Tag pranto
O que somos para além de meras fragmentações da vida;
Ó vida, por quanto que também somos vítimas da existência involuntária envolvidas num vórtice infindável de buscas sem cessar.
In, Além do físico
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Esta noite eu durmo de tristeza...
Um balão apagado...
Um caixão à cova...
A dor conhecida e não tão nova...
Vil despojo da triste alma...
De uma estrela morta...
Ainda terei alento diante o pranto?
Teu nada em um jardim de pedras...
A pá de cal como promessa...
Por dentro do que pensamos...
Sou espírito sonâmbulo...
Ser que passa no mundo, sem o ver...
Ainda correm lágrimas pelos olhos...
Doem mais as do coração...
É tão tarde para dizer as palavras necessárias...
É dia...
Mas no peito a noite já é bem escura...
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer...
Partistes...
Não haverá retorno...
Vestiu-se para um baile que não há...
Só existem saudades e fotografias...
A vida tornar-se-a agora tão fria...
Resta-me apenas crer...
Em um dia te encontrar se eu puder...
E fazer de nossa eternidade...
Outra história a contar...
In memoriam...
Sandro Paschoal Nogueira
Eu minto muito
Ele:- Realmente, pq isso é mentira
Eu:- Como vc pode saber?
Ele:- Simples ! Pq eu sou vc .
Eu:- Como ?
Ele:- Eu sou aquele que sempre deu uma segunda chance.
Sou o causador do seu sofrimento.
E a alegria do momento
Sou o que sempre tenta se encaixar em outro.
E o que se deixa ser arrebatado por outro.
Sou o que o diz amar muito .
E sempre odiado quando está em pranto .
Ele:- Eu sou o seu coração.
É O QUE DIZEM
Valéria Leão
Dizem por aí
que eu tenho uma alma antiga
que bebe vinho, dança bolero
e acha graça na vida.
Dizem por aí
que eu abro a porta para a
poesia, que acolho seu pranto,
que compreendo os seus mais
íntimos ruídos.
Dizem por aí
que essa minha aparente
leveza de ser
nasce da conclusão
de que não se pode ter tudo
e, portanto, só nos resta viver
com o que se tem.
Dizem por aí
que esse meu inesperado
encontro com a poesia
é o resultado de uma
confusão de afetos
que, como as estrelas,
se chocam e se estabilizam.
É o que dizem por aí!
Nenhum pranto é frívolo, toda lágrima é diamante da existência.
É memento caro, singular e único do Universo percebido.
SONETO EM PRANTO
O amor que eu cantei ardentemente
Em uma saudade agora o improviso
Pois arranca-lo da poética foi preciso
Para não recuar, fiz-te contundente
Na sensação o sentido tão pendente
Nos versos, inconveniente, indeciso
Fazendo desta emoção algo preciso
Deixando na prosa suspiros somente
E peno. Restrito sinto toda a carência
Não há mais a trova que amava tanto
Zanzo. Um andante na sobrevivência
Assim, padece o meu amoroso canto
Em lágrimas um versar em sofrência
E, para chorá-lo o soneto em pranto.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 maio, 2024, 19’37” – Araguari, MG
Pranto e sorriso (fado)
No pranto da alma um sorriso
De ilusão. Pesar não, encanto
Pois, haver a crença é preciso
Toda a doçura do amor, tanto!
Se bem, a risada é um paraíso
Cheio de cor, de cheiro e canto
Entanto, na dor chorar é inciso
Aliviando o coração, conquanto,
Nem sempre, a regra é a hora
Portanto, tenha o querer afora
Da renúncia, te soltes da tolice
Tem muito mais, creia, confie
E, com a satisfação... contagie!
Pois, o tempo traz já a velhice!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 janeiro, 2024, 12’12” – Araguari, MG
NEM SAUDADES, NEM PRANTO (soneto)
Não há mais saudades, nem mais pranto
Secaram as lágrimas quando eu te perdi
E nesta seguidão tanta, seco, chorei tanto
E já sem encanto, tanto era amor por ti!
O coração se cansou, enxuto num canto
Lembres-te? que sofri, contanto resisti
Beijar-te... e beijei-te com tal acalanto
No entanto, no desdém, rudeza senti
Porém, esqueçamos toda essa história
As lembranças hoje estão na memória
Se tudo passa, você por mim já passou
Os sentimentos já não têm mais sonhos
Nem o silêncio os momentos medonhos
Se por nada sobrou. Adeus! Tudo acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/03/2020, 05’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Achei teu poema tão acolhedor,
pensei em versos de acalanto.
E ele Jas um cobertor,
aquecendo e secando o pranto!
Quando você some
meu amor,
e desaparece,
faço uma prece...
Pois, sei que a ansiedade consome
todo o meu ser e minha mente.
Nesta aflição
Tiro do peito o coração.
Fica ele pulsando na minha mão.
O SOL não aparece
as nuvens tristes tece
um céu com lágrimas, e a chuva desce
nos meus olhos e o pranto escorre
e a alegria morre,
e neste esperar meus olhos adormece!
No silêncio, Ele prova tua fé
No silêncio, saiba que contigo é
No silêncio, Ele vai agir
No silêncio, Ele vai te sustentar
No silêncio, o teu pranto vai cessar
No silêncio, tem que adorar
Pro teu milagre chegar
Por debaixo do teu manto de beleza, me cobri e coberto, mergulhei em teus encantos. Profundo é meu pranto, quando meu peito canta a tua ausência em silêncio e sem tua ode, a vida torna-se uma carme triste e insana.
Quando meus sonhos não forem mais realidade;
Estarei adormecido, antes, porém, pediria apenas para tirar o sal do meu pranto.
Ademir Missias
Bebi Sal em gotas de pranto,
Nos caminhos onde andei...
Sem esquecer, no entanto,
O muito que aprendi
E tudo o que de mim eu dei!
Quando a mágoa pensar em fazer morada em teu coração, que ela tenha uma breve passagem, e ao sair apague a luz ao enxugar teu pranto
AQUILO QUE PRANTO
Quanto mais eu avanço
Menores são meus ranços
Cá dentro do meu rancho
Saudades eu arranjo
A vida é um gancho
Certa como carancho
Lá pelo Campo Santo
Alegre seja o pranto!
COLHEITA
Qual o tamanho do espanto?
Esperavas um homem santo?
E o que tem por trás do seu manto?
Muito pecado e pouco pranto!
E assim acaba o seu encanto!
Pois todos colhem o que plantam!
EM CANTO
Que não te cause espanto
Porque estou em pranto
Agora enxugo o manto
Ao céu invoco um canto
Pois és tu meu encanto!
O caminho
Meu caminho é longo
Às vezes desanimo
Outras vezes me alegro
Talvez eu fique à tua espera
Talvez deixe a cidade...
O pranto tenta me alcançar
O barulho rompe as palavras
Ensurdece o silêncio
Enlouquece...
Ameaça a pureza da alma.
Cansada...
Exausta...
Vou procurar sem planos
Um pouco de aventuras
Sem leme
Sem bússola
Busco meu destino...
Então, se estiver muito cansado(a) de prantos, sente-se ao meu lado, eu também sou muito experiente com lágrimas.
Então chorou, sozinha, sozinha na cama, sozinha no quarto, sozinha na casa, sozinha no bairro (...), sozinha no continente e sozinha na maior dimensão possível. Sozinha no lugar mais assustador, absolutamente sozinha por dentro, onde ninguém podia entrar, oferecer um chá e dizer que o tempo ainda ia curar tudo.
Chore o quanto quiser, mas certifique-se de que, quando parar de chorar, você nunca mais chorará pelo mesmo motivo.