Texto de Conscientização
Não existe idade para recomeçar, o importante é que a mudança começou. Mesmo com cicatrizes profundas, descobri que cada etapa da recuperação, seja da fala, dos passos ou da esperança, é um recomeço. Não importa se os ossos não se curaram como antes, a coragem de tentar um passo novo, no instante exato, revela que a jornada renasce a cada esforço, sem data para terminar.
Conviver é a arte diária de lidar com pensamentos adversos. Ser humano é conviver com pessoas de opiniões diferentes. Ter empatia, respeito e amor pelo próximo. Cada ser tem uma maneira de ver as coisas e ninguém precisa concordar com a ideia do outro, basta respeitá-la. Assim como o ódio e o preconceito existentes em consciências primitivas é capaz de semear a discórdia, a harmonia se faz através das pessoas justas que procuram conviver em paz.
Houve momentos em que um abraço era tudo que eu precisava… mas ninguém estava lá. A solidão se torna um grito mudo, um vazio que aperta o peito, quando o corpo implora por calor e só recebe o frio implacável das paredes gélidas. Nessas horas, a ausência do toque se torna tortura, e o abraço que nunca veio rasga ainda mais a minha alma já despedaçada.
Talvez meu destino seja esse: ser ombro, mesmo quando eu desabo por dentro. Curar dores alheias enquanto carrego as minhas em silêncio. Ouvir choros… quando tudo o que eu queria era alguém pra ouvir o meu. Minhas lágrimas são segredos guardados, mas ainda assim… faço das minhas mãos cansadas um abrigo para quem precisa. Mesmo que o alívio… nunca venha pra mim.
Minhas dores viraram degraus… mas não me levam a lugar algum. Cada obstáculo vencido, cada movimento reencontrado, é só um fôlego breve… antes do próximo degrau, mais alto, mais cruel. É um ciclo exausto: subo… pra voltar ao mesmo ponto. Corro… sem sair do lugar. Como quem anda numa esteira… presa à própria luta.
Cansado de lutar por sonhos que nunca virão, enfrento minhas dores sabendo que a vitória é impossível. A cura plena não chega, e o peso da ausência é maior que a dor. Cada esforço esvai-se como sombra ao sol, mas ainda persisto, porque a rendição seria pagar o preço mais alto: perder a mim mesmo.
Nunca seremos o que os outros sonharam para si e tudo bem. As expectativas alheias vestem corpos que não são os nossos, e exigem normalidades que minha mente e meu corpo jamais prometeram. Cada olhar de "você devia ser assim" é só mais um lembrete de que a vida real não segue roteiros de felicidade emprestada. Aprendi a existir fora desses moldes, a valorizar quem sou, mesmo quando não correspondo ao que esperavam de mim.
Meus pensamentos são rabiscos trêmulos, letras soltas tentando conter o que não cabe em mim. Talvez ninguém os leia, mas escrevê-los já é uma forma de não desaparecer. Não busco aplausos, busco alívio. Cada fragmento no papel é uma tentativa de existir, de organizar a dor que o silêncio engole. Mesmo imperfeitos, esses pedaços de mim me lembram que ainda estou aqui, tentando.
Reconstruir-me foi o mais doloroso dos trabalhos. Após o AVC, era como montar um quebra-cabeça… sem saber se todas as peças ainda existiam. Cada palavra reaprendida, cada passo ensaiado, foi uma batalha contra a fratura da minha identidade. E essa reconstrução… não era só do corpo, mas da alma: repostar a autoimagem onde antes… só havia ruínas.
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