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A relação com a natureza e as montanhas em qualquer tempo é viver. E viver é intenso e calmo, é a sua história contada a cada momento, é ser energia e se integrar à natureza, é sentir profundamente todos os sentidos, é a inteligência do pensar, é o simples e complicado ser. Viver é isso ou mais que isso. É estar integralmente a cada momento ou libertar a alma para voar.
Assim sou para a montanha e a vida e ela é para mim.
Errar, cair e levantar, experimentar frustrações – porque não se pode ter tudo ao mesmo tempo ou porque um plano foi mal calculado – trazem aprendizados preciosos, preparam para a montanha-russa que é a vida.
Naquela manhã ensolarada, as caricatas maritacas em bando, faziam a maior algazarra na gruta lá no alto do morro e lá embaixo sob a sombra do canion, a carruagem passava.
Quando se trata de amor o mundo fica de pernas para o ar. O antigo metamorfosea se em algo novo e inesquecível e foi exatamente no velho e bom azul que eu encontrei a revolução do meu mais íntimo ser. O mesmo azul que sempre esteve cobrindo minha cabeça dos raios castigante do sol enquanto dá formas geométricas as fofíssimas nuvens. Essa cor abençoada que sempre foi a minha favorita e eu nem fazia ideia do por que. Hoje na certeza deste porque, me inspira mais que antes, pois em teus olhos, essa cor me faz flutuar pelas asas da imaginação enquanto eu simplesmente me rendo embarcando na montanha russa chamada amor.
Existem dois tipos de ignorantes. Aquele que só quer escalar a montanha e aquele que só quer desviar dela.
Quando você chega no ponto mais alto de uma montanha, não há nada a fazer a não ser rolar ladeira abaixo descontroladamente, onde há uma caçamba de entulho te esperando. E o nome dessa caçamba é “Sua Vida”.
Na insanidade de costumeiramente contradizer o que meu coração diz, corri desesperadamente para uma montanha onde guardo meus mais íntimos sentimentos. No alto da montanha me encontrei com a solidão, que há anos tanto me afaga das dores do meu profundo passado. Sentado, dialogando com o abismo e com olhos ligeiramente pensativos, avistei um belíssimo lago repleto de pessoas. Nele havia pessoas felizes e se amando em pleno sol da primavera. Era, no mesmo instante, uma sensação tocante e incrédula, perceber que podem existir águas mais tranquilas que as minhas terras. Sempre acreditei que a paz terminava na solitária e sólida montanha onde estava sentado. As horas batiam de mergulho a mergulho, e nas águas que sempre temi mergulhar, eles nadavam com uma alegria que pouco havia visto. Olhar a singeleza deles me fez acreditar que algumas montanhas também devem se mover para as águas.
A realidade é como a mais alta montanha que se ergue imponente acima de todos quando se abre os olhos da compreensão da vida e suas leis.
Fui ao topo da montanha mais elevada,
e alcei voo com asas de beija flor,
senti a alma congelada
junto ao orvalho da noite em torpor
Tal qual borboleta, voei dias e noites,
delirando de jardim em jardim,
senti perfumes, espinhos, açoites
tudo isso e mais, à procura de mim
Assim mais forte, sempre em quimera,
fui remédio de minha própria dor,
fui tempo, fui verbo e espera,
tudo em nome do amor !
"As vezes tomar a decisão de não subir ao cume da montanha é o mais sábio; nem sempre o que mais queremos é o melhor pra nós."
"...me lembro mais dos dias de Chuva nas Montanhas do que dos de Sol: talvez pela emoção da aventura, talvez pela sensação de alma lavada, ou ainda porque talvez "O Sol" é muito facin*."
*fácinho, facilzinho, fácil.
O Vedanta chega ao Ocidente, não para suplantar qualquer religião, e sim para trazer uma espiritualidade mais tangível aos que o buscam. Ele não visa ao proselitismo, mas a ajudar o homem a perceber a divindade dentro de si.
Os conquistadores que se empenham em serem senhores do mundo pela força e pelas armas jamais herdam outra coisa além de ansiedades, aborrecimentos e dores de cabeça. Os avarentos, que acumulam riquezas enormes, não fazem mais do que acorrentar-se ao ouro – jamais o possuem realmente. Mas o homem que abandona o sentimento de apego prova as vantagens que os bens proporcionam, sem a angústia que a posse acarreta.
A CHAPADA
Quero sempre olhar o mundo
Como quem está na chapada.
Lá do alto dá pra ver
Se há perigo de emboscada.
Também posso dar a mão
E ajudar o meu irmão
A subir na escalada.
A vida é como um eco
Que ressoa da montanha.
Se alguém agride e bate,
No revide só apanha.
Mas quando pratica o bem,
Sem ter que olhar a quem,
Nunca perde e só ganha.
Bem no alto da montanha,
Um homem e o seu cão
Observam as estrelas
Ao alcance da visão.
Podem ver uma galáxia,
Ela é a Via Láctea,
Do universo o coração.
A vida é uma montanha-russa, viver é a atração mais desafiadora. Basicamente a vida é uma pista composta por elevações seguidas de quedas e por vezes inversões.
Somos o tempo todo impulsionados pela velocidade proveniente do desejo de uma subida, sabendo que teremos uma descida, com a esperança e um novo lançamento impulsionado.
Sem esperar somos puxados para trás no início e lançados por um percurso que pode terminar em outra estação ou em uma subida, podemos retornar ao início de costas. Ir para trás e para frente sobre a mesma pista. Neste movimento chamado vida superamos desafios, rompemos medos, sorrimos, choramos, gritamos e desejamos voltar.
"Eu posso andar por caminhos que para alguns se tornam difíceis ou até mesmo impossível, mas quando caminho com Deus ao meu lado, esses obstáculos se tornam tão pequenos, que me sinto um gigante"
Aqueles que aspiram chegar no topo da montanha esquecem que depois do topo só tem a queda.
E também esquecem que é no fundo do poço que se encontra o ouro!