Poemas sobre samba

⁠O que eu quero mesmo é tocar na rádio, transformar samba em dinheiro.

Inserida por pensador

⁠MORENINHA ESPERE POR MIM - João Nunes Ventura

Moreninha linda espere por mim
O teu samba arrasta a multidão,
Extravasa de júbilo teu coração
Na tua canção eu sambei assim.
De amor e de luz teu belo sorriso
Espalha na avenida a tua beleza,
E o reino encantado é a natureza
Que te fez a rosa do meu paraíso.

Tuas lágrimas na face de alegria
Felicidade a tua ala é a campeã,
Cantando tua escola esta manhã
Na passarela o sonho da euforia.
Tua paixão teu sonho foi coroado
Na tua dança ensaiei tua fantasia,
Eu sorri eu chorei com a melodia
O povo inteiro festeja teu reinado.

Inserida por joaonunesventura

⁠Valores renovados me fazem dançar com competência e graça o samba da minha história. 💞☘️🍃

Inserida por Valdinea1790

⁠O samba tem dessas coisas… Ele acolhe, abraça, embala e cura. Foi no batuque do pandeiro e no lamento do cavaquinho que encontrei refúgio quando a saudade apertou, quando minha irmã faleceu . Foi aqui, no Miss Favela, que a dor virou melodia, que a ausência virou roda e que o Brasil coube em um abraço apertado.
Entre goles de cerveja e versos de partido-alto, fiz amigos que viraram família, cantei histórias que jamais serão esquecidas. Aqui, cada batida do surdo foi um passo na minha caminhada, cada sorriso, um reencontro com a minha essência.
Hoje, esse samba se despede, mas seu eco continua. Nas esquinas do Brooklyn, nas lembranças de quem dançou até o chão, nas palmas que nunca vão parar de marcar o compasso. O Miss Favela pode fechar suas portas, mas jamais fechará seu samba.
Obrigado Turma do samba, obrigado Miss favela!

Inserida por leonardo_lyra

⁠Se pular fosse sinônimo de avivamento eu estaria em uma escola de samba e não em uma igreja

Inserida por teologiapentecostal

"Samba de um Coração Silencioso"

Naquela manhã de fevereiro, o Rio acordou coberto de purpurina. O vento carregava restos de serpentinas e risos embriagados, enquanto Clara caminhava pela orla de Ipanema, os pés ainda marcados pelo salto que abandonara na noite anterior. Tinha vindo à cidade para escrever sobre o Carnaval, mas o Carnaval escrevera nela uma história que não saberia terminar.

Foi no Arpoador, enquanto o sol nascia tingindo o mar de mel, que ela o viu pela primeira vez. Rafael estava sentado na pedra, dedilhando um cavaquinho como quem conversa com o vento. A música era doce e triste, um chorinho que se misturava ao barulho das ondas. Ele usava uma camisa aberta, a pele dourada como se fosse feita da própria luz do Rio. Quando sorriu, Clara sentiu algo desabar dentro de si, como aqueles prédios antigos de Santa Teresa que se deixam engolir pelo mato.

— Você é estrangeira? — perguntou ele, em um português arrastado que a fez rir.
— Metade. Minha mãe é carioca — respondeu, mentindo sobre o frio que sentira no peito ao ouvir sua voz.

Nos dias seguintes, o Carnaval os engoliu. Dançaram na Lapa debaixo de arcos iluminados, onde o suor e o cheiro de cerveja se misturavam ao aroma de pastéis fritos. Rafael ensinou-a a sambar, as mãos dele firmes em sua cintura, os olhos brilhando mais que as lantejoulas de seu cocar. Clara vestiu-se de baiana, rodopiou até perder o fôlego, e em cada esquina ele aparecia com um sorriso e um copo de caipirinha gelada.

— Você é minha estrela — dizia ele, enquanto subiam os degraus de Santa Teresa, vermelhos como um coração aberto.
Ela não perguntou quantas outras "estrelas" haviam brilhado para ele naquela semana.

As noites eram quentes, mas havia algo frio nas pausas entre um samba e outro. Rafael falava de Salvador, de um amor que deixara lá, com a mesma voz suave com que falava do mar. Clara ouvia, fingindo que as palavras não doíam. Escrevia em seu caderno: *"O Rio é uma cidade que ri até de dor. Talvez por isso eu me sinta em casa."*

Na terça-feira gorda, enquanto o Cristo Redentor se cobria de névoa, ele a levou a uma rua deserta de Santa Teresa. As máscaras de Carnaval penduradas nas janelas pareciam rir deles.

— Clara... — começou ele, segurando suas mãos como se fossem de porcelana.
Ela interrompeu-o com um beijo, doce e apressado, como quem tampa um vulcão com um dedo.

— Não — ele sussurrou, afastando-se. — Minha alma ainda dança com outra música.

O bloco "Cordão da Mentira" passou naquele momento, com seus tambores abafando o silêncio. Clara riu, porque no Rio até a tristeza tem que ser disfarçada de folia.

Na manhã seguinte, ele partiu sem avisar. Deixou apenas um bilhete no café da pousada: *"Até mais, estrelinha."* Ela rasgou-o, misturando os pedaços às pétalas murchas que cobriam a rua.

Na despedida, enquanto seu avião sobrevoava o Pão de Açúcar, Clara abriu o caderno. Escreveu: *"O Carnaval é um amor não correspondido. A cidade te abraça, te beija, te faz sentir única... e no dia seguinte, te esquece. Mas talvez seja assim mesmo: o Rio não é de ninguém. E alguns amores são como o samba-enredo — brilham por uma noite, e depois viram cinza."*

O avião virou, e ela jurou ver, lá embaixo, um vulto de camisa aberta tocando cavaquinho na praia. Mas era só a imaginação, ou o jeito que o Rio tem de nunca deixar ninguém partir inteiro.

Inserida por MatheusHoracio

⁠Ninguém faz samba só porque prefere. Força nenhuma no mundo interfere sobre o poder da criação.

João Nogueira (cantor)

Nota: Trecho da música Poder da criação.

Inserida por pensador

⁠Eu na sua,e você na minha boca,na boca do povo nosso segredo,enredo de um samba novo.

Inserida por BrioneCapri

S⁠amba de Amor.
Na cadência dos sentimentos,
Fiz o nosso samba de Amor.


Ricardo Mellen.

Inserida por RicardoMellen

⁠A Vida parece uma Comédia

A vida, meu bem, ela é meio doida,
Em um dia é samba, no outro ela é boiada.
Num dia você acorda pronto pra vencer,
Já no outro tropeça no chinelo sem perceber!
As vezes não sente nada, as vezes passa horas sentindo doer.

Duneida tem boleto chegando com data vencida,
E o café, claro, acaba na corrida.
O Wi-Fi cai bem quando precisa, sem motivo ou razão.
E você disfarça com cara de patrão.

É dieta que começa na segunda,
E termina com pizza na madruga
É academia paga com fé e suor,
Mas que você visita só no amor. Isso pra não dizer uma palavra sem pudor.

Tem dia que tudo dá certo demais,
Você até pensa: "tem coisa errada por trás!"
Mas relaxa, respira, e vai na moral,
A vida as vezes é caótica — mas ela além de presente divino ela é sensacional.

Então ria do caos, abrace no improviso,
E siga sempre em frente com seu charme e um sorriso.
Viva cada instante que há,
Com alma aberta, sem medo de errar.
Pois a vida é breve, feito um pôr do sol —
Brilha intensa… depois, se vai.
A vida é como uma peça sem ensaio,
E o segredo é: rir antes do desmaio.

Inserida por TLauren

⁠Dá pra comparar as eleições no Brasil aos desfiles de escolas de samba. Assim que termina uma, já se está pensando nos temas para as próximas, tamanha a proximidade entre essas eleições.

Inserida por carlos_dourado

⁠"Fiz da minha vida um samba depois de sacudir tanta poeira. São muitas voltas por cima!"

Inserida por ocimarbarbosa

⁠Eu sou este homem feliz brasileiro
Que gosta de frevo, xaxado e baião
Que gosta de samba, swing e canção
Que canta o povo numa só alegria
Que faz de seus versos uma fantasia
Pra mostrar ao mundo que sou mais que isso
Que mesmo saindo de um pobre cortiço
Desperto ao mundo fiel poesia
E em versos eu canto minha valentia
Quão bom alquimista seu nobre feitiço.

Inserida por LuamHenrique

Meu samba é a voz do povo
Se alguém gostou
Eu posso cantar de novo

João do Vale

Nota: Trecho da canção A voz do povo.

Inserida por pensador

⁠O samba ecoa pelos prédios e a minha dor ecoa dentro de mim.

Inserida por kathbrito

⁠Bombom do tango

Dançou a dança e escorregou com amor de salsa
Seu bombom sonho de valsa
Era samba em conteúdo!

E o surdo mudo
Demorou a ver o estrago
Pressentiu seu ombro largo
Que amava por dois anjos!

Ao amar amor do achar
Embebeu seu belo olhar !

Era mesmo uma novela
Sua pele de canela
Perfumava o ambiente!
Que agora teima
A falta que ela lhe faz
Sua sombra tão audaz
Dança tango
E a pele queima!

Inserida por vmrima

⁠Deixa de lado esta pose
Vem pro samba, vem sambar
Que o pessoal tá cansado de esperar, ô, Rosa!
Que o pessoal tá cansado de esperar, Morena Rosa
Que o pessoal tá cansado de esperar, viu, Rosa?
Que o pessoal tá cansado de esperar

Inserida por Jtavrs

Variante

Lágrimas viraram lagos;
tapas viraram afagos;
metal virou samba;
corda virou bamba;
desabafos viraram poesia;
“quebrando pedras e plantando flores”,
melodia virou harmonia.


“Vive dentro de mim a mulher da vida”.
A mulher que eu, você e eles construíram.
mas por favor, não pense que o projeto se encerrou.
O prazer da sobrevivência ainda é meu.
O acaso e as fortunas ainda são meus.
Sei que a certeza certamente não se mostra certa
mas, por favor
não me confunda com uma carta aberta
e não deixe que minha liberdade ofenda o seu rancor.

Inserida por giovanaf

Corte de rosas

Eu sou samba
sou cor
sou poema.
Sou verdade
sou onda
sou blasfema
Mas acima de tudo, quero ser extrema
Quero ter espinhos,
quero ter furos,
quero ter pontas que atravessam muros,
raízes que extrapolam minutos.


Em cada espinho, palavras são penduradas.
Palavras que me machucaram, me formaram e me desenharam.
Minha metamorfose permanece sólida,
como estrelas nos cosmos.
Estrelas que um dia vão morrer
na solidão de seus postos.
Eu vou me libertar, pode ter certeza.
Minha supernova ilustra a escuridão
e a bossa nova segue como meu pendão.

Inserida por giovanaf

⁠*Se for pra falar de samba e de favela*
*Tem de conhecer a minha rapaziada*
*É que minha comunidade só tem gente bamba*
*E o nome dela é o "QG DA BAIXADA"*

*Gente que trabalha*
*Não foge da raia e pega no batente*
*Malandros maneiros tão inteligentes*
*Canetas nervosas da inspiração*
*Que trás no improviso dos versos o samba rimado*
*Que desce do morro levando pro asfalto*
*O partido alto sem vacilação* *(olha aí, se for...)*

*Se for pra falar de samba e de favela*
*Tem de conhecer a minha rapaziada*
*É que minha comunidade só tem gente bamba*
*E o nome dela é o "QG DA BAIXADA"*

Inserida por PezaodaTimba