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Entre a partida e a chegada
Entre a partida e a chegada,
a concretude do encontro
ou a expectativa na certeza
de que o tempo transforma.
Na despedida a promessa
do que se espera cumprir,
porém o tempo é mestre
na diluição da esperança,
invisível ponto na opacidade do nada.
Entre a partida e a chegada,
na metafísica do nada
a indecisão, o temor
do vão e do desnível,
preenchível e retificável
ou então a expansão do vazio.
No contraponrto entre princípio e fim,
na inédita chegada ou no retorno
a mão da alegria ou da tristeza...
Convém desvencilhar-se das inúteis certezas,
das altivas convicções,
já que segundo após segundo
o tempo talha novos sulcos na pele
do corpo e da alma.
Não tendo o conhecimento lugar de chegada, nem sempre adianta correr; entretanto não se pode ficar parado.
A Felicidade
O vida que levo, desfruto e saboreio.
Quão meigos são os teus traços
Quão frios teus abraços.
Se te envolvo e me prendo a ti, sinto o amargo sabor daquele que pouco a pouco a tentam roubar de mim.
Roubar a vida? Me pergunta o tempo...
Digo eu:
- Sim. Roubar-me a vida. Vida essa que sofro, que lamento e me sento a observar o encanto dos desencantos dos teus algozes.
Mas que tem o tempo com a vida?
Já dizia a sábia experiência:
- O mesmo que a saudade com a partida!
E assim é a vida!
Cara, longa e sofrida!
Mas ainda que sejas assim tão restrita, a felicidade que fora outrora dita; diz o poeta:
- É apenas um estado de espírito.
Ser feliz é ser cônsul de quem és, donde vens, aonde vais e onde se quer chegar.
Independe de tempo, dinheiro, amores e desamores encontros e desencontros.
Ser feliz é saber que em cada partícula de vida, há uma oportunidade de plantar uma semente de sorriso um diálogo, um abraço, uma surpresa escrita em uma folha com pautas.
Ser feliz é contentar-se com o que tens e não ambicionar o que não tem
Ser feliz é simples.
É claro.
É belo.
É dizer bom dia sem ter a obrigação de dizê-lo.
É sorrir para alguém que, por um desacerto, tropeçou e caiu sentado, sem esquecer de estender-lhe a mão para que o dito se ponha de pé.
Em suma é isto:
Ser feliz é ser
Ser feliz é querer
Ser feliz é viver.
Mala pronta
A minha mala segue sob o armário
embalada por um plástico amarelo
desses de por lixo, sabe?
Ela segue aguardando o dia em que me encherei de sonhos
e partirei na viagem tão desejada.
Segue aguardando... Empoeirada!
Esperando ansiosa que eu desembarque na próxima estação
segue aguardando o meu retorno
cheia de sonhos, cheia de planos.
Prontos para saírem enfim, do papel.
Espera embarcar comigo um dia
e explorar o mundo de opções
espera que eu chegue um dia
e nunca mais parta.
Espero chegar um dia
o dia de enfim desarrumar a mala
e por fim de vez nessa história.
Espero poder contar a meus filhos e netos
todas as memórias e aventuras vividas
espero ver neles o mesmo brilho nos olhos
que um dia eu vi na vida.
Essa é a história de um homem e sua mala
espero que compreenda.
Pois, não pretendo me demorar!
Estava mesmo de passagem
não pretendia ficar.
Espero que não se ofenda
pois, agora, preciso partir
tenho de ir e desarrumar a mala
tenho que me estabelecer e constituir família.
Meu cão está só, me espera faminto
as flores em meu jardim também não tem quem as regue
tem de ser eu, sou eu quem faz isso
por isso, tenho de partir.
Tenho que fazer a mala...
E refazer-me antes de ir
tenho que desfazer o que fiz
e preparar a sala para acomodar-lhe
- café, chá, leite e bolachas crocantes -
Espero que entenda, mas tenho mesmo que ir!
Antes riremos um pouco, rir iremos de todas essas mazelas
nos abraçaremos feito se abraçam os casais em despedida
antes de eu partir, nos abraçaremos, feito quem se despede da vida.
Mas não choraremos, chorar não iremos
enxugaremos as lágrimas um do outro
e pela última vez, nos abraçaremos forte.
Será o ponto alto de nossa despedida...
Você me entregando a mala feita,
um pote de sobremesa acondicionada em um vasilhame plástico
e duas ou três mudas de plantas arrancadas com todo carinho de seu quintal.
Então eu direi até logo e acenarei com a mão direita
me despedindo pela décima segunda vez.
De longe, você só observará a minha partida
pelas costas, você verá
eu e a mala, desaparecer no horizonte.
Hoje pelo caminho
Os trilhos me pareciam tristes!
Já não se via neles o mesmo brilho dourado de sempre.
Os seus caminhos eram tortos, tortuosos, sem graça.
Hoje a noite, a chuva veio:
-Caiu devagar sobre as ruas da cidade.
-Não se via nela a costumeira beleza de outrora.
O frio que trouxe consigo era de amargar:
de fazer tremer todo o corpo,
de fazer trincar os dentes,
de fazer arder a pele.
Tanto frio...Tanta chuva...Tanta dor...Tanto silêncio.
Onde estará esse trem?
Ele nunca se atrasa!
Terá ele se escondido do frio e da chuva...
Terá ele se perdido no caminho em meio a retas e curvas...
Será que embruteceu em meio aos carros e ruas,
enlouqueceu na selva de pedras enquanto tentava voltar para casa?
Terá ele brigado com os trilhos,
desencantado da lua,
padecido só e abandonado em uma cova rasa na vida?
Onde está o trem que me leva?
O brilho dourado que euforiza-me?
(Trilhos e Trem) -
Por onde vocês andaram?
Estive a espera de vocês por dias a fio,
estive a espera de vocês por horas.
Não sou chegada às facilidades, porém, às montanhas que surgem em minha frente... Deus que as arranque!
Se não nos lembramos como foi nossa chegada, nem como será o fim da viagem, só nos resta mesmo é curtir a paisagem e torcer para que nossos sonhos na sejam apenas miragens.
Quer chegar a algum lugar? Olhe para dentro de você, todas as estradas estão dentro da gente. Se perder-se, feche os olhos, certamente vai se localizar.
31 de Dezembro - Dia de São Silvestre
Embora seu nome se confunda com a própria história da corrida de rua mais famosa do país, poucas pessoas sabem quem foi o santo, cuja festa acontece no último dia do ano. Natural de Roma, São Silvestre foi papa e governou a Igreja de 314 a 355 d.C, ano em que morreu, exatamente no dia 31 de dezembro. A Igreja Católica escolheu esta data para canonizá-lo.
Dia da Corrida Internacional de São Silvestre - realizada desde 1925 na cidade de São Paulo-SP.
A Corrida de São Silvestre é a mais antiga, tradicional e prestigiosa corrida de rua no Brasil. Reconhecida como o principal evento internacional do atletismo de Rua na América Latina, realiza-se anualmente na cidade de São Paulo no dia 31 de dezembro.
Numa viagem à França, em 1924, Cásper Líbero assistiu a uma corrida noturna em que os corredores carregavam tochas de fogo. Entusiasmado, resolveu promover, naquele mesmo ano, algo semelhante em São Paulo. Assim, à meia-noite de 31 de dezembro, daquele ano foi instituída a Corrida de São Silvestre que reunia os atletas da cidade e ganhou o nome porque esse era o santo do dia.
A prova passou, em mais de 70 anos consecutivos de realização, por inúmeras transformações e cresceu: dos apenas 60 participantes da primeira edição, a corrida passou a registrar mais de 10 mil inscrições nos últimos anos, incluindo a presença das maiores expressões do atletismo mundial.
A São Silvestre tornou-se internacional a partir de 1945, quando abriu espaço aos atletas de todas as partes do mundo. Quando a ONU instituiu o Ano Internacional da Mulher, em 1975, a competição passou a incluir a participação das mulheres.
Atualmente, tanto a largada quanto a chegada da prova de 15 km, acontecem à tarde em frente à sede da Fundação Cásper Líbero, no número 900 da Av. Paulista. Os milhares de atletas dividem-se nas categorias masculina e feminina e por faixas etárias, dentro dos critérios de regulamento estabelecido pelo jornal, patrocinador do evento. (http://lproweb.procempa.com.br)
Poeminha de Chegada
Venha de carro, ônibus, de barco
Venha a pé
Venha de qualquer jeito
Seja como for
Mas venha
Venha sempre e quando quiser.
Eu gosto do caminho, da estrada.
A chegada é tão somente um troféu que justifica toda a caminhada.
Quando a estrada é mais sinuosa e traiçoeira, sinto mais forte o triunfo da chegada.
Por onde ando eu busco aproveitar cada paisagem, cada companhia, momento.
É como degustar um bom vinho em lentos e longos goles, como amar sem pressa.
Pode parecer excesso de cautela, mas é apenas a minha vontade de aproveitar mais a caminhada, de observar a "arte" ao meu redor.
Embora o objetivo esteja adiante, o que me impede de saborear as pequenas vitórias antes do grande final?
Assim eu vou... refém do "novo" e teimosamente apegado ao improvável.
Na madrugada passada estive pensando que sempre imaginamos encontrar o amor como nos contos de fadas, com uma princesa e o seu príncipe ou até mesmo acreditamos no amor à primeira vista. Mas a verdade é que nunca estamos preparados pra chegada do amor.
Ele nem sempre vem e nos aborda com flores, muito menos chega em um cavalo branco, ele pode até ser um príncipe, mas não como nos contos. Ele pode ser até aquele que há anos passou por você, e o tempo o trouxe pra mais perto, enfim.., não sei. Só sei que nunca estamos inteiramente preparados pra chegada do amor.
Ele chega como um tapa de luva e te faz perder as estribeiras, mexe com teu coração e te faz indagar que reviravolta foi essa que aconteceu? No momento você esquece até quem és, quem dirás o que está sentindo. A mente fica confusa e o estômago com borboletas dançantes.
O lado de dentro vira um caos e eis que surgem as dúvidas. Se doar ou não? Se apegar ou desapegar? A felicidade se confunde com uma melancolia. O vôo é alto. Aliás, tudo no amor é extremo, principalmente o medo da entrega.
O medo vem e com ele o receio de não saber o que te espera, voar sem ter idéia de qual lugar está destinado o pouso. Mas ainda assim a gente embarca. É tudo tão novo, tão bom. Novos horizontes surgem às vistas. A alegria de uma mensagem recebida.
Ainda assim o medo de entrar no jogo e sair perdendo não some, mesmo que não seja a primeira vez que a gente se apaixone. Por isso a verdade deve ser dita: Nunca estamos preparados pra chegada do amor.
Passei até aqui todos os dias de minha vida buscando teu amor de tal forma que para muitos virou obsessão, me recomendaram vários especialistas, Mas eu não dei importância por achar que amor é uma coisa e obsessão é outra, sendo assim continuei a pensar que eu não seria feliz com outra a não ser com você, Pois bem esse foi meu único erro e uma pena que a única vez que errei em relação ao amor foi fatal, Mas eu não sabia que seria uma fatalidade assim, então sai de casa como sempre pensando em você, disposto a ter teu amor a qualquer custo e nesse momento todas as vírgulas que eu usava em meus textos para relatar o que eu sentia se tornaram um mero ponto final, assim sem ninguém ou dor; simples como um ponto de partida, Mas que dessa vez não teve uma chegada
