Tédio

Bem melhores são os trabalhos com que não nos entediamos, em que a variedade se junta à gravidade, porque a quebra da rotina restaura o ânimo.

Saí da lama do jundia, venci a fome, a dor a violência, o analfabetismo, a solidão, briguei com marginais, políticos (pleonasmo), discuti com colegas, professores, conheci artistas, atores, jornalistas, apresentadores etc. Cheguei perto do que significa na modernidade "vencer na vida" e cheguei a conclusão de que: A VIDA BURGUESA É O TÉDIO, A SOLIDÃO, O ANALFABETISMO, A DOR, A VIOLÊNCIA, MAQUIADA POR MAGINAIS, POLÍTICOS (PLEONASMO) ETC. E FOME TAMBÉM, PORQUE SE PAGA CARO POR POUCA COMIDA SEM GOSTO, MAS PRA QUEM AGUENTA PESSOAS SEM SAL A VIDA INTEIRA....

Oi insônia? Chegastes? Aposto que deves ter perturbado o sono dos outros até agora, e veio com toda sua delicadeza dar o ar de sua graça aqui não é mesmo? Cínica!

É assim, um pouco disso e um pouco daquilo e voltamos para o eixo. É bom lembrar que as vezes o mundo precisa parar de girar, e mesmo que naquele momento breve e vertiginoso nos sintamos perdidos, é aquele momento e apenas ele que pode por vezes nos devolver a paz. E nos tirar do tédio e da agonia de horas insípidas, de memórias de gosto amargo. Todo mundo uma hora ou outra precisa ser resgatado, a sorte é de quem tem alguém que o resgate e a quem resgatar.

⁠E vou levando essa vida entediante, de forma entediante. Não sentindo nem felicidade nem tristeza, apenas tédio
Sem forças, e sem vontade para fazer nada
Essa é a vida que levo

⁠A espera por esperar é tediosa!

⁠Imenso e fundo...
Desta meia vida...
Olhando o mundo...

Não põe fé...
Ao que observa e recolhe...
Em busca do que sonha...
Ou no que pensa que é...

Nu...
Sem cárcere e sem véu...
Em que tudo é força e calma...
Por obra da misericórdia...
Agarra-se a Deus...

Vida...
Em pedaços repartida...
Entre chegadas e partidas...
As saudades abrem as feridas...

Amarras...
Loucuras...
Perto ou distante...
Reconhece e inventa...
Nas palavras que diz...
Sua ventura...

Onde é que dói este ferimento mortal?
Passa perto...
Passa longe...
Entre o bem e também o mal...

A luta é apenas uma espécie de regresso...
Um sopro...
Um alento...

A terra que não muda...
Dá a vida e devora...
Apenas segue...
Entre as perdidas horas...

E de súbito...

Na rua que segue, tropeça...
Ri da noite embebecido...
Afinal o ocorrido...
É apenas mais um tropeço...
Dos sonhos e enganos...
Do menino desconhecido...

Vê...
Que aida há pouco...
O vento limpara o céu anoitecido...
E assim no tempo de não sei quando...
Às estrelas confessa o teu tédio...
De ver o longe tão perto...
E não achar-se reconhecido...

É só um vagar...
Entre uma lágrima...
E um sorriso...

Sandro Paschoal Nogueira

⁠A grande maioria das pessoas não sabe como se distrair nem como descansar. Quando tem tempo, se entedia.

⁠Há silêncios que estão tão altos que necessitamos gritar para diminuí-los.

As vezes, esperar de mais algo de bom;
Pode acabar não acontecendo;
Mas nao desista, e siga em frente;
Para aos poucos de tédio você não ir morrendo!

⁠Pedido na dualidade
Da dura realidade
De ver as flores
Mudar seus sentimentos
Tão rápido quanto o que penso
O amor mora em qualquer lugar, até na dor faz morada se você fizer dele sua casa
Se uma flor no seu auge
Nos passa a imagem de belo e amor
Mas tudo é uma construção
Mas o amor representado por uma flor murchar
Quem sabe um coração seco que não teve mais uma chuva de águas harmônicas

Aquela flor afogada nas águas
Está banhada por mágoas
Precisa se trocar as águas

´´Destempero´´
Sinto ausência do tempero,
um desgosto estranho,
um desespero.
Gosto do sabor
da discussão,
do amor cheirando a pão.
Gosto do falar,
do ouvir e
pensar.
Tempero na alma é gostoso,
deixa o amor saboroso.
(Gabriel Marques)

⁠A SEMANA

Logo depois do domingo,
vem a tal segunda-feira,
cansativa, lenta, chata,
quase igual à terça-feira.
Se eu pudesse, dava finta
na quarta pra ir pra quinta,
já pertinho da sexta-feira.

Dia tedioso é quando inexiste cicatriz do novo

Nem tristes nem felizes, nem amados nem desamados. Nem ricos nem pobres, nem vazios nem plenos. Mornos, como sempre.

⁠Expresse suas emoções fazendo alguma coisa que goste.

O meu ódio emite um peso no meu tronco, que chega a estalar um pouco a minha coluna.
A pior parte disso é que sinto-me sujo e coberto de maldade.

Eu literalmente vi a silhueta do capeta passando pela cortina da minha janela.

Já não sinto mais o mesmo prazer que sentia antes. Creio que houve uma alteração significativa de dopamina no meu cérebro com o decorrer do tempo.

Porque mesmo percorrendo o caminho correto, ainda não me sinto como alguém de valor?