Coleção pessoal de LorennaBotelho

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Eu costumava escrever sobre o que sentia, costumava escrever sobre tudo que me fizesse sentir apaixanada, feliz, triste, arrasada, tudo que me fazia leve e ainda mais sobre tudo que me pesava. Eu ficava remoendo um acontecimento, um sentimento e quando eu não aguentava mais, eu escrevia, mas isso foi tirado de mim.
Hoje eu não escrevo e tenho medo de ser porque talvez eu não sinta nada, não fico remoendo porque o meu "lance" agora é tanto faz. Tenho medo da frieza que meu coração está, tenho medo de daqui uns anos ser apenas eu, sozinha. Tenho medo de nunca mais escrever.
Tenho medo e é apenas por temer tanto ser vazia no futuro que hoje estou escrevendo.

Eu não sei o que aconteceu com a gente, eu precisei me esforçar esses dias para tentar lembrar porque não demos certo. Eu te amei de um jeito tão puro. Meu primeiro amor, onde foi que errei? Eu tinha tudo e agora estou sem nada.

Chorei tanto ontem, mas foi em vão, as minhas lagrimas não te impediram de partir.

Ser ou não ser: eis a questão.

Você pode está triste, chorando, magoada, brava, chateada, e até de TPM, vem aquele seu “melhor amigo” e te tira da fossa. Você passa à tarde com seu melhor amigo, assiste TV, da gargalhadas de comerciais toscos, quando da coragem fazem pipoca, e o seu dia que era pra ser o pior de todos, passa sendo um dos melhores da sua vida. Você chorava por um garoto idiota, que não merece nem mesmo o seu sorriso, e daí o seu melhor amigo que te faz sorrir você nem nota... Não nota como ele te olha, não nota como o sorriso dele é sedutor, como o cabelo bagunçado dele dá certo charme ao visual nem um pouco moderno, não nota como sem querer querendo ele trisca na sua mão, e quando seu cabelo cai sobre o rosto, ele tira. Gestos simples de amizade, sua melhor amiga poderia fazer isso, e você nem ligaria, mas a sua melhor amiga não tem hormônios masculinos implorando por um beijo seu, ela não tem um perfume tão bom quanto o que o seu amigo usa. E dias assim você vai juntando na cabeça e no coração, você ouve alguém comentar sobre: “como eles tem química,” ou “ele ta parecendo um bobo.” E você começa a notar as ações dele. E por um tempo se afasta, com medo de estragar a AMIZADE de vocês, daí os dias e as semanas passam. O seu amigo anda triste pelos cantos do colégio, vocês se falam porque o grupo do começo de ano tem sempre que continuar, vocês falam um: “oi,” quando passam um pelo o outro, você não sabe, mas o seu amigo ta machucado, magoado e triste, e não é por causa de uma garota fútil, é por sua causa. Você olha da janela do seu quarto, ele saindo da casa dele, que é do outro lado da rua. Ele olha pra direção da sua casa, mas não te vê. Abaixa a cabeça e segue sozinho. Isso te faz sentir uma culpa tão grande, você deita a cabeça no travesseiro e começa a pensa porque isso foi acontecer, era tão perfeita a amizade. Daí a sua melhor amiga te dá conselhos, e você ignora, quase um ano passou e você ainda não teve a coragem de ir lá e falar com ele. É a ultima semana de aula, e você está menos confusa, venceu aquela barreira, e decidiu, é Hoje. No dia da formatura de vocês, você vê ele com outra, de mãos dadas, e você reconhece essa outra, é a novata esquisita que você tinha medo. Eles se olham ternamente, e a inveja em você é grande. Você continua olhando pra eles, sorrisos, beijinhos, um casal quase perfeito pra você, porque quem era pra ta ali, era você e não aquela estranha. Você respira fundo e pensa: “Eu perdi, e agora foi pra sempre” e volta pra casa.

Quando você gosta de uma pessoa, e ela simplesmente te ignora, isso dói tanto, machuca, faz sangrar, mas você continua viva, continua sonhando com a pessoa, continua tentando de todas as maneiras ter essa pessoa. É ai que as pessoas a sua volta, nota que você é masoquista, que você é forte, e que você tem certo grau de burrice, por mais Nerd que você seja. Porque chega um dia em que um amigo sacode seu ombro e diz: “Meu, você gosta mesmo de sofrer!”. Daí a ficha cai, e você se pergunta, “Será que essa pessoa merece tanto esforço de você?” e você vai vendo que o seu presente, que o seu dia-a-dia vai ficando chato, a vida vai ficando sem graça, porque não importa mais tanto se a pessoa te olha ou não, isso já não machuca tanto. Daí um dia você ta sentada no chão da sala, com uma lata de brigadeiro na mão, assistindo um romance bem dramático, e sem chorar, a chuva que lá fora cai, parece que está limpando seu presente, que não é chamado mais assim por você, e sim é atendido pelo nome de PASSADO.