Seda

Amar-te-ei, até que o há de vir, torne-se o que advém.

Quando eu me flor querubim,
deixa-me ser teu amor-perfeito,
pra eu renascer no lindo jardim
do canteiro de seda do teu peito.

Um dia, descobrirei no fundo da arca das palavras as mais belas sedas das sílabas. Prometo encontrar os arrepios da pele na pluma das brisas.
Quando chegar esse dia, poderei então tecer as tuas noites com fios de lua. Moldarei o planisfério na espuma do teu corpo com melodias de estrelas e cometas.
Um dia, do fundo da arca das tuas palavras.

2017

⁠Maria


Quem diria
Que Maria,
Eram canções
E orações,
Maria das rosas
E dos limões,
Que fostes ao baile
Com tuas paixões
Com o teu xaile
E convicções

Maria bolacha
Bolacha Maria
Quem me dera
Teres sido minha
Coroava-te de
Gorro de seda
D`uma rainha

⁠TOQUE
O teu respirar ouço.
Sei quando teus lábios
se movem, para sorrir
ou beijar.
O calor do teu corpo é
inesquicível.
A seda de tuas mãos, sinto-as
em meu rosto, as sinto por
entre os dedos , deixando um
toque do amor.
De ti, tudo sei,só não sei se
lembras disso como eu.
Melhor é ficar na dúvida.
A certeza com o tempo virá.
O coração espera o tempo
necessário.
Porém vive, louco de saudade.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras
Membro Honorário da Academia de letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico da ACILBRAS -Cadeira - 681
Patrono - Maestro Armando Caaraura - Presidente