Sussurrar do Vento
SORRISOS!
Um dia ao sussurrar ao vento
Pude me dar conta
Que um sorriso nos lábios
Podem ferir muitas almas amarguradas.
Pude perceber que ao sorrirmos
Modificamos olhares
Colorimos muitas faces
Incomodamos corações insatisfeitos
Suscitamos outros sorrisos.
Em um cochicho com o mesmo vento
Ele me acalmava.
-Muitos querem seu sorriso
Mais não querem a força que ele trás
Muitos almejam sua alegria,
Mas não querem suas agonias
Eles não sabem que sorrisos
Podem ser disfarces
Para esconder tristezas que assolam sua alma!
Por vezes as vozes sussurradas pelo vento me arremetem àquele lugar no passado, onde encontro seus olhos, tão repletos de um amor que nunca poderia ter sobrevivido, mas deixa as lembranças do seu abraço tão único, unicamente para torturar minha alma já cansada.
Não existe o futuro, e o agora é sem razão.
Se houvesse maneiras de viajar pelo tempo, eu ainda não encontraria esse lugar em especial, esse cheiro de saudade, esses mesmos olhos que sei nunca terem existido, mas que são toda a razão dos meus sussurros repetidos, nosso lugar inventado,
concluo que meu único amor foi somente fantasia, e o que ouço são ecos de meus sentimentos e a eles dou vozes,
talvez nada faça sentido, talvez eu tenha te criado, e por fim percebo que também nunca existi.
T e m p o
Sussurra - lhe o vento:
Não há mais dor, nem lamento.
Dentro de si o sol renasceu.
O amor transcendeu.
Além do infinito, há sorrisos.
Dentro de si há força.
Um desabrochar de esperança de que vale a pena viver.
Sussurra - lhe o vento:
Não há mais ódio, foi - se o tempo.
Mas há amor que transcende com o tempo.
Floresce amor que o vento espalha á todo tempo.
Esteja atento.
Sinta o vento sussurrar que amarcura toda a amargura que mora no seu pensamento.
Esteja atento.
Sinta - se amado.
Sinta o coração ser abraçado.
Ame.
E veja o milagre que faz o tempo.
Ah, o amor mora dentro.
Jamais se esvai com o tempo.
INQUILINA
Perpassa o vento no torto cerrado
em sonata de sofrência e agonia
sussurrando um vazio tão lotado
de recordação e sombria poesia
Sobre a solidão, à tarde, quando
vem a sensação do fim do dia
o vão, a lembrança, em bando
que avida a dor, gasta, erradia
E, do teu olhar o fascínio ainda:
suave, impar, sujeito, presente
cravando o falto em árdua sina
Tudo, versos de tristura infinda
que aperta o coração indigente
e que faz a saudade sua inquilina...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
5 de maio, 2022, 20’00” – Araguari, MG
Oh, minha distante e desejada amada, se você prestar atenção ao sussurro do vento que baila entre as árvores, ouvirá o canto choroso e lamurioso de minha alma a clamar por sua presença ao meu lado.
VOZ DO VENTO
Uma agonia! a voz do vento que murmura
No cerrado, sussurrando aquela saudade
De outrora, em uma sensação pela metade
Sobra de um sonho, esquecido numa jura
E o vento no terreiro vai pela noite escura
Gemendo entre os galhos tortos em riste
A melancolia n’alma e no coração insiste
Expondo ao verso um versar com tristura
Vai e vem, bafeja, suspira, queixa, farfalha
Um vendaval choroso, cortante tal navalha
Revivendo aquele amor perdido. Um talvez
Ah vento! Quanto falta, ah! quanta solidão
Que sinto no peito, que se vai na vastidão
Ermo, dos mimos ameigados a minha tez...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19 março, 2022, 14’21” – Araguari, MG
Os sussurros e segredos dos falsos amigos são como ventos traiçoeiros, levando embora a confiança e a tranquilidade.
A brisa de desesperança me envolve, um vento gelado que corta minha alma e me sussurra segredos sombrios. Caminho pelos bosques sem fim de desespero, onde as árvores retorcidas ecoam meus pensamentos mais sombrios. A solidão é minha única companhia, uma paz que é ao mesmo tempo meu refúgio e minha prisão. No silêncio, ouço o eco do meu próprio vazio, um eco que ressoa como um lamento solitário. Cada passo que dou na escuridão é como um passo mais profundo na espiral do desespero, onde as sombras dançam ao redor de mim, como fantasmas de sonhos quebrados, a esperança parece sempre distante, uma estrela fraca no horizonte, e eu me pergunto se algum dia vou encontrá-la novamente. Enquanto a noite avança, eu me entrego à melancolia que me envolve, um abraço triste que se tornou meu lar. E assim, continuo a vagar por entre os bosques sombrios da minha própria mente, perdida na tristeza, em busca de mim mesma.
O vento sussurra lamentos de desespero, Sombras dançam em triste melancolia. A alma se arrepia em desespero, E o gelo da solidão consome com agonia
Sou aquele sussurro baixinho ao pé do teu ouvido feito vento na janela te dizendo ... Eu ainda estou aqui..e a saudade tá doendo muito... Volta pra mim...
Ventos fortes
Fortes ventanias, soam como sussurros, lotando de informações ao seu redor.
Ao passar resquícios deixará.
mas infelizmente, grande parte se esvairá.
Nos braços do silêncio, onde a lua chora,
E o vento sussurra, histórias de outrora,
Sinto a saudade, que a noite devora,
Do doce amor, que a distância implora.
Teu sorriso, memória que o tempo consome,
Brilha em meu peito, um vazio sem nome,
E cada estrela, no céu sem renome,
Reflete o desejo, que a ausência promove.
Isabelle, é seu nome.
Em sonhos te vejo, num abraço de luz,
E na escuridão, o coração se conduz,
Para os momentos, onde o amor reluz,
No toque suave, que a distância traduz.
A tristeza é o eco, de um beijo esquecido,
Nos lábios do tempo, que segue rendido,
À espera do dia, em que seremos unidos,
Num eterno abraço, de amores vividos.
E assim sigo, na esperança velada,
De que um dia, em tua alma ancorada,
A tristeza se faça, de alegria dourada,
E a saudade se torne, presença encantada.
Nos braços da angústia, onde o ceu me abraça,
E o vento sussurra segredos profundos
Sinto a dor que a vida, em silêncio, se embaça,
Em ecos de sonhos e pesadelos imundos.
Teu sorriso, memória que o tempo devora,
Brilha em meu peito como estrela apagada,
Cada astro no céu é uma chama que chora,
Refletindo o vazio de uma jornada marcada.
Em sonhos, te busco, mas sempre me perco,
Na escuridão, sou um poeta sem rima,
Buscando respostas no silêncio da minha vida
Mas apenas encontro o vazio que me consome
A tristeza é um fardo, um nó que não passa
Um labirinto de sombras difícil de atravessar
E a esperança é uma chama que tem um preço alto a brilhar.
Mas na sombra profunda, há um sopro de calma,
Um convite ao descanso, uma promessa discreta,
Onde a dor se dissolve e liberta a alma,
E a paz, finalmente, se faz completa.
E assim, na angústia, encontro um sentido,
A morte, um alívio que acolhe e redime,
Na sua quietude, sou enfim conduzido,
A um lugar onde a dor não mais me atinge.
A Dor
O sussurro no vento invadiu meus pensamentos,
Destes processamentos desencadearam-me para a solidão.
Logo, na escuridão em meu corpo,
O murmurejo encontra abrigo
No vazio da alma que vai até o coração.
De repente o brilho da vida se extingue,
Nem o alívio do humor mais existe,
É consternação além do simples sofrimento
Que não se detém apenas com tratamento.
A dor precisa ser gritada,
A dor precisa ser compreendida,
A dor precisa ser aliviada,
A dor precisa ser dividida.
Mas ninguém entende, a dor é a mim mesmo
Busco ajuda, procuro companhia,
Mas não há quem entenda o que sinto,
Porque eu não consigo parar de sentir.
Na natureza do desespero, existe o abismo
Que não é medido pela traição de Chico
Ou por likes e compartilhamento,
Pois destrói o autocontrole e o comprometimento
E aniquila os sonhos que se reencarnam em tormento.
No mais mágicos dos dias errantes modernos
Quando o paraíso se constrói nas telas do celular,
Disperso-me deste teatro de alegrias que ignoram a realidade,
E sucumbo de vez desta fantasia me livrando da vida e da dor.
No silêncio da noite, a lua se desprega,
os sussurros do vento dançam entre as sombras,
estrela a estrela, o céu se enche de segredos,
cada brilho, um lamento, uma história esquecida.
Caminhando por ruas adormecidas,
o cheiro da terra úmida embriaga o ar,
memórias flutuam como névoa suave,
despertando ecos de risos em cada esquina.
Os olhos se perdem nas profundezas da escuridão,
onde sonhos se entrelaçam com o mistério,
as luzes dos faróis, vagalumes errantes,
guiam os passos incertos em busca de abrigo.
E ao longe, a sinfonia do silêncio se intensifica,
batidas de corações pulsando sob a pele,
na serenidade do noturno, tudo se revela,
um convite ao descanso, à paz que se aninha.
Meus sonhos se confundem com a realidade,
Te encontro em cada canto, em cada sussurro do vento.
Mas o despertar cruel me joga de volta à solidão,
E a dor da saudade me dilacera o coração.
Serenata de Amor 2024
No tempo o som sopra o vento.
Um sussurro do espírito .
No balanço de um encanto desafogado
sem mácula nem mágoa da culpa do passado.
A espreita no cimo da montanha venço desafio
Confrontos do alheio
Não trago problemas para casa faço as pazes comigo .
Para não ter sofrimento
Nem viver no tormento
A felicidade duradoura
Vem de um sentimento
Está em anar.
Amo proclamo e cito a mais louvável canção de amor.
Amo-te sem limites
Quero abraçar -te
Amo-te e não te perder
Este sentimento tem poder.
É de muito afecto carinho, respeito e cumplicidade.
Tu és doce suave és luz para suprimir a tempestade.
Não tenho dúvida
Minha pulsação
Aumenta a pressão
Quando olho para ti Musa.
A cada seu feito
Clamo por sua presença junto do meu peito.
Partiste e não voltaste.
A cada instante choro.
Beijo distante o corpo
Que deixaste em minhas memórias.
Saio de mim em sonhos
Vagueia meu espírito
Em recantos celestes
Vou a pairar pelas fantasias de mundos ocultos
Já que no natural
Não te encontro
Transcende em mim
O sobrenatural
Mundos paralelos imparelos
Clamo por momentos
vivenciados
Em eternos tempos de espaços da vivências.
A cada palavra um sentimento
Inspiração do meu ser
Mil e um dizer
Corrente de um rio que me inspira
Apesar da ausencia.
És presença no meu viver.
És um ser que me enaltece
Permitindo que na saudade faça mudança
No meu decorrer
Em cada aurora que nascia, era o teu nome que o vento sussurrava, e em cada pôr do sol, a tua ausência se pintava em tons de saudade. Lutei, dia após dia, em batalhas silenciosas que só o coração compreende, guiado pela esperança de ver teu sorriso novamente iluminando o mundo. Nunca houve desistência, nem um instante em que o pensamento fugisse para longe de ti. Porque esquecer-te seria apagar as estrelas do céu noturno — e isso, meu amor, é impossível.
