Texto Amigas de Verdade
Há que se respeitar o tempo das coisas!
A natureza tem tudo sublimemente organizada, e observa-la, senti-la, fazer sua leitura, é preciso!
Afinal, somos parte dessa natureza! E o tempo é só uma questão de contemplação sinergica de tudo o que nos cerca.
Já tive pressa... e caí. Sem me dar conta, meses, anos depois, estava eu lá: no mesmo ponto de queda, com a opção de fazer diferente!
Já fui paciente... e perdi. Sem me dar conta, meses, anos depois, estava eu lá: olhando pra perda e abraçando a opção de agir diferente!
Primavera, outono, inverno, verão.
Dia, noite, madrugada.
Chuva, sol, vento, frio, calor.
A natureza é o que é e não vai mudar...
Enquanto isso dentro desse ecossistema privado que temos, chamado CORPO, qual o clima? Qual a temperatura? Qual a velocidade das coisas?
Entenda que seus conhecimentos acadêmicos, sociais, empíricos ou observatórios, não se limitam apenas a área específica do aprendizado, eles devem ser aplicados a tudo na sua vida!
Sua natureza é mutável... a natureza é soberana.
Adeque-se a ela e o tempo será seu melhor amigo.
Desafie-a e condene-se ao descontentamento.
Exercite o respeito ao tempo das coisas!
Nos tornamos num produto e fizemos de nossa vida uma vitrine, onde nos agrada a apreciação alheia, mas nos apavora uma possível posse!
Tudo é comum: O de todos é meu, mas o meu não pertence a ninguém.
E me ofende o óbvio dos absurdos que eu mesmo falei, na boca de terceiros!.. porque minha liberdade é sagrada em detrimento da liberdade alheia!
E, curiosamente, sou parte dessa loucura toda!
Preciso reciclar-me, antes de perder-me e ser só mais um na multidão!
Sou daquele tipo de cara que acredita!
Vou acreditar até a morte que os melhores dias da minha vida estão por vir.
Vou acreditar que há muito amor verdadeiro resistindo por aí.
Apesar das fofocas, das mentiras, das invejas, das invenções de mentes criativas e más... eu vou sempre ACREDITAR EM MIM.
Porque só Deus e eu sabemos das lágrimas derramadas, das dores sentidas, das perdas e dos lutos vividos.
Só Deus e eu sabemos das cicatrizes ocultas nesse emaranhado de sorrisos frouxos e livres que oferto todos os dias!
Por isso escolhi não me defender e deixar partir a todos que assim quiseram, por não quererem ouvir, por me medirem segundo seus conceitos ou rasuras, ou simplesmente porque assim tinha que ser.
A poesia nasce do vácuo, do limbo, do deserto... do momento de oxigenação das experiências, e assim vou escrevendo.
Porque acredito! Acredito na eternidade da luz, no caminho do vento, na sinceridade da dor, na mentira da imaginação. Acredito no último suspiro.
Queria acreditar mais, todavia sou pequeno face ao que penso e vivo!
E isso me faz eterno e suavemente feliz.
Esse acreditar a mim pertence. É meu... sem financiamento alheio ou dependência. Sem hipocrisia!
E quando eu morrer... não duvide...
Vou acreditar que o jazigo ainda não é o fim.
Pois a crença do acreditar não morre na morte de quem vive sem a culpa de ter sido apenas o que nasceu pra ser: H.U.M.A.N.O.
MAR DE EMOÇÕES – O medo
Tire as sandálias dos pés, ponha-os na areia e caminhe lentamente em direção as águas, atentando ao leve vento que toca tua pele e acaricia teus cabelos.
Respire o cheio do mar... o mar!
Sabe, o mar nunca vem só, ele é um conjunto de coisas!
O mar é a única coisa no mundo que reflete com exatidão o sorriso do céu e colhe com amplitude as lágrimas das nuvens.
O mar é o espelho de Deus! Mar é poesia!
... não te atenhas, segue andando...
Logo estarás à beira da praia e as ondas saudar-te-ão.
Então molharás teus pés... e o frescor da água do mar já não te será estranho.
... enfim...
Logo estarás nele envolvida, mergulhando, abraçando-o incansavelmente ... sereis um só!
Porque o mar é um conjunto de coisas...
E ele jamais será mar, se uma dessas coisas, não for VOCÊ!
Abrirei portas
Cruzarei fronteiras
Atravessarei desertos
Subirei montanhas.
Me perderei na ida
Me acharei na volta
Viajarei...
Mas se porventura não voltar
Onde quer que esteja
Ali será meu lugar.
O lugar onde jaz minha história
Meu caminho, meu livro, meu lar.
E tu serás convidado a entrar
Para se perder e se achar...
Lá nos encontraremos
E jamais haverá fim, pois
Somos os leitores da vida que alguém escreveu!
independente das dores
seguimos sendo atores
nesse teatro de ilusões
em busca de verdadeiros amores
quem me dera se pelo menos hoje
eu tivesse a certeza
de algo real igual a tristeza
ou o efeito entorpecente da cerveja
eu e tu
nu e cru
seres autênticos e originais
vivendo na selva
iguais animais
aí vem uma pergunta na minha mente
será que realmente esse lugar nos pertence?
já nem sei mais
e já é meio tarde pra voltar atrás
me vejo em delírios frequentes
neurônios fritando em frequências diferentes
da gente que se diz normal
mas me diz aí
o que é normal?
eu realmente não sei
afinal, isso é real?
esse livro a gente começa a escrever
já sabendo do final
Me fiz de brinquedo
Me deixei brincar
Quebrado fui
E me deixei perder
Me deixei, deixar.
Me fiz de inteiro
Me deixei quebrar
Quebra-cabeças sou
Ninguém ousa jogar
Ninguém ousa, ousar
Me fiz de enigma
Me tentei decifrar
Brinquedo é coisa séria
Hoje o brinquedo sou eu
Sua vez vai chegar...
Quem seduz a todos perde o brilho, morre o encanto, prostra-se na escuridão!
Mas o segredo atiça a cobiça dos reis que dominam a terra!
Lapída tua vida em silêncio, dê brilho a tua alma e espera: O que é teu virá com a intensidade do sol e o acariciar da lua, e então serás por Ele exaltada!
TUA HISTÓRIA:
Havia perdido tudo: O trabalho, os bens, esposa! Sentado em um banco de madeira na praça central, recolhia caroços de milho com os quais distraía os pombos que o cercavam. Sentia-se velho, cansado e sem raízes e sua tristeza era tão invólucra que sua alma já entoava melodias fúnebres a um corpo que teimava em não morrer! Não era doença e sim tristeza!
Ao pôr do sol, como que em visão, a contra-luz, lhe apareceu um forasteiro. Homem simples, de pés no chão, cabelos brancos, sorriso reluzente e mãos estendidas que, fitando-o copiosamente, lhe disse: Descalça-te amigo; pisa o pó! Vede que dele vieste e certamente a ele retornarás. Quando assim for, não mais o pisarás... serás por ele pisado e nem esperança terás. Agora levanta-te! Toma este livro!
O livro era único: Capa de couro, folhas brancas com bordas de ouro! Em sua fronte havia um espelho de grande reflexo e luz. Suas páginas iniciais eram novas e finas, as do meio eram grossas e viçosas e as do fim eram já escuras, velhas e frágeis. O homem ao abri-lo observou que nada havia sido nele escrito. Não possuia conteúdo! E perguntou-lhe: Que proveito há num livro sem histórias, letras, principio ou fim?
Ao que o forasteiro lhe respondeu: Vede que vivo estás! Não te dou histórias, mas a chance de escrevê-las com tuas proprias mãos. Ergue-te do pó e faça sua história. Nele escreva nomes de pessoas que deverás escolher! Pondere em suas decisões e cuide para que outros não escrevam no livro que é teu! Perdoe e doe! Aprenda sempre e não se prenda nunca ao que te faz sofrer. Ame sem razão, chore, sorria, cante, trabalhe com entusiasmo e lembra-te do teu criador. Porém cuidado com tudo que escreveres... não sejais demasiado detalhista e ocupa-te em ser bom, pois as paginas mudarão sua consistência assim como tuas forças, e no fim do livro, já velho e frágil nada poderás mudar e a de haver espaço para que agradeças a Deus! E cuida-te pois ao fechar do livro... a única imagem que terás é do pó que hoje pisas! Se procederes bem certamente serás lembrado!
Prateleira cheia de livros de bela capa e ausência de pesquisa! Quais os seus critérios de "leitura" humana?
Não sei se sinto pena de quem apenas julga "livros pela capa" ou os livros, que não se abrem e só expõem a beleza superficial que tem!
Pensa que ganhar o coração das pessoas é tão fácil quanto "obter" likes? Tem que saber ler, se abrir, cuidar, esperar e respeitar as dualidades da vida.
Se não sabe, aprenda, senão acabará ali, jogado, preenchendo prateleiras alheias, empoeiradas e sem ninguém que o leia! Mais que solidão... isso se chama exílio!
O menino e o viajante
O amor sai por aí batendo de porta em porta, até que uma se abre e nela faz morada!
O menino se questiona porque tantas portas jamais se abrem, ao que o viajante diz: "Raros são os que interpretam os sinais do amor! O amor assusta, pesa, sufoca e cansa quem a ele não conhece. Para ele o amor é uma ameaça!
Todavia ao que espera, guarda e confia, o amor é como mar calmo, vento suave, brisa da manhã... seu coração já o aguarda com alegria!"
Põe em ordem tua casa e espera! Breve reconhecerás seu leve toque e não hesitarás em aconchegar em ti o tão bendito amor. Entenderás enfim que ele chegou pra ficar... na hora certa!
Quando nos amamos de verdade, permitimos sentir a vida aflorar em nosso templo, nossa alma!
Deixamos de lado conceitos sem fundamentos e passamos a nos compreender melhor.
Projetamos mais amor aos que nos amam e sentir quem realmente nos deseja ao seu lado, com amor verdadeiro, sem interesses supérfluos e banais.
Nosso carma fica mais leve, sublime e assim,ficamos mais tranquilos e felizes.
Poema
Segues adentrando em estradas não trilhadas.
Andarilho errante, buscador das verdades reveladas.
Sem olvidar dos saberes
que a ti foram destinados,
vais deixando boas marcas
de histórias por ti vivenciadas,
como legados.
Confias na Providência Divina
que a Seu tempo, a ti tudo revela,
ciente de teu triunfo sem querela.
Vais seguindo adiante com destemor e vigor, pois a ti foi destinado o verdadeiro amor do Criador.
Por esta desdita, a ti mesmo, passe a amar como filho pródigo à casa do Pai retornar.
Dom Sucesso
Olá pessoal, eu sou “humildemente”, Dom Sucesso,
venho diretamente do meu reinado, o Best-Seller
"O Sucesso A Cada Segundo", venho do nada,
do tudo, Leste, Oeste, Sul, Velho Engenho.
do agreste Nordeste, sou muito sortudo.
Apresento-me com amor, porém,
não posso disfarçar meu valor,
aliás: Amor muito Profundo,
mas, por não querer ser
o melhor desse velho
mundo não consigo
enganar o leitor.
“Humildemente”; porque dependo
apenas do desejo de felicidade
de cada ser humano de verdade.
bem por isso minha tese defendo,
pois, dependo só de sua vontade.
Sou também o imperador invisível do mundo,
já que meus súditos correm sofregamente
ao meu encalço. Sou etéreo e exerço
influência profunda na mente crente.
então rezo meu ecumênico terço.
à personalidade de meus súditos,
pode ser o presidente de um país
de primeiro mundo, ou país infeliz,
sobre a humilde criatura humana.
“À camaleão hermafrodita”, sou a própria
felicidade! Habito o coração do ser humano
que se encontre no estado de graça. Ratifico:
Estou no coração alegre, não importando a condição
social de cada um. Portanto, sou de fácil acesso.
Ora sou mais, ora menos, ora sou parte,
ora sou sorte, ora sou pleno,
Sou Dom Sucesso
filho de Dom
Amor
mor.
Uma singela exortação:
Não há sucesso sem
o verdadeiro amor.
O resto é balela!
Do livro Dom Sucesso Digital
jbcampos
Realidade
A realidade é a matéria dos pensamentos e sentimentos, a parte física e palpável daquilo que é sútil. Tudo existe; as possibilidades as quais podemos nos adequar, fluir, ou melhor, sintonizar; estão ao alcance do pensamento, se você consegue imaginar, consegue atrair, no entanto, aquilo que você atrai não é seu até que tomes posse da realidade que se adequou ou a situação que sintonizou, e para isso é necessário ousadia, desapego e verdade.
quando o sino
dobra o destino
você
pode
ser e se
ver aos moldes angelicais
divinos ao badalar de vários sinos,
quiçá, sentir o revoar de anjos advindos
voando sobre os cais de canais divinos
de lugares lindos, vendo-se bom menino.
quem sabe se: bela donzela. porém,
jamais seja, mais um cretino. foi você
que fez o seu próprio destino. plantou
amora e não vai colher pepino agora.
preste atenção para não se ver valdevinos.
não gosta de se imaginar na peleja, tampouco,
sequer que assim seja. porém, esta vida também se
presta ao além de mais uma festa pela fresta da mais
gloriosa e universal seresta. uns despistam a vida com
igrejas, outros a regam com cervejas, há os que disputam-
na com força maluca e bruta. há os fracos desistentes da luta.
existem os barbitúricos com sabores de frutas, embora, sejam
sulfúricos como cicuta. não vai dar uma de Sócrates, à biruta.
também há trutas a pescarem suas trutas. dizem que há gente
inteligente também as malucas. não vá agora, por isso também,
fundir sua cuca. seja como for: “Viver não é flor que se cheire”.
porém, o forte resiste a vida até à morte e com pouco de sorte
se esforce no equilíbrio do dom do amor o qual também advém
do além. muito além do Sul ou do Norte. porém, a vida ainda é
matizada à cor esmaecida, no laboratório do amor o qual lhe dá
vida colorida. você é o grande mistério, realmente um caso sério
deste nosso hemisfério. mas sua luta e desespero será verdadeiro
tempero da evolução, sem exagero. faça da luta seu entretenimento.
e se você não gostou dessa frase, sinto muito, ao lhe falar de lamento.
pode acreditar, não estou a esperar agradecimento, pois, tenho missão
a completar meu irmão, qualquer escrevente escreve o que lhe vem à mente.
é a prazerosa missão a qual deve se cumprir graciosamente, sorridente-contente.
é uma questão de expressão, na realidade é a Musa que usa a privacidade da mente
do missioneiro-escrevente.
porém, espero
que lhe passe
essa fase de
lastimável
tormento,
lamento.
jbcampos
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (Jo 1:1).
Verbo é palavra, ou seja, no princípio era a palavra, e a palavra estava com Deus; logo, a palavra era Deus.
A Bíblia não só fala de Deus e de histórias sobre ele, mas, na verdade, é como se Deus estivesse falando conosco diretamente. Desde que começamos a meditar nela, começamos a ver a vida de uma maneira diferente.
Às vezes, pensamos que as tradições nos mantêm fiéis à palavra de Deus, enquanto o que a palavra faz de melhor é justamente nos libertar das imposições desse mundo.
É exatamente por isso que falsos profetas não querem que as pessoas leiam a Bíblia, porque, se elas lerem a Bíblia, elas conhecerão a verdade, e, se elas conhecerem a verdade, elas vão se libertar do seu domínio. [Jo 8:32]
Eles querem calar a vida em nome da morte. Eles querem calar a palavra de Deus, mas não vão conseguir. Não vão! Sabe por quê? Porque não se cala Deus.
www.monicacampello.com.br
Chico
Você já ouviu falar do Chico?
Sua elevação é tamanha quanto
à manhã da esperança-fé à candura
de santa criatura divina ao cumprir bela
e amorável aliança-sina. “Chico” por amor
esculachado, e por respeito de inocente
escracho. Cândido pela candura santa
de muitas reencarnações passadas,
perdão pelo cacófato sagrado.
por nações desta terra
onde o valor se encerra.
Xavier pela disposição
humilde, confundida
com avexamento fino.
de tudo o que ante vier ao
bom coração do irmão menino,
neste momento o escrevente é
esculachado por ser achado fora
do razoável, pois, jamais existirá
o irmão menor, não deste lado
onde reside agora o Chico
de outrora, porém, sempre
presente agora advindo
de além-memória,
O Chico não
está gostando
de tamanha adulação,
porém, tem enorme coração
pra entender a fraqueza dum irmão
beleza, em autocomiseração fraqueza
ao pensar estar psicografando no
ufanismo de santa realeza.
Ou não?
Coisa de mero mortal.
jbcampos
Sabe aquele homem que a vida te apresentou? Aquele que estuda, gosta de trabalhar, ama o que faz, é inteligente, bonito, não bebe, não fuma, um guerreiro que quer vencer na vida mais e mais, cheio de planos e não te deixa em segundo plano. Aquele cara cheio de luz!
Que pensa em você, te chama, te dá atenção, te fala coisas bonitas, te faz sorrir, que pega na sua mão, te faz carinho, te manda memes, te marca nas publicações, está atento a você, é fiel, picante, te pega com vontade, te leva pro cinema, cuida de você e se preocupa com você. Sabe esse HOMEM? Ele vai edificar tua vida! Um homem que dá orgulho! Cuida e valoriza esse homem, pois um ser assim é muito mais do que podemos distinguir com palavras!
Piscar d’olhos
Há muito tempo por aqui apareci olhando
montanhas, sanhaços, pintassilgos, beija-flores
beijando bem-te-vis, despencando de penhascos
gorjeando louvores. A pradaria murmurando
o vergel-lilás de suas flores. Era o lugar
que sonhava para os meus amores.
Então nada mais me faltava.
E foi ali que escolhi. O meu
alvorecer era em cores,
a chuva me iluminava,
o sol me inspirava
ao destilar de
deliciosos
licores.
No conforto informal, no
desejo de mais um mortal.
No crepuscular das tardes
de magia, embriagado ao tom
do doirado som a acariciar meus
ouvidos, qual a todos os lados naqueles
dias a mim consagrados. Tudo e a todos tingia.
Nesse mel de melaço, no mais puro regaço que no
profundo minh’alma regava, e me fundia em alegria.
Foram belos os meus dias os quais minha mente
arejava. À rede me embalavam as noites calmas,
meus pensamentos voavam em nuvens alvas.
O meu espírito se projetava além de coisas
humanas. Nas longas tardes de frescor-
rupestre dos fins de semana,
”muito além de Trapobana”,
aliás, estava pra lá de “Pasárgada,
onde eu era amigo do rei” e assim,
muitas vezes, pensei: “Jamais escolherei
qualquer mulher, pois, muito além dessa eu já
tinha, mesmo sendo amigo do rei”, com certeza
de tanta beleza, e convicto de que não a merecia,
por isso foi que não errei! Foi aí que compreendi:
sou um privilegiado e o meu lar construí dependurado
no topo de um monte encantado, porém, alicerçado com
cascalho dali. Belos e floridos jardins, com melífluo odor
de jasmim. Em cima do vale, com minha visão deslumbrada.
Minha família; presença marcada. Parece ter sido ontem.
O tempo passou ligeiro e neste comboio fui passageiro.
Meus filhos se casaram, meus netos se foram...
A minha companheira de tantos janeiros a
partir foi à derradeira, mas partiu pra va ler,
enfim, o meu coração se partiu por inteiro.
Restou-me a oração, pássaros e a canção
do meu velho travesseiro enfronhado de
emoção. Confessor e confessionário
esplêndido cenário passo o tempo
a escrever com alegria e prazer,
como se fora mais um otário
teimando em reviver. Não sou hipócrita
em meus apócrifos. E não quero me enganar.
Aprendi a ver a vida em sua plenitude, encaneci
com saúde e não posso reclamar. Partida é partida.
A existência é efêmera e, nem posso chorar.
Chegamos-voltando à frente de câmeras
registrando os relatos, de fato; relatando
os fatos. Alcovitamos em nossas câmaras,
regurgitamos desagravos ao nosso Criador
Pai. Melhor nos fora juntar os favos da gloriosa
e eterna Paz, do que os trapos que o mal sempre
nos traz. Caro irmão-leitor pense como for, mas,
por favor, não tenha pudor dessa falsa dor com pavor.
Nem seja acre, do seu coração tire o lacre, e no amor
seja craque sem o menor palor. É a realidade da vida, flor
em botão qual murcha dando-nos o seu tom chamando-nos
à atenção. Qual à bucha, com água e sabão, no banho é algo
estranho, verdadeiro estrebucho no antigo corpo de um bruxo.
Às vezes velho-tacanho aos olhos de estranho. Pode ser, mas não
é se ele sabe o que a vida é! Pois, fez-se amigo de tudo e
até da boa solidão, na realidade é sortudo, meu caro-querido
irmão, ele enxerga até pelo pé sendo provecto ancião. Solidão
pode ser desespero ou tempero de se encontrar com o “Eu”
por inteiro. “As aparências enganam”. A solidão pode ser uma
ótima companheira. Essa amiga vem para burilar a nossa alma
dando-nos a condição de vencermos a nós mesmos, já que o
nosso maior inimigo está no interior do nosso coração o qual
deve ser cinzelado com o amor da mansidão no universo dessa
eterna imensidão. Na realidade o meu coração mora nos universos
dos universos juntamente com o seu.
Esta historieta faz parte da vida deste modesto amanuense...
Muita paz e amor à sua pseudossolidão.
jbcampos
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