Tag mata
Espécie humana... Que degrada o mesmo solo em que planta, que polui a água do rio que lhe provê abastecimento, que mata o seu semelhante a bel prazer e por motivos torpes, que por inaptidão gera tragédias cíclicas para si e para o planeta, que produz conflitos bélicos para afagar o ego dos líderes patriotas e para encher os bolsos dos conglomerados de indústrias armamentistas. Ah... Espécie humana. Espécie da controvérsia, contradição. Dotada de tamanhas habilidades, e muitas vezes agindo inconsciente e inconsequentemente...
Céu trovoou, tremeu o chão, a vibração do meu tambor encantador de coração.
Sou tocador da natureza, o som da minha alfaia é uma beleza.
Toca esse baque pra todo mundo dançar, e distribui muito amor nesse lugar.
Esse terreiro que emana tanta luz, vai dividindo o peso de cada cruz.
Trovão da Mata abençoa cada ser e faça sempre o amor prevalecer.
A mata e o tempo
Como é fascinante
Lembrar de você, Cecília.
Na fazenda,
Sua adorável companhia.
Nos fins de semana:
Passeios pelos bosques,
Para contemplar a beleza
Da diversidade vegetal.
Cavalgar pelas trilhas
Até as cachoeiras do rio.
Saltar do alto das pedras,
Mergulhando até o fundo no poço
Nadar até os cipós nas árvores.
Na volta pra casa
Colher em abundância os frutos:
Araçás, cajus, ananás e maracujás,
Pela imensa mata tropical.
Ainda me lembro muito bem
O que você sempre dizia:
Queria ter asas
Para voar entre os galhos das árvores
E ferozmente
Impedir o homem
De desmatar este jardim natural
Cecília,
Na diversidade daquele bioma,
Você se encantava
A fauna te dava imensa paixão.
Eram tantas as espécies,
Ficaram na memória,
Me lembro muito bem.
Observávamos a aparição do Acauã, anu-preto,
araponga, águia real, bacurau, beija-flor, biguá,
caburé, coruja, curiango, curió, guaxe, jacuaçú,
macuco, papagaio, periquito, perdiz, sanhaço,
saracura, sofrê e tururim.
A mata atlântica nos impressionava.
Por possuir lindas jueiranas, jacarandás, baraúnas, pequis,
angelins, massarandubsa, paus d’alho e
imponentes jequitibás.
Cecília,
Observando o tempo lá fora
Me deu vontade de te perguntar:
Algum dia,
Essa mágica diversidade voltará a reinar?
Quem irá preservar?
E então, ela calou tempestades.
As espadas de ferro em chapa faziam barulho ao afiar-se, e o fogo se ardia na pele.
Aquele nó na garganta.
Botou seu filho no peito e correndo o carregou para dentro da mata escura,o envolveu em um manto quente. Deu seu seio, deu seu leite. Contou a ele estórias de amor, ensinou a magia dos chás, história, filosofia e religião.Viu seu filho crescer, correr pelos pinheiros, mergulhar na água gelada da cachoeira, acender a sagrada fogueira e colher flores para a sua amada donzela. Morgana acendia estrelas com aquele sorriso alegre, vendo o seu filho virado em homem. Oh homem mais indecente.
A velha guerrilhou ao lado do amor a vida inteira, semeou novos conceitos, devolveu àquelas o "direito" ao respeito, na esperança que nunca cala, e na fonte que nunca seca, Morgana deixou raízes para o o solo nascer diferente.
A Ciência prova que o oxigénio indispensável a manter-nos vivos é o mesmo que com o tempo nos mata. Isso se chama ironia. Vida é so um apelido bem humorado para tudo isso.
Toda Palavra tem a letra como meio, mas o seu fim é ser verbo.
A letra mata justamente quando não a levamos até o seu fim, a saber: ser verbo (ação/vida) para o próximo.
E ontem bateu a nostalgia
Aquela velha abstinência cai sobre mim
Levanto
Pego um cigarro
Coloco entre os lábios.
Dou a primeira tragada.
E sinto meu corpo relaxar
Começo a pensar
Como algo tão bom
Faz tão mal ao mesmo tempo
E faz com que me sinta mais viva a cada tragada que me mata
Poty Porã (microconto)
Numa aldeia guarani vivia triste um casal que não podia ter filhos. O pajé fez um ritual e lhes deu um remédio da mata. Tempo depois, nasceu a indiazinha Bela Flor, que a todos alegrou.
A CASINHA
Bem no meio da floresta
A casinha isolada
A luz é do vagalume
O som é da bicharada
Da terra vem a sustância
Do rio água para a estância
Natureza abençoada
Bioma cheio de belezas
Biodiversidade a mil
Opulência nas espécies
Na beira-mar do Brasil
Possui uma fauna endêmica
Mas com ação antropogênica
O ambiente fica hostil
Recebeu os lusitanos
No ciclo colonial
É dádiva da natureza
Patrimônio nacional
Teve guerras e armistícios
Egoísmo e sacrifício
Com a tradição ancestral
Falo sim sobre a mata-atlântica
Imensuráveis beldades
Grandes lagos e aquíferos
Solos com diversidades
De fauna, flora e história
Magnificência e memória
“Mãe” das variabilidades.
Serra da Meruoca - Um Oásis,
refrigério de clima aconhegante,
de vistosa mata exuberante
alguns minutos apenas de Sobral.
Obs. Para veres este poema, na sua forma natural, clica no final deste texto, em: ver imagem. Para veres a “engraçada” fonte [sic notícias] notícia que este poema fundamenta, vai à minha cronologia ou página de poesia do Facebook. Bom proveito!!!
Estórias em plena pandemia covid-19…
Afinal sempre há vida para além da morte!
Inda dizem que a morte é o fim;
Mas não é o que aqui noticiado;
Nos relata desse pobre coitado;
Que se calhar também pensava assim!
Quem sabe se foi por assim pensar;
Que com sua mulher se distraiu;
Quem sabe até se a essa mesma traiu?
Levando-a a desta vida o dispensar!
Vamos, pois, cuidar bem de todo o agir;
Que neste viver nos cabe escolher;
Não vá algo connosco assim se dar!...
Pois quem neste morrer não acreditar;
Seja em nós, pois, cá homem ou mulher;
Pode um dia a tal não poder fugir.
Com tristeza no humor;
Minha dança é um poema sagrado em que cada movimento é uma palavra e cuja palavra é sublinhada pela música. O templo em que danço posso ser vago ou fielmente reproduzido, pois eu sou o templo.
A morte não é nada, nem vida, por isso matéria. Para morrer, para dormir, passar para o nada, o que isso importa? Tudo é uma ilusão.
Acerca das emoções...
É um equivoco achar que ao engolir os sapos eles morrerão!
Tudo de ruim que enterramos vivo dentro da gente não morre, nos mata!