Salto
Depois que encerramos certos ciclos,
Nossa vida não anda.
Ela sai em cima do salto requebrando,
e distribuindo sorrisos.
Casulo
Recomeçar não é simples, não é trivial,
é cair, levantar — um salto vital.
É olhar pro vazio, encarar o escuro,
e ainda assim sonhar com um futuro.
Estar aqui, agora, sem direção,
com poucas palavras, mas o coração
batendo firme em cada conquista,
mesmo pequena, mesmo imprevista.
É sentar no chão de uma casa vazia,
só um colchão, nenhuma mobília,
mas ver nesse canto, tão solitário,
um ninho sagrado, um santuário.
Esse espaço é meu — meu lar, meu abrigo,
onde renasço, passo a passo, comigo.
E quando chega um fogão, uma cama,
explode no peito uma doce chama.
Gratidão ao universo que me sustenta,
que me dá força quando a dor aumenta.
Energia, saúde e vontade bravia
pra moldar de novo a minha alegria.
Sei que é só o começo, o início da estrada,
minha biografia sendo desenhada.
E mesmo que o mundo gire e se mude,
minha alma resiste, sonha e sacude.
Porque recomeçar não é fraqueza ou castigo —
é coragem pura de estar vivo comigo.
A Trapezista
Tua presença sempre foi de altura,
leveza que desafia a gravidade,
um salto no vazio —
sem medo,
sem rede,
como quem nasceu para voar.
E eu, aqui embaixo,
no chão firme das palavras,
apenas te assisti:
dançar entre os arcos do ar,
girar entre os cabos invisíveis,
flutuar como quem não pertence a lugar nenhum.
Teu nome, nome de trapezista,
já anunciava a tua sina:
voar, encantar, desaparecer.
Fui plateia e fui aplauso,
fui silêncio e fui espera.
Olhei teus saltos,
teus riscos,
tua beleza suspensa,
sabendo que, um dia,
o espetáculo acabaria.
E acabou…
mas o picadeiro da memória permanece armado,
as luzes seguem acesas,
e teu vulto, tão etéreo,
ainda atravessa os meus pensamentos
num voo perfeito,
num giro interminável.
Se um dia voltares,
não precisas de rede,
nem de cordas,
basta o espaço entre meus braços
pronto,
aberto,
para te acolher no pouso
ou te lançar,
outra vez,
ao céu.
A MOÇA MISTERIOSA
Apareceu numa cidade
Uma moça grã-fina
Andava de salto alto
Com sua cintura fina
Tinha corpo de mulher
E jeito de menina.
Se exibia nas ruas
Com batom vermelho
Parava nas esquinas
Se olhava no espelho
Quando dava um sorriso
Nos dentes o aparelho.
Com seu doce carisma
Sabia como conquistar
Com todos fazia questão
De ir cumprimentar
Aquele sorriso aberto
Não tinha como não gostar.
Certo dia num baile
Foi pedida em casamento
Os dois foram envolvidos
Pela magia do momento
O moço era ricaço
Demonstrou contentamento.
O casório foi marcado
O noivo todo empolgado
Não conseguia esconder
Que estava apaixonado
O pior aconteceu
Naquele momento marcado.
A igreja estava lotada
O noivo no altar esperava
Começaram os comentários
A noiva nunca chegava
Saíram para procurar
Mas onde ela estava?
A polícia foi chamada
Começou a investigar
Ninguém tinha o endereço
E por onde começar,
Não sabiam onde morava
Como iriam encontrar…
O desespero era grande
Sem saber o que fazer
O noivo se lamentando
Só pensava em morrer
A vergonha era tanta
Procurou desaparecer.
Os dias se passavam
Era grande o sofrimento
A vida perdeu a graça
O sonho de um momento
Lembrava da sua amada
Chorava de sentimento.
A moça misteriosa
Sumiu feito fumaça
Não se falavam mais
Naquela grande desgraça
O noivo abandonado
Aos poucos perdia a graça.
Sem perder a esperança
Resolveu investigar
Andou por toda a região
Ninguém sabia explicar
Passaria a vida inteira
Um dia iria encontrar,
O noivo resolveu viajar
Quando avistou na estrada
Aquela que lhe fez sofrer
Parecia muito desesperada
Ele parou ao seu lado
Parecia alma penada.
O choque foi tão grande
O cabelo se arrepiou
Correu até um posto
O gerente lhe explicou
Tudo que aconteceu
a noite escureceu.
Não se sabe de onde é
Enterrada como indigente
Uma moça tão linda
Pelo visto inteligente
Esperando uma luz
Para seguir em frente.
Veja aquele capinzal
É onde está enterrada
Visite, faça uma oração
Ela vive pela estrada
Faz carros capotarem
É uma alma desamparada.
O noivo entre soluços
Seguiu naquela direção
Uma sepultura abandonada
Parecia uma assombração
Embaixo estava escrito
O nome dela, Conceição.
Saiu dali arrasado
Voltou para sua cidade
Mandou rezar uma missa
Em seu ato de caridade
Pois naquele túmulo
Deixou a sua saudade.
Daquele dia em diante
Muitos viam passar
A moça de batom vermelho
Em frente onde iriam morar
A casa foi abandonada
O noivo dali foi embora
O passado resolveu ignorar.
Irá Rodrigues
Alguém só fez porque
um dia acreditou que faria.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
14/06/2025
Como confiar novamente depois de um término.
Confiança não é um salto no escuro, nem um presente que alguém entrega de mão beijada. É uma semente que nasce da terra mais árida do nosso peito — aquela que parece impossível de florir depois de tanto sofrimento.
Eu sei que você está cansada. Cansada de promessas vazias, de palavras que voaram, de silêncios que doem mais que qualquer grito. Cansada de se entregar e, no fim, ficar com as mãos vazias, o coração ferido, a alma despedaçada.
Mas a verdade que ninguém te contou é que confiar de novo não é esquecer as cicatrizes. É aprender a carregar cada uma delas com leveza, como medalhas de quem sobreviveu a batalhas que pareciam impossíveis.
Confiança começa no silêncio da sua alma, quando você decide olhar para dentro e dizer: “Eu me escolho. Eu mereço um amor que não me diminua.”
É nesse momento que você planta a primeira semente. Um amor por você mesma — que não precisa ser perfeito, mas precisa ser verdadeiro.
Não se apresse em preencher os vazios com alguém que não respeita seu tempo, sua dor, seu processo. O amor que cura espera, não atropela.
Você já é inteira, mesmo com suas feridas. Já é forte, mesmo quando se sente frágil. Já é luz, mesmo quando a escuridão insiste em rondar.
Confie na sua força, no seu tempo, na sua capacidade de se reinventar a cada amanhecer.
Quando a confiança voltar, ela não será um risco cego, mas um caminho consciente, suave, onde você pode caminhar de mãos dadas com o amor que você merece — aquele que acolhe, respeita e transforma.
E, até lá, seja gentil consigo mesma. Permita que seu coração se cuide, se ame e se prepare para florescer de novo.
Porque você merece florescer.
Com todo meu carinho,
O que é a vida?
Um salto para o finito?
E a morte?
Um salto para o infinito?
- Sei lá, os olhos estão fechados!
Haredita Angel
02.11.19
Santo Antônio é afamada
Por ter uma fera sonsa
E por isto é chamada
Terra do Salto da Onça.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN
29/06/2025
Raízes firmes, mesmo no topo a brilhar, o salto alcançado, mas sem se desviar. Sucesso e futuro, metas a alcançar, mas lembrando sempre quem te fez chegar.
Livro: O Respiro da Inspiração
Aprendemos que na vida o único objetivo de andar para trás é para pegarmos impulso para um salto ainda maior para que possamos ter um futuro grandioso, nunca olhe para traz, a menos que for para dar risada, arrependimentos temos quando não tentamos e nunca quando deixamos de acreditar em nos mesmo, valorize seus sonhos e olhe sempre adiante para ele.
Nesta noite, iremos dar um salto bem alto e viajaremos até a lua. Quando chegarmos lá, recolheremos todas as estrelas do céu e iremos construir sonhos brilhantes. Sonhos que durarão uma vida inteira. Depois, voltaremos pra casa e reconstruiremos juntos os mesmos sonhos brilhantes, com todas as estrelas do céu. Para que um dia, eles possam ser concretizados.
Salto Alto
Nada na vida é fácil, até mesmo o equilibrar-se sobre um salto alto.
Isso requer habilidade, controle e muita determinação para vencer cada passo.
Nada na vida é tão tranquilo como uma tarde sentada a beira-mar, apenas observando o vai e vem das ondas do mar.
Nada na vida é só felicidades.
Os momentos difíceis vão surgir, mas para você aprender a valorizar uma grande conquista.
Nada na vida são só flores.
É preciso ter espinhos, para lembrar que somos humanos e também sentimos dores.
Nada na vida é para sempre.
Tudo tem um fim um dia, mas o bom é que podemos sempre recomeçar.
Nada na vida é só amores.
Vão surgir as desilusões, mas para te fortalecer para a vida.
Nada na vida é perfeito.
Todos temos defeitos e somos imperfeitos, mas carregamos um coração carente que deseja sempre um amor mais que perfeito.
Nada na vida é tão complicado, que não possa ser solucionado.
Nada na vida é tão certo como esse momento, daqui a um segundo, ele deixa de ser eterno e cai no profundo esquecimento.
maldita seja
a arrogância
quem a veste
anda descalça
nem mesmo
um belo salto
cobre os pés
de quem a calça
Usando da analogia para expressar a importância do intelecto, diz que em um salto de paraquedas, a coragem é o paraquedista, o conhecimento é o paraquedas e a sabedoria é o próprio avião; está composto o salto para o sucesso, abrace-os!
Salto da História
A história do Salto da Divisa, no vale Jequitinhonha se inicia
Quando colonizadores portugueses chegaram a Belmonte no estado da Bahia
Subindo o Jequitinhonha como via de navegação
Os portugueses instalam quarteis e assim começa a colonização
Nasce então Salto Grande, a margem direita do jequi
Transportando mercadorias de Belmonte a Araçuaí
As canoas transportavam sal e cereais
De Diamantina a Salto Grande no estado das Gerais
No ano de 1840, há 170 anos atrás
O povoado foi elevado a distrito de Paz
Responde pelo nome de São Sebastião de Salto Grande a partir de então
Índios, escravos, canoeiros, pescadores, benzedeiras, colonizadores e tropeiros iniciando assim a sua formação
Em janeiro de 49, Salto da Divisa ficou seu nome após sua emancipação
Otelino Sol e Cel. Zimbú, foram um marco na sua instalação
A partir desse momento surge então o pleito
O Salto da Divisa passa a ter como representante a figura do Prefeito.
Mais o Salto não é só política e social
Nessa terra passaram grandes nomes
Pessoas que formaram a nossa história cultural
Professor, Coronel, doutor e cada um deixou uma marca especial
Reisado, cordão de espada e de caboclo, seresteiros, poetas e escritores
De costumes, crenças e atitudes
Com ricas rimas falam de amores
Eita povo saltense cheios de simplicidade e valores
Vou agora falar de uma forma diferente das maravilhas saltenses
Seu povo, sua glória, sua cultura e sua história
São imagens cravadas de orgulho em nossa memória
De janeiro a fevereiro
Reza ao Santo padroeiro
Deste povo hospitaleiro
Que apesar dos atropelos
Tem serestas e tem cantigas
Chora viola e seu violeiro
Mostra que em terra de tropeiros
Nossa história tem herdeiros
O SALTO
Gato no muro
n'um pulo...
Saltou do outro lado
mundo gato
gato mundo
pula tudo
pula mudo
da à volta
salta a porta
anda, desanda inventa...
Por quinhentas ventas
por milésimas bandas.
Antonio Montes
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