Sofrido
21 De Março - Dia Mundial Da Poesia
Sem poesia o mundo é cinza
Um lugar triste e sofrido
Cemitério do amor
Doente e dolorido
A poesia traz a calma
É a música da alma
Torna tudo colorido
Ah! é preciso haver sofrido muito para entender todas as misteriosas belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a humilhação, a extrema desventura para tomar com eficácia o sublime elixir de esperança.
Violão escravo.
No pensamento,
Um objetivo,
No coração,
Um choro gostoso e sofrido,
Nos dedos,
Escorrem lágrimas e melodias,
A alma viaja e pelo ar se dissipa,
O violão é o escravo,
Que ampara e suporta,
Tudo que o poeta inspira,
Violão!
Porque fazem isso contigo?
Que suporta acordes e tapas,
E quem te toca não sabe,
Suas notas tão doloridas....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
"Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas.
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia."
Aprendi que não importa o quão sofrido tenha sido o passado...
Ainda podemos superar tudo quando seguramos nas mãos de Deus.
Eu já senti meu coração partido, no entanto, dessa vez eu ainda não tinha sofrido tanto, ele era meu noivo e tudo o que queria era estar ao lado dele. Muitas vezes quando o problema não é resolvido em uma conversa, é preciso seguir em frente para o bem dos dois, para não ter sofrimento no futuro, pois, não adianta continuar em um relacionamento que há muitas incompatibilidades, diferenças e desgostos, porque não vai dar certo, haverá muitas discussões. Lembremos que um sofrimento antes é melhor do que um tardio.
Pessoa falsa ao sentir ameaçada, mesmo não tendo sofrido nenhum tipo de ataque, passa à contra-atacar para livrar da ameaça.
SOFRIDO
Não posso nomear as pedras
Que no meu caminho achei
Pois se encerra o alfabeto
E o caminho que trilhe
Chorei um mar, tanto
Mas não aprendi
Que quanto mais se cala
Mais você é feliz
E se falo ou grito assim
Fazendo tanto barulho
E porque já vi sobre mim
O silêncio de todo mundo
Já me calei demais
Já concordei demais
E ainda não fui capaz
De ouvir somente a mim
Ainda sofro com suas palavras
Ainda sofro com a solidão
Ainda vivo entrelaçada
Em quem nunca me deu a mão
Um poeta, justo e sofrido, jaz ao lado; flores enfeitam o caixão.
Sem pressa, o ar seca à sua volta. As flores, quase mortas, exalam o cheiro da tarde fúnebre.
O choro se entrega ao vazio, misturado ao álcool consumido antes do velório — tédio, dor e ódio.
Para os que ficam sentados, olhando aquela cena, não haverá mais poemas, não haverá mais questões.
Chorosa, pensativa e discreta, a amante incerta recorda os momentos de amor.
Não haverá mais beijos, nem paixão, nem ereção.
Tenebroso, rancoroso e coeso, o cobrador ileso reflete sobre a dívida que não será paga.
Não haverá pagamento, nem provento.
Ao lado do caixão, calada, os olhos da mãe se desfazem em lágrimas.
Seu pranto não é ouvido, mas sua dor apavora a solidão.
A filha, aflita, não compreende; cede ao impulso de abraçar a carne morta.
Sem consolo ou alívio, esta dor também a sufoca.
Cala-se o poeta ao som da tampa que fecha a urna que será enterrada.
Dentro dela, nada mais restará.
O amor em matéria de ausência, se é sofrido, não é grande; se não é impaciente, não é amor.
VONTADE DE AMAR
Amor é doído, amor é sofrido, amor é sentido;
Amor é soluço, amor é suspiro, amor é gemido;
Amor é ilusão, amor é perdição, amor é solidão.
Amor é navalha, amor é fornalha, amor é mortalha;
Amor entristece, amor entorpece, amor envelhece;
Se não doer não é amor, se não doer não é amor,
se não doer...é só amor.
Pois amor é furacão, amor é tempestade,
amor é só a metade.
Mas a outra metade é paixão, a outra metade é coração,
a outra metade...é mais que vontade!
Claudio Broliani
Um músico ou um poeta sofrido?
Sabe o que eu acho engraçado na poesia?
Isso mesmo, na poesia,
Que seus autores pegam harmonia e paixão, e transformam em melancolia e depressão.
Isso me fez refletir que, na verdade, poetas são pessoas rancorosas, aquelas pessoas que aumentam histórias de 10... 20... 50 anos atrás, quando na verdade elas são apenas espinhos de rosas.
Exato, espinhos de rosas vão te machucar, te furar, mas, em vez de simplesmente um curativo colocar, preferem deixar a ferida aberta e ficar cada vez mais de mãos abertas remoendo... se doendo e sofrendo por aquilo.
Agora, tem outros poetas que pegam os sentimentos doloridos deles e escrevem com certa melodia, sabia? Chamamos eles de músicos, pessoas que sentem intensamente e então pegam isso e escrevem as mais belas sonoridades.
Ou vai me dizer que nunca ouviu uma bela harmonia que lhe fez dançar enquanto ouvia e te fez pensar... nossa, o que foi aquilo?... Mas quando você foi ver, era apenas um coração partido...
Decepcionante, né? Ok, mas talvez você não goste de escrever ou compor, talvez não goste de nenhum, mas também talvez esse poema não seja sobre músicos e poetas.
Em uma situação, você vai ser o poeta? Vai pegar algo lá do fundo, trazer para um assunto futuro aumentando em 30x e provando o quanto imaturo você é, ou vai ser um poeta que vai superar, mandar aquela pessoa para um lugar que não posso falar e escrever uma nova melodia com risadas e talvez algumas gargalhadas.
Vamos ser honestos? Eu prefiro ser um sincero músico a um poeta sofrido.
"O homem impunha a espada para proteger o pequeno ferimento em seu coração sofrido, de um tempo distante, além da lembrança.
O homem impunha a espada para que possa morrer sorrindo, em algum tempo distante, além da percepção."
Em cada rosto sofrido, em cada barriga vazia, repousa a inércia e o silêncio dos espectadores.
Valnia Véras
Da fome
Que olhar sofrido.
Que lento caminhar...
Lixeiras vejo-o vasculhar.
Um pedaço de quê?
O que espera ele encontrar?
Busca nas cinzas, nos restos um lampejo de vida.
Fecho os olhos pra não ver.
Meu coração se nega a crer...
No fundo do poço?
Quanto fez ele de esforço?
Se deixou levar pelas águas de um rio?
Foi um vento forte... um vento frio?
O que o levou e lá no fundo o amarrou?
Seus lábios amordaçou...
Por que não aproveitou e sua fome matou?
E o que mais assusta é que a humanidade segue... segue como se a fome do outro não importasse.
Vasculhar o lixo...
Isso não é coisa nem pra bicho.
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