Sanidade
À maluquice dos outros damos o nome de “loucura”.
À nossa própria maluquice damos o nome de “certeza”.
Para uma mente bem equilibrada a coexistência da loucura é fundamental, pois implica em um mundo louco.
Insanidade Sana.
Essa minha insanidade sana,
Que me leva á beira da loucura,
Pois um homem que não pensa,
Já é louco de nascença,
Mas aquele que pensa demais,
Enlouquece, muito mais.
Depois de várias curvas e cruzamentos
Depois de noites e drinques
Hoje, tu és a dose diária
Hoje, tu és meu controle de sanidade
Tu és meu oásis.
Nem tudo é como aparenta... Às vezes basta inclinar um pouco a cabeça para perceber que algumas pessoas agem apenas para parecer que se importam com você até usurparem sua sanidade.
Viver na solidão é andar constantemente na linha tênue entre a depressão e a mais completa sobriedade. Ambas capazes de levar o mais são dos homens, à mais doentia das insanidades.
Faz assim não. Não me liga perguntando o que foi que aconteceu comigo. Não questione minha decisão. Tive que fazer o que foi preciso para preservar minha sanidade emocional. Ver você assim todos os dias estava me cortando a pele. Tão lindo e tão bobo. Nem percebe que você está nos meus pensamentos mais sórdidos, e não nos meiguinhos.
Em um mundo egocêntrico negar a si mesmo é visto como uma loucura! Mas para um cristão negar a si mesmo é a mais pura sanidade!
Ora, o Brasil jaz em paz, salvo o fato de que os nossos concidadãos parecem ignorar as agruras daqueles que sofrem com a rinite e a tormenta que as bombas e os fogos de artifício trazem tanto para os alérgicos quanto para os animais. Ah, como eu desejaria transportá-los para o ano de 1939, quando a Segunda Guerra Mundial assolava a Europa! Ali, eles encontrariam um ambiente propício à sua natureza belicosa. Era bomba que vinha, bomba que ia...
Em uma breve prosa lírica com ela, os devaneios das minhas lembranças comendam e me arrebatam a sanidade:
Ela: Tu és um bom homem,
Eu: Nunca hei de ser.
Ela: Tu és cheio de valiosos talentos,
Eu: Talentos pelos quais tenho apetência memorativa.
Ela: E estes teus sentimentos tão belos,
Eu: Relativos ao meu egoísmo e a minha individualidade.
Ela: Você se desmitifica no intuito de me afastar?
Eu: A minha real natureza é ser opositor a qualquer valor que eu tenha.
Ela: Teus defeitos nunca superarão tuas qualidades como ser,
Eu: Tu foi enganada pelas minhas palavras, cega está.
Ela: Eu lhe amo,
Eu: Eis que ser normal é a meta dos fracassados!
Ela: Então esquece que um dia lhe pertenci de corpo e alma,
Eu: Não se aflija, vou lembrar que tentou me converter em um homem melhor, nem tudo foi em vão, adeus.
Se a vida está repleta de ilusões que nos chegam através dos sentidos, ficarmos inebriados é pré-requisito para sermos considerados sãos.
De tudo que nos cerca, orbita e nos influencia, a arte é algo que podemos permitir que nos domine e comande.
Pois é falando sozinho...
Olhando pros cantos...
Se encarando no espelho...
Que descobrimos a sanidade na loucura.
Redigindo Neurônios
Sabe aquele desânimo frequente? Pode ser depressão.
Sabe aquele cansaço mental constante? Pode ser depressão.
Sabe aquele surto "do nada"? Pode ser depressão.
Sabe aquela euforia repentina? Pode ser depressão.
Sabe aquela vontade de não fazer nada e não falar com ninguém? Pode ser depressão.
Sabe aquele desejo de sair do mundo? Pode ser depressão.
Sabe aquela vontade de comer algo descontroladamente? Pode ser depressão.
Sabe aquela vontade de chorar sem motivo aparente? Pode ser depressão.
Sabe aquele nervosismo, aquela impaciência, aquela sensação de fracasso, aquele medo exagerado? Pode ser depressão.
Ninguém em plena consciência e sanidade finge algo assim.
Quem tem depressão, se pudesse escolher, escolheria não ter.
Quem é são e quem é neurótico? Com Hitler, a paranoia foi considerada uma atividade normal e saudável.
A medida que colocamos o real a serviço da fantasia ou subordinado a qualquer coisa ou pessoa, estamos à caminho da manipulação ou da insanidade.
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