Soneto da Falsidade de Vinicius de Moraes

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Soneto de autopostumação

Sensações póstumas devem ser reconfortantes,
pelo alívio do sofrimento de uma vida inteira,
tornando todo o peso do dia a dia uma besteira,
uma vez do outro lado nada mais será como antes...

Preocupações de outrora em vida serão irrelevantes,
parte de uma extinta realidade passageira,
meu espírito, móvel velho em que se tirou poeira;
renovado, fará de angústias e mágoas coisas distantes...

Não há medo, confio no que mereço, por tudo que fiz;
a morte é um processo natural, calmo e bem-vindo,
finalmente terei a chance de ser bem mais feliz...

Ao partir sei que a caminho do maior estarei indo,
será bom, jamais vi uma caveira com semblante infeliz,
todas espontaneamente estão sempre sorrindo.

Soneto de metamorfose

Vida de lagarta.... Total limitação...
A sina de uma existência asquerosa,
de uma condição naturalmente desairosa,
melancólica, frágil e sem opção...

Destino de incomoda sujeição,
uma vida sofrida, triste e morosa,
de uma falta de perspectivas pavorosa,
onde há apenas a morte como solução...

Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;

será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.

Soneto:
Amor-perfeito é uma flor

Amor quase perfeito
Carrega dupla afeição
Um parece que voa
Outro tem os pés no chão

Ambos se sentem seguros
Os afetos que trazem no peito
Transformam cada ocasião
No momento mais perfeito

Uma dupla sincronia
Um ama a noite
Outro a luz do dia

Um amor quase perfeito
Mesmo sem razão
Um é poesia o outro a emoção
Soneto autoria #Andrea_Domingues ©

Todos os direitos autorais reservados 20/12/2019 às 19:40 horas

Manter créditos da autoria original #Andrea_Domingues

VERSOS DE AMAR (soneto)

O poetar que sofre, desgarrado
Da emoção, no exílio sem pejo
Da inspiração, ali tão separado
Calado, e sem nenhum desejo

Não basta apenas ser criado
Moldado na doçura dum beijo
Nem tão pouco ser delicado
Se o cobiçar, assim me vejo

O poetar que tolera, e passa
Sem se compor com pureza
Não há quem possa ele criar

E mais eleva e ao poeta graça
É trazer na poesia a grandeza
E a leveza dos versos de amar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, outubro
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

SER (soneto)

Sou o devaneio que crasta, que crasta
Sem governança, sem fim, sem medida
Vou empurrando a ventura que arrasta
As vaidades, isolando o mérito da vida

Sou o tempo no tempo que vergasta
Os segundos, e os pondo de partida
E em cada minuto o minuto se vasta
Formando o destino na direção parida

Nada pode cessar os meus danos
Tão pouco modificar esta corrida
Passo adiante, assim vão os anos!

E nesta tal avenida, tudo é ousadia
Pois a temporada é muito reduzida
E ser, a única importância de valia...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Soneto

Pergunto aqui se sou louca
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã
E ainda mais, se sou eu

Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida

Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela
que se chama Ana Cristina

E que se diz ser alguém
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?

Eu sou poesia
O teu corpo um poema
A tua boca um verso
E juntos somos
Um belo soneto
Que gostas de ler com os dedos

Soneto de sentimentos

A vida é como as ondas
do mar que vão e vem
como as batidas do meu coração
com a solidão que derrama
da minha insurreição.

Meu coração é feito de cimento
Que vai voando com os meus sentimentos Que vai morrendo em meus pensamentos
Que vai voando com os meus batimentos.

Lua branca que cai do céu que vai navegando no mar de mel.
Morrer ou viver
não sei o que escolher
até a lua se escurecer.

Alma negra que derrama sangue do meu coração que vai morrendo na escuridão da minha ilusão.

SONETO DO AMOR MADURO

Esperamos algumas dobras aprendendo mansidão
Depois, nos mesmos espaços a fio tivemos por lição
As certezas do intrépido desafio em vencermos
A vastidão dos doídos encantos indomados do mundo.

Outro tempo nos fora gasto no cotidiano desbaste
Daquilo que se desvendara com o surgir das verdades
Tão distintas quanto translúcidas com o passar da idade
Tão carismáticas a ponto de tornarem-se cumplicidade.

Fomos assim perseguindo ilusões e vencendo vaidades
Conquistando a amizade, obedecendo raras vontades
Distantes da subserviência, do ócio, das tolas paixões.

Tornamo-nos generosos, íntimos, prósperos e próximos
Tão comuns como apropriados são os doces sentimentos.
Então descobri que a amara desde o primeiro momento

LIVRAMENTO (soneto)

Leia-me! O meu verso árido e nefando
Que queima o meu peito, e dá arrepio
De quando teu paleio vem me cevando
Nos embustes sorrateiros, vis e tão frio

Olha-me! Não temas, pois, sou brando
Já não busco o poetar num belo feitio
O meu ser ainda permanece, radiando
Já o senso, é tal qual um céu sombrio

Fala-me! Verdades, não simule pranto
Pois, as flores do cerrado têm candura
As agruras, não vão ser, minhas pupilas

E se escrevo este soneto, enquanto
Escorre nos versos a minha tristura
O meu amor, desobriguei das quizilas...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25/01/2020, 17’33” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

MASMORRA (soneto)

A vida expira assim como os ventos
Tal a dor e alegria do pensamento:
Fugaz, vagos clarões, sentimentos
Nas venturas, ausentes, eu invento

Vidas que não tem vida, lamentos
De pó, para o pó somos momento
Em vantagens e em detrimentos
Num sopro espalhado a portento

Mas, as sensações sem ter vida
Desengana, extermina e alucina
São almas vazias, e com rancor

Calam as quimeras, põe de saída
A ilusão, numa inércia assassina
Expropriando o coração do amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/01/2020, 09’35” – Cerrado goiano
Olavobilaquiando

⁠ Soneto da saudade e um bilhete de uma neta saudosa pós-pandemia

Tua voz ecoa em meus ouvidos
E tua risada em minha mente repousa
Mas a canção que toca ao alvedrio
É a saudade que minh’alma magoa

Que saudade do teu abraço amigo
Que saudade da tua prosa boa
Que saudade de me estar aí contigo
E eu te falo como se falasse à toa

Pois é bobagem esse meu tom saudoso
Como se tão longe estivesse de teus braços
Quando só me basta um pequeno passo
E estarei contigo, meu avô, de novo

E te preparas que esse teu peito de aço
Que és fera, mas que conheço os pedaços
Irá suavemente me abraçar

Pois se te encontro, tão cedo não te largo
E a saudade dos dias já passados
Há de ir, para nunca mais voltar

Ps: eu chegarei na próxima tarde, anuncio antes para logo me esperar. É que já não aguento mais a saudade e não vejo a hora de ir te encontrar. Beijos e até mais, te cuida, que eu chego já.

⁠Soneto da alma

Nos olhos aparece
A verdadeira intenção
O sentimento enobrece
E vira paixão

Com seu olhar desocupado
Que não apaga e não muda,
O seu sorriso estampado
É sua mais linda curva

Não sei o que me fez gosta
De uma alma tão profunda
Tomara que isso não mude nunca

Sei que com palavras não posso provar
Mas com ações vou te conquistar
Mesmo que venha a demorar

Soneto Da janela da alma

O negro dos seus olhos
Meu lembra o vazio
Que somos seres falhos
Com um corpo servil

O contraste com o branco
Que da vida
E do sorriso que arranco
Deixando tua pele colorida

Mas no fundo vejo tua alma
Onde reclama
Pedindo menos de calma

Esse são os versos de um simples trovador
Escrevendo sem pudor
Tentando mostrar um pouco do meu valor

⁠...
Soneto da Saudade

Quando amamos e vivemos
Com costumes e moral
E na vida aprendemos
O que não pode ser normal

Pais e filhos são eternos
E o desprezo não perdura
Esses laços são fraternos
Ser sensato é ter cordura

Não sou apenas biológico
Sou de trato e emoção
Pai presente, etimológico
Lágrimas surgem e solidão

Podem tirar minha razão
Não me fará falta alguma
Mas me deixe o coração
O meu eixo desapruma

Meu sentimento é verdade
Que me dói até a alma
Meu soneto da saudade
Tenho força, tenho calma

Tenho filha, tenho filho
Meus anseios no papel
Um cordeiro, um novilho
Eu, Manú e Raphael

⁠SONETO POÉTICO

Não mais desfruto do prazer de outrora
Do teu olhar, do teu riso, tudo desfeito
Agora em cada prosa uma dor no peito
E, em cada canto a sofrência que chora
Ah! poesia, que da alegria era um feito
De sensação e não uma agrura sonora
Era afeto, agrado, de sedutora aurora
Ó emoção, dá-me um versar com jeito

Pois, o carpindo no soneto é amargo
E tão letargo o poetizar, um embargo
Ao coração, que sonha e quer o teor
Deixai-me com o desprezo e o desdém
Na dita sorte, e no transtorno, porém,
Poético! Sempre hei de crer no amor!...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09 agosto, 2022, 19’47” – Araguari, MG

⁠SONETO PRA MANUELA ...

Quando a primeira vez revelaste pra vida
Do afeto acordaste, em devoção inteira
De dentro do sonho, do desejo foi parida
Desabrochando o amor da filha primeira

Com olhos rasos d’água, ovação, querida
Em anunciação, uma emoção verdadeira
És tu, menina, mimo, uma infinda torcida
Ao bem e a ventura, a felicidade te beira

E no zelo, por onde a ternura aí passar
Tão velada, ó pitéu pequenina, estrela
És “Manu”, um agrado que veio causar

Foi, assim, que se fez a surpresa bela
De simpatia, tua alegria, sorriso no ar
Feliz Novo Ano, viva, menina Manuela! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2021, 06’48” – Triângulo Mineiro
*Um ano da minha sobrinha neta Manuela Naves Abraham

⁠SONETO AO PASSARINHO

Onde tu estás passarinho
Para enviar meu recado
Que transborda de carinho
Para quem é dedicado.

Venha cá passarinho
Mas o leva com cuidado,
Não te perca no caminho
Cuida do que te é guardado.

E não te esqueças passarinho
Que isto que te é confiado
É algo como teu ninho
Puro,simples e sagrado.

Então voa passarinho
Como um cavalo alado
E entrega com jeitinho
Nas mãos do meu ser amado.

⁠SONETO À SANTO ANTÔNIO

Do teu testemunho, a fé é razão
Junho é mês, do festejo contente
Dia 13, a celebração e recordação
Bilhetes de amor de toda a gente....

És Santo aclamado na comunhão
Aos casais, guardião contundente
Do canto ao alto a próspera união
- aos nubentes, cerne confidente!

Santo Antônio, Santo casamenteiro
Tão louvado. Ao colo leva o menino
Jesus... devoção no mundo inteiro!

E aqui neste soneto em prece, seja!
A minha, a tua, a nossa fé, ao Divino
E, que com Sto Antônio sempre esteja!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, junho, 15’34” – Araguari, MG

⁠SONETO DE AMOR

A prosa traz meu encanto, meu amor
Assim que ela versa o versar enamora
Sussurra, delira, e se esquece da hora
E a quem lê a sensação sente o sabor

Quando sai da imaginação, a compor
A ilusão é enlevada, poética, embora
A rima ao poeta seja caixa de pandora
Ah emoção... ajudai-me a dar-lhe flor

Ternura, uma ávida trova de um amar
Que nasce da sede e brota a embalar
Cada sentimento que o afeto conhece

O que ao arrebatado assim lhe parece
Aquece, e puxa a emoção pra poetizar
Pois, é a paixão no soneto a se revelar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2021, 18’32” – Araguari, MG

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