Tag morta
Eternizado em arte morta
Dizem que eu cultivo uma arte morta,
algo a qual não se enxerga utilidade,
algo que sequer pertence a realidade.
Enquanto a depressão me bate a porta.
Mas o que outros dizem, não importa;
O que vale mais é minha necessidade,
esse meu eterno culto a dignidade,
esse meu desabafo, nessa vida torta.
Não tenho pretensão de ser intelectual,
apenas preencho o vazio da madrugada,
escrevo para mim mesmo, ao natural...
Versejo e rimo, sobre o tudo e o nada,
E assim a extrapolar esse mundo mortal,
minha existência jamais será apagada.
Versejo e rimo, sobre o tudo e o nada,
E assim a extrapolar esse mundo mortal,
minha existência jamais será apagada.
A sombra na parede
que se move
não sabe que morta está !
Que o homem
sem sua sombra se perdeu
é somente uma sombra do que já foi
O homem matou sua sombra
ou quem sabe,
sua sombra o matou e morreu
Os sonhos são combustíveis para a vida, motivo pelo qual nos mantemos em movimento. Uma pessoa sem sonhos é uma pessoa morta.
Há muitas ausências nas pessoas de muitos lugares. As vezes desejo bem no meu íntimo, viver em outro lugar que não seja desta mesma complexidade que o mundo se alimenta em seu rumo progressivo e destruidor. Como eu queria a solidão da planície verde, do deserto de paz, da invasão dos ventos me abraçando. Um outro lugar que não seja este planeta cheio de horrores. Me sinto bem e em casa quando estou perto da natureza. O único lugar que me sinto melhor mas que infelizmente culpada... Pq está natureza está ferida, derrotada em sua esperança de se manter. Nós destruímos a cada dia nosso lugar, o nosso habitat natural.
Remédios curam. Mas , engana-se aqueles que os usam como curativo para uma alma morta . A essência morre , e só restam terra , cinzas..
Sinto saudades, saudades dos tempos de criança em que eu brincava na rua... Saudades dos velhos amigos, os que sem motivo se afastaram e os que precisaram ir pra longe. Se saudades matasse, juro que já estaria morta. Mas não pode-se fazer nada, apenas ir vivendo, e o que realmente for de verdade sempre dá um jeito de nos reencontrar.
a poesia está morta
mas juro que não fui eu
eu até que tentei fazer o melhor que podia para salvá-la
imitei diligentemente augusto dos anjos paulo torres carlos drummond de andrade manuel bandeira murilo mendes vladmir maiakóvski joão cabral de melo neto paul éluard oswald de andrade guillaume appolinaire sosígenes costa bertolt brecht augusto de campos
não adiantou nada
em desespero de causa cheguei a imitar um certo (ou incerto)
josé paulo paes poeta de ribeirãozinho estrada de ferro
araraquarense
porém ribeirãozinho mudou de nome a estrada de ferro
araraquarense foi extinta e josé paulo paes parece nunca ter
existido
nem eu
(Poema "Acima de qualquer suspeita")
Eu estava morta... Morta por aceitar viver numa prisão, à qual achei que nela, eu encontraria a minha glória, mas enganada eu estava, pois um morto, nunca deixará de ser um morto e muito menos, encontrará a sua glória.
A democracia tem um relacionamento homo-afetivo com a igualdade. Quando a igualdade não está presente a democracia sente-se morta.
Veja o caso das infindáveis interpretações dadas a Deus. Em seu nome, pessoas foram salvas e pessoas foram mortas; fez-se a guerra e promoveu-se a paz; fez-se a miséria de muitos e a riqueza de uns poucos. E tudo isso, nunca é demais repetir, em nome de Deus, a entidade suprema, infinita no tempo e no espaço e que, singelamente, poderíamos identificar como a Existência em si mesma. Este mesmo Deus, cuja essência, ao longo dos séculos, vem sendo repetida e indevidamente apropriada por profetas, visionários, bem-intencionados, mal-intencionados, empresários da fé, malucos e vigaristas em geral. E pelos meios de comunicação, no final das contas.”
Natureza Morta
A natureza morta
Viva no teu olhar
As asas cortadas
O céu a se despedaçar
As vozes estão caladas
Não há porque lutar
Nós somos lembranças
De um passado
Que ninguém vai lembrar
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
Você se apaga
Antes mesmo de queimar
O destino está traçado
Ninguém pode mudar
As cartas foram marcadas
No nosso jogo de azar
Esse deve ser o fim
Mas você disse que não acabaria assim
Esse deve ser o fim
Você continua o vazio dentro de mim
E a velha canção de guerra
Não irá mais tocar
A chuva lava
Mas não pode te salvar
E a natureza morta
Volta pra se vingar
De tudo o que fazemos
Ao invés de amar
Eu sou ótima em controlar minha raiva. Eu controlo o tempo todo. Quando assoviam para mim na rua, quando um homem incompetente explica minha própria área de expertise pra mim. Eu controlo basicamente todo dia, porque se eu não controlar, vou ser chamada de emotiva, ou difícil, ou posso até literalmente ser morta.
Um homem sábio uma vez disse: "A felicidade é algo que deve ser buscado." Nunca entendi isso até estar morta. Quando está morta e presa em uma casa mal-assombrada, não há muito o que fazer além de esperar e esperar. E a espera, como outro sábio uma vez disse, é realmente a parte mais difícil do amor.
Ninguém virá buscá-la porque ninguém se importa com você. Você não tem nada nem ninguém. Mais uns dias sozinha aqui, e estará tão morta quanto eu.
#ECO
Meu coração arde em coisa fria...
Nem a luz...
Nem o fogo...
Nem a fome entardecida...
Ou a febre da sede dos lábios...
Ai, ai de mim...
Enquanto caminho...
É pelo corpo que nós nos perdemos...
Pertenço a quem amo...
Num profundo arremesso...
Tenho pressa de viver...
Só quero o que me é devido...
Coração diga o que sofri...
Nesses dias que embranquecem os cabelos…
Amores vividos...
Só as fagulhas voam ao vento...
É preciso partir...
Antes que tudo cubra-se de cinzas...
É preciso ficar...
Onde se é benquisto...
Cerca-me a solidão...
Tal como uma pedra escura...
É tão fria e morta...
Eu sem ti...
À sua procura...
Ninguém sabe dizer porque o eco embrulha a voz...
Mas eu sei dizer...
Que sem você...
Não vivo mais...
Sandro Paschoal Nogueira
Silêncio...
Hora morta...
Desfolhada...
Quando ouvi de seus lábios que eu não sou nada...
Hora inútil e sombria de abandono...
Um punhal em minhas costas...
A certeza cruel...
Do meu engano...
Sem rumo para os meus passos...
De que me serviram seus abraços?
Desiludido ainda me iludo...
Diante cruel mundo...
A quem devo dizer o contratempo...
Do solavanco desse destino...
Sandro Paschoal Nogueira
Nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Em teus olhos, histeria
Sabor de vermelho, sinestesia
Em teus lábios, gosto de vinho
Em tua mente, muito espinho
A cada toque um nascimento
Fez-me viva para matar-me em outro momento
Os teus traços, poesia
Teus sussurros, sinfonia
O teu gosto, nostalgia
Numa noite fria e morta
Você bateu em minha porta
Sugou o que restava
Incendiou enquanto nevava
O corpo vazio
A alma no cio
Num golpe de sorte
Matou-me e afastou-me da morte.