Rondo Poesia de Cora Coralina
Gatos Eternos
O amor dos gatos
inscreve-se
no delicado da alma
a preencher o espaço
único
inesquecível
a circular
eternamente
na memória do
afeto.
(Suzete Brainer)
Entre o céu e a terra
o Qatu ainda colore
com o seu florescer
duas amadas terras
Pétalas que concedem
inspirações poéticas
o tempo todo de tudo
ser somente para você
Do amanhecer ao anoitecer
fazendo no amor vir
que vale a pena crer
Porque algo diz que no final
baixo os desígnios do céu
austral seremos eu e você.
Todos os monstros
que tentaram colocar
no meu coração por todos
estes anos eu fiz
questão de não alimentar,
e eu não mudei e nem vou mudar.
hora certa
esperar
porta aberta
entrar na dança
com esperança
de um melhor viver
abraçando um novo amanhecer.
HAIKAI VAZIO
Vazios em excesso no peito,
Transbordam o leito,
Inundam de tudo e de nada.
(Anderson Delano Ribeiro)
PELOS CAMPOS (SE TE FLORES)
Se Te Flores
Flores será
Florescerão
Flores seremos
(Anderson Delano Ribeiro)
TRANSBORDAMENTOS
Não quero estar cheio,
nem muito menos vazio!
Quero sim, transbordamentos!
(Anderson Delano Ribeiro)
A Chuquiragua é a mágica
flor dos caminhantes de três
terras seja aqueles moram
ou apenas por ali passam.
Só sei que algo colorido dela
carrego porque também desta
Primavera Austral do Hemisfério
sou o maior inevitável desidério.
Erguendo em ti românticas ambições
como aqueles que fundaram civilizações
coroarei todos os dias com emoções.
O amor como Primavera que não
passa chegou com as canções
da época para espalhar a florada na terra.
O Descanso do Mar
O mar
descansava no cinza;
gotas de chuva tocavam a sua essência.
Aos poucos, ondas cresciam
num impulso de desfazer a monotonia
acinzentada.
Ó mar!
Ó mar!
Ó mar!
Quando o olho,
megulho no meu próprio
mistério.
(Suzete Brainer)
O Silêncio Música
Uma dor muda,
Num som sem volume,
O vazio estilhaçado no voo
À janela fechada.
Às vezes no silêncio da vida
Mora a nostalgia da alma.
Ficamos sem voz
Com o nó das palavras
Amarradas na garganta,
Numa estreita passagem de indignação.
E noutro dia,
O sol dá passagem
E, de tanta luz,
O Silêcio torna-se música.
(Suzete Brainer)
Campo de Girassóis
Toco na sombra da palavra
com a minha voz dentro,
reescrevendo o caminho de pedras.
Alcanço o meu campo de girassóis
persistentemente na busca da luz.
Assim, a minha alma nasce:
Girassol,
feita de luz.
(Suzete Brainer)
Definitivamente
Eu não escrevo poemas,
Descrevo a morte.
Meus versos são lâminas afiadas
Cortam segredos,
Sangram verdades,
Ferem vaidades,
Sem ter a pretensão de curar.
Preservar-nos como
quem perpetua a Flor de Maio
da Cordilheira da Costa
é o motivo pelo qual nada falo.
Onde as estrelas sempre
serão mais visíveis nesta Pátria
imensa é ali onde o coração
nasce com a Cattleya Mossiae.
É com frescor dessas pétalas
roxas que guardo tudo aquilo,
reservado e bem protegido.
Você virá com o teu Cuatro
cantando sem pedir ao destino
porque assim sei que está escrito.
Os teus olhos
condoreiros
sempre atentos
bem sucedidos
me sossegam.
Vivo sonhando
como são
os seus beijos.
Os teus olhos fazem
a minha bagagem
e não são miragem.
Você em matéria
de povoar desejos
domina absoluto
e tem me feito
habitante do seu mundo.
Não desisti de querer
saber como são
os seus olhos diante
dos meus anseios,
E sobretudo o seu aroma
entre os meus abraços,
Não é de hoje que você
ocupa todos os espaços
sem nunca ter me tocado,
Sem exagero os meus
Versos Intimistas tenho
entregue com o quê há
de mais raro e tem tudo
a ver conosco tal qual
o florescer do Cedro-Rosado.
O teu vigor amoroso
de Cedro-cheiroso
pede altura poética
com Versos Intimistas
e sinestesia resoluta,
Você sabe que eu sou
absolutamente tua.
No meu destino
tu és meu pleno
Cedro-verdadeiro,
És norte alvissareiro,
Os nossos nomes
em Versos Intimistas
nascidos para o amor
imortal e derradeiro.
Jura sob uma Quina
sagrada que daqui
para frente a tua alma
pela minha será derramada
Jura e entregue-me
o seu descanso
que em silêncio acolho
do jeito que você que tanto
Da minha parte nada
será negado porque
és o oceano e tens tato
Quanto mais me beijares
assim eu me calo e me dou
do mesmo modo apaixonado.
Às Vezes
Às vezes subo até a superfice das palavras
Para respirar um gesto vago
De um silêncio sobre a pausa.
Às vezes olho por dentro dos olhos das pessoas
Para sentir uma humanidade
Que cala...
Às vezes colho o dia em minhas mãos
Para sentir o perfume
De Deus.
Às vezes fico numa melodia solitária
Para deixar a solidão do mundo
Ecoar o deserto...
(Suzete Brainer)
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