Tag morta
Remédios curam. Mas , engana-se aqueles que os usam como curativo para uma alma morta . A essência morre , e só restam terra , cinzas..
Sinto saudades, saudades dos tempos de criança em que eu brincava na rua... Saudades dos velhos amigos, os que sem motivo se afastaram e os que precisaram ir pra longe. Se saudades matasse, juro que já estaria morta. Mas não pode-se fazer nada, apenas ir vivendo, e o que realmente for de verdade sempre dá um jeito de nos reencontrar.
LETRA MORTA
Que tristeza a letra morta.
Como é duro vê-las pisoteadas como formiguinhas em um papel branco. Ali, alinhadas apenas para fazer sentido, não sentindo, só sentido, em uma frase igualmente morta. Letras exangues, pálidas, estéreis... letras figurativas nos cemitérios dos documentos. Ali elas não falam, só calam, e caladas, estáticas, cedem, inertes, suas exuberâncias. Cedem o que poderiam ter sido, cedem seus corpos, feitos para viverem das encarnações de mistérios desconhecidos, cedem sua majestade apenas para fazer sentido. A letra fria, tão amada pela burocracia. A letra que não diz nada, que só aponta, com seu cadáver, aonde vai a fria estrada. Letras que não desabrocham nem voam, sem beleza nem desespero, letras sem gosto, sem tempero! Múmias cravadas no deserto, sem nenhuma ideia por perto. Agrupadas em palavras com esmero arranjadas, palavras que não se defendem e que já não podem nada. Letra, palavra, frase, parágrafo, item, inciso, o raio que o parta! No jazigo do documento a letra sinaliza, mas não fala!
Sua sonoridade não canta!
Sua sinuosidade não encanta!
Dissecadas até o talo, parecem dizer: a partir daqui eu me calo...
Ah, mas não há de ser nada, essa morbidez passa...
Que a metafísica do sentido é eterna.
E a letra que no documento jaz morta a dar coesão aos esquemas, há de renascer vitoriosa, flor de Sol, no jardim dos poemas...
Incógnita
Onde ela mora?
No absurdo
No medo
No escuro
De onde vem sua força?
Do luto
Do túmulo
Do tudo
Quando vai, e quando volta?
Não sei...
Já estou morta!
Enide Santos 26/04/14
Mas sou atrevida por natureza e adepta da frase de Nietzsche:"Odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia".
Nietzche tinha razão as vezes em alguns aspectos sentimentais.
Cláudia Leite S.
Eu estava morta... Morta por aceitar viver numa prisão, à qual achei que nela, eu encontraria a minha glória, mas enganada eu estava, pois um morto, nunca deixará de ser um morto e muito menos, encontrará a sua glória.
Veja o caso das infindáveis interpretações dadas a Deus. Em seu nome, pessoas foram salvas e pessoas foram mortas; fez-se a guerra e promoveu-se a paz; fez-se a miséria de muitos e a riqueza de uns poucos. E tudo isso, nunca é demais repetir, em nome de Deus, a entidade suprema, infinita no tempo e no espaço e que, singelamente, poderíamos identificar como a Existência em si mesma. Este mesmo Deus, cuja essência, ao longo dos séculos, vem sendo repetida e indevidamente apropriada por profetas, visionários, bem-intencionados, mal-intencionados, empresários da fé, malucos e vigaristas em geral. E pelos meios de comunicação, no final das contas.”
Ele fica sentado na sua cadeira em frente ao piano pensando que a sua namorada está morta, mas ela está sempre bem as 9:45 quando ele vai dormir!
A democracia tem um relacionamento homo-afetivo com a igualdade. Quando a igualdade não está presente a democracia sente-se morta.
Há muitas ausências nas pessoas de muitos lugares. As vezes desejo bem no meu íntimo, viver em outro lugar que não seja desta mesma complexidade que o mundo se alimenta em seu rumo progressivo e destruidor. Como eu queria a solidão da planície verde, do deserto de paz, da invasão dos ventos me abraçando. Um outro lugar que não seja este planeta cheio de horrores. Me sinto bem e em casa quando estou perto da natureza. O único lugar que me sinto melhor mas que infelizmente culpada... Pq está natureza está ferida, derrotada em sua esperança de se manter. Nós destruímos a cada dia nosso lugar, o nosso habitat natural.
A sombra na parede
que se move
não sabe que morta está !
Que o homem
sem sua sombra se perdeu
é somente uma sombra do que já foi
O homem matou sua sombra
ou quem sabe,
sua sombra o matou e morreu
Os sonhos são combustíveis para a vida, motivo pelo qual nos mantemos em movimento. Uma pessoa sem sonhos é uma pessoa morta.
Toda coleção de arte deve estar sempre viva em constantes movimentos, com novas compras, novas vendas, exposições, participações, publicações, restaurações e significações. A coleção de arte, parada está morta, é um doentio complexo cumulativo sem sentido, um distúrbio de personalidade de posse do que não tem dono, pois pertence a todas culturas da humanidade.
A moça que dançou
depois de morta
escreveu no seu coração,
Deixou o seu casaco
na tumba e escreveu a História
com a tinta da eternidade
nesta vida que ainda continua.
