Coleção pessoal de marcosmarctins

Encontrados 19 pensamentos na coleção de marcosmarctins

Costumo dizer que as pessoas quando morrem, saem do casulo, viram borboletas, e voam por esse mundo a fora, procurando por uma flor para pousar e descansar da sua longa trajetória vivida.

O negro


Nasce um branco,
Eis amado.
Nasce um negro,
Eis humilhado.

Seras tu, ó meu Brasil,
O cúmplice dessa maldade.
Um mar do sangue negro,
Derramado sob o chão.

Quanta ocorrência, quanta violência.
Terra adorada, entre outras mil,
És tu Brasil, que não enxerga nada.

Abre teus olhos Braisl,
E enxerga a realidade.
Ó pátria amada!


Abril, 2015

De que vale uma crítica não construtiva quando ela não vai nos beneficiar em nada?
De que vale uma crítica não construtiva quando criticamos por prazer?

Derrame-se...


Chore, mesmo que não haja tristeza,
Ria, por que o “amanhã” pode não existir,
Ame, mesmo que não creias no amor,
Porque quando você der conta; acabou.


Se derrame; fale que ama,
Fale que precisa, não tenha medo,
Implore, corra atrás, chore,
Grite por quem você ama.


O tempo voa... Não vamos esperar por ele. Vamos criar asas e voar junto com ele.

O Menino que não sabia ler


Estava no seu segundo ano do ensino médio, participava de um grupo de adolescentes que sonhavam em “fazer” teatro. De uma forma dinâmica. Sem um real conhecimento em teatro, “brincavam de fazer teatro”. João, um dos jovens, sentia uma paixão imensa por teatro. Porém não sabia ler. Conforme “brincavam de fazer teatro”, todos sentiam uma inadiável vontade de aprofundar seus conhecimentos e vivenciar o teatro. Certo dia, os jovens ouviram na rádio que no dia seguinte um diretor de teatro estaria indo aquela região propondo uma oficina de teatro. Todos ao saberem da noticia, planejaram em procurar o diretor assim que chegasse a região. João, por saber que tinha uma grande dificuldade em sua leitura, não estava tão entusiasmado como os outros jovens, sabendo ele que iria passar o maior transtorno de toda sua vida. No dia seguinte os jovens então se juntaram em uma pequena praça, em seguida foram procurar o diretor. Todos muito felizes por saberem que iriam participar de sua primeira oficina de teatro, foram correndo até o diretor. João, pelo fato de não saber ler, não estava tão entusiasmado. Ao chegar ao diretor, os jovens estavam interagiam entre se enquanto o diretor conversava com um senhor de idade. O diretor, ao ver toda aquela barulhada, foi até os jovens. - Com licença, que barulheira é essa? (Um dos jovens respondeu um pouco gaguejando e nervoso). – Olá senhor, ontem ouvimos na rádio que o senhor viria para cá com a proposta de uma oficina de teatro. – Sim, e percebo que vocês estão interessados. (Disse o diretor). – Sim senhor! O que fazemos pra participar dessa oficina? (Perguntou o jovem ao diretor). – Vocês tem que preencher esse papel. Por fim todos terminaram de preencher os papeis e entregaram ao diretor e de fato João foi o último a entregar. O diretor pediu que todos viessem no próximo dia para a primeira aula. (Passou-se um dia e todos estavam lá). – Bom dia! Vejo que todos vieram. Ainda hoje distribuirei as cenas de cada um. (Disse o diretor). João, por saber que teria a maior dificuldade em aprender o texto ficou ainda mais triste. (O professor fez algumas dinâmicas teatrais e logo em seguida entregou as cenas dizendo). – Peço que todos venham com o texto decorado amanhã e que tentem e que façam experimentações. (Passou-se mais um dia). O diretor fez um semicírculo e pediu que fossem de um em um e mostrasse a todos o que conseguiu. (Todos os Jovens foram faltando apenas o João). – Sua vez João. (Disse o diretor). (João levantou-se do chão e foi para o centro do circulo). – Pode começar João! (Indagou o diretor). João estava muito nervoso e ainda com o texto na mão. – João? Algum problema? (Perguntou o diretor enquanto João permanecia calado). O diretor chamou João até uma sala. João, conte-me o seu problema?! – João estava muito nervoso. – Eu não sei ler! (Disse João surrando). O professou não entendeu e pediu que João falasse mais alto. – Eu não sei ler! (Disse João). O diretor foi com João até o semicírculo e despencou todos exceto João. – João venha comigo. O diretor pegou um pequeno livro explicou a João algumas coisas sobre literatura e disse. – João, tente ler esse livro e traga-me amanhã. – Quanto ao texto? (Perguntou João). – Esqueça o texto. Apenas tente ler esse livro e conte-me sobre ele amanhã. (Disse o diretor). João foi para casa. Ao chegar a casa, a primeira coisa que João fez foi pegar o livro em sua mochila e com grande dificuldade leu o livro por completo com apenas algumas explicações que o diretor tinha lhe proposto. (Passou-se mais um dia). – Então João? O que achou do livro? (Perguntou o diretor a João). E então João o explicou detalhe por detalhe. Quando terminou a aula o diretor foi até uma sala e voltou com outro livro na mão. – Tome João, leia esse outro livro e explique-me sobre ele amanhã. (João pegou o livro e saiu). Passaram-se alguns dias e toda vez que terminava a aula o diretor entregava um livro a João. Num certo dia o diretor não entregou um livro a João, entregou a cena que tinha proposto a João na primeira aula e disse. – Tome João, dessa vez não lhe dou um livro. Dou-lhe essa cena a qual tinha lhe proposto antes. João pegou o texto e foi pra casa. (Passou-se mais um dia). João foi o primeiro a chegar à oficina, contente por ter aprendido ler e por ter decorado o texto que o diretor tinha proposto. A cena de João foi impecável. Nisso João tomou amor pela literatura e tornou-se um grande escritor.

Se alegria eu tivesse, flores eu daria.
Se flores eu tivesse, de amor eu mataria.
Se amor eu tivesse, quem sabe um dia...

O vazio, o infinito, o piano
O vento, teu sorriso, teu pranto
Teu olhar, teu sonhar, uma noite de luar
As árvores a balançar


Um nó, uma dor, sem dó
A água, a alma, a calma
As folhas, o ar, a solidão
O silêncio, as luzes, aqui dentro


Aqui, assim, sem fim
Esse vazio que preenche-me
Depois de um acordar


Nessa noite de luar
A lua a me chamar
E eu em ti pensar

Dentro de um quarto escuro
A pensar e observar a lua
O vento soprando as árvores
Nas estrelas enxergo o desenho do teu rosto


A noite tarda por ti
Um longo suspiro profundo
Do nada uma lembrança
Um breve sorriso


Que ausência faz o acolho de um amigo
Assim como as rosas murcham
O amor também


Esse amor solitário não me convém
Quero deitar nas nuvens
E assim conseguir teu abraço


Senhor do Bonfim - BA
08/01/2015
21h50min

Entrego-te o meu amor incondicional, em troca recebo flores.
Entrego-te minha cinceridade, em troca recebo a tua amizade.
Entrego-te o meu viver, em troca recebo o teu amor, tuas flores, tua sinceridade, tua amizade e o nosso viver.


Senhor do Bonfim - BA
29/12/2014
17h29min

Você já parou pra pensar por que será que o mundo é assim? Do jeito que é. Por que será que tudo tem que ser do seu jeito? Por que tudo tem um momento certo pra acontecer e porque acontece. Pra que acontecer? Que significado tem um acontecimento? Que vantagem tem fazer acontecer? Por que será que vivemos? Pra que viver? Pra que? Pensa comigo. Se nada existisse tudo num seria mais fácil? Claro que seria! Mais sabe pra que realmente estamos no mundo que vivemos? Pra fazer o mundo ser assim, do jeito que é. Pra tudo estar ajustado em seu lugar. Pra tudo acontecer no seu momento certo, na hora certa. Pra aquele acontecimento ter um significado. Se o nada existisse. Não seriarmos nada! O ar, a poeira, nada. Absolutamente nada. Por isso: vivemos pra viver, pra ser alguém.


Senhor do Bonfim - BA
11/12/2014
17:15

Sou ator


Não sou homem
Não sou mulher
Não sou homosexual
Não sou lésbica
Não sou assexuado

Sou ator, sou vida
A força, a reincarnação
Eu sou o tudo
Eu sou o nada
Eu existo e não existo
Eu sou a arte de viver a vida.


Senhor do Bonfim - BA
03/12/2014
16h00min

"Hoje, por volta das 03h00min (três) hora da manhã, acordei com uma leve dor de cabeça, levantei-me da cama, fui até a cozinha, tomei um copo d’água e fui deitar-me novamente. Ao chegar a cama virava-me para todos os lados tentando alcançar o sono. Tentei de várias formas, só que a insônias falava mais alto. Levantei-me novamente da cama, caminhei novamente até a cozinha, novamente tomei outro copo d’água e fui deitar-me. Ao chegar a cama, novamente virei para vários lados, várias vezes, e nada. E novamente levantei-me da cama e fui novamente caminhando em direção da cozinha, ao chegar a cozinha tomei novamente outro copo d’água e caminhei em direção a sala de estar. Ao chegar a sala peguei um livro e comecei a ler. Era um livro de romance que relatava a história de uma jovem que se apaixonava por um rapaz um pouco mais jovem que ela, a família pelo fato da jovem ser um pouco mais velha não aceitava que o jovem tivesse qualquer tipo de relacionamento com a jovem. O livro era de 195 capítulos e aquela era a ultima pagina que faltava para acabar de ler aquele belo livro de romance. Assim que acabei de ler o livro, peguei uma folha em branco e comecei a escrever um resumo daquele livro. Terminei o resumo. Levantei-me da poltrona e fui em direção ao quarto. Ao chegar lá me ajoelhei diante da cama e peguei um baú que estava lá. Levantei-me e sentei-me na cama, abri o baú e comecei a ler algumas cartas e observar algumas fotografias. Enquanto olhava aquelas belas imagem, era como se eu estivesse viajando no tempo e indo em direção a casa que eu morava quando pequeno. Olhava aquelas imagens e lembrava-me dos meus pais, amigos, primos e avós. Lembrei da primeira garota que me apaixonei quando pequeno. Sophia era o nome dela. Não havia um dia em que não pensasse nela. Sophia era como uma estrela para me, nenhuma outra garota conseguia fazer com que eu parasse de focar nela. Até que um dia, a mãe dela trouxe uma noticia pra me. Disse que na manhã seguinte ela e Sophia estaria Indo embora. Daí então nunca mais viu aquela linda menina que eu era tão apaixonado. Era ou talvez ainda seja... Uma menina ruiva, dos olhos azuis, de um sorriso encantador. Bem, de tanto ver aquelas imagens que tinha daquela linda infância, e ler aquelas cartas que não tínhamos a noção de como era aquelas palavras, acabei me emocionando. E quando tudo parecia ter acabado... Ouço a campainha tocar. Guardei tudo no baú, coloquei-lo no lugar e fui atender a porta. Ao cegar a porta. Segurei a maçaneta, fui abrindo bem devagarzinho em quanto enxugava o pouco das lagrimas que tinha no meu rosto. Pela brecha da porta eu vejo aquela chuva forte e relâmpago por todos os lados. Abro a porta por completo, de cabeça baixa, arrumando o tapete com os pés, que estava enrolado. Fui levantando a cabeça lentamente e ainda enxugando as lagrimas, quando pela cintura daquela moça que estava toda molhada, vejo um cabelo vermelho, bem cacheado, igualzinho o de Sophia quando pequena. Paro o olhar diante da cintura dela, dou um suspiro profundo e ergo a cabeça rapidamente... E lá estava ela, Sophia, tinha absoluta certeza que era ela. Aqueles olhos azuis não negava nada. A mesma forma que ela me olhava quando pequena ela estava me olhando naquele exato momento, fiquei parado olhando pra ela um bom tempo, até que ela falou: “senhor? Você faria a gentileza de me deixar entrar?! Estou encharcada de água.” Eu, mesmo gaguejando pedi que entrasse. Tinha certeza que era ela e que o destino, pois ela ali, comigo, frente a frente. Ela lentamente puxou um papel que estava no seu peito, colocou em cima da mezinha da sala, e foi abrindo com cuidado para não rasgar de tão encharcado de água que tava. “O senhor sabe me informar onde fica essa casa?” disse ela! “Fiquei sabendo que esse rapaz está morando aqui, nessa rua.” Fiquei surpreso e mesmo gaguejando falei pra ela que aquela pessoa era eu e que o endereço era o que ela estava naquele momento. Ela pegou minha mão, levantou lentamente e pediu que eu levantasse e disse: “Nunca mais quero me separar de você, Miguel!”.

Senhor do Bonfim - BA
17/11/2014
17h18m

E quando achamos que sabemos de tudo. É aí que não sabemos de nada.

Não pense apenas com o cérebro. Pense também com a alma.

O tempo passa, os dias passam, a noite passa, você passa, a moda passa como a febre passa e a uva passa.

Fenecimento beijo


Teus olhos são um encanto,
Aos meus justapor.
Meigo teu sorriso loquaz.
Lembro-me desses teus lábios rubicundos.
Que da vontade de beija-los.

Fleumático e ardiloso amor.
Tua mão pachorrenta vem me tocar.
E a minha inócua a se aproximar.
Até a hora inesperada...
Do fenecimento beijo.

O medo de se expressar é tão grande que não nota que esta se expressando.

Soneto

Pedi tempo ao tempo
Mais o tempo me sugeriu mais tempo.
Oh tempo, porque exiges tanto tempo.
Nessa vida de perda de tempo.

Pedi calma pra calma
Mais a calma já me respondeu sem calma.
Oh calma, porque não me queres da calma.
Se eu sem você não tenho calma.

A vida sem o tempo não tem sentido.
Sem a calma não tem abrigo.
Sem os dois sou meu próprio inimigo.

O que tiver de acontecer que aconteça
Mais que a vida tenha uma certeza
E seja feita de destreza.

Teu ar

Se fores sonhar, sonhe comigo.
Minha alma necessita do teu suspiro
Sou como uma arvore
Que espera a primavera
Para que as folhas possam surgir belas

Preciso do teu ar para ser alguém
Dos teus olhos para conhecer o além
Das tuas lagrimas para me banhar
Do teu sorriso para não ter solidão
É o teu viver que aquece o meu coração.