todinha

Tive que aprender
com ela a conviver
não tinha outra saída
Se não com minha mãe crescer

Com 11 anos
Eu tive muito que aprender
Cuidar de casa e irmãos
Fui obrigado a crescer

Nossa mãe queria rua
Festas, Bares, ela queria sair
Meus irmãos comigo ficavam
Pra ela ir se divertir

Passei Muito tempo com medo
Carregava pesos e problemas e de mim eu esquecia
Tive que lidar com ameaças e tristezas
E ainda tinha a crise de epilepsia

Essa eu descobri aos 7
E me acompanhou até a adolescência
Em meio á um turbilhão de coisas
Aos 12 perdi minha inocência

Foi bem triste
Ela eu ter perdido tão cedo
Mas não tive uma proteção
E ali ficou guardado em segredo

E chegou a adolescência
E tivemos nossos estranhamentos
Brigávamos, eu e minha mãe
Por opostos pensamentos

Já na fase adulta
Criamos uma forte ligação
Um era amigo do outro
Quase não brigávamos não

Nos meus 25 anos
Ela organizou uma festão
Minha mãe amava isso
E se divertia de montão

Esse foi meu último aniversário
Que eu passaria com ela
Deus á levou pra descansar
E encontrar minha vó junto dela

Foi em 2018
Que ela veio a falecer
Em coma e dormindo ela estava
Mas tínhamos fé que ela iria sobreviver

Hoje sinto um vazio
Que Jamais será esquecido
Amor de uma avó, Companhia de uma mãe
Que nunca será preenchido

Mas sigo a vida
Acreditando que um dia iremos nos ver
Abraçar Minha vó, Beijar minha mãe
Que isso um dia venha á acontecer

Termino agradecendo minha vó
Por todo amor e carinho
Sentia sempre seu amor
Eu nunca estava sozinho

Termino agradecendo minha mãe
Por ser louca e bem forte
Lutou o quanto podia
Agradeço os ensinamentos
Conhecer vocês foi minha SORTE

Inserida por Petersonrocha1992

O MEU REFLEXO 13-06-2017


Marquei a minha infância
como todas em comum,
com brincadeiras, brigas e danças
num lugar perto de sitio nenhum.

O meu reflexo, era toda esta vida
lado a lado, ao mesmo andar,
desta existência espamparada,
claramente vir aval ao amanhecer.

O meu reflexo, é esta amizade doentia
ferros, peculiar, e mirabolante compartia,
O meu reflexo é esta história, que vida!
de lutas, esforços, conquistas e vitórias.

O meu reflexo és tu meu amigo
companheiro das guerras sanguinárias,
o irmão inesquecível deste reino, o antigo
da hera do Edjelson Whaity, o ILUSTRE.

Ator: Ezequiel Barros
Indo, vido e vivendo.

Inserida por EzequielBarros

O FLAMENCO DA POVEIRA

⁠Como ela dançava e cantava o flamenco
Nas praças da minha infância,
À compita com Juvenço
Moço tropa de bota alta
Tipo peralta,
Mas homem sem substância.
Rodopiava louca
E batia em sincronia
O tacão
Dos sapatos da ilusão
E cantava com voz rouca,
Já com energia pouca,
Nos tempos de servidão.
Emília, a ti Poveira,
Mulher de raça
Sem trapaça
E dos copos
Só, sem tremoços,
Que a esmola não dava trocos
Para mais que o copito
Absorvido
Engolido
De súpeto
Feito ímpeto
Na garganta ressequida,
Ferida,
Naquela tarde de esfolar o pito.

(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 30-07-2022)

Inserida por CarlosVieiraDeCastro

Depois da infância

Era um tempo distante
Aquele sem desconfiança
Era num passo confiante
Que se firmava a criança.

O verbo vem no passado
No passado é só lembrança
E o olhar fica molhado
Se pergunta sobra a esperança.

Já são anos os dias
O futuro mudou de lugar
São mulheres as gurias
Amanheceu o que era luar.

Inocência que não existe
Tempo tornou-se escasso
Incoerência de quem desiste
E planos que eu mesmo faço.

Na terra que já não ando
Na rua que já não brinco
A vida que está findando
O fim que já está vindo.

E eu vivo fugindo
Driblando a desesperança
Encontro a quem vem sorrindo
A encontrar-me durante a dança.

Inserida por EvertonArieiro

Na infância o garotinho birrento ganha uma bola nova do pai, e não sabe nada de futebol, vai jogar com os amiguinhos e o primeiro que marcar um gol está expulso do time e qualquer outro que marcar outro gol ou jogar melhor do que ele, será também expulso do time e ao final do jogo não existe mais time
ao garotinho birrento e mal educado resta então a opção de pegar a bola e voltar pra casa. Quando crescem as vezes esses garotinhos birrentos resolvem entrar na política

Inserida por GervasioXavierSoares

⁠⁠⁠⁠Infância é adolescência

Na vida em 1 dia você e uma criança é no outro você e apenas um adolescente caminhando para a vida adulta sofrendo com os problemas da vida e com barreiras para o que realmente sonhamos. Hoje eu apenas digo que queríamos voltar no tempo em que éramos apenas uma criança de colo do que estar sofrendo com as advecidades é barreiras da vida que e conduzida no meio do caminho para sermos derrubados, Mas infeslimente sabermos que não e possível voltar no tempo é com isso sofremos até o dia em que as coisas forem passando.

"Um dia você dar valor a sua infância é enxerga que não deveria estar na mesma situação em que estar hoje".

Inserida por Anasantosescritora

Noites de infância
Lembranças que não são nem minhas
Crianças tem o poder
De volta e meia
Alegrar-se de alegria alheia
Janela da varanda
Noite, lanternas, neblina
A luz do mundo é uma vela acesa
Gente conversando
Sob as luzes do poste da esquina
Conversa que não dá pra ouvir
Eu na varanda
Esperando pai que não chega
Quando a mãe manda ir dormir
E quando mãe manda, ela manda
Mais outro dia
Menos um dia de infância
Noite quente
Amanheceu
E o pai já foi trabalhar
Vou esperar outra noite, ainda
Pois criança tem essa maneira, muito linda
Volta e meia
Ficar triste de tristeza alheia
Sentir tanto medo do inexistente
A ponto de não perceber
Que realmente ele existe.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva