Sou bem Nascido Menino
O menino e o baile de garagem
O menino está crescendo, tem pressa de viver tudo, nos meados dos anos 70 eram comuns bailinhos feitos em garagens e assim o menino pela primeira vez fora convidado para um baile na garagem de um dos amigos de seu primo, tinha um globo e luz negra, era pequena, ele ajudou a montar os equipamentos e no final da tarde lá foi ele para o seu primeiro baile, já tinha alguns de seus amiguinhos no local e também uma linda menina com cabelos longos pretos e com a pele morena, ela dançava com suas coleguinhas, como era de costume falar, seria uma seleção de musicas quente (seis musicas) e uma seleção de musicas lentas (quatro musicas), o menino ficou observando como se dançava as quentes e as lentas, ele arriscou alguns passos e depois de algum tempo já descontraído com seus amigos, arriscou chamar aquela linda menina de cabelos pretos para dançar a próxima seleção de lentas, a menina que também o olhava o tempo todo aceitou, ele ficou ansioso a espera da próxima seleção, ficou por ali próximo da menina com medo que outro a chama se, então anunciaram (Próxima seleção lenta, chama seus pares e vamos dançar), foi a primeira vez que ele ouvia aquela linda canção, dançando com aquela linda menina, o menino se aproxima da menina pegando a pela mão, levando a até o centro do salão, coloca a sua mão esquerda no ombro da menina e sua mão direita na cintura, fecha os olhos e sente o pulsar do coração daquela linda menina embalados pela musica de Chris De Burgh - Flying
Voando, nunca achei que aprenderia a voar assim
Eu pensei que eu gastaria minha vida inteira tentando,
já que estar voando é aquela antiga arte de manter um pé no solo...
Mentindo, eu jamais pensei que pararia de mentir
Eu pensava que perderia tudo isso suspirando,
Já que mentir é aquela antiga arte de esconder palavras que nunca serão encontradas
Chorando, eu pensava que nunca pararia esse pranto,
Eu pensava que eu sempre sonharia com minha morte
Já que chorar é aquela antiga arte de derramar rios de lágrimas
Oh morrendo, eu jamais me imaginaria ver morrendo,
Eu pensava passar minha vida inteira voando,
já que morrer é aquela antiga arte de manter o mundo girando
Suspirando, eu pensei que nunca ia deixar de suspirar
Eu sempre pensei que continuaria chorando,
Já que suspirar é aquela antiga arte de pôr pra fora toda sua tristeza
E tentar, jamais pensei que passaria minhas estações tentando ,
Eu pensei que poderia parar de mentir,
Já que tentar é aquela antiga arte de provar que o mundo é redondo
Oh voar oh oh, mentir oh oh, chorar oh oh, suspirar oh oh,
tentar oh oh, e morrer oh oh,
sendo que morrer é aquela antiga arte de crescer flores no chão,
Sim, é assim...
Foi a primeira musica que marcaria para sempre uma passagem de sua vida, a primeira dança o primeiro de muitos bailes, dançou as quatros musicas, era a última seleção, era o fim daquele primeiro dia de baile, o menino acompanhou a menina até o portão de sua casa que ficava na mesma rua, deu um beijo no rosto macio daquela que seria sua parceira de dança em muitos outros bailes na mesma garagem e todos os finais de semana o menino lá estava e novamente chamando aquela linda menina para dançar, as musicas eram as mesmas, mas o menino queria mesmo era estar ao lado da menina a qual ele a desejava como sua namorada, mas não tinha coragem de revelar e um dia, depois de meses o baile de garagem não mais tocaria a canção que marcou sua vida e o menino não dançou mais com aquela linda menina de cabelos pretos, pele morena, rosto macio, não sentiu mais o seu coração pulsar no embalo da musica. O menino novamente deixou um pouquinho do seu coração naquela linda menina e partiu, mas todos os finais de semana ele iria para festas e bailinhos de garagens, em um desses bailes ele encontrou a menina da escola, a menina de cabelos loiros e olhos azuis, seu coração quase saltou pela boca ao lembrar o quanto aquela menina o fez feliz os quatros anos juntos no primário, ele jamais esquecera que aquela menina para sempre seria a sua primeira namoradinha...
(José Augusto – Primeiro Amor)
Foi numa festa outro dia
Que eu te encontrei a dançar
Namoradinha de infância
Sonhos da beira do mar
Você me olhou de repente
Fingiu que tinha esquecido
E com um sorriso sem graça
Me apresentou ao marido
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Pra me beijar precisava
Ficar na ponta dos pés
Eu tinha então oito anos
Mas te menti que eram dez
Lembro você orgulhosa
Da minha calça comprida
Vínhamos juntos da escola
Sem qualquer medo da vida
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor
Sábado tinha dinheiro
Pra te levar ao cinema
Onde com medo pegava
Tua mãozinha pequena
Nossos castelos de areia
Sonhos perdidos no ar
Jogo de bola de meia
E um refrigerante no bar
E o resto da noite dançou pra valer
Se teus olhos me olharam fingiram não ver
No meu canto eu fiquei entre o riso e a dor
Lembrando do primeiro amor,Lá-rá-lá-lá-rá
A menina diz que sempre se lembraria do primeiro namoradinho, o menino não sabe se ela ainda o lembra,
“E no seu canto ele ficou entre o riso e a dor”.
(Ricardo Cardoso)
O menino e a Professora
Década de 70, o menino está em uma nova escola, (Professora Eunice Laureano da Silva), novos professores, tudo é novo, precisa fazer novos amigos, as meninas logo se empolgam com o novo aluno e isso enfurece os meninos que lá já estudam desde o primário é inevitável às brigas, o menino não gosta de violência e por várias vezes leva socos e pontapés sem reagir, pois se ignorarem, eles o deixaram em paz, o menino faz várias amizades com os meninos e meninas da sua sala e também de outras, fica popular na escola e muitas meninas mandam bilhetinhos pedindo para namorar ele, uns e outros meninos ainda tentam assusta ló dizendo que vai pegar ele na saída, ele então resolve dar um basta nesta situação, acertou a briga do lado de fora da escola, o menino saiu com um olho roxo, mas deixou dois meninos com vários hematomas pelo corpo, isso o deixou mais popular ainda e todos os outros meninos o respeitavam depois dele ter brigado com dois, porem o menino se sentiu mal por esta primeira briga e que por sinal fora a última, seus professores eram ótimos, mas tinha uma Professora de artes (Sandra) a mais bela da Escola, o qual o menino a admirava, ela tinha os cabelos castanhos, compridos e usava óculos, deveria ter uns vinte e cinco anos mais ou menos, seu perfume contagiava o menino que a olhava com um olhar penetrante o qual ela ficava encabulada, de todas as matérias com seu ótimos Professores, o menino se destacou nas de artes, o menino começou a desenhar, pintar e até arriscou fazer uma escultura de barro, pegou gosto pelas artes, em um concurso de artes na Escola o menino fez uma pintura abstrata (feito com anilina em papel canson), ficou com vergonha de entregar diante os desenhos de outros amiguinhos, mas com a insistência da Professora ele entregou seu trabalho e quando ela abriu ficou encantada, levou a sala dos Professores para mostrar e todos queriam aquele trabalho, isto o fez se dedicar ainda mais as artes, o qual ele nunca mais parou e a Professora, ah, ela ainda continuava encabulada com os olhares daquele menino que insistia a olhar profundamente, o menino percebeu que tinha um olhar diferente capaz de deixar as meninas loucas por ele, um certo dia na hora do recreio o qual ele ficava com seus coleguinhas brincando de pega - pega ou paralisado ( tinha que receber o beijo no rosto de uma menina para poder se mexer) um de seus amiguinhos grita paralisado, ele assim o fez e qual fora a surpresa do menino, uma das mais belas menina da escola se aproximou e deu um beijo na boca, foi o despertar do menino, foi como o beijo da princesa no sapo, o menino daquele dia em diante parou de ficar correndo feito louco pelo pátio da Escola, agora o menino ficava paquerando as meninas, as convidando para tomar um refrigerante na cantina e assim foram várias meninas, vários beijos, vários refrigerantes, vários bilhetes no caderno para sua mãe e varias ida para a Diretoria por estar namorando nos corredores e a Professora de artes continuava linda com seu perfume ensinando e desfilando entre as carteiras da sala de aula, certo dia a Professora passando a lição na lousa e explicando a lição ela olhou pro menino e se aproximou e lhe perguntou o porque ele a olhava daquele jeito, que a deixava encabulada, o menino então a olhou dentro dos olhos e disse que ela era muito linda, que a admirava, ela responde ao menino que ele era muito novo e que ela era noiva de um rapaz o qual ele já havia visto no portão da escola esperando a, e assim o menino continuou a olhar por mais um tempo até que novamente ele iria deixar tudo àquilo para traz no seu passado, pois outra escola ele iria estudar e aquela Professora de artes seria uma lembrança em sua memória, mas foi mais que isto, foi envolve ló para sempre nas artes, pintura de telas, desenhos, esculturas e poesias:
Morena Menina
Morena menina, teu olhar me fascina
Teu sorriso me alegra
Teu cheiro me embriaga
Tua voz me conquista
Teu jeito de mulher menina me faz sonhar
Sonhar!
Voltar no tempo...
Ficar com você
Ah! Morena, menina
Que me faz sonhar!
(Ricardo Cardoso)
O menino e o conto de fadas
O menino continua sua busca sem saber o que, é um sentimento qual ele não consegue explicar, ele escreve poesias e versos, fala de amor, indiferenças, desigualdades, mas não se encontra, certo dia decide pintar uma tela, decide pintar em preto e branco, pois estava sem ânimo e sem alegria, seus trabalhos o acompanham, quando esta alegre escreve alegrias, pinta cores como a um arco íris, mas decide fazer alguns traços pretos em uma tela branca, surgiu em suas pinceladas uma linda menina de cabelos curtos e negros com um olhar meigo e uma boca o qual no futuro sairia um belo sorriso, algumas horas depois ele decide deixar sua obra inacabada, e assim por três anos a tela ficou em um canto do ateliê, certo dia, o menino acreditava que havia tido todos os amores de uma vida, ai vem o destino e muda tudo, se surpreende com uma menina filha de um comerciante (Salim), ele se entusiasma com aquela linda menina de cabelos negros, olhos puxados e com um sorriso contagiante, há muito tempo o menino não mais sorria, ele havia feito uma escolha e achava que seria para sempre, mas tudo mudou, toda aquela tristeza se transformou em alegria de viver, a alegria de escrever poesias, de passear no parque ou simplesmente sentar a beira do lago e observar os cisnes, o menino tem medo, foram tantas decepções, tantas juras de amor quebradas, tantas poesias apagadas, tantas lagrimas derramadas, o menino tem medo, mas as conversas continuam e novas poesias são escritas, uma nova pagina em sua vida começa, o menino quer escrever uma nova história sem magoas, sem medos, sem sombras do passado e decide continuar cortejando aquela linda menina filha do Oriente, filha do Turco, ou melhor, filha do Libanês comerciante, apesar da proximidade o menino não a conhecia, talvez pela diferença de idade, pra menina não tem importância esta diferença e ela aceita ser cortejada e escreve poesias para o menino do olhar sedutor o qual ela faria sorrir novamente para a vida e assim os dois começaram um lindo romance como de um conto de fadas, com passado e presente de acontecimentos inexplicáveis, como aquela pintura feita há três anos antes deste encontro o qual retrata a menina filha do Oriente, o menino não entende como pôde fazer de sua pintura inacabada uma menina tão especial com tanto amor a lhe oferecer, o menino, apaixonado, escreve poesias e devaneios, sentimentos e medos, solidão e amor, seria o que ele procurava o tempo todo sem saber o que era, seria uma lembrança de vidas passadas ou seria loucura de um poeta, loucura ou não, eles se amam, se entregam, deliram uma vida em poesias, uma vida de passeios, aventuras e também lagrimas por decisões difíceis em suas vidas, por fim decidem que o melhor a fazerem, seria por um ponto final naquele amor, novamente o menino com lagrimas nos olhos, uma dor no coração partiu, (como tantas outras coisas boas em sua vida que o deixou), ao passar nos locais onde estivera com sua amada, ele a procurava em cada canto do caminho, estava ele novamente com o olhar triste e não mais sorria, dias andando nos lugares que outra hora lhe trouxera tantas alegrias ao lado de sua amada, certo dia em uma dessas andanças, ele a encontra, sentada de cabeça baixa e chorando, o menino se aproxima colocando sua mão em seu ombro, os dois se olham com lagrimas nos olhos, com um nó na garganta e se cumprimentam, sem dizer mais nada um ao outro, o menino partiu, andou por horas e não aguentando aquela dor ele volta, corre pelas ruas, ele sabe onde encontra lá, então ele corre e na praça ele a vê, a menina corre ao seu encontro e com todos os olhares da praça, eles se beijam e no abraço apertado, sussurros de amor, lagrimas de alegria, no coração a certeza da felicidade, a certeza de escreverem uma nova história, como a de um conto de fadas e assim o menino e a menina começam uma nova vida com poesias, artes, teatros, passeios no parque, no trem, no castelo, nas tardes de quarta e no cálice ardente da paixão, o menino percebe que aquela busca por algo que sempre o perseguia, acabará e que a menina do Oriente, a tela inacabada era o seus sonhos e devaneios que virou realidade,
Conto de Fadas
Entre Bruxas e Fadas,
Ciganas e Índios,
seus olhos brilham
Na cidade antiga
Entre castelos e trens,
entre passado e futuro
Caldeirão de Bruxa!
A dança do Índio,
no flash, eu e você
Nas cartas futuro juntos!
Na cidade antiga,
eu e você nos olhares,
das Ciganas, das Bruxas,
dos Índios, da Cidade antiga
No incenso o perfume do Oriente
Na menina do Oriente, um beijo!
Das bruxas magias alegrias,
sangue de dragão!
Das fadas Gnomos e Duendes, um encanto
Entre Bruxas e Fadas,
eu e você, no castelo, no trem,
na Cidade Antiga, entre Índios e Ciganas
Um café quente, amor nos beijos trocados eu e você
No perfume do Oriente,
entre Bruxas e Fadas,
Ciganas e Índios,
a menina do Oriente, um beijo!
(O menino e a menina continuam escrever suas histórias e poesias juntos em um grande amor).
(Ricardo Cardoso)
Se um menino de 15 anos bate em uma professora, ele merece uma punição e não um ensinamento dizendo que isso foi errado!
Minha sina!
Eu não sabia o porque
sofria tanto o menino
tanto lugar pra nascer
e eu tive esse destino
se a seca me fez sofrer
Jesus me fez entender
porque nasci nordestino.
Seu menino, esse negócio
De plagiar os escritos
É coisa feia danada
Digo com sinceridade
Que toda parede tem olho
E todo mato tem ouvido!
A Cola nem na escola
É coisa de preguiçoso
E de mal intencionado
Até a professora sabia
Que algo ali estava errado.
Copiar muito pior
Pois você não é carbono
O bom leitor vai dizer
Que nesse angu tem caroço
Você pode até dizer
Que isso aqui é porcaria
Mas nasceu dos meus miolos visse?
Não é pra sua serventia
Peça licença primeiro
Não copie minhas poesia
E nem texto e nem nada
Largue dessa mania feia
Lhe aviso,
Quando eu morrer,
Venho morder o seu dedo
E azucrinar seu ouvido
Deixo seu cabelo em pé
Um poeta doido varrido
Aponto você com meu dedo
Aviso aos porteiros do céu
Lá vai ele o plagiador
Sem futuro e mascarado
Não tem consideração
É um la lau pegue ele!
Vive morto dentro das calças
Ou de saia, ou de vestido
Copia as coisas dos outros
E tibungo: coloca o nome
Sujeitinho sem miolo
Esse tal de plagiador
Não sabe criar uma virgula
Inda dá uma de doutor
Tome tento plagiador!
Ser nordestino!
O cabra pode ser idoso
seja rapaz ou menino
não conheço um medroso
que se esconda do destino
nunca vi um preguiçoso
e eu me sinto orgulhoso
de também ser nordestino.
Orgulho
Não era nada...
Só um menino
Fazendo tudo.
Nada além de
Um estranho
Achando tudo um absurdo.
Deslumbramentos
De descobrir o mundo.
Nada que
Para os pais encantados
É sinônimo de tudo.
Aprendi desde de menino que tudo na vida a gente consegue com luta e dignidade: correr com as pernas, aguentar com o coração,vencer com a cabeça...
Caminhos Da Escola
Escondam a coca-cola
Da boca desse menino
E mostrem pra ele
O caminho da escola
Se ele não quiser
Passar a vida inteira
No sinal pedindo esmola
Leia o jornal pra esse menino
Pra que ele entende
A verdade profana da rua
Fale pra ele desse cruel destino
E que amanhã
Essa mesma manchete
Também pode ser sua
Dê pra esse menino
Lápis e papel
Antes que o destino
Vem e te faça réu
No breu malino
Desse aranha céu
Mostre pra esse menino
Que esse mundo tá cheio
De homem mal
E se te pegam na rua
Em vez de estar
A brincar no recreio
Já é chamado de marginal
E o que te acontece depois
Eu até receio.
DIÁRIO DE BORDO
Tudo é um milagre cotidiano, inesperado, se olhamos com olhos de um menino, nesse instante nascido, como um estrangeiro de um país distante, descobrindo nuances, detalhes, paisagens, pontos turísticos que já nos acostumamos. Tudo agora podia não ter acontecido, ser um vácuo inimaginável, improvável, um breu impenetrável. "Faça-se a luz"... Um dia alguém apertou um mega interruptor e tudo acendeu, ganhou cor, aspecto, contornos, formas definidas, ficaram palpáveis, visível no inimaginável caos. Outros dizem que foi uma explosão ao acaso, um acaso inteligente, um acaso parecendo algo, uma explosão sem pólvora que só serviu pra acender a velha questão de quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha. Sendo assim, o que gerou a bomba de Hiroshima? Já pensei em comprar um saco de bombas em festa junina e solta-las no quintal uma a uma, umas cem talvez, cem tentativas... E ver o que sai. Uma lagartixa correndo, uma barata queimada, uma minhoca derretendo, escorrendo numa pasta gelatinosa. Um ser asqueroso qualquer, alguma coisa que se mova. Asqueroso... A propósito, só mato baratas em ultimo caso, dentro de casa, numa luta franca, ela ou eu, melhor dizendo. Na rua deixo-as passar, não as piso... Tudo é vida, é pulsar, é dor, é prazer, é cor, é algo que não foi feito a esquadro, nem lixado, pintado, já estava lá. O homem só faz imitar o que vê na natureza. O avião tem a forma de um pássaro, senão nunca voaria, nem pousaria com graciosidade, aerodinâmica, dizem os “inventores”. Um famoso cientista Stephen Hawking, considerado o mais novo Einstein, diz que existem outras dimensões, gente igual à gente noutro canto, gente que já se foi daqui e continua lá, replicando, resistindo, existindo. Vultos que saem do nada, mas, não são fantasmas, fantasmas não existem, diz ele, alguém de outra dimensão, que resolveu passar por aqui, dar um olá e dimensionar-se de novo. Já se admite até a possibilidade de destino, "teoria do caos", uma sucessão de acasos que concorre pra uma conclusão, que obedece a um padrão, um comando qualquer. É que as coisas não são tão simples assim de explicar, a vida surpreende, às vezes: um tsunami, uma enchente, um asteroide a cair na Rússia... E foge ao controle de quem pensa que pode tudo, que a tudo pode explicar. Tudo tem uma razão de ser, uma poça d’água suja na rua, estagnada, tá viva, é um microcosmo, um universo em profusão, é um verso sujo a incomodar nossa estética dominante, determinante. Tudo é perfeito, sincronizado, os dias e as noites, não atrasam, nem adiantam, mesma hora todo dia, tudo é percebido, pouco explicado. Não pedimos pra nascer, fomos aqui lançados. Reparo tudo às vezes, viajo, pelas janelas dos meus olhos como se aqui nunca estivesse estado.
MEU CORAÇÃO DE POETA
Meu coração de poeta
É de menino que canta!
Que brinca todos os dias
Que vive feliz, e encanta
Quando triste nada reclama
Rindo esquece os problemas
E logo seus males espanta!
Brincando, a alma distrai
Renegando seus dilemas!
Meu coração de poeta...
Às vezes até anda por aí
Sozinho querendo amar
Mas, nunca a outro coração
Brinca querendo trapacear!
Meu coração é simplório
Quando recebe insultos...
Não revida, sábio ignora
E vive a vida sempre assim
Com amor na sua plenitude
Na real, sem ser tolo, ilusório!
MUNDO MENINO
Somos mundo menino
Olhos tão pequeninos
Barquinhos de papel
Desenhos de sonhos
Somos mar ... amar de cores
Ventos de flores
Corações de colibris
Borboletas no jardim .
Mas as vezes o horizonte
nos parece tão ... tão distante !
A dor teima em nos seguir
A tristeza parece não ter fim .
Inda bem que a esperança reside
por aqui
e assim vamos navegando
na marra
bordando novos voos
em amanheceres
com luzir !
E por entre sóis de girassóis
Incertos e desertos
Seguimos tentando
desenhar um lindo céu
sobre nós !
Vamos acreditar Sim
A vida não pára por aqui !
Quem disse que futebol é coisa pra menino?
Quem disse que azul é cor que ele tem que usar?
Um homem que é homem de verdade cria um filho
Mostrando pra ele o que a vida tem pra dar
TEUS OLHOS SÃO OS MEUS
Menino dos olhos castanhos
Em quanto tempo viverás...
Não devo, nem vou pensar,
Viverei a cada luar,
Velando o teu pensar.
Menino dos olhos de mel
Cresceste e tão forte ficou,
Mais uma vez lembro...
Foi bom não pensar
O tempo que viverás!
Menino dos olhos amarelados
Os meus olhos também são assim,
Olhe no espelho e verás
Nossos olhos se encontrar...
Vai me ver ao te olhar.
Menino dos olhos de girassol,
Será que vou alcançar
Quando velho estiver,
Seguindo a direção do poente
E teus olhos azulados ficarem?
Menino teus olhos não vão ter cor,
Quanto isso acontecer...
Os meus também assim vão ficar,
Não tenhas medo da escuridão,
Vigiando estarei pegando tua mão.
Menino quando partires
Já deixaste tua semente,
Para florescer e frutificar,
Teus descendentes irão lembrar
Pois, alguns, teus olhos terá.
Menino nós temos que partir,
Áureas abriram para o infinito seguir
E num lugar florido encontrar
A cor transparente dos nossos olhos,
Que esperando, vai estar.
Nasceu numa manjedoura um pobre menino
Revestido com a couraça da esperança
E ao repartir a eterna bonança
Mudou para sempre nosso destino
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