Sigo para o Alvo
30/01/2022. Falta mastigar só mais um dia e teremos devorado outro mês. E eu sigo com aquela pesada sensação no estômago da alma. Sei que há muito ainda nesta vida para ingerir, mas enquanto essa má digestão não passa, olho faminto para a próxima refeição, no entanto, permaneço encolhido, sentindo o amargo das golfadas de insegurança que me causam uma náusea existencial.
Eu estou no nível acima
Sigo as regras absolutas
Não solte minha mão
A unidade é a minha arma
Seguir
Sigo estando aqui,
Ainda parado em um novo cenário,
As vezes caminho com muitas ausências.
A poesia demanda abrir asas,
Buscar uma nova experiência e pôr novas formas no papel.
Mas no fundo,
Eu jamais deixei de sentir,
Jamais neguei as experiências embora muitas vezes tenha buscado uma beleza no passado,
No entanto, eu a encontrei hoje na simplicidade.
Tenho procurado em meus livros, falaram-me que estava lá, aquelas coisas perdidas no meio de uma frase.
Sei que em essência nem sempre predominará o bem, mas nele confio assegurado em uma fantasia apostando nos demais dias que poderei rever o mar azul.
E finalmente dizer que lá longe há uma luz à vista, como em uma miragem,
Mas é possível ver a luz.
E agora sigo a minha vida, sem você,
porém não por escolha,
mas pela sequência de coisas que aconteceram.
Pelas muitas feridas que veem do seu passado.
Mas sigo, também, te amando,
com saudade,
torcendo que a notificação seja sua,
que seja a sua voz ao atender o telefone,
que em um dia qualquer você bata novamente à minha porta.
Meio a meio sigo meu caminho,
Meio a meio penso comigo,
Meio a meio sigo dividido,
Meio a meio talvez o destino,
Meio a meio meu tempo,
Meio a meio uma decisão,
Meio a meio?
Meio a meio não.
Bailando com o universo
Sigo bailando com o universo
entregando de corpo e alma
todos meus versos
tocando as estrelas com calma
criando meu próprio multiverso
porque em mim existem
constelações Inteiras
que rapidamente explodem
sem fronteiras
espaço infinito
estrelas cadentes
milhões de planetas
onde escrevo
minhas histórias.
Eu sigo vivendo minha vida da forma que é porque se na vida gente não colhe o que planta, é uma vida muito amarga de viver.
Então prefiro não acreditar nessa opção
a parte mais bela do meu corpo é o coração, e a pior é meu corpo inteiro, por isso sigo treinando duro para melhorá-lo
Ontem, eu chorava por amar
Hoje, sigo em frente e sorrio
Ontem, eu era onda no mar
Hoje, sou correnteza no rio
Se tem uma coisa que eu faço é dar conselhos, o problema é que eu não os sigo, na real, quando te escrevo e digo todas essas coisas bonitas, eu só falo por falar, eu não sou forte, e eu talvez não seja capaz. Eu só escrevo, eu não faço...
Tempos de boiadeiro
Em ouro de alto quilate,
Cruzo agora um horizonte,
E sigo rumo ao esquadro da minha imaginação,
Assim,
Vou reinventando conforme a força do vento,
Uma história narrada no sertão.
Eram tropas e boiadas,
Naquelas verdes pastagens,
Que linda invernada!
No princípio,
Não tínhamos caminhões boiadeiros,
Tudo era tocado com o som de um berrante seresteiro,
Os caboclos eram sonhadores,
E as celas eram de primeira,
O burrão cargueiro levava,
Toda carga e suas trincheiras,
Não sou o dono do tempo,
Mas presenciei certos momentos,
Daquela época boa festeira,
Viola e violão,
Gaita ,triângulo e uma mini acordeon,
Quando atravessávamos os rios,
Acampávamos nas margens,
Água fervida para beber,
Codornas e saracuras para comer,
Tudo era feito na improvisação,
Os animais passavam a noite se alimentando,
E outros iam descansando,
A rede era reforçada,
O cobertor era de lã de Carneiro,
E a moda tocada e cantada,
Que não me lembro direito,
Reescrever essa história é uma honra,
Mas algo me conduz e me diz:
Difusão de um velho rádio a pilha chiando,
E ninguém ouvia noticias,
Ah! Sertão do passado,
De estado para outro estado,
Essa jornada demorava um bocado,
Tempos dos anos quarenta,
Tempos que não existem mais,
Ficou marcado no juízo de muitos,
Como poeta posso rever,
Como poeta posso sentir,
Como poeta posso voltar,
Agora o Poeta e o Poema ficaram,
E o tempo dirá,
Daquele tempo que passou,
Do transporte de gado tocado,
Que hoje tudo mudou,
Agora,
Tudo é asfalto,
E aqui do alto eu vejo tudo,
Parece uma fita gravada,
Dos dias brutos vividos,
E jamais de minha memória,
Ficará esquecido
Neste caminho que eu sigo estou perdido e não sei aonde ir
Esse ar que eu respiro é impuro e eu vou morrer aqui
Por isso eu clamo Senhor, misericórdia
Eu clamo Senhor, por tua glória
Paradoxo sem nome
Sigo errado, é complexo, no paradoxo inverso errado talvez no multiverso, nos giros incontáveis me deparo impresso não sei se esse verso, faz sentido algum, errado não estou, sigo de volta com medo do paradoxo do avô, ainda que eu vá, e volte, pode ser a trote e galope, errado estou, já fui e já voltei, ainda não me deparei, com o Paradoxo dos loops de Informação, será ainda hoje não sei se foi eu nem reparei, me deparo em extrema confusão, parece um paradoxo da acumulação, se eu volto me torno 2, se avanço torno 3 eu já nem sei, e volto no Paradoxo da Causa e Efeito a onde corrijo o que foi feito e caiu direto no paradoxo final, destruo o criador da criação e nem paradoxo, nem erro, nem continuação, nesse beco estreito me deparo sem casa, sem teto, sem chão, meu próprio paradoxo sem nome sem significado sem descrição.
Michel Elias Dias Leite. 21
Eu sigo em frente porque sou obrigado
de fato, se paro, me atropelam
Interpelo ao mundo coisas banais
Sentidos da vida, filosofias radicais
Realidade dura e cruel
Amarguras e angústias se cruzam
e na encruzilhada eu fico
sem saber onde ir. Enfrente"!?"
O que estiver por vir
