Texto sobre Dança
Tinha alguém paquerando meus olhos; tinha um peixe mergulhado em meu rio. Vi rosas, joguei beijos ! Tinha um pássaro visitando meus sonhos; vi a lua flertando com o mar ! Tinha sol, sorrisos...vi gato passando na escada. Gargalhei com as loucuras, dancei...viajei nas ondas...mergulhei ! Passou um beija, tinha flor no bico ! Olhei de lado, tinha águas...correntes, límpidas...veio a chuva. Fui a esquina flertei com o sol, brinquei ! Abracei pétalas, corri com o vento...atravessei á rua, beijei o verde, deitei no mato...caminhei ! Segui meus sonhos, te vi na estrada. Tava de boa de mãos dadas...tinha alguém no teu peito, no teu prato ! Olhei de novo, senti tristezas; bateu saudade ! Pensei comigo: fiquei sozinha ! Continuei na dança, me fiz rainha...vi um príncipe: cavalo branco, olhar cansado ! Era lindo, olhar menino...andava manso...calado ! Puxei conversa; me tirou de tempo...em outro canto, qualquer dia...qualquer lugar !
09/03/2017
Não é por nada não
Nesse passo embalado pelo descompasso acelerado do meu coração
Em toques desritmados, acompanhados de acordes desafinados, tento te traduzir em canção
Uma missão quase impossível, decifrar o seu sorriso, decodificar teu coração
Não é por nada não,
Ontem eu te vi na rua, despreocupada, de coque e chinelo
Naquele detalhe em amarelo com cara de quem não tem hora
Não é por nada não, mas eu esperei tua vinda só pra dizer quanto cê é linda!
Tu passa, mas não para
Repara e pisca, e essa incerteza é que me belisca
Mas não é por nada não, vou esperar cê passar de novo, com aquele sorriso meio bobo
Só pra falar que cê continua linda e que eu gosto da sua incerteza, porque esse incerto é o combustível que me faz continuar.
Todo dia eu sabia
Que a tua Alma viria
Me encontrar quando o sol saía
E a noite caia
A lua me visitava
E eu dizia que te amava
Cada vez que eu falava
Uma estrela passava
Em noite de lua cheia
A chuva acompanhava
O rumo da estrela
E do poema que eu recitava
Os versos do vento
E as rimas da brisa
Chamavam a sua Alma
Para a leve dança da vida
Quem pode ver o vento quando ele chega?
Pode-se sentir e ouvir seu canto em forma de assopro igual a música tocada em uma flauta
Ver sua irreverência quando ele brinca com as folhas das árvores fazendo as voar ou em qualquer lugar realizando uma coreografia de dança com um papel a voar
Chega de repente para colocar em desalinho os cabelos de quem estiver em seu raio de ação
Ele parece sempre querer nos chamar a atenção não apenas da chuva que sempre anuncia
Mas também para algo que ainda não temos a capacidade de entender...
Mais quando se está em um barco a vela em alto-mar
Sentimos sua imponência conduzindo o veleiro com segurança para um porto seguro.
As vezes me pergunto se tudo é real,
o bem e o mal ou até o açucar e o sal. Afinal o que a vida tem de tão especial? O amor, a familia, a amizade, o mar, o céu? Certamente nem eu, ateu ou judeu - grifo meu-percebeu, que não apenas isso mas tudo o mais. A vida é doce? Se fosse, hoje, a existência seria diabética, e essa é a dialética, doce e salgada, boa e má, tanto aqui quanto lá, que a alegria e a tristeza, são fenômenos importantes quem há de duvidar? Assim amadurecemos, conhecemos que o que somos, é tudo o que já expiênciamos somado ao que antecipamos de nós mesmos, como exatamente? O eu de hoje é real, o futuro eu ainda irreal, entre a realidade e a irrealidade, há tanta maldade e tanta bondade, a realidade é concreta, a irrealidade potêncial, que tal fazer seus sonhos real? Surreal, que escolhamos sempre o bem ao mal.
Ensina-me a dançar
Vida, ensina-me a dançar
Toma-me pelas mãos
e corrija-me o passo
Tenho alma dançarina
Mas meu corpo insiste
em atravessar o compasso
Às vezes, acelero
Noutras, atraso
Às vezes, quero
Noutras, crio caso
Às vezes tropeço
Noutras, me afasto
Às vezes despeço
Noutras, me arrasto
Temo que a música termine
sem que eu tenha me ajustado
à sua cadência
Temo que alguém imagine
que eu tenha descartado
a minha essência
Não sei que ritmo seguir
Se o que toca no salão
Ou o que brota do meu coração
Pois o que minh’alma sente
nem sempre meu corpo consente
E o que o corpo implora
Nem sempre na alma aflora
Eu, Tu, Nós.
Ele tem uns olhos...
Ah, uns olhos que sorriem
Sempre que encontram os meus.
Aqueles olhos que refletem luz
Olhos que conversam, que enamoram
Que encontram morada quando pousam em mim.
E tem um sorriso
Ah, o sorriso
Que me emudece, me aquece
E me faz esquecer de tudo que não me apetece.
Ele produz carinho nas palmas das mãos
E salpica um pouquinho em mim
Várias vezes ao dia.
Ele me oferece a palma
e eu sinto minha alma repousar
Leve, confiante, tranquila.
Ele tem pés que parecem dançar quando encontram os meus
E mesmo sem saber, se entendem, se atraem...
Nessa dança? deixa o amor conduzir.
Que vida louca é essa
Em um dia você é um, em outro é 2 em 1
Um dia é só silêncio
Em outro a gente se descontrola
Gritando ao mundo um amor que não cabe na gente.
Em um dia a gente se assenta sério e sóbrio,
em outro a gente enche a cara até cair,
De todo aquele riso frouxo que não deu mais pra segurar.
Se preciso a gente se reveza entre calma e tempestade,
Entre choro e consolo,
Sem nunca deixar de ser paz ou porto seguro.
E apesar daqueles dias que a saudade aperta a gente,
Bom mesmo é se apertar no abraço
Até não caber saudade.
E quem diria...
Que dois corações tão distantes
Um dia se encontrariam
pra bater assim tão sincronizados?
Voltei, dona.
Voltei, eterna senhora.
Perdoe a longínqua espera
Perdoe a longínqua demora
Jamais deveria ter partido dos seus braços
Sois a unica musa que se prestaria a me amar
Mas mentiria acaso dissesse à ti
Que foi por querer o meu voltar
Desci de meu castelo, de sua eterna companhia
Recorri à realeza de uma nobre bailarina
Pobre de mim por acreditar
Pobre poeta, iludir-se a sonhar
Sois a unica que se deita em meu leito
E não me incomoda olhar teu olhar ao despertar
Sois a unica que me conforta
Sois vós quem irá me matar
Solidão, perdão.
Volto à ti
Eterna companhia da minha valsa
Que outrém jamais saberá dançar.
Música
Sons de toda a parte
Pedaços de música espalhados
Ruínas milenares que cantam
O som fraco do passado
Tudo cerca em canção
Eu controlo minha emoção
O ruído que me desintegra em
Carne cantante e exuberância
Salto dançante rumo ao salão
Passo largo junto à dama
Tudo em sintonia formando a armação
Aos olhos dela que me chama
Um fim pretensioso
Num momento milagroso
Nossos corações se unindo
Diante a mesma música surgindo.
Um carro velho que emitia muito monóxido de carbono. Velocidade abaixo do permitido naquela via rápida. Ainda ouvia fitas de um velho rock and roll. Óculos escuros para evitar o sol de frente no final da tarde. Cabelos que balançavam com o vento gelado do inverno. Finalmente noite para libertar a energia acumulada o dia todo como se fosse bateria recarregável. A pista, uma boca bem desenhada, olhar sedutor e qualquer corpo bastavam.
Um estúpido - como diria a música - cupido que causava buracos feito cupins na madeira. E uma paixão por alguém, depois por algo, para preencher aqueles espaços vazios uma vez por semana. Dez lances de flechas erradas. Mais de mil recordações.
Sintonia fina. Garçom, por favor, dois copos de atitude. As luzes cansavam a visão. O barulho, antes música, depois apenas ensurdecedor barulho que irritava os tímpanos. Nada tão bonito que não pudesse esquecer, exceto seus sapatos de salto comprados especialmente para ocasiões como aquela, então levados em mãos e largados no mesmo carro – calhambeque – num momento de completo delírio causado pelo etílico das bebidas. Achou-se Cinderela. E foi na busca por achar-se que tantas vezes se perdeu.
Cinderela de profundas olheiras. Cara borrada pela maquiagem comprada na farmácia. Corpo suado. Enfim, só. De frente para ela mesma num reflexo confuso que sugeria ser mais bonito do que realmente era. As fotos espalhadas pelas paredes pareciam sorrir. Pareciam. Acessórios de camelô. Decoração barata. Moradora de apartamento de um canto pobre da cidade.
Ainda assim habitante do mundo e um mundo que habitava nela. Como todo mundo. Amiga dos versos, das poesias tortas, das músicas dançantes, dos cupcakes e dos gostos amargos do amanhecer. Passagem pelo hospício. Mas para quem foi dado o direito de julgar? E como chamar alguém de louco na era do politicamente correto? Pensamentos viraram questionamentos que careciam de respostas para todo o sempre. Despiu-se. Despiu a alma também como um atentado violento ao pudor.
__ Louca. Crazy. Crazy. Crazy!
Dizia para si mesma como tapa na cara em frente o espelho.
Transtorno Obsessivo Compulsivo foi o último diagnóstico. TOC. Toque. Vícios? Possuía muitos. Principalmente os de linguagem.
__ Perdoe-me pelos mal conjugados verbos.
Desculpou-se em oração.
E depois, sem fôlego para mais uma dança e cansada por não conseguir parar de pensar, deitou-se. Adormeceu. Sonhou e encontrou um mundo distante do seu. Mesmo assim eloquente. E o relógio mais compulsivo e transtornado então despertou.
E despertou. E despertou...
O sol me flagrou à beira mar
Marcando as lágrimas salgadas que do rosto pendiam no ar
As mãos molhadas dançavam pelos meus olhos petrificados
Ouvi sua voz cantar palavras bonitas que não soube decifrar
Canto que de encanto me cegou e foi embora
Dilacerado, silenciou-me na areia.
Acordei apaixonado pelo canto da sereia.
Doce melodia
Eramos desconhecidos mas sentíamos as mesmas sensações como velhos amigos, nossos corpos se moviam como se tivessemos a voar, ao som daquela melodia vibravamos sobres a mesmo frequência, nada falávamos mas nossos corpos se entendiam como velhos amantes, nada foi dito mas naqueles breves momentos conheçemos a história um do outro, foram breves mas sobre aquele som uma eternidade passou.
As vezes me perco
as vezes me acho
no meio do embaraço
Como pode duas pessoas pensar assim??
Será que vivem no mesmo corpo
dividem a mesma alma?
têm tantas coisas em comum
ao ponto de se tornarem um?
O seu jeito é o meu jeito
sua fala é a minha fala
a sua sinceridade é a minha sinceridade
a cada dia que passa te amo de verdade
Um dia ele postou um casal dançando
em uma cadeira de rodas
e ela já havia separado uma imagem de um casal a dançar
meu Deus como pode duas pessoas assim tão bem se completar
Um encontro de dois poetas
com ideologias tão completas
Sentidos
A música toca e eu a vejo;
Enxergo seus ritmos e melodias,
Mas, quando sinto a fotografia,
Cheiro as suas formas.
A dança movimenta-se e eu a ouço:
Escuto seus passos e compassos,
Acompanho sua leveza com os ouvidos
Que rasgam o som da brevidade
Entre o céu e o mar.
O livro se abre e eu respiro letras,
Alimento-me de sons,
Visto-me de fotografias imaginárias,
Visualizo músicas e ouço a dança que vem das palavras.
Um dia após o outro dia, mesma vida mesma alegria, mas para os homens oque é alegria ? Viver na escuridão da noite ou na clareza do dia.
A noite é uma filha bastarda que te abraça como nenhuma outra, do mesmo jeito que te mata.
Nos mistérios da noite eles entram sem permissão, seu teatro é magnífico deixam todos sem ação.
Mas por que se importar com as consequências ? Se os morcegos já começaram a dançar com grandes frequências !
Mas como fazer para escultar a tal sincronia musical ? Apenas confie nos morcegos e aguarde o sinal.
Porque a música é uma questão de envolvimento. Ou você se envolve; ou não será envolvido!
A música para mim é como uma espécie de poção que toca a minha pele e faz acender o Fogo da Minha Alma. Não sei se estou na Música ou se Ela está em mim.
Essa fusão que me coloca no meu Mundo Ideal! Me descubro em cada movimento que a música faz acontecer... Ali eu me realizo como um verdadeiro Ser. O Ser sem temores, sem pudores, sem censura, sem regras!
Ali eu me faço!
Sou a Dança que a própria Música faz Acontecer. Os movimentos são ela que produz enquanto viajo nas cores que suas notas exprimem em minha mente. Eu as vejo coloridas, e posso senti-las se dissolvendo em meus poros que as absorvem, fazendo meu coração bater acelerado, levando-me ao êxtase que somente quem se entrega dessa forma, é capaz de compreender essa tão minuciosa tentativa de descrever o que de fato é indescritível!
Texto de Rubi Olindo @rubyolindo
Não sou o único viajante que ainda não acertou seu erros,
E também não sou o único procurando um novo caminho para novamente seguir.
Quero voltar à noite que juntos nos dançamos.
Talvez assim poderia dizer à mim mesmo o que fazer,
Assim poderia disser: ' Não tire ela para dançar!'.
Por favor, me leve de volta à noite em que juntos nos dançamos.
Naquele abraço, eu tive tudo, talvez quase tudo, ou mesmo só um pouco de você,
Mas depois, certamente não tive nada seu, ou quase nada,
Por que hoje não sei como viver apenas com sua doce lembrança me acordando todas as noites.
Deus, deixe-me voltar à noite em que juntos nos dançamos,
Voltar para o momento em que a noite ainda era assustadora, mas que eu ainda não a tinha tirado para dançar.
Hoje, continuo preso aquele momento, por que não posso voltar a noite em que juntos nos dançamos, e pedir que a música nunca acabe.
Inspirado na música 'The Night We Met' de Lord Huron.
Dia agradável
O meu desejo é te desejar
um bom dia pra começar.
Sorrisos, olhares e carinhos para afagar.
O dia me vem com esperança, espero que visualize e sinalize com coração.
No coração há confiança e, quando de vejo a minha mente balança e, dança, dança como se podesse ouvir você cantar p'ra mim.
Sonho que é sonho
Nunca morre,
Sempre vive…
Vive bem alerta
Num reduto da alma
E na hora mais calma,
No limbo entre sonho e realidade
Ele aparece e dança.
Dança na minha cabeça
E faz-me acreditar
que pode ser verdade…
Então dançamos
Danças de rodopio
E rendida sem parar
Começo a voar…
Mesmo de asas doridas
O voo não abranda…
Que belo é viver…
Um sonho só a sonhar!!!
Filomena Caessa
"A vida é ciranda, às vezes estamos tão distraídos que nem percebemos quem segura nossa mão.
Outras vezes estamos apressados demais para ouvir o “verso bem bonito” de alguém que acabou de entrar na roda.
E assim dançamos a dança da Vida às vezes contrariados porque não é a música que esperávamos; às vezes seguramos a mão de quem está do nosso lado tão displicentemente, que nem percebemos quando ele solta a mão.
A Vida é ciranda e cada um de nós tem um verso bem bonito para dizer e depois é só Adeus e vai embora.
Vai embora, mas fica o verso bem bonito e a suspeita de que essa ciranda só existe para nos ensinar a segurar a mão do outro com força, cantar bem alto e dançar junto... no meio de tudo isso, ficar atento para nunca oferecer pouco Amor."
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