Coleção pessoal de Bissueque

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⁠Se tudo na vida é uma questão de escolha, então quero ser invisivel e não ter consciência da minha existência.

Sigo adiante, resignado à vontade do fado que nos conduz por múltiplos rumos, pois cada passo é uma decisão e há quem tendo percorrido por trilhas similares, compreenda os porquês subjacentes às nossas escolhas.

⁠Barriga cresce
no quintal do saber

⁠Vagamos pelas ruas da vida, sem rumo definido, o destino é desconhecido e a distância é imensurável. Adaptamos cada estilo de vida aos valores em que acreditamos, porque estes princípios não nos foram ensinados, mas que, involuntariamente, devemos a nós mesmos.

Ela tinha um futuro diante de si e um vasto mundo a explorar. Mas a violência, esse mal invisível que se opõe nas entranhas da sociedade, não reconhece futuros. Aniquila esperanças, aprisiona sonhos, deixando apenas um vácuo onde antes pulsava a vida.

Judite era uma donzela como tantas outras, com um sorriso resplandecente que iluminava até os dias mais sombrios, mas a violência, esse flagelo que atravessa gerações, não se comove com sorrisos. Corta alegrias, silencia vozes, deixando apenas o eco do silêncio onde antes ressoavam risos.


A JUDITE
Tinha um nome, uma história e sonhos que flutuavam como borboletas ao sopro suave do entardecer. Mas a violência, esse monstro devorador que se esconde nas sombras da sociedade, não conhece nomes nem sonhos, devora vidas, destroça esperanças, deixando apenas cicatrizes na alma dos que ficam para contar a história.

⁠Eu nunca quis fazer parte de um movimento baseado apenas em aplausos, só se tudo ao fim da tarde, não tivesse preço algum.

⁠Ninguém aguentou, perseguiram-no, ele viajou pelo mundo, para todos os lados, sem planos delineados. E na busca de uma vida nova, eram ilusões, viu escuridão onde esperava a luz.

⁠Respostas com golpe em perguntas, um progresso em rotas perigosas, e corações bondosos, em terras afligidas, erradicados sem piedade.

⁠Em outros sítios, ninguém ligava, virou zero à esquerda, sem influência, com enfermidade por uma década e ficou marcado pela queda.

Parou, virou e olhou para o povo, só zombaria, baixou a cabeça. Anos depois, atormentado, só desabafava, precisou de uma coragem de abandono, quanto Costa, o Antônio⁠.

⁠Não era um ato de caridade, mas as vidas eram envolvidas. Custo de reivindicação alto, habitação precária, metodologia definida e esforço de integração sem progresso.

⁠Juízo equivocado, destruiu tudo: a aldeia ferrada, casa nem escapou; armazéns, bibliotecas e museus tornaram-se pó.

⁠Ele entrou com muita emoção, promessas altas lá fora. Regressou, foi desastre, foi guerra, ódio, sequestro, foi praga e xenofobia.

⁠As portas se abriram, Messias entrou e desapareceu misteriosamente. Moisés entrou em seguida, tal como Filipe.

⁠O mundo se transformou, as fronteiras deram lugar e a fera emergiu do mar.

⁠O ar que respiramos é vida, mais do que uma simples necessidade. Fui ao local, aproximei-me e vi. Lá o concreto reina soberano. Ruas movimentadas, oportunidades, o pulsar frenético, o humano.

⁠Se duvidas das minhas palavras, aventura-te pelo mundo e testemunha por ti mesmo. Mas agora, já não é hora de roer as unhas de ansiedade, voa filho, voa! Lute mais, se queres ser homem.

⁠Sê feliz, não faças muito, brinca com alegria, come com vontade e não derrames lágrimas, não derrames, pois esta é a dura realidade do nosso mundo.