Sofá
Como poderia ser
Você no seu sofá aconchegante
Manipulado por autofalantes
Enquanto eu em minha rede
Aprecio pássaros cantantes
Como poderia ser
Você cercado por gesso e azulejo
Enquanto eu rodeada por verdes e relevo
Suas luzes de led te iluminando
E eu iluminada por celestes brilhando
O ar que me refresca não é condicionado
E sim, o vento que sopra livre para todos os lados
Pensando bem, até poderia ser
Se neste universo onde contrastam vaidade e simplicidade
Houvesse um querer na mesma reciprocidade.
Versos Para Acordar Alice
Alice, acorde!
Acabou a hora do chá!
há um chapeleiro no sofá,
ele disse que é seu pai, mas não parece com você.
Alice, acorde!
A hora do chá acabou!
Eu juro ninguém te dopou,
você quem escolheu assim.
Alice, acorde!
Há um chapeleiro na sala
disse que veio lhe salvar, reprogramar,
Alice! A hora do chá acabou!
Ele disse que a rainha é você!
-Alice sem tempo, Alice apressada!
É hora da retomada...
É tarde! É tarde! É tarde!
O chapeleiro não disse a metade!
Falou em toca do coelho...
Alice! O chá de canela!
Canela! Canela! Canela!
O chá acabou,
tem um chapeleiro na sala
disse que é seu pai,
mas não parece com você.
Alice! acorde Alice!
Acabou a hora do chá!
Feliz desaniversário!!!
Se você tem alguém sentado no sofá, ao seu lado, assistindo TV e reclamando da vida, então você certamente é feliz.
A quanto tempo não somos família?
A quanto tempo não sentamos no sofá e conversamos sobre o nosso dia. Já faz muito tempo que não sentamos em uma mesa e jantamos reunidos ...
Quando foi, que deixamos de ser família? Foi quando a ganância falou mais alto que o amor? Foi quando o orgulho foi mais forte que a humildade?
Não sei quando, mas sei que deixamos de ser família, o mais triste nisso tudo é que eu sinto falta.
Sinto falta das manhãs de domingo em que a casa ficava cheia, sinto saudades de sair aos sábados anoite para tomar um caldo ou um simples sorvete, sinto saudades de compartilharmos as alegrias e não somente as derrotas, sinto saudades de ter um colo, e de ouvir histórias antigas contadas por vocês..
Sinto saudades da essência que perdemos, saudades de sermos família.
Ela atravessou a cozinha
até a sala improvisada
se sentou no sofá
e o cobriu com seu vestido rodado
de flores que parecia linho
e macio como sua pele
branca sem pó e sem enfeites.
trouxe consigo chocolates
a moda cortês e
gentilezas quanto seus olhos.
Ela parecia ter saído de um filme de Hollywood
mas estava ali
na minha sala
conversando coisas que eu estava encarregado de ouvir.
Minha Monroe
em sua versão castanha
e ela me deixará.
eu sei.
Antes mesmo d’eu pensar em abandoná-la.
Sentamos no sofá como enamorados dos anos 80.
Ela se encolheu no cantos de mim
me cobrindo com seus braços e panturrilhas.
Você viu o documentário dos heróis nazistas na tv?
Ela respondeu que não.
Pensei sozinho que sou como eles perto dela.
Altos,
Cheirados,
Nas nuvens.
Mas quando ela sai por aquela porta e tira as suas panturrilhas e braços de cima de mim, me sinto desolado.
Baleado pelo mínimo descuido.
Um soldado estúpido.
De rebordosa pelos cômodos.
Ele fala sobre os avanços farmacêuticos da época, respondi.
Reflexão sobre amor verdadeiro
Sobre um amor verdadeiro
Vocês no sofá, ela no seu colo
Você faz carinho
Ela responde com os olhos
Você canta baixinho
Olhos fechados
Boca entreaberta
Respiração que harmoniza
Serenidade no ar
Ela dormiu
Você se emociona
Um fenômeno da natureza
Pensa em uma poesia
Até que da beleza da emoção
Por dentro começa a chorar
Sinto tanta falta de você, das nossas tardes juntos, nossas conversas sérias no sofá, de como você me mimava com lindas poesias e me embriagava com beijos infinitamente doces. Da vontade de voltar no tempo e congelar nós dois, vontade de segurar tua mão e mais uma vez me sentir segura e protegida pelo teu abraço.
Saudade da tua boca me dizendo entre um beijo e outro que nunca me deixaria sem ti.
Saudade, saudade interminável de nós.
Estou tão cansada e não levanto do sofá da sala há dias, mas a minha alma vaga sem rumo e isso está acabando comigo.
Ao cair da noite entendo o silêncio que opera em toda casa, a mesa rústica muda de cor, o sofá frio perde a sua importância,
a cama vazia reflete a sua falta e ignora a vontade que eu tenho de me deitar nela ,apenas porque eu estou Sozinho..
Domingo indo embora...
Corpo no sofá largado...
Deliciosamente descansado...
Que fazer agora?
Realinhar a cama macia
Dormir e sonhar docemente
Sozinha ou em boa companhia
E receber a segunda alegremente...
Boa noite, amigos queridos!
Sem dó
Eu não tenho Dó
Se tu vens de Ré
E te entregas pra Mi
Na cama ou (so)Fá
Me deixando afim, quente como o Sol
Remexendo assim, pra cá e pra Lá
Sem ter dó de Si
Sem de mim ter Dó.
Beto Acioli
09/11/2013
FIM DO DIA
(Fábio André Malko)
Um eu estraçalhado das batalhas
Se joga no sofá ao fim da tarde
Na TV, os insultos dos canalhas
Um cálice de vinho vai acalmar-te
As lutas do dia foram intensas
E pensar que nesse mundo lá fora
Pessoas viveram amáveis ou violentas
Lutando pelo sustento a toda hora
Só hoje, quantas pessoas nasceram?
E morreram? Talvez injustamente
Quantos pais em vão pereceram
Buscando o pão da prole falante
Esse mundo é mesmo muito ingrato
Cobra em suor e preocupações
O olhos, às vezes, refletem o retrato
De quem ficou seco, sem paixões
O dia encerra-se com nostalgia
Renovando pra amanhã as esperanças
Pois quem delas não sente a magia
Não terá forças nas novas andanças
Se levante do sofá pegue sua mascara de ar,
Porque se for reivindicar COM BOMBAS VÃO TE ATACAR
Mas assim melhor dizendo, desde já eu só lamento
Quem te ataca na rua é nosso ´´VOTADO GOVERNO``
"E quando me vê atirada no sofá.
Na mão uma xícara de chá.
Com o olhar a vagar, parecer levitar.
Pode até parecer que não.
Mas tudo o que eu quero é apenas te abraçar."
DEL CASTILHO
Havia um sofá...
Um “so far” na proximidade
Da intransponível solitude...
O toc-toc da Olivetti ou da remington
Para minha inspiração
E uma corda imaginária no teto
Para minha solidão...
Havia horas para se empacotar a vida
E fazer pilhas de paciência...
O gotejar incessante de alguma torneira
No mais profundo silencio,
Passos pelas dependências da minha ansiedade
Fantasmas de mil purgatórios...
Havia o telefone para confidências
De paixões inadimíssiveis
Durante a madrugada...
Havia o corredor que conduzia `suburbana
Sangrenta e insaciável...
Havia a igrejinha onde remiam nossos pecados
A nova América que vestia o nosso país
E um viaduto para problemas sem solução...
