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Há caminhos que trilhamos e outros nos fazem trilhar, desgostos que recebemos e tantos ainda por aceitar.
Alguns pegam atalhos tentando o caminho encurtar e perdem a liberdade de também poder voar.
E se o ouro fosse de fato tesouro poderíamos carregar para qualquer lugar. Mas, nessa travessia só o eterno tem o poder de cativar e nos curar.
Não há privilégio maior que a própria cruz carregar. E como dizia um certo pensador: “há pontes que somente nós podemos atravessar”
Só se alcança porções de alegria depois de muito se lamentar. E as lágrimas de súplicas vão se tornando rios tão cheios que nos carregam ao rumo que devemos chegar. Saberá uma estrada de terra batida, com um solo ainda por semear.
As facilidades não são pontes, são cadeias, e esses desvios atrofiam a capacidade de voar, enquanto humanos estamos prontos a suplantar!
E é na angustia do caminho sem ouro e com espinhos que a felicidade vem nos encontrar, no descuido de nós mesmos e nos pequenos intervalos esse silêncio vem sentenciar: o viver para sentir, tamanha liberdade de voar, a infinitude como norte norteia o que trilhar, enquanto for ausente o caminho, há uma felicidade em procurar...
Katiana Santiago
"Tragédia não é quando o homem morre, mas aquilo que morre dentro de um homem, enquanto ainda está vivo."
As pessoas pensam na partida aquilo que importava na travessia.
Já dizia Guimarães: "O importante não é a chegada nem a partida, e sim, a travessia."
A vida é curta, por tanto não confunda, prazer é diferente de felicidade, pois algumas coisas são justamente preciosas porque não duram. E quando eu for e você também irá, o que fez sera aquilo que deixará, e você sera aquilo que fez. "A única coisa que você leva da vida, é a vida que você leva".
O deserto não é de travessia tão difícil, desde que se esteja plenamente consigo mesmo e que se saiba exatamente o que se deve, pode e quer extrair dele.
Quando a travessia é dura e os caminhos difíceis, chega o momento de por nos braços de Deus a caminhada. Somente derrotaremos as coisas invencíveis se tivermos mais fé, mais confiança, mais esperança. Tudo conquistaremos se usarmos a força que vem daquele que nos fortalece. Acredite, sem duvida alguma, que combateremos o bom combate e conseguiremos o que muitos chamam de impossível. Quando o mar vermelho chegar à sua frente, creia, vá e vença!
Se por acaso você está num momento de transição e seus objetivos ainda não se concretizaram, mantenha-se firme e siga adiante.
Toda transição nada mais é do que um atravessar de ponte, uma pequena jornada e como tal estejamos atentos para aproveitar da melhor forma o caminho e assim logo a travessia acabará, pois como etapa que é teve início, tem meio e terá um fim...
Perca o medo da travessia.
Quando chegarmos ao fim do túnel, certamente estaremos em um novo formato.Estaremos mais forte e na melhor versão de nós.
Há pessoas que querem chegar do outro lado sem atravessar a ponte. Não se pode simplesmente dar um salto e chegar lá. Muitas vezes o espaço é largo, é preciso cautela. É preciso fazer a travessia. Se quer a solução, lembre-se que há um trabalho de busca antes.
No Mar da Vida ...
Não existe chegada
Apenas a travessia
O sábio sabe disso
Por isso na paz se delicia.
Para atravessarmos abismos, não podemos ter medo de andar sobre pontes suspensas, para oportunidades e relacionamentos é preciso andar pra frente e usar da sabedoria que provém de Deus. Não esite, ore e siga.
No início, fazer a nossa própria travessia – quando não existe ponte e se vai perdendo a costa de vista a cada braçada de avanço pelo mar aberto – é significativamente doloroso. Depois, como que por pura magia, a alma invade-se de paz e o coração dispara tranquilo, porque percebemos, em cada sorriso que aflora depois de cada lágrima engolida, que tudo o que está dentro de nós é o que é verdadeiro.
Atraves(sendo)
Como todo bom viajante, eu comecei sonhando. Alimentando a cada dia o desejo de me aventurar. Buscando a coragem em cada história que pudesse me dizer: "sim, vai valer a pena!". Eu tentava me explicar o porquê dessa ânsia de viajar. Pra longe. Pra fora da zona de conforto.
Um dos -muitos- filmes que eu assisti inúmeras vezes foi "Comer, Rezar, Amar". Dentre os vários aprendizados que Liz Gilbert assimilou ao longo de sua jornada, um me marcou bastante. Ele diz respeito à filosofia que ela adotou diante das pessoas que encontrou e dos lugares por onde passou. O trecho é grande (e pode ser encontrada ao final do texto), mas pode ser resumido em se jogar de coração na jornada da vida e aceitar cada pessoa que atravessa sua vida como um professor.
Na minha tradução livre, uso o verbo atravessar porque essas pessoas passarão, deixarão uma marca, mas não necessariamente permanecerão; falo em travessia, porque é o que, na minha opinião, fazemos ao viver, ao viajar, ao superar nossos próprios medos. Atravessamos. Atravessamos para algo além. Vivemos através. Através, sendo. (Atraves)sEndo. Atravessando...
Ao longo da minha travessia, tomei para mim a lição de Liz: aceitar cada pessoa como um ensinamento. Qual lição essa pessoa me traz? O que posso aprender com isso? Aceitei cada revés como um aprendizado; e cada pessoa como um desafio...pra mim mesma. Se no começo isso serviu para aceitar tudo o que a mim viesse; agora, no final, isso me ajuda a entender por onde eu caminhei para chegar até aqui. O aqui tido como a filosofia e as crenças que tenho hoje.
Comecei fazendo uma lista das pessoas que encontrei ao longo desse ano. Suas histórias incríveis... (Ainda consigo imaginar meu sorriso no rosto e o brilho nos olhos ao ouvir cada uma delas.) Pessoas que me faziam ver que, sim, eu estava me aventurando; mas, sim, é possível ir -ainda- mais longe. Sempre é.
Ao longo da lista, o mais incrível foi perceber que a minha caminhada começara antes mesmo que eu me desse conta dela. Percebi que, antes mesmo da jornada propriamente dita - mochila nas costas e pé na estrada-, eu já havia encontrado pessoas que, no meu dia-a-dia, colaboraram para os ideiais e ideias que eu adotei. E que hoje se mostram ainda mais fortes. Eles estavam todos a minha volta. Da casa à mesa de bar.
A mãe que te mostrou como é possível ter um grande coração. O pai que te ensinou a sonhar. A irmã que todos os dias encenava a arte da leveza:"relaxa!". A professora de filosofia que te abriu os olhos para a lógica da Matrix (mal sabia eu que enquanto eu bocejava, eu já começara a mudar...) O namoradinho de portão que já naquela época tentava me abrir os olhos sobre as ilusões da vida cotidiana. A amiga, que por anos discutiu as mais loucas teorias que, no fim, não eram tão loucas assim. E de teoria pouco tinham. A amiga que te fazia sorrir só de estar (sor)rindo. Tudo assim, ao mesmo tempo! O sonhador determinado que com 20 e tantos anos resolveu mudar de profissão, trocando a certeza de uma vida mais ou menos pela incerteza de uma vida transbordante. As amigas que largaram um curso meio -ou quase- completo, para iniciar um outro curso. E hoje brilham ao falar sobre a profissão que escolheram. O amigo que te ensinou a não levar a opinião dos outros tão a sério - ou, dependendo do caso, nem mesmo levar. Deixe por lá. A mineira doida que chegou no hostel, em pleno ano novo, sozinha: "posso me juntar?", mostrando que pra começar a falar com alguém é preciso, antes de tudo...falar! E, sim, viajar sozinho te força a falar...consigo e com os outros! Os amigos que viajaram e trouxeram mil fotos. E um novo jeito de agir.
Eles, todos eles te prepararam em doses homeopáticas para as lições por(vir). Estas, que viriam todas de uma vez; numa só intensidade. Ensinamentos que você ainda assimilará e entenderá - talvez- ao longo de toda uma vida. Pessoas que passariam pela sua vida rapidamente em termos de presença física, mas que permanecerão contigo por toda a sua existência através do aprendizado que deixaram.
A senhora croata que, sem falar inglês, te pegou pela mão e mostrou o caminho, em meio à muita neve e frio. O senhor meio manco que, mesmo sem conseguir andar direito, encarou sua desconfiança egoísta e levou você até a parada de ônibus, em meio ao caótico trânsito de Istambul. O professor turco que viu que você estava esperando o pôr-do-sol no lado errado do Bosphoros, perdeu um certo tempo para te mostrar que é possível confiar e te mostrou onde você devia estar... (Eu nunca esqueci aquele pôr-do-sol. Entre a Ásia e a Europa...não havia outro lugar para estar naquele momento!)
A nossa vida passa como um rio...
Onde, em duas margens, podemos tomar posição...
Uma é quente, a da felicidade, outra onde faz muito frio...
Fazer a travessia só depende da nossa disposição...
Se não ousarmos fazê-la vamos ficar, para sempre, do lado sombrio!
Pedro Marcos
Indecisos não triunfam tormentas. A travessia exige escolher rápido sobre o que será protegido e o que será descartado.
