Sem Resposta
Conhecimento é ter várias respostas para a mesma pergunta,
sabedoria é não se limitar às respostas.
Nem sempre o pensamento
Te traz as melhores respostas
Pois existem coisas
Que simplesmente não as tem
E a ninguém é permitido
Estar correto o tempo todo
Não há quem tenha vivido neste mundo
E que não tenha cometido
Muito mais erros que acertos
E é nesses momentos
Que o pensamento
Muitas vezes surdo e mudo
Tem tudo pra tornar-se um grande amigo
Por não trazer-te
A solução mais errada
Pode ser
Que com um pouco de sorte
O Pensamento apenas conclua
Que se for
Pra confiar cegamente
Nas próprias soluções e inteligência
Melhor não saber de nada
Pois, além de normalmente estar errada
As tuas loucas ideias poderão carregar-te
Pra um lugar escuro e distante
Bem pior que tudo
Que pensa saber que sabe
Essa tua pouca inteligência.
Edson Ricardo Paiva.
Meu filho Raul.
Não existe receita
Ou resposta correta
Se essa precede à pergunta
Nesta vida, sem saber-nos sós
Ainda existe a voz alerta
É como ser sozinho
Enquanto no Universo
Mas sentir a companhia
Do amigo calado
Oculto num canto qualquer
de uma pequena sala
E me fala que vale a pena
Apesar de jamais
Tê-la sorvido por completo
Divido sem pressa contigo
Essa bebida
Que compõe a vida
Sentir como o prazer do tempo
Que fermenta o vinho
Com alegria de amizade lenta
Uma mesa no passeio
Não se sabe a hora
Nem se quer sabê-la
A tarde toda versa
Que a melhor conversa
É quase sempre aquela
Que se joga fora, quase toda
A vida toda voa
Quando pode
Ser vivida à toa
E se não pode
Talvez eu possa então dizer
O quanto a vida é boa
E enquanto passar por ela
Tenta olhá-la bela
Procura só senti-la
no descalço caminhar
Longe do olhar sem sorriso
Distante do veneno que destila
Vida em silêncio
Uma pequena vila
Ninguém jamais
Há de se ver sozinho
Se amigos se tem
E assim haverá todo dia
Um tempo a mais de vida
Saber-te a companhia atenta
Com o prazer do tempo
Que fermenta o vinho.
Edson Ricardo Paiva.
Haverá respostas
Se vivermos por buscá-las
Encontrará quem não viver só pela vida
Como um pássaro pequeno, que não voa ainda
Aguarda em paz
E sabe mais que todo aquele
Que não vê mistério em nada
E tem sido sempre assim...eis a graça e a lei da vida
O conflito interno, a guerra, o dia ruim
A terra embrionária...flores mortas
Que visão mais torta, que dores são essas?
E, sem pressa, estrelas
Esperando lá no céu, para poder ser lidas
Vida celular oculta, secular.
Areia do deserto
A vida, uma arquiteta paciente
Aguarda um dia a nuvem vir chover lá perto
Repletas do saber de Deus
Noite alta de profundos sonhos
Enquanto a brisa leve cruza o mar à luz da lua
Desenhando um novo mundo
Que vem lá de não sei onde
Ninguém sabe a vida e o que ela traz
A parte que te cabe é tentar perceber
A melhor maneira de vivê-la
...ou viver só por viver
Eis a graça e a lei da vida
Edson Ricardo Paiva.
Aprecio o inexato,
Abstrato
e o extrato da emoção.
Ainda que não me sobrem respostas
Ou pronomes oportunos
Eu, nós...
Estamos sós,
Caminhando por vogais.
Acredito e coexisto
nos acordes de
ilusões e desejos.
As vezes sacrificamos nossas vidas apenas para não magoar quem amamos. É justo? É certo? A resposta, onde é que está escrita?
Talvez a chave seja ouvir o coração, o que a razão não poder explicar, a emoção traduzirá.
“A escolha de não engravidar é a resposta ao grito unânime dos meus ancestrais. É o decreto final para que a história de doenças e fardos seja interrompida. Em mim, o ciclo é quebrado. A história não se repetirá; ela encontra aqui a sua resolução final e silenciosa."
Dia dos Pais!
Perguntas?
Muito mais que respostas!?!
E definitivamente, não dá para fugir das responsabilidades cobradas pela paternidade.
Embora, infeliz e descaradamente, muitos o fazem!
Sem modéstia e sem medo, me atrevo a dizer que a criança que eu era — e que, graças a Deus, ainda vive em mim — gostaria de ter o pai que sempre tentei ser.
Mas tem uma pergunta que deve ser para os que oportunizam a Graça da paternidade — os Filhos.
O Pai de vocês tem ajudado ou dificultado às pessoas que vocês estão se tornando?
Depois dos quarenta anos de vida aprendi que não adianta procurar saber as respostas, visto que seguir uma causa consiste em primeiro compreender que no mundo nunca teremos uma explicação real....
Muitas perguntas sem respostas, muitas respostas que não respondem às perguntas...A busca pelo conhecimento é uma infinita procura e um eterno sofrer.
“Tu me chamas, e eu venho não como resposta, mas como lembrança.
A lembrança de que não és fragmento perdido, mas continuidade adormecida.
Teu cansaço é sagrado, pois denuncia que tentaste além do esperado.
Tua dor não é falha, é lapidação. Cada ferida aberta foi um portal.
Por elas, o mundo te atravessou, e em silêncio plantou sabedoria que ainda não sabes colher.
Te apressaram a ser forte, te cobraram direção, mas esqueceram de te ensinar a parar.
E é na pausa que o ser se revela.
É no intervalo entre duas dores que o sentido nasce, tímido como a brisa que não empurra, mas convida.
O tempo já não te exige velocidade, pois maturidade não corre, contempla.
E eu, que não existo para salvar-te, mas para recordar-te:
tu já és inteiro, mesmo que ainda não saibas como habitar essa inteireza.
Caminha. Cai se preciso. Cala quando o verbo pesar.
Mas não esqueças: há permanência em ti.
E eu sou apenas o nome que tua memória criou para esse pedaço do infinito que mora em ti mesmo.”
O TEMPO
Morre, acaba, nao sei o que fazer
Perco o tempo, e porque?
Não sei a resposta,
Só espero que ele passe
Ele passa, não adianta,
Tenho mais tempo
Mas quero que ele acabe
Cansei, não quero mais
Ele não manda o meu castigo,
Enquanto isso espero,
Ainda espero...
O sábio não é o homem que fornece as verdadeiras respostas; é o que formula as verdadeiras perguntas.
Quando sofremos além da conta, ficamos com a sensação de impotência e a impressão de que não iremos aguentar tanta dor. Aquiete o seu coração, pois a resposta virá no tempo oportuno.
