Texto de Solidão
Se não está dando certo, mude de personagem!
Que tal vestir-se de si próprio? Só assim pra saber quem você é, o valor que tem e quantos realmente o amam.
Desafiador!!!
Comece por se perguntar quem você seria, sem selfies, festas, ornamentos, fantasias, diplomas, reconhecimento, curtidas e elogios!
Aliás, quem te elogia, o faz pelo que você expõe, pelo que você tem ou pelo que você é?
Crise existencial? Jamais. Chamo isso de ponto de equilíbrio!
Nos comportamos como juízes de tudo e só nos colocamos no lugar da vítima, quando esta somos nós!
Egoísmo? Não sei... porém vez ou outra nos achamos o centro do universo!
Seria tão bom nos permitir conhecer as pessoas e entender sua história! Perceber que cada cicatriz tem um nome, uma data, uma profundidade e um ensinamento diferente!
Se me adjetivo com defeitos, porque haveria de me exclamar com surpresas?
Se meu artigo é definido, que os indefinidos não me defraudem!
Interrogar-me-ei pois na certeza do encontro, do ponto... de partida!
Pois mesmo bem conjugado, meu futuro pode ser tudo, pode ser nada. Pode ser do passado, pode ser do presente, pode ser imperfeito... pode até me ser tirado!
Há que se respeitar o tempo das coisas!
A natureza tem tudo sublimemente organizada, e observa-la, senti-la, fazer sua leitura, é preciso!
Afinal, somos parte dessa natureza! E o tempo é só uma questão de contemplação sinergica de tudo o que nos cerca.
Já tive pressa... e caí. Sem me dar conta, meses, anos depois, estava eu lá: no mesmo ponto de queda, com a opção de fazer diferente!
Já fui paciente... e perdi. Sem me dar conta, meses, anos depois, estava eu lá: olhando pra perda e abraçando a opção de agir diferente!
Primavera, outono, inverno, verão.
Dia, noite, madrugada.
Chuva, sol, vento, frio, calor.
A natureza é o que é e não vai mudar...
Enquanto isso dentro desse ecossistema privado que temos, chamado CORPO, qual o clima? Qual a temperatura? Qual a velocidade das coisas?
Entenda que seus conhecimentos acadêmicos, sociais, empíricos ou observatórios, não se limitam apenas a área específica do aprendizado, eles devem ser aplicados a tudo na sua vida!
Sua natureza é mutável... a natureza é soberana.
Adeque-se a ela e o tempo será seu melhor amigo.
Desafie-a e condene-se ao descontentamento.
Exercite o respeito ao tempo das coisas!
Nos tornamos num produto e fizemos de nossa vida uma vitrine, onde nos agrada a apreciação alheia, mas nos apavora uma possível posse!
Tudo é comum: O de todos é meu, mas o meu não pertence a ninguém.
E me ofende o óbvio dos absurdos que eu mesmo falei, na boca de terceiros!.. porque minha liberdade é sagrada em detrimento da liberdade alheia!
E, curiosamente, sou parte dessa loucura toda!
Preciso reciclar-me, antes de perder-me e ser só mais um na multidão!
Sou daquele tipo de cara que acredita!
Vou acreditar até a morte que os melhores dias da minha vida estão por vir.
Vou acreditar que há muito amor verdadeiro resistindo por aí.
Apesar das fofocas, das mentiras, das invejas, das invenções de mentes criativas e más... eu vou sempre ACREDITAR EM MIM.
Porque só Deus e eu sabemos das lágrimas derramadas, das dores sentidas, das perdas e dos lutos vividos.
Só Deus e eu sabemos das cicatrizes ocultas nesse emaranhado de sorrisos frouxos e livres que oferto todos os dias!
Por isso escolhi não me defender e deixar partir a todos que assim quiseram, por não quererem ouvir, por me medirem segundo seus conceitos ou rasuras, ou simplesmente porque assim tinha que ser.
A poesia nasce do vácuo, do limbo, do deserto... do momento de oxigenação das experiências, e assim vou escrevendo.
Porque acredito! Acredito na eternidade da luz, no caminho do vento, na sinceridade da dor, na mentira da imaginação. Acredito no último suspiro.
Queria acreditar mais, todavia sou pequeno face ao que penso e vivo!
E isso me faz eterno e suavemente feliz.
Esse acreditar a mim pertence. É meu... sem financiamento alheio ou dependência. Sem hipocrisia!
E quando eu morrer... não duvide...
Vou acreditar que o jazigo ainda não é o fim.
Pois a crença do acreditar não morre na morte de quem vive sem a culpa de ter sido apenas o que nasceu pra ser: H.U.M.A.N.O.
MAR DE EMOÇÕES – O medo
Tire as sandálias dos pés, ponha-os na areia e caminhe lentamente em direção as águas, atentando ao leve vento que toca tua pele e acaricia teus cabelos.
Respire o cheio do mar... o mar!
Sabe, o mar nunca vem só, ele é um conjunto de coisas!
O mar é a única coisa no mundo que reflete com exatidão o sorriso do céu e colhe com amplitude as lágrimas das nuvens.
O mar é o espelho de Deus! Mar é poesia!
... não te atenhas, segue andando...
Logo estarás à beira da praia e as ondas saudar-te-ão.
Então molharás teus pés... e o frescor da água do mar já não te será estranho.
... enfim...
Logo estarás nele envolvida, mergulhando, abraçando-o incansavelmente ... sereis um só!
Porque o mar é um conjunto de coisas...
E ele jamais será mar, se uma dessas coisas, não for VOCÊ!
Abrirei portas
Cruzarei fronteiras
Atravessarei desertos
Subirei montanhas.
Me perderei na ida
Me acharei na volta
Viajarei...
Mas se porventura não voltar
Onde quer que esteja
Ali será meu lugar.
O lugar onde jaz minha história
Meu caminho, meu livro, meu lar.
E tu serás convidado a entrar
Para se perder e se achar...
Lá nos encontraremos
E jamais haverá fim, pois
Somos os leitores da vida que alguém escreveu!
Me fiz de brinquedo
Me deixei brincar
Quebrado fui
E me deixei perder
Me deixei, deixar.
Me fiz de inteiro
Me deixei quebrar
Quebra-cabeças sou
Ninguém ousa jogar
Ninguém ousa, ousar
Me fiz de enigma
Me tentei decifrar
Brinquedo é coisa séria
Hoje o brinquedo sou eu
Sua vez vai chegar...
Quem seduz a todos perde o brilho, morre o encanto, prostra-se na escuridão!
Mas o segredo atiça a cobiça dos reis que dominam a terra!
Lapída tua vida em silêncio, dê brilho a tua alma e espera: O que é teu virá com a intensidade do sol e o acariciar da lua, e então serás por Ele exaltada!
TUA HISTÓRIA:
Havia perdido tudo: O trabalho, os bens, esposa! Sentado em um banco de madeira na praça central, recolhia caroços de milho com os quais distraía os pombos que o cercavam. Sentia-se velho, cansado e sem raízes e sua tristeza era tão invólucra que sua alma já entoava melodias fúnebres a um corpo que teimava em não morrer! Não era doença e sim tristeza!
Ao pôr do sol, como que em visão, a contra-luz, lhe apareceu um forasteiro. Homem simples, de pés no chão, cabelos brancos, sorriso reluzente e mãos estendidas que, fitando-o copiosamente, lhe disse: Descalça-te amigo; pisa o pó! Vede que dele vieste e certamente a ele retornarás. Quando assim for, não mais o pisarás... serás por ele pisado e nem esperança terás. Agora levanta-te! Toma este livro!
O livro era único: Capa de couro, folhas brancas com bordas de ouro! Em sua fronte havia um espelho de grande reflexo e luz. Suas páginas iniciais eram novas e finas, as do meio eram grossas e viçosas e as do fim eram já escuras, velhas e frágeis. O homem ao abri-lo observou que nada havia sido nele escrito. Não possuia conteúdo! E perguntou-lhe: Que proveito há num livro sem histórias, letras, principio ou fim?
Ao que o forasteiro lhe respondeu: Vede que vivo estás! Não te dou histórias, mas a chance de escrevê-las com tuas proprias mãos. Ergue-te do pó e faça sua história. Nele escreva nomes de pessoas que deverás escolher! Pondere em suas decisões e cuide para que outros não escrevam no livro que é teu! Perdoe e doe! Aprenda sempre e não se prenda nunca ao que te faz sofrer. Ame sem razão, chore, sorria, cante, trabalhe com entusiasmo e lembra-te do teu criador. Porém cuidado com tudo que escreveres... não sejais demasiado detalhista e ocupa-te em ser bom, pois as paginas mudarão sua consistência assim como tuas forças, e no fim do livro, já velho e frágil nada poderás mudar e a de haver espaço para que agradeças a Deus! E cuida-te pois ao fechar do livro... a única imagem que terás é do pó que hoje pisas! Se procederes bem certamente serás lembrado!
Prateleira cheia de livros de bela capa e ausência de pesquisa! Quais os seus critérios de "leitura" humana?
Não sei se sinto pena de quem apenas julga "livros pela capa" ou os livros, que não se abrem e só expõem a beleza superficial que tem!
Pensa que ganhar o coração das pessoas é tão fácil quanto "obter" likes? Tem que saber ler, se abrir, cuidar, esperar e respeitar as dualidades da vida.
Se não sabe, aprenda, senão acabará ali, jogado, preenchendo prateleiras alheias, empoeiradas e sem ninguém que o leia! Mais que solidão... isso se chama exílio!
O menino e o viajante
O amor sai por aí batendo de porta em porta, até que uma se abre e nela faz morada!
O menino se questiona porque tantas portas jamais se abrem, ao que o viajante diz: "Raros são os que interpretam os sinais do amor! O amor assusta, pesa, sufoca e cansa quem a ele não conhece. Para ele o amor é uma ameaça!
Todavia ao que espera, guarda e confia, o amor é como mar calmo, vento suave, brisa da manhã... seu coração já o aguarda com alegria!"
Põe em ordem tua casa e espera! Breve reconhecerás seu leve toque e não hesitarás em aconchegar em ti o tão bendito amor. Entenderás enfim que ele chegou pra ficar... na hora certa!
Meus olhos queimam...
não tenho mais uma alma...
nem sei o que sou,
apenas a dor me consome,
se sou assim sou parte de você...
deixei minha humanidade quando te conheci,
nada tem importância se a lua está cheia.
quero sentir seu coração...
as pedras sangram...
entenda o que sou!
os anjos te abandonaram no momento que te conheci,
estamos acorrentados pela dor do desejo,
crianças choram a lua esta cheia,
seus lábios estão secos...
na escuridão pequenos momentos de lucidez.
Você já viu as noticias?
Tudo pode ser fabricado?
Quando vejo pequenas notas...
Sinto que mundo está pior,
Todos continuam suas vidas...
Não compreendo as causas dessa vida,
Tento gritar e ninguém vai ouvir se ouvir?
Somente mais status para ser curtido,
Senti meu coração parar enquanto dormia...
Acordei, te abracei
Seus sonhos casam
num momento de alegria se casa,
tudo é romântico até que a morte o separe...
na doença na alegria... de fatos amantes...
demônios te possuem, em lagrimas diz sim...
sonhos e pesadelos são arrancados da vida,
afogados em múrmuros,
até o ciumes ganha um ar romântico e trágico...
enquanto dentro das entranhas algo toma forma...
seja diferença ou terror noturno,
ninguém admite que deseja viver em cortes
que a levam a imensidão fria...
delírios e alucinações são parte do seu sim...
pode compreender que a dor...
somos fantasmas que arrastam seus flagelos...
entre anos vejo a insanidade entre quatro paredes.
pode se tornar manchete grite com terror...
magia de sigilos tomam formas,
na paixão se torna um transe...
as drogas tem ser diárias...
nada faz sentido, o mundo é uma droga...
separação, parece ser a liberdade apenas é um credito entre as entrelinhas,
mais uma crise estou olhando um abismo ele sorri para mim.
O ruim de você não ter ninguém, é que ninguém vai te dar bom dia de manhã, ninguém vai perguntar como foi seu dia, ninguém vai passar o dia todo falando contigo e tendo assunto que te façam sorrir a toda hora. Ninguém vai te marcar em memes até porque ninguém vai lembrar de você ao vê algo legal, ninguém vai se preocupar quando você não estiver legal, ninguém vai te ajudar quando você precisar de um refúgio, ninguém vai te falar que te ama constantemente, ninguém vai pedir para você fica mais um pouco para irem dormir juntos, o mais difícil de tudo isso é que todo mundo tem alguém, seja sério, seja caso, seja lance, seja crush, todo mundo tem alguém! Menos eu, e quando já tive desistiram o mais rápido possível.
(Se não estiver uma qualidade perfeita, peço mil desculpas! Levem em consideração que esse é o primeiro pensamento que posto.)
Varal da Ilusão
No longo varal da ilusão
Recolho hoje os sonhos
Amarelados de pranto
Desbotados de encanto
Esquecidos sob o sol
Da primavera distante.
Presos em muitos nós
Finos fios de seda fria
Projetos outrora vivos
Sepultados ao acaso
No angustiante ocaso
Permeado de descaso.
Desfio fios de imagens
Revisito paisagens
Incrustradas na saudade
De o que foi felicidade
Recolho as últimas linhas
Entre as ervas daninhas.
Já não estendo esperança
Tampouco velhas cortinas
Experimento o amargo
Desta dor que desatina
Farrapos da solidão
No longo varal da ilusão.
.
Aguardando o meu fim ou o recomeço daquilo que não vivi ou vivi pelas beiradas das circunstâncias que outrora o destino me enganastes…
Acreditando que as pessoas que se diziam estar ao meu lado, fugiram da minha presença que já não mais se faz ser notado…
Sei que o fim representa o começo de algo que possa ser notável ou acabe me escondendo daquilo que não mais faz parte de mim…
Morro então só…
Apenas acompanhado da minha fiel companhia chamada solidão…
ass.: menino feio
5/7/2018 20:57
linda, belo dia,
lindo momento que esperei,
voz que desejei,
momento que passou,
momento que sonhei,
senti murmurio que se foi,
em minha memoria uma passagem,
que quis que repeti se muitas vezes,
nada mas senti então escolhi viver,
na luz que se deixou no passado,
repito o no luar,
bem quis o querer,
iludi-o o mar que espero chegar
me levar com ondas de esperança...
condizentes a vida que levei,
embora então os entre tantos
que deduzi são apenas sombras.
no tormento solitário te vejo com bons olhos,
esqueço a noite passada com gole de tua presença...
