Sombra

Cerca de 3265 frases e pensamentos: Sombra

⁠Quem sou eu, além de uma sombra imprecisa do passado, projetada nas paredes do presente?

Inserida por ednafrigato

⁠O amigo verdadeiro não se comporta como uma sombra possível de ser vista ao nosso lado apenas nos dias ensolarados, ao contrário, é aquele que caminha conosco principalmente nos dias sombrios.

Inserida por ednafrigato

⁠O ANONIMATO DA ESPERANÇA

Parte I
Vi certa sombra de figura lúcida,
Com a esperança em bolsa plástica,
Trazia a fé, embora acústica,
E uma postura quase elástica.
Morava à beira da rua Cítrica,
Num velho prédio de fachada rústica,
Bebia sonhos com água límpida
E lia o mundo com lente cônica.
Dizia: “Fui devoto e lírico,
Mas hoje sigo um rumo lógico.
Dispenso o culto, o rito trágico,
Descreio até no afeto ético.”
Tinha o olhar de um padre cívico,
Falava aos ventos com voz irônica,
Via o poder no gesto apático
De um figurão, uma pose estática.
“Pois que me reste” — dizia, cínico —
“A esperança, mesmo anônima,
Ainda pulsa na alma trágica
Que ri do abismo, sente dor crônica.”
E o desespero? Um cão asmático,
Que uiva ao nada de forma estrídula.
Mas foi vencido por flor simbólica,
Essa esperança tão anestésica.

Parte II
Cruzou a noite de rua lânguida,
Com passos certos, porém mecânicos.
Entrou num bar de luz esparsa,
De porta estreita e copos rústicos.
A mesa torta guardava vínico
Vestígio amargo de tempo estático.
Um homem rindo, de rosto pálido,
Falava ao nada com tom enfático.
Do rádio antigo, saía um tango
De melodia com ar apátrida.
O dono, ex-bardo de fala áspera,
Servia goles com mão metódica.
“Já vi coroa em leilão de feira,
E trono aberto por seda efêmera.
Conheci santos de voz histérica
Vendendo a culpa com ar bucólico.”
Ouviu aquilo de forma crítica,
Sem demonstrar juízo errático.
Mas sobre a mesa, com tinta rala,
Achou um bilhete de traço exótico:
Se a dúvida pesa, busque o vértice —
Há mais verdade no passo dúplice
Do que na vida contida e rígida,
Feita de cálculo e prumo estável.
Leu. Respirou. Sentiu o cárcere
Abrir no peito com corte elíptico.
Pagou a conta com nota mínima
E partiu leve... como um equívoco.

Parte III
Entrou na igreja de nave esguia,
Com passos mudos e ar hermético.
Sentou-se à sombra da tal capela,
De altar singelo e vitral histórico.
As velas ardiam com luz instável,
E a brisa espalhava o balsâmico.
No chão, mosaicos de tom hipnótico
Ecoavam sons de um tempo arcaico.
Ali, curvada sob véu cerúleo,
Estava ela — em prece angélica.
Tinha a postura serena e pública
De uma matrona, fé dogmática.
Mas — oculta à luz, o rosto insólito
Despertou nele lembrança implícita:
Era a mulher da noite pândega,
Dama envolvente, de um bar pródigo.
Lembrou do palco, da dança rútila,
Do corpo em transe, da voz melódica.
Do cabaré, num néon cálido,
E do desejo em vertigem fônica.
Trocaram beijos de riso trêmulo,
Ecos de vodka em copos gêmeos.
Depois, silêncio. Depois, milênios.
Agora ali — num banco cândido.
Ela o fitou com calma olímpica,
Como quem já redimiu a fábula.
E ao perceber sua alma líquida,
Fez-lhe um sinal... e voltou à página.

Parte IV
No dia seguinte, a rua inércica
Acordou cedo, mas sem vestígios.
O homem sumira — sem marca térmica,
Sem despedida, sem traço lícito.
Não levou nada: nem livro ou bússola,
Nem a camisa de linho pálido.
Deixou na mesa um copo acrílico
E um guardanapo com tinta tímida.
Sobre ele, uma escrita órfica:
"A liberdade não tem perímetro.
A esperança não é teórica.
E a lucidez… não mora em títulos."
Dizem que agora percorre as praças,
Com voz serena e olhar pacífico.
Entrega versos por entre esmolas,
E ouve o mundo com tom empático.
Alguns o viram no terminal lôbrego
Falando à brisa, sem causa nítida.
Outros juraram tê-lo em ambulatório,
Segurando a mão de moça cárnica.
Nunca mais teve um rosto fixo,
Nunca mais nome, nem mesmo cédula.
Mas muitos dizem — entre sorrisos —
Que a sua ausência se fez… parábola.

Inserida por ninhozargolin

Na impaciência que a sombra meu interior
Uma vida que jamais foi minha
E não sim de uma penitência
Que corrói ao ponto de deixar aqueles que amam .pra que possam viver uma vida melhor a que vc proporcionar .
Não egoísmo entenderam
E amor
E continua guardando dentro de todos
A visão oq um dia fui
E não uma versão derrotada
Que se entrega por não querer
Mais magoar ninguém
Com suas injúrias
E estresse diários
Perturbações
Cheguei no ponto que não quero
Ser intendida
E nem compreendida
Só quero q lembrem de mim
Como um alguém especial .

Fernanda
Nanda
Ef
Fefe
Como quiserem

Nunca perdi minha fé
Que tenho em deus
Entao se encontramos lá

Até logo

Inserida por FernandaVitalino

⁠Cansada Gauchada
Bah, que canseira! O passado na frente, feito sombra comprida.
Nem deu pra ajeitar o cabelo, nem pra lavar bem a vista.
Ele não espera a gente acordar, já chega dando pitaco,
Com a voz grossa que nem carreta atolada no barranco.
Tem dia que ele vem que nem potro xucro, relinchando de raiva,
Me xingando que nem se eu tivesse roubado a última prenda.
Me bate que nem peão castigando o bagual teimoso,
Quase quebra a alma da gente, deixando um gosto amargo.
Cada dia uma prosa diferente, um jeito de chegar mais perto.
Hoje ele veio que nem chuva de outono, pesada que só.
Tão pesado que a cabeça ficou baixa, os olhos sem brilho certo,
Quase que nem consegui olhar pra cima, feito gado no brete.
Botou um peso nos ombros, na mente fez um nó apertado,
Me senti um nada, que nem folha seca varrida do terreiro.
Tem dia que ele me leva pra longe, num rancho abandonado,
Me bota num sofá velho, de frente pra um caixote preto.
Aí ele liga a tal "televisão" da memória antiga,
Bota umas fitas empoeiradas, de quando a vida era outra.
Cada dia um filme diferente, uma história que me castiga,
De um tempo que eu mesma vivi, mas que a alma não mais suporta.
Ele grita no meu ouvido, que nem vento minuano na janela,
Como se Deus tivesse virado a cara pra essa pobre chinela.
Hoje a lágrima escorreu cedo, que nem orvalho na grama,
Pedi pras forças do céu, pra aguentar essa cruz que me chama.
Sei que não errei tanto assim, pras palavras do passado doerem tanto,
Sei que muitas vezes não devia escutar, mas a gente se entrega.
Mas lá dentro também tem uns "e se" que a gente carrega no canto,
Umas verdades que eu escondo, pra não piorar essa peleia que me pega.
Amanhã, ele vai ter mais fitas pra mostrar, pode apostar,
De coisa que eu não fiz, de rumo que não consegui mudar,
De quando a cabeça era mais fraca, sem tento pra lidar.
Me agarro nas rezas, nas conversas longas com o Divino,
Pedindo perdão pras pisadas tortas, pras dores que me abatem.
Sentei com Deus hoje cedo, com o passado ali, ladino,
Um café quente na mão, o cabelo em desalinho, os olhos que ainda batem.
E chorei que nem criança perdida na neblina, sem ter pra onde correr.
Porque sei que agora, nessa hora amarga que me invade,
Não consigo achar um jeito de botar um ponto final nessa saudade.
Só Ele, lá de cima, pode me dar um milagre, um perdão verdadeiro,
Pra esse passado que judia tanto do meu presente altaneiro.
Só assim, quem sabe, consigo rabiscar um futuro mais inteiro

Inserida por Alineferreira01

Eu sou um pouquinho da grande estrada por passei,
sou a sombra e o Sol quente, a planta e a semente da terra que semeei.
Eu sou a sobra da poeira batida depois de uma queda,
estou do lado oposto do que foi posto ao que azeda
Eu sou a métrica e a rima, em suma eu sou a sina
Que me foi dada em presente
Léo Poeta é meu nome
Eu sou a estrada e a fome
Acima de tudo sou gente.

Inserida por LeoPoeta

⁠tudo que quero um dia é um lugar ao sol onde eu possa desfrutar de minha sombra e água fresca

Inserida por oliceamorim

⁠A sabedoria que não teme ao Senhor é só sombra de grandeza.

Inserida por joemarro

⁠Ainda que estejamos passando pelo vale da sombra da morte, ainda que estejamos passando por dificuldades tão adversas — que não queríamos, não desejávamos — o Senhor nos encoraja. Ele que diz a hora de terminar. Não passe o bastão, não passe a bola. Deixe Deus fazer em você aquilo que Ele sempre quis fazer.

Inserida por Natan20

Ao contrário da borboleta a metamorfose do amor é no fim. É no final que ele se torna uma sombra imprecisa, um espectro triste e pálido do foi. É nesse tempo indefinido e tardio que ele se arrasta como um verme multiforme entre migalhas, restos e sobras putrefeitas e mal cheirosas.

Inserida por ednafrigato

Hoje somos apenas uma leve sombra desbotada, do amor que um dia vida, um arco-íris cores.

Inserida por ednafrigato

Mulher

Um dia morremos de amor, mas no outro renascemos puras, como um lírio sob a sombra da lua, exalando toda nossa beleza, e perfume de mulher.

Inserida por ednafrigato

Intimidade é descansar a fala sem medo na sombra do silêncio do outro.

Inserida por ednafrigato

Na iminência da noite o sol cria raízes pra cima, fazendo sombra no dia.

Inserida por ednafrigato

É inútil tentar repousar sentimentos na sombra da indiferença.

Inserida por ednafrigato

⁠Ao contrário da borboleta a metamorfose do amor é no fim. É no final que ele se torna uma sombra imprecisa, um espectro triste e pálido do que foi. É nesse tempo indefinido e tardio que ele tenta se manter vivo alimentando-se com as migalhas que sobraram. Como uma lagarta arrasta-se carregando o peso e a culpa do fim. Agarra-se com tanta força às lembranças que chega a pensar que são reais. Mas como amor é par, sozinho definha aos poucos, rende-se ao tanto faz da indiferença e resignado à triste sorte entrega-se à clausura do casulo .

Inserida por ednafrigato

⁠Sempre vai existir um lugar ao sol para quem não tem medo de sair da sombra.

Inserida por ednafrigato

⁠Às vezes, a sombra enganosa de quem queríamos ver nos impede de ver com clareza quem a pessoa é, de fato.

Inserida por ednafrigato

Nenhum sol é forte o bastante para aquele que caminha à sombra dos cuidados de Deus.

Inserida por ednafrigato

O melhor lugar do mundo para se descansar é à sombra dos cuidados de Deus.

Inserida por ednafrigato