Texto para o Namorado Se Ligar
Soneto de encontros desafortunados
Dois corações que se encontram,
Mas não podem se unir.
Uma conexão forte,
Que só pode ser vivida em silêncio.
Um sentimento de perda,
E de saudade.
Um desejo de estar juntos,
Que nunca poderá ser realizado.
Sinto muito pelo nosso desencontro,
Pois gostaria de estar pronto para gente se encontrar.
Mas, continuo me recuperando,
Há muito ainda a superar.
Não seria justo com a gente,
Mergulhar nesse novo amor,
Sem estar maduro para amar de novo.
O gosto do amor
Pode-se gostar de uma mulher, mas o beijo, não há como despistar o beijo. Enganar o beijo.
O beijo diz se devemos ficar ou não. O jeito do beijo. O temperamento do beijo. O caráter do beijo. Não se mente o beijo. É como se não houvesse um corpo, um degrau, é um sopro circulado, uma neblina desenhada, a respiração voltando.
O beijo. O beijo que já foi filha, já foi namorada. Não é o beijo com medo. É o beijo que me faz beijar de um único jeito. Com o beijo dela. É ela que beija o meu beijo.
Não há mudança de beijo, é um só beijo, que não se interrompe mesmo com a voz ou com o silêncio. É um beijo vírgula do beijo. Um beijo possessivo que anda. Um beijo que não engole. Um beijo que cede espaço para a mão. Um beijo gentil, não menos apaixonado. Um beijo que deixa a língua ser língua, o dente ser dente, que não cala. Um beijo que fala enquanto beija. Um beijo que não lava, que leva, um beijo que protege para se expor. Um beijo que é decidido, não arrogante. Não um beijo que conduz, um beijo que informa.
Não o beijo solitário, o beijo viúvo, o beijo desquitado. Não o beijo de provocação, o beijo carente, que poderia ser feito sozinho.
Há beijo que é mais boca do que beijo, um beijo que é mais escova do que esponja, mais pausa do que pouso. Um beijo que não volto. Sei pelo beijo que não volto. Não volto quando é um beijo de quem não chupa, um beijo de quem realmente não foi beijada mesmo beijando, não foi sinceramente beijada, não fechou os olhos pelo beijo, não imaginou o próximo beijo beijando o primeiro beijo. Não volto quando é um beijo imitando beijo, simulando o beijo, ensaiando o beijo.
O beijo é a vontade da perna quando o braço cansa, é a vontade da cintura no pescoço. Meu beijo, um beijo que nunca completa a saudade.
Há beijo que boceja no beijo, beijo que lê no beijo, beijo que não beija porque lambe ou sussurra, porque morde ou varre, preocupado em ser outra coisa que não o beijo.
Não gosto do beijo que vai colando selos. Sem língua. Um beijo de afogado. Um beijo sem personalidade, que logo separa o corpo, porque é mais corpo do que beijo.
Se um não está apaixonado, o beijo é uma boca sem ritmo. Uma boca sem repetição. Uma boca sem vizinho, sem ouvido, uma boca acenando porque esqueceu de seguir.
O beijo é traficante. O beijo é viciado. O beijo não quer ser nada mais do que beijo. O beijo é trocar o parágrafo, não trocar de texto.
O beijo me chama antes do nome. O beijo avança os seios dela. O beijo quase me atrapalha. O beijo vento de seu beijo.
Mas não adianta procurar o beijo que você ama em outra mulher. O gosto do beijo não é o gosto da boca. O gosto do beijo é o gosto do amor.
Palavras Soltas
São apenas palavras, soltas e perdidas;
Palavras que se desencontram, palavras que se afastam;
Palavras que machucam corações;
Palavras voando, procurando refúgio;
Palavras que alguém pronunciou;
Que saíram de bocas sórdidas ou sujas;
Palavras no calor do momento que saem como labaredas de fogo;
Palavras assustadas que te deixam com o coração apertado;
Palavras nunca ditas que se arrependem de nunca ter falado;
Mas são apenas palavras que ninguém se dá conta que falou;
Que ninguém se importa de ter falado;
Palavras que como lâminas ferem tantas pessoas por ai;
No olhar de tantas pessoas eu vejo vozes e dessas vozes palavras perdidas;
Palavras que nunca mais se reencontraram;
Palavras de um pai para sua filha;
Palavras da filha para o pai;
Palavras agora não importam mais;
Não me peça ajuda com palavras;
Porque palavras mentem;
Palavras escondem desejos, medos, sonhos e lembranças;
Me peça ajuda com o que tiver de mais santo;
Seu eu ouvir a voz do que está te atormentando;
Vou poder sentir o mesmo tanto;
Pra sempre você viverá sabendo que proferiu as últimas palavras para mim;
Que suas palavras me afastaram de você;
Que você mesma disse para eu te esquecer;
Porque palavras afastam corações;
Não me diga mais nada;
Não me procure;
Não te procurarei mais;
Sua face sumirá do meu horizonte
Suas palavras se apagarão da minha mente;
**"Madrugadas de Ausência (Versão Final)"**
As horas noturnas escorrem lentas, e meus pensamentos — esses visitantes indesejados — insistem em perfurar o silêncio. Há dias não me reconheço no espelho: a força que exibo é apenas um disfarce que desmorona na solidão. Eu daria tudo, até meu próprio nome, para dobrar o tempo e reescrever nosso fim. Talvez, num ato de loucura ou redenção, eu encontrasse as palavras que faltaram.
*Saudade.* Três sílabas que pesam como um mundo. Você era meu porto seguro, meu norte em noites sem estrelas — e agora é apenas um eco, um fantasma que habita meus "e se". Talvez esperasse que eu despertasse a tempo, mas eu, mergulhado em minhas próprias sombras, não via a luz que você me estendia. Sei que agora floresce em outros braços, e essa certeza é uma faca que torço no peito toda vez que o relógio marca 3h17 e eu, insone, revisito nosso passado.
A dor que carrego é orgulhosa: não se expõe em lágrimas fáceis. Esconde-se nas entrelinhas do meu riso, nos copos vazios da mesa de bar, no hábito de ainda olhar para o celular esperando uma mensagem que nunca virá. Aprendi que o tempo não cura — apenas ensina a conviver com a cicatriz.
Somos agora dois estranhos que compartilham um museu de memórias. Como explicar que já naveguei por todo o teu ser? Conheci a geografia do teu riso, as tempestades nos teus olhos, os segredos que você sussurrava no escuro. Seu abraço era minha única pátria — e hoje sou um exilado do seu calor.
*Sinto falta do ritual de cuidar de você:*
— Das gargalhadas que eu roubava dos teus lábios mesmo nos dias cinza;
— Do modo como ajustava o cobertor sobre seus pés frios;
— Da coragem que você me emprestava só por existir.
Nossas lembranças são como um filme projetado em paredes úmidas: cada cena, um paradoxo de dor e gratidão. Obrigado por me ensinar que o amor pode ser tão vasto quanto o mar — e, ainda assim, caber no espaço entre duas mãos entrelaçadas.
Três anos. Mil e noventa e cinco dias de eu me enganar dizendo que "já passou". Seu nome ainda brota em mim como hera em ruínas: devagar, implacável. Descobri que você espera um filho — e essa notícia me transformou em um atlas de mundos paralelos, onde em algum universo esse bebê teria meus olhos e seu nariz perfeito.
Você voou para os sonhos que um dia plantamos juntos. Eu, aqui, rego as sementes que sobraram com lágrimas estéreis. Segui em frente porque a vida exige movimento — mas meu coração é um relógio de areia que insiste em virar sozinho, sempre de volta a você.
*"Fleur de ma vie"*, você permanece:
— Na canção que toca no elevador do shopping;
— No cheiro de jasmim que algum vento traiçoeiro me traz em agosto;
— No vão da minha cama, que ainda guarda o formato do seu corpo.
E se um dia nossos caminhos se cruzarem novamente, prometo sorrir com os olhos (como você me ensinou). Até lá, continuarei escrevendo cartas que nunca enviarei — porque algumas saudades são tão profundas que precisam ser vividas no silêncio.
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A ORQUESTRA DO INÚTIL
Às vezes, tento querer escrever o que esta sociedade pretende dizer, mas logo descobro que ela mesma já se perdeu na vontade de enunciar-se. Não há verbo que a represente, nem sujeito que se assuma. Há, sim, um murmúrio colectivo, um desejo de parecer pensamento. E escrever o que a sociedade quer dizer é como tentar traduzir o silêncio de um homem que aplaude porque os outros já o fazem. É tentar dar nome ao abismo quando o abismo, educadamente, nos pede um autógrafo. E depois só contamos. Contamos quantas horas restam até o próximo.
Há quem, por ofício ou desvario, destile notas como se o tempo coubesse inteiro numa só melodia. E fá-lo com tamanha urgência que o silêncio. E depois morre afogado na enxurrada de compassos. E assim, entre a batida e o aplauso comprado, ergue-se o trono de um Rei, não por virtude mas por volume, não por arte mas por frequência.
É nobre, sim, o timbre. E há talento disso ninguém duvida, mas até o ouro, quando em demasia, perde o espanto e vira moeda. E a sociedade de ouvidos embotados, aplaude por reflexo. Confunde constância com génio, e quantidade com legado. Ora, família, o excesso também é uma forma de desperdício.
Amor moderno: onde sentir virou vergonha e fugir, regra.
Parece que a gente aprendeu a fugir antes de tentar.
A evitar sentir, como se emoção fosse fraqueza.
Todo mundo com medo de demonstrar, de se entregar, de errar.
Como se amar fosse sinônimo de perder.
Hoje, ninguém olha nos olhos por tempo demais.
Beijar virou passatempo.
Dizer “eu te amo” é piada.
Demonstrar interesse? Humilhação.
Responder rápido? Desespero.
E aí a gente finge desinteresse para manter alguém que também está fingindo.
Troca profundidade por distração.
Conexão por validação.
Carinho por curtida.
E chama isso de relacionamento.
No fundo, está todo mundo carente.
Querendo colo, presença, verdade.
Mas se escondendo atrás de filtros, frases prontas e joguinhos.
Achando que isso protege quando, na verdade, só afasta.
O amor moderno virou medo.
Medo de parecer fraco.
Medo de sentir demais.
Medo de se entregar e não ser correspondido.
Mas amar, de verdade, sempre vai ser um risco.
A diferença é que, quem se permite, também se cura.
Porque tem coisa que só o amor real consegue tocar.
Desde que te conheci, fiquei fascinada. É difícil explicar, porque não se trata apenas da tua aparência — embora eu precise admitir: existe algo quase hipnótico em você. Cada detalhe seu parece milimetricamente perfeito, como se tivesse sido desenhado com uma precisão absurda. E eu, que já te desenhei algumas vezes, posso dizer com certeza que foi um privilégio ter a chance de observar cada detalhe do seu rosto, conhecer teus traços, teus contornos, a nuance da sua expressão.
Se eu soubesse desenhar corpos, seria outra honra. Não por vaidade, mas pelo desejo sincero de prestar atenção a cada parte sua, como quem contempla uma obra-prima moldada com cuidado e reverência.
É claro que falo disso com um olhar artístico, como qualquer artista faria. Sem sombra de dúvidas, todos nós nos regozijamos ao nos deparar com algo tão visivelmente belo.
Mas o que mais me toca em você vai além da estética. Existe um tipo de beleza que não é só física — é uma imensidão que transcende o que os olhos veem e atinge algo muito mais profundo. E você carrega isso. É encantador como a magnitude da sua aura transborda e invade o ambiente, deixando tudo mais agradável e interessante.
Você é como um livro, cheio de conteúdo, e olhando pela capa, tem um mistério que provoca em qualquer um uma vontade absurda de lê-lo, descobrir mais.
Às vezes, a gente se encontra em um daqueles momentos raros onde o tempo desacelera e a conversa flui, sincera, leve, profunda. E eu aprendo tanto com você. É incrível como, quando paramos pra trocar ideia, a gente realmente se encontra ali, num instante que parece fazer sentido. Não tem superficialidade.
Você desperta em mim uma admiração singular, daquelas que não se pede, não se provoca — simplesmente acontece. E um dia, quero ser pelo menos metade do que você é, se puder absorver só uma fração dessa força que você carrega, já vou me sentir mais inteira.
Continua vivendo tudo com essa intensidade absurda, essa luz que te faz ser quem é, e não deixa que nada nem ninguém apague esse fulgor. Que a vida te leve longe, mas que sempre sobre tempo pra gente treinar junto, conversar mais, e ter esses momentos que, sem a gente perceber, viram memória boa.
Audaciosamente,
de: Ananda
para: Minha musa inspiradora (MN)
Cela da Alma
Entre concreto e ferro, a mente vaga no fluxo... Liberdade não é bandeira, não é hino é ter a parada certa no peito, mesmo se o mundo te engoliu no trecho. Na cela escura, o coração é o único rolê sem custódia.
Quem tá de consciência limpa não teme a sombra do juízo. “Mano, o sistema pode trancar o corpo, mas o pensamento voa tipo pipa sem linha.” Na quebrada do cárcere, a paz é o traço mais rebelde: não se vende, não se rende.
Enquanto o tempo rasteja na parede, a alma dá um grau... Saber que não deve nada é a única cela que não tem grade.
+Q Tecnologia
No seu celular, na nuvem ou qualquer outro dispositivo de armazenamento, vídeos ocupam muito mais espaço que áudio, que é maior que imagens ou texto, mas isso não justifica um agente da lei decidir se uma ocorrência deve ou não ser gravada. Nem Deus deixa de gravar tudo o tempo todo, afinal, qual verdade deve ser esquecida?
Mulher linda de Fortaleza
jóia rara do Ceará
de uma Abençoada beleza
escolhida entre todas as coisas
como o lilás do céu em degradê
assim como o azul do mar
numa tarde
e a noite um luar
em que habita
toda poesia
da morena Deusa nordestina
seu olho ilumina é pura arte
na marina
um pescador termina mais um dia
agradecendo a Deus
e nossa santa ave Maria
Eu esperei. Confesso que esperei. Lá no fundo, eu fiz orações, fiz uma prece, e tinha muitas esperanças e expectativas. De que você iria reaparecer um dia qualquer, do mesmo jeito ou melhor do que o dia em que você surgiu inesperadamente na minha vida. Eu tinha aquela esperança boba, aquela certeza incerta de que você enxergaria sei lá o que no fundo do seu coração, e que finalmente despertaria de um sono profundo e notaria o nosso relacionamento de uma forma diferente. Que você veria com todas as letras tudo o que faltou você fazer por nós enquanto eu estive do seu lado. Que uma luz surgisse na sua cabeça, e que a distância finalmente te chacoalharia os miolos, neurônios, e, principalmente, os sentimentos. E que a venda caísse e surgisse aquele amor puro e profundo, que eu sempre pensei que estivesse adormecido, encoberto, ou abafado dentro de você. Eu acreditei sim, que seria pra sempre, e que você me amaria até ficarmos velhinhos e esquecidos. Tipo “Diário de Uma Paixão.” Quem nunca fantasiou com esse filme tão maravilhosamente perfeito? Sim... eu raciocinei que o tempo te faria bem. Que seria uma fase de descobrimentos. Que um dia, tudo o que eu criei tanta expectativa iria finalmente acontecer. A vida juntos, a segurança, o casamento, a família, o companheirismo. Mas os dias foram passando. No começo me senti livre, depois me senti bem, depois me senti feliz. Mas, eu não tinha percebido que parte desta plenitude morava na esperança que eu tinha de que tudo ficaria bem. E melhor. Que um milagre iria acontecer. Que tudo seria como deveria ser. Como poderia ter sido. Diferente. Completo. Bom. Ótimo. Maravilhoso. Esplêndido. E os dias passaram. E tudo aconteceu de uma forma surpreendentemente igual. Mensagens vazias. Iniciativas em cima do muro. Correr atrás? Melhor dizer que você apenas correu os dedos pra digitar uns 2 e-mails. E algumas palavras no WhatsApp. E aí eu parei pra pensar. Pra definirmos que estávamos namorando, eu tive que tomar a iniciativa. Pra decidirmos noivar. E pra decidirmos terminar. Que diabos, então, eu estava esperando? Aliás, que mundo eu estava vivendo até ontem, quando finalmente me toquei de que não, não vai acontecer nada, a menos que eu mesma faça acontecer alguma coisa?
E aí, eu senti. Toda a realidade caindo sobre as minhas costas... tão dura quanto um pedaço de concreto de 200 kg. Tão áspera quanto um asfalto velho e cinzento. Tão difícil quanto um problema de cálculo 5. Tão dolorosa quanto bater o dedinho do pé na quina da mesinha da sala. É. Não vai dar. Dessa vez, não vai dar pra eu me auto-sabotar buscando amor no vazio que é você. Não vai dar pra eu transformar o seu ponto de interrogação em uma exclamação, apenas em um simples ponto final. É isso. É o fim das esperanças, das orações, das olhadas no celular pra ver se acontece algo. É o fim do fim, o fim da nossa vida, e o começo da minha, sem você. Sem carregar aquele sorriso besta de esperança de que você irá voltar com um buquê de rosas vermelhas e a certeza no seu olhar e no seu coração. Parei. Chega de ilusão. É hora de partir pra um caminho sem você. Sem expectativas. Sem mentiras. Sem confusão. Sem insegurança. Mas com muitas possibilidades. E nenhuma que envolva você.
É tempo de internalizar.
Devemos ter lido e visto muitas coisas sobre o Coronavírus poraí. Reflexões, pensamentos, coisas boas, coisas ruins. Hoje temos, talvez sem muito custo, a opção de poder ter um tempo a mais para ver e ouvir, ler, refletir, parece que o tempo entre ir e vir, o tempo do trânsito, do ônibus, da academia, está finalmente sobrando em nossa agenda. E o que temos decidido fazer com este tempo? Tempo conosco. Tempo a sós. Tempo com, talvez, estranhos: nossa própria família. É tempo de encarar. A si mesmo, e ao cônjuge. Aos filhos. Aos pais. Sim, estranhos, afinal, passamos mais tempo longe destes e perto daqueles com quem trabalhamos, com aqueles que deveriam ser os estranhos, mas a verdade é que conviver com os nossos e com nós mesmos pode ser uma tarefa árdua, porém, necessária.
Eu acredito que nada nos acontece por acaso. Acredito que este tempo que estamos vivendo é sim, um grande aviso. A gente foi obrigado a parar, por um instante, para refletir. Para respirar, para encarar a nossa vida. Para pensar.
É um tempo em que não podemos nos tocar. E aquele abraço que parecia um ato tão simples, hoje é raro... por isso mesmo, deveria ser mais valorizado. Estamos convidados a enxergar que, diante de um problema como este, o que importa, na verdade, são as coisas simples. Uma doença que pegou rico e pobre e colocou tudo junto, no mesmo balaio. Uma doença que veio nos mostrar que o dinheiro não compra a cura e salvação. Nem da vida, nem da alma, nem da ferida e nem do vazio do coração.
Aqueles que possuem um emprego e que, talvez, reclamavam deste, devem se sentir gratos, hoje, se ainda possuem um. Aqueles que possuem uma casa, que talvez não seja a mais bonita, nem a maior, nem a mais rica, devem se sentir avantajados por ter uma proteção. E, assim, aqueles que possuem comida, saúde, que pode respirar sem um vírus a lhes atormentar e a lhes roubar o básico: o ar.
Aqueles que desprezavam os encontros, os beijos, abraços, o ouvir, o tocar, que negligenciavam as companhias, os risos, as prosas do dia a dia, devem melhorar a sua percepção do que realmente importa nesta vida.
É relevante, também, que possamos enxergar as coisas boas. Muitos mobilizaram o coração em ajudar o próximo, percebendo que, em tempos assim, o dinheiro no banco não trará a humanidade de volta. Nem o parente, nem o fã, nem o cliente.
Considero que Deus está nos pondo a internalizar. Espero que, quando tudo isso passar, a Sua mensagem tenha sido sentida no coração e na vida de cada um. Como ocorreu na passagem bíblica de Lucas 10, 41:42 que diz “Marta, Marta! Tu te preocupas e andas agitada por muitas coisas. Porém, uma só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada.”
Que não sejamos como outrora, agitados e preocupados com as coisas vãs e passageiras deste mundo, mas que sejamos, a partir do agora, como Maria, que escolhe as coisas elementares e essenciais desta vida, como aprender a estar mais perto de Deus, a entender que esta vida é somente uma passagem, mas que a gente não perca a viagem... que sejamos gratos pelo ar, pela saúde, pelo amigo, pelo filho, pelos pais... que valorizemos o abraço apertado, o aperto de mão... que a nossa energia que está sendo armazenada, seja melhor utilizada quando estivermos novamente em comunhão. Que a gente aprenda a lição, de apreciar a vida enquanto ainda temos a oportunidade e a ocasião. Que tudo isso não seja, portanto, em vão... deixo aqui, com humildade e inspiração, uma oração pelo despertar de todos nós.
Hoje eu quero pedir a uma pessoa muito importante em minha vida que ela faça para mim a mesma coisa que eu fizer em outra vida hoje eu quero pedir a uma pessoa muito querida que ela me ajude a ser uma pessoa com luz de harmonia e vida hoje eu quero falar por uma pessoa muito importante que ela continue todos os dias com esse esplendor retumbante hoje eu quero ser feito de gesso da cabeça aos pés e que você permaneça assim em outras vezes para que eu possa cada vez mais continuar essa prosa e que sempre seja não importa aonde esteja a ser feita de gelo para que derreta não importa quando seja essa parte do bolo até só ficar a cereja e que pra sempre seja feito o que foi dado como certo para que sempre cada ser obtenha o sucesso!
E mais vezes quero estar em você se precisar e agora é só isso precisamos encerrar
Hoje me levantei, mais um dia comum como todos os outros. Mais um dia onde tudo para "você" é motivo de alegria menos para mim. Vejo tristeza em tudo, um vazio a de me corromper. Tento... Tento.. Tento... e nada de eu lhe vencer... foi ai que ela apareceu... Formosa, estupenda, linda de se ver. Sorria feito boba e relusia sua alegria de viver... Me contagiou com sua alegria e me deu uma última esperança de nao me deixar vencer... Sua luz de alegria e amor luta contra esse breu dentro de mim, hora um ganha uma batalha, hora outro vem a rebater... mas mal sabe ela que meu dia está a chegar... Esse breu me corrompeu e minha única luz se esvaeceu... Agradeço a ela tudo oq me fez, me deu nos meus últimos dias a alegria que nunca outra pessoa me deu... Agora eu me vou... Para onde eu não sei... meu único desejo é que de la eu rogue por ela para que ela receba tudo de bom que Deus me deu
“Sinto sua falta, não deveria eu sei, mais sinto. Sinto falta do seu sorriso, da sua risada, de você falando o meu nome, até sinto falta de você me contando seus problemas, você não sabe, mas eu me sentia a pessoa mais importante da sua vida quando você fazia isso. Sinto falta das nossas brigas, e sinto mais falta quando você me ligava depois das brigas desesperado e eu com raiva não atendia e sempre dizia que estava no banho, e de fato eu estava. Sinto falta do seu carinho, sinto falta de ser alguém para você. Hoje eu não sei mais quem é você, e a única certeza que tenho é que você mudou. Não peço você para voltar a ser quem você era, tenho que aceitar que as coisas e pessoas mudam, a única coisa que peço é fazer parte da sua vida de novo, ser a pessoa mais importante para você, aquela que você faz planos para o futuro, aquela que você conta tudo, aquela que você ama. É isso, sinto saudade.”
Li certa vez um texto de Carlos Drummond de Andrade que falava sobre o encerramento de um ano para o início de 365 novas oportunidades. Que a pessoa que inventou essa divisão do tempo em períodos de anos era um gênio, pois assim conseguimos parar e avaliar o que fizemos e deixamos de fazer, e renovar as promessas para o ano que está para chegar. É como se fosse possível sair daquela rotina diária e contemplar os efeitos dessa época de festas.... Ficamos mais felizes. Com os sorrisos das crianças, com o brilho nos olhos daqueles que traçaram seus projetos. Se prestar bem atenção, verá a "terra respirar". Você pode ser o que quiser, mas para isso é preciso saber quem você é. É necessário limpar as gavetas, seja dos armários, do coração, da alma... Carregamos coisas inúteis que ocupam espaço imprescindível para viver a vida. Então, aproveitando essa época de festas, desejo que renovem o ser, que tenham sonhos possíveis de realizar, que a saúde infecte a todos sem clemência, que a paz reine em seus espírito, que sejam abençoados com a sabedoria Divina, e que a felicidade seja sempre uma constante em suas vidas... Boas festas!
esse texto é sobre saudade. ou sobre você. talvez seja sobre seu jeito de andar ou sobre a forma como me olha, como se não existisse mais nada no mundo que merecesse a sua atenção além de mim. ou sobre como abraça cada parte minha e reconstitui meus destroços. e sobre como beija meu corpo como se eu fosse a sua própria comunhão. e talvez eu seja. esse texto é sobre a sua pele, suas pintas, seus diversos sorrisos e as variadas formas com que desarma os meus. é sobre seu cheiro ser paz mesmo quando o mundo está arruinado, e sobre o carinho com que lida com o caos, mesmo que ele não seja teu. é sobre o brilho nos seus olhos enquanto me olha e sobre não querer parar de olhar e sempre me procurar mesmo quando existem outros olhares e pessoas no ambiente. é sobre o amor que você deposita no que é e no que se apresenta à mim. é sobre você ser você, e assim ser completa. esse texto é sobre saudade, e sobre você. porque mesmo quando está perto eu sinto saudade pelas horas que não está. e sei, do fundo do coração, que se pudesse você sempre estaria. eu sei.
A caneta me traz angústias, enquanto o editor de texto me traz ansiedade. A caneta me traz liberdade, enquanto o editor de texto me traz oportunidades. E nesse processo criativo, da arte magnifica de congregar palavras num estilo metamorfoseado entre o ler, o refletir e o escrever, a criatividade suscita entre a tinta da caneta e os caracteres do editor.
Você que se permite ser influenciada pelos outros, esse texto é para você, cuidado! Não busque agradar o mundo inteiro com seus atos, palavras e sorrisos, até porque, para alguém eles não aparentarão sinceridade, você pode até querer ser amada por todos os seres que respiram, porém, tenha consciência que metade deles não te amam no sentido literal dessa palavra.. gostar, amar e admirar é muito mais do que fazer elogios, estar presente em momentos, muito deles, únicos em sua vida, essas palavras vão muito além do que qualquer descrição profunda e bonita que eu puder fazer. Os ursos de 1,99 hoje em dia dizem na mesma facilidade que uma pessoa, que amam, e quem garante que como os ursos, as pessoas só não estão sendo impulsionadas a falar? Olhe bem no fundo dos olhos, atravesse a pele, foque no coração, esse sim é a chave para tuas dúvidas se tornarem certezas, ele irá te responder quem é quem, ou você aprende com ele, ou espera o tempo te mostrar, a segunda opção é de longe a mais dolorosa.. mas, válida, afinal, é um peso tirado de teus ombros quando você sabe quem é de verdade e quem é de mentira.
“Ela sempre chorava, por um filme romântico, um texto bonito, por um abraço bem dado, ou pela falta dele, pelas suas amizades que lhe restavam, e pelas que já se foram, chorava de saudade, chorava por músicas que nem mesmo a letra entendia, chorava pelos cantos escondida, chorava quando ouvia palavras bonitas, chorava de solidão, chorava só, e às vezes em vão.”
