Temerei pela minha Espécie
Devo morder minha língua ante a estupidez triunfante? Que espécie de verdade morreria de vergonha por ferir almas raquíticas? Não! Se vossas almas se esfacelam ao toque da verdade, não é minha língua que deve sangrar — são vossas certezas que merecem apodrecer!
Não somos uma espécie adaptada ao sucesso, mas sim ao sofrimento.
DOAÇÃO
A pior espécie humana é aquela que decidiu viver exclusivamente para si mesma, esquecendo que a verdadeira riqueza está nas conexões e no impacto que deixamos nos outros.
Minha visão é pessimista em relação à minha espécie, o ser humano, que não evoluiu em nada. Nossa espécie se isolou.
Todos nós já sonhamos alguma vez na vida, né? Agora vou contar a história de uma espécie diferente de seres que habitam nas mais sóbrias vielas da cidade, onde a luz do sol penetra de uma forma diferente. Sonhadores — eles se intitulam sonhadores.
Esse nosso herói vive muito no mundo dos sonhos, sabe? Como se a realidade fosse cruel demais com tudo que ele já foi ou tentou ser. Não direi que esse nosso herói viveu muito, pois não há nada em sua vivência que nos prenda. Ele é comum: bate seu cartão às 08:00, sai para o almoço e volta pra casa às 18:00. Nada além disso. Mas ele tem uma imaginação fértil, que trabalha incansavelmente criando fantasias para não se chocar com a realidade cruel e solitária.
Em seus devaneios mais duros, passando por ruas ou até mesmo no ônibus, há sempre aquela mulher — a mulher de sua vida — com quem ele nunca trocou uma só palavra, nem ao menos um “bom dia”. Mas em sua mente, eles vivem um conto lindo e fantasioso, onde tudo é perfeito e nada pode tirar essa perfeição. Ele criou isso da forma mais literal possível: com um castelo todo iluminado e um jardim florido, onde ele a segura nos braços e os dois sorriem um para o outro como se tudo fosse perfeito. Sem problemas, sem separações.
Mas, por ventura, esses devaneios de alegria sempre acabam. E a solidão volta.
Pense: estar sozinho não é estar só. Mas não conseguir estar junto — a realidade não se encontrar diante da vida — isso é estar sozinho.
Nosso herói é dessa forma: frio, solitário, pálido e apagado.
Mas quando sonha… ah, sim, aí há vida. Mesmo que seja irreal, ainda é vida.
Aos olhos dele, isso parece ser mágico.
Imagine Platão e seu mundo das sombras, onde sempre tentamos sair em direção à luz e descobrir o que é real.
Com o nosso herói é o contrário: ele prefere o mundo ideal que criou em sua mente — mesmo que tudo acabe com uma voz mais alta o chamando, ou um neném chorando.
Camus já diria que essa forma de viver é um absurdo. E nada é mais contemplador do que entender que a vida é somente a vida — e nada mais. Nada especial. Nada de nada. Só a vida mesmo.
E isso é duro de aceitar.
Mas, para o nosso herói, ele sonha — e deseja continuar sonhando.
Pois ali é onde tudo faz sentido. Onde tudo é calor. Onde há felicidade, mesmo que por algumas horas, até voltar à realidade.
Ser "nerd", no Brasil, é ser a segunda espécie mais discriminada entre adolescentes. A primeira é constituída pelos negros e a terceira pelos homossexuais, o que mostra o imenso grau de burrice e de mau caratismo de muitos jovens.
A arte da filosofia mexe com o ser, a arte de pensar vem da espécie, que busca organizar-se por dentro, e transformar-se por fora - verdadeira metamorfose.
Máquina
Às vezes a vida parece
Uma espécie de máquina agressiva
Uma máquina livre
Feito um pássaro
Cria asas, voa alto.
Perde-se
Deixando mágoas
Em formas de cachoeiras:
Bate e rebate
Nos seixos
Desmancham-nos,
Aos poucos diminuem,
Os torna um ser pequeno
E aos poucos se sentem pisoteados.
Porém, não bem somos
Uma máquina
Mas somos um ser
Capaz de se aperfeiçoar.
“Zerando o cronômetro para dar partida em novas aventuras, sem amarras de espécie alguma, sem peso, sem culpa, buscando viver incondicionalmente essa vidinha efêmera, passageira, mas deliciosa de se viver”
A cosmologia está entre os assuntos mais antigos que cativam nossa espécie. E não é de admirar. Somos contadores de histórias, e o que poderia ser mais grandioso do que a história da criação?
Somos a única espécie que aprendeu a domesticar os sentimentos bons. E, talvez isso seja o maior retrocesso da humanidade.
Se livre estiverdes das influências de qualquer espécie, e, se sábio em temperança souber aguardar sua própria maturação, poderá comungar dos exemplos, pela dádiva da perfeição, em sábia comparação de experiências, não tocando na estrutura de nenhuma, com o pincelar de má interpretação.
Essa mania de reparar nos erros!
O quê deveria ser reparar os erros, vira uma espécie de apontamento.
Acho que errei aqui! Não, não, foi essa palavrinha aqui, talvez se não tivesse agido assim...
Do que adianta ficar procurando, apontando?
Se na verdade o erro que nos faz ver quantos outros acertos tivemos.
Então os assuma, confesse, não de uma forma religiosa, mas com a coragem de dizer eu errei. Assim todo erro se transforma em acerto.
Dizem que os olhos são uma espécie de janela para a alma. O que está por trás da minha? Amor, ódio, medo, alegria, tristeza, morte... Vida! Tudo isso em um piscar de olhos!
Era uma espécie de bomba relógio. Eu não sabia o que vinha, não sabia no que ia dar, eu só desejava incansavelmente que desse certo.
No fundo, vivemos em uma sociedade onde existe uma espécie de combate entre o mundo público das leis universais e do mercado; e o universo privado da família, dos compadres, parentes e amigos.
“A intransigência, a ignorância é uma espécie de muralha que impede a chegada aos céus.”
Giovane Silva Santos
AINDA SOMOS HUMANOS?
Como podemos ser tão iguais, mesma espécie na natureza,
mesma raça humana, mesmo planeta e tão diferentes?
Somos até “parecidos” com os da mesma cor, religião, posição social, porém, apesar da ciência provar, somos diferentes. Somos “parecidos” com aqueles que dividem o nosso mesmo espaço, mesmo pais, mesma família, mesmo lar, porém bem diferentes, no íntimo, até de um próprio irmão gêmeo. Sempre existirão as raridades que se identificam, adaptam-se, habituam-se, acostumam-se, ajustam-se e até se atraem, porém a tal igualdade nunca será plena. Quando mais acreditamos estar sendo simpáticos e até demonstrando algum sinal de cultura a ser valorizado, na realidade estamos sendo alvo de motivos de críticas, inveja, e até expostos ao ridículo. Quanto mais nos esforçamos para agradar, ou discernir, isto jamais será entendido a todos como uma unanimidade. È a partir deste preceito que acabo por entender, que tal situação, além de muito mais complexa do que poderíamos imaginar, ainda é perigosa, pois nos faz chegar a uma certeza. Se tudo neste mundo deixar de ser aquilo que teríamos que aceitar como possível, plausível, viável e até lógico, os antônimos serão reforçados e também passarão a ter posição de destaques, como o mais certo a se pensar e realizar. Ou seja, se tudo pode-se mudar e passar a ser possível, até nossas diferenças mais básicas, aí nada mais será impossível.
Neste dilema até onde poderiam evoluir estas características nas pessoas em seus relacionamentos, já, conturbados? Parece que realmente perdemos nossa identidade, baseada no antigo conjunto humanitário, transformando-nos em um mini universo particular, onde cada um de nós evoluirá apenas para seus próprios valores adquiridos, e suas conclusões.
(teorilang)
